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01 DIREITO TRIBUTARIO - princípios

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FACULDADE UNINASSAU PAULITA 
PROF.: FLAVIO PORPINO 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 
TURMA: 8MA TURNO: MANHÃ 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
CONCEITO: O Direito Tributário é o ramo do direito público que regulamenta a tributação – instituição e 
cobrança dos tributos – e as relações jurídicas e obrigações relacionadas ao tributo, como as obrigações 
acessórias e as sanções de natureza tributária. 
Direito Tributário regulamenta desde a previsão mais abstrata da espécie de tributo e do seu conceito, 
passando pelos princípios e imunidades tributárias, até a definição conceitual mais específica do tributo 
(CTN). 
 
OBJETO DE ESTUDO: O direito tributário, então, trata exclusivamente da formação e das relações entre 
pessoas e o Estado no que tange as receitas derivadas, não tendo como campo de estudo a gestão do Estado 
em si, mas a análise de como os tributos são gerados e pagos. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
O Estado possui o poder de, por ato próprio – a lei –, obrigar os particulares a se solidarizarem com o 
interesse público mediante a entrega compulsória de um valor em dinheiro. 
Percebe-se que o Estado possui um poder de grande amplitude, mas esse poder não é ilimitado. A 
relação jurídico-tributária não é meramente uma relação de poder, pois, como toda relação jurídica, é 
balizada pelo direito e, em face da interferência que o poder de tributar gera sobre o direito de propriedade, 
o legislador constituinte originário resolveu traçar as principais diretrizes e limitações ao exercício de tal poder 
diretamente na Constituição Federal. 
 
PRINCÍPIOS 
Os princípios do direito tributário são regras importantes que guiam os juízes e advogados no campo do 
Direito. Entre eles estão: Princípio da Legalidade, Princípio da Isonomia, Princípio da Irretroatividade, 
Princípio da Anterioridade, Princípio do Não-Confisco e Capacidade Contributiva. 
1. LEGALIDADE - O princípio da legalidade genérica encontra fundamento no art. 5º, II, da Constituição 
Federal e o princípio da legalidade tributária no art. 150, I, da Carta Magna. Não obstante esses 
enunciados normativos sejam tratados como princípios, eles se revelam como verdadeiras regras. 
Devemos lembrar que as regras, diferentemente dos princípios, são normas prescritivas, as quais 
regulam as condutas dos destinatários. 
O art. 5º, II, CF prescreve que: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei.” 
Já o art. 150, I, CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.” 
 
2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA - Previsto no art. 150, II, Constituição Federal, trata da regra que veda à 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituírem tratamento desigual entre contribuintes que 
se encontrem em situação equivalente. Além disso, impede qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida. Isso independente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos. 
A isonomia foi consagrada pelo ordenamento jurídico não apenas no sentido formal, que é atendido 
com a edição de lei genérica e abstrata, aplicável a todos. Foi também no sentido material, haja vista 
impor que os iguais sejam tratados igualmente, e os desiguais desigualmente, na medida de suas 
desigualdades. 
 
3. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE - terceiro da lista de princípios do direito tributário tem 
fundamentação legal no art. 150, III, ‘a’, da Carta Magna, que diz: “Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado.” 
O trecho versa sobre a vedação de uma nova lei (que houver instituído ou majorado tributos) 
retroagir a fim de alcançar fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência. Ou seja, a nova 
lei se aplicará aos fatos geradores ocorridos no futuro apenas, jamais para aqueles ocorridos antes 
de sua edição. 
O princípio da irretroatividade se caracteriza como um dos pilares da segurança jurídica, entendida 
como a previsibilidade, estabilidade e compreensão do Direito. 
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: Outro pilar da segurança jurídica, o princípio da anterioridade 
impede que uma lei nova venha a ser aplicada de imediato. 
Subdivide-se em dois tipos de anterioridade, sendo a clássica prevista no art. 150, III, ‘b’, da 
Constituição: “b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou;” 
E a anterioridade nonagesimal (ou noventena) com previsão no art. 150, III, ‘c’, do mesmo Diploma: 
“c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b;” 
A primeira determina que é vedado aos Entes Federativos cobrarem tributos no mesmo 
exercício financeiro em que tenham sido editadas as respectivas leis. Já a segunda anterioridade, 
estabelece que a cobrança dos tributos não poderá ser exercida antes de transcorridos noventa dias 
da data da lei que os instituiu ou majorou. 
 
5. PRINCÍPIO DO NÃO-CONFISCO - Tendo em vista o direito de propriedade e da liberdade, a 
Constituição prevê, expressamente, que os tributos não sejam utilizados com efeito confiscatório (art. 
150, IV, CF/88). 
Em que pese o problema de materializar o que vem a ser um efeito de confisco, podemos 
sustentar que a preocupação do constituinte, nesse caso, foi de preservar a eficácia mínima dos 
princípios da proteção da propriedade e da liberdade em favor da tributação. 
Caberá ao Judiciário dizer quando um tributo será ou não confiscatório. Cumpre destacar que 
há autores que defendem que a vedação ao confisco diz respeito apenas aos tributos e outros que 
sustentam que as penalidades pecuniárias (multas) também estão abrangidas por esse princípio. 
 
6. CAPACIDADE CONTRIBUTIVA - Nossa Constituição Federal prevê, no art. 145, §1º, que, sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade 
econômica do contribuinte. 
Retornando ao início do texto, esse enunciado normativo configura um dos verdadeiros 
princípios do direito tributário. Isso porque, tem caráter finalístico, com pretensão de 
complementariedade e parcialidade, almejando um estado de coisas a ser alcançado. 
Hugo de Brito Machado Segundo esclarece, que: “Ter caráter pessoal significa ser calculado, ou ter 
o seu montante determinado, conforme as peculiaridades e características inerentes a cada 
contribuinte.” 
Logo, podemos perceber que o ponto principal é o respeito às circunstâncias da vida de cada 
indivíduo. Por fim, importante destacar que a finalidade desse princípio é a de evitar que exista uma 
carga tributária exacerbada sobre os menos favorecidos e favorável aos mais fartos de recursos. 
 
O PACTO FEDERATIVO 
Por meio do pacto federativo, portanto, há uma definição quanto às obrigações financeiras, a 
arrecadação de recursos e a competência de cada um dos entes federados, de modo a garantir a autonomia 
política e o equilíbrio econômico-financeiro entre União, estados e municípios. 
A Constituição Federal de 1988 traz, em seu art. 151, três vedações voltadas especificamente à União. 
O claro objetivo do dispositivo é proteger o pacto federativo, impedindo ao ente que tributa em todo o 
território nacional a utilização deste poder como meio de submeter os entes menores à sua vontade, 
tolhendo-lhes a autonomia. 
São regras protegidas por cláusula pétrea, em virtude de se configurarem como verdadeiras garantias 
da Federação (CF, art. 60, § 4.º, I). 
 
O PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO - Este princípio está previsto no inciso I do 
art. 151 da CF e veda à União “instituir tributo que não seja uniforme em todo oterritório nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de 
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre as diferentes regiões do País”. 
Não pode a União, portanto, estipular diferentes alíquotas do imposto sobre a renda, nos distintos 
Estados da federação. Caso a alíquota fosse menor, a título de exemplo, no Estado de São Paulo, os demais 
Estados estariam sendo ilegitimamente diferenciados, o que poria em risco a federação. 
 
Vedação à utilização do IR como instrumento de concorrência desleal – Princípio da uniformidade da 
tributação da renda - Segundo o art. 151, II, da CF/1988, é vedado à União “tributar a renda das obrigações 
da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos 
dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus 
agentes”. 
A restrição, aplicável exclusivamente ao imposto sobre a renda, visa evitar que a União utilize o tributo 
como um meio de concorrer deslealmente no “mercado” de títulos da dívida pública e na seleção de 
servidores públicos. 
 
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS - A isenção é forma de exclusão do crédito tributário 
(assunto a ser detalhado em capítulo futuro) consistente na dispensa legal do pagamento do tributo. É 
benefício fiscal concedido exclusivamente por lei, em regra elaborada pelo ente que tem competência para a 
criação do tributo. 
Assim, é lícito afirmar que o poder de isentar é natural decorrência do poder de tributar. Em outras 
palavras, a regra é que as isenções sejam autônomas (ou autonômicas), porque concedidas pelo ente 
federado a quem a Constituição atribuiu a competência para a criação do tributo. A regra está prevista no art. 
151, III, cuja redação veda à União “instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios”. Por simetria, é também possível afirmar que os Estados não podem conceder 
isenção de tributos municipais. 
 
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – DIFERENÇAS 
 
Em primeiro lugar, faz-se necessário diferenciar a competência para legislar sobre direito tributário da 
competência tributária. 
Competência para legislar sobre direito tributário é o poder constitucionalmente atribuído para editar 
leis que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Trata-se de uma competência genérica 
para traçar regras sobre o exercício do poder de tributar. 
Em contrapartida, competência tributária é o poder constitucionalmente atribuído de editar leis que 
instituam tributos. 
Foi exercendo a competência para legislar sobre direito tributário que a União editou o Código 
Tributário Nacional, a lei de normas gerais sobre tal ramo de direito. 
Mas foi exercendo a competência tributária que a mesma União instituiu, por meio de lei, o imposto 
de renda, o imposto territorial rural, o PIS e a COFINS, entre outros tributos. 
 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
O Código Tributário Nacional, em seu art. 96, afirma que a expressão “legislação tributária” 
compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares 
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
Todavia, tal enumeração de normas que compõem a “legislação tributária” não é exaustiva, conforme 
demonstra o próprio CTN, em seu art. 2.º, ao asseverar que o sistema tributário nacional é regido pelo 
disposto na Emenda Constitucional 18, de 1.º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções 
do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e leis 
estaduais, e em leis municipais. 
 
INSTRUÇÕES NORMATIVAS - Instrução Normativa consiste em ato normativo expedido por uma autoridade 
com competência estabelecida ou delegada para normatizar a matéria, no sentido de disciplinar a execução 
de lei, decreto ou regulamento, sem, no entanto, transpor ou inovar em relação à norma que complementa. 
 
Exemplo: INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 2157, DE 11 DE AGOSTO DE 2023 
 
O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do 
art. 350 do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria ME 
nº 284, de 27 de julho de 2020, e tendo em vista o disposto no art. 1º-B da Portaria MF nº 156, de 24 de junho 
de 1999, resolve: 
Art. 1º A Instrução Normativa RFB nº 1.737, de 15 de setembro de 2017, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: 
"Art. 11-A. A empresa na condição de transportador de mercadorias sob controle aduaneiro, poderá ser 
habilitada para operar o despacho aduaneiro de remessas expressas em recinto alfandegado de zona 
secundária, desde que: swap_horiz 
I - atenda aos requisitos estabelecidos no art. 4º; swap_horiz 
II - as mercadorias sejam remetidas em conformidade com as regras do Programa Remessa Conforme de que 
trata o Capítulo VI; e swap_horiz 
III - o recinto disponha de área de seu uso exclusivo e de infraestrutura adequada. swap_horiz 
Parágrafo único. Na habilitação a que se refere o caput, aplica-se, no que couber, os procedimentos e 
requisitos previstos nos arts. 5º a 11." (NR) 
 
JURISPRUDÊNCIA NORMAL - Exemplos 
 
A regra prevista no § 13 do art. 9º da Lei 12.546/2011 é dirigida apenas aos contribuintes e a revogação da 
escolha de tributação da contribuição previdenciária pelo sistema da CPRB, trazida pela Lei nº 13.670/2018, 
não feriu direitos do contribuinte - Origem: STJ - Informativo: 779 
(I) A regra da irretratabilidade da opção pela Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta (CPRB) prevista 
no § 13 do art. 9º da Lei nº 12.546/2011 destina-se apenas ao beneficiário do regime, e não à Administração; 
e 
(II) a revogação da escolha de tributação da contribuição previdenciária pelo sistema da CPRB, trazida ... 
 
Lei estadual não pode conceder vantagens e aumento de vencimentos a servidores públicos sem prévia 
estimativa de impacto orçamentário e financeiro - Origem: STF - Informativo: 1098 
 
É inconstitucional — por violar o art. 113 do ADCT — lei estadual que concede vantagens e aumento de 
vencimentos a seus servidores públicos sem prévia estimativa de impacto orçamentário e financeiro. 
Com o advento da EC 95/2016, que incluiu o art. 113 ao ADCT, tornou-se necessária a qualquer proposição 
legislativa que crie ou altere ... 
 
As receitas financeiras das instituições financeiras integram base de cálculo do PIS/COFINS - Origem: STF - 
Informativo: 1098 
 
As receitas brutas operacionais decorrentes da atividade empresarial típica das instituições financeiras 
integram a base de cálculo PIS/COFINS cobrado em face daquelas ante a Lei nº 9.718/98, mesmo em sua 
redação original, ressalvadas as exclusões e deduções legalmente prescritas. 
As receitas financeiras auferidas pelas instituições ... 
 
JURISPRUDÊNCIA REPETITIVO / REPERCUSSÃO GERAL (Exemplos) 
 
REsp 1.767.945, REsp 1.768.060 e REsp 1.768.415- tratam do termo inicial da incidência de correção 
monetária no ressarcimento de crédito escritural excedente de tributo sujeito ao regime não cumulativo. 
 
REsp 1.799.306, REsp 1.799.308 e REsp 1.799.309 - tratando da possiblidade de inclusão dos serviços de 
capatazia na composição do valor aduaneiro e na base de cálculo do Imposto de Importação, assunto II 
(Imposto de Importação) 
 
RE 1063187 - afastar a incidência de IR e CSLL sobre a taxa SELIC quando aplicada à repetição de indébito 
tributário, preservando-se a tese referente ao Tema 504/STJ e demais teses já aprovadas no Tema 878/STJ, 
reconhecendo a modulação dos efeitos estabelecido no EDcl no RE 1.063.187/SC pelo STF. 
 
JURISPRUDÊNCIA – SÚMULAS CINCULANTE STF 
 
Súmula Vinculante STF nº 8 - São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 
1.569/1977e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito 
tributário. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 24 - Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, 
incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais 
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre 
uma base e outra. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 32 - O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 41 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. 
 
 Súmula Vinculante STF nº 48 - Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do 
ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 
 
Súmula Vinculante STF nº 50 - Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não 
se sujeita ao princípio da anterioridade. 
 
Súmula Vinculante STF nº 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel 
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o 
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. 
 
Súmula 188 do STJ – Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito 
em julgado da sentença. 
 
Súmula 162 do STJ – Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento 
indevido. 
 
 
ESTRUTURA NORMATIVA 
O segundo livro do Código Tributário Nacional inicia o estudo da Legislação Tributária, designando 
suas fontes como: as leis, tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas complementares 
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes (art. 96 do CTN). 
De início, percebemos que o legislador se preocupou em determinar que as matérias no direito 
tributário não estariam apenas restringidas às leis, também aceitando outas fontes para seu disciplinamento. 
Essas fontes representam a aplicação abstrata do direito tributário, dividindo-se em primárias (leis 
em sentido amplo, tratados e convenções internacionais) e secundárias (decretos e normas 
complementares). 
 
 
 
ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
 
A análise das espécies tributárias pressupõe o entendimento de duas grandes teorias: a tripartição e 
a pentapartição. 
Por meio da teoria da tripartição, também chamada de “tripartite” e adotada pelo CTN no seu art. 
5º, apenas existiriam três espécies tributárias: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Já a 
pentapartição, denominada ainda de “pentapartite” e seguida pela CF, admite cinco diferentes espécies 
tributárias, acrescentando os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais. 
 
 
RESPONSABILIDADES 
 
SUJEITO ATIVO (Competência versus capacidade tributária ativa) - O sujeito ativo da relação tributária se 
conceitua como a pessoa jurídica de direito público com titularidade para exigir o cumprimento da obrigação 
dessa natureza (art. 119 do CTN). 
 
A COMPETÊNCIA EM SENTIDO AMPLO se desdobra no exercício de quatro pilares: instituição/criação, 
fiscalização, arrecadação e execução de normas do direito tributário. O primeiro pilar: atribuição para 
instituição/criação de tributos, recebe doutrinariamente a alcunha de competência em sentido estrito (stricto 
sensu) e não poderá ser delegada a sujeito diverso daqueles que a própria Constituição Federal tenha 
determinado como competente para essa atribuição (competência indelegável). 
Exemplificando, a Constituição Federal designa que a competência para instituição do Imposto 
Territorial Rural será exercida apenas pela União (art. 154, VI, da CF). 
 
Os demais pilares de fiscalização, arrecadação e execução de normas do direito tributário correspondem a 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA e, diferentemente do anterior, podem ser delegados a outra pessoa jurídica 
de direito público, nos moldes autorizativos do art. 7º do CTN. 
Valendo-se do mesmo exemplo acima exposto, a atribuição de competência para União instituir o ITR 
não impedirá a delegação da capacidade tributária ativa quanto aos atributos de fiscalizar, executar e 
arrecadar para os Municípios que assim optarem (art. 153, § 4º, III, da CF). 
 
SUJEITO PASSIVO (Contribuinte e responsável) - Por sujeição passiva tributária buscaremos a identificação 
dos sujeitos responsáveis pelo cumprimento das obrigações tributárias. 
Considerando se tratar de meras formalidades (caráter instrumental), será enquadrado como sujeito 
passivo da obrigação acessória a pessoa obrigada as prestações que constituam seu objeto art. 122 do CTN). 
 
a) Contribuinte: Considera-se como contribuinte o sujeito que tenha relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador (art. 121, parágrafo único, I, do CTN). Em termos 
mais simples, seria o agente praticante da hipótese de incidência do tributo no mundo real. Ex.: o 
proprietário do imóvel para fins de IPTU. 
 
b) Responsável tributário: A figura do responsável tributário será definida quando, sem revestir a 
condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei (art. 121, parágrafo 
único, II, do CTN). Situações em que a lei determinará que outra pessoa se responsabilize pelo 
pagamento de tributo cujo fato gerador não tenha sido por ele praticado. Exemplificando, a empresa 
que figura como responsável tributário pelo recolhimento antecipado do IR sobre os rendimentos 
recebidos pelos seus funcionários, verdadeiros contribuintes (art. 45, parágrafo único, do CTN). 
 
 EXTINÇÃO 
A extinção dos créditos tributários corresponde ao último elemento da relação jurídica. Aplicando-se 
o sentido lógico das relações obrigacionais, o crédito tributário não deve perpetuar-se infinitamente, 
determinando o Código Tributário Nacional momentos em que seu fim chegará. 
Aqui não se trata de mera suspensão da exigibilidade do crédito tributário, mas efetivamente sua 
extinção, seu fim, seu término. 
Disciplina o art. 156 do CTN: 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I – o pagamento; 
II – a compensação; 
III – a transação; 
IV – remissão; 
V – a prescrição e a decadência; 
VI – a conversão de depósito em renda; 
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 
e seus §§ 1º e 4º; 
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que 
não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X – a decisão judicial passada em julgado; 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito 
sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 
144 e 149. 
 
PAGAMENTO 
 
Enquadrada como a principal modalidade de extinção do crédito tributário, caracterizando-se pelo 
adimplemento do tributo mediante a entrega de valores aos cofres públicos (art. 156, I, do CTN). 
O Código Tributário Nacional se preocupou em apresentar uma série de comandos normativos 
responsáveis por disciplinar a mais importante espécie de extinção. Vejamos: 
 
a)Cumulatividade da penalidade e ausência de presunções 
b) Local e prazo do pagamento 
c) Encargos no pagamento 
d) Meios de pagamento 
e) Imputação ao pagamento 
f) Consignação em pagamento 
g) Repetição do indébito tributário

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