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HISTÓRIA
História de Goiás – Parte I
Livro Eletrônico
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HISTÓRIA
História de Goiás – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
SUMÁRIO
Formação Social e Econômica de Goiás ..........................................................3
Introdução ................................................................................................3
1. As Bandeiras e a Exploração do Ouro .......................................................10
2. A Agropecuária nos Séculos XIX e XX ......................................................15
3. A Construção de Goiânia e Brasília ..........................................................23
Resumo ...................................................................................................30
Questões de Concurso ...............................................................................31
Gabarito ..................................................................................................46
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História de Goiás – Parte I
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FORMAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DE GOIÁS
Introdução
Querido(a) aluno(a), o atual estado de Goiás já era ocupado por povos nativos 
muito antes da chegada dos europeus. Vestígios seguros indicam a existência de 
populações humanas que remetem a 11 mil anos.
Por isso, antes de falarmos sobre as bandeiras em Goiás, é importante que con-
textualizemos. É preciso que você compreenda, ainda que não de maneira profun-
da, quais eram os povos que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, o 
que levou a Coroa Portuguesa a colonizar essas terras e qual o desdobramento da 
exploração econômica do ouro na região. Tentarei ser o mais objetivo possível para 
que otimizemos seu tempo. Vamos!
A maior parte dos sítios arqueológicos do estado estão localizados em Serra-
nópolis, Caiapônia e na Bacia do Paraná. São abrigos em grutas calcárias e ro-
chas de arenito e quartzito. O comportamento dos agrupamentos humanos que ali 
viviam foi influenciado por mudanças climáticas, fazendo com que se alimentassem 
de moluscos terrestres e de uma quantidade maior de frutos. O estudo arqueológi-
co desses povos também ficou conhecido como “Fase de Serranópolis”.
Também existem fortes indícios de ocupação pré-histórica em Uruaçu e Nique-
lândia, abrigando grande quantidade de material. Essas descobertas arqueológicas 
possibilitaram o estudo do chamado “homem Paranaíba”, considerado o primeiro 
representante humano que viveu na área, pertencente ao grupo de caçadores e 
coletores.
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Populações produtoras de cerâmica também ocuparam o território goiano, numa 
época em que o clima e a vegetação seriam semelhantes aos atuais. Ocuparam a 
região a cerca de 2 mil anos e eram divididos em: Una, Aratu, Uru e Tupi-gua-
rani.
A mais antiga tradição desse grupo foi a Una, que habitava grutas naturais, pro-
duziam artigos de cerâmica, cultivavam milho, amendoim, abóbora e algodão. Já 
os Aratus formaram grandes agrupamentos humanos em ambientes abertos, nas 
áreas próximas de rios. Cultivavam milho, feijão e algodão.
A tradição Uru, por sua vez, se tornou conhecida através de sítios arqueológicos 
encontrados no Vale do Rio Araguaia.
Os agrupamentos Tupis-guaranis são os mais recentes. Datam de cerca de 600 
anos. Viviam em aldeias populosas ao longo da Bacia do Rio Araguaia e da Bacia 
do Rio Tocantins.
Entre os séculos XVII e XIX, essas populações foram dizimadas pelos fluxos 
migratórios após a descoberta do ouro. Atualmente, em Goiás, existem cinco re-
servas, em que estão distribuídos três grupos indígenas: os Karajá de Aruanã, os 
Tapuias, do Carretão e os Avá-Canoeiro, de Minaçu.
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A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses 
povos antes da chegada dos europeus:
• ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar que 
pintura rupestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não 
pode ser classificada como algum tipo de escrita.
• sociedades tribais;
• propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada;
• coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados.
1. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Até o século XVIII, o estado de Goiás 
era habitado por diversas tribos indígenas, como Kaiapós, Xavantes, Araés, Api-
najés, Xacriabás, Avá-Canoeiros, Goyá, Crixá, Akroá, entre outros. A ocupação do 
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território pelos portugueses e brasileiros de outras regiões acabou por dizimar a 
maioria absoluta dessas populações, a tal ponto que, atualmente, só restam em 
Goiás três nações indígenas com reservas demarcadas. São elas:
a) Karajá, Tapuia e Avá-Canoeiro.
b) Xavante, Kaiapó e Akroá.
c) Araés, Goyá e Crixá.
d) Apinajé, Javaés e Apiaká.
Letra a.
Infelizmente, meu(minha) caro(a), existem nomenclaturas que você precisa guar-
dar, mas não será difícil. Tenha em mente que, trabalhando na Câmara Municipal 
de Goiânia, debates sobre essas reservas fatalmente poderão acontecer na Casa. 
Outro detalhe: é temática importante cobrada no tópico “Patrimônio natural, histó-
rico, cultural e religioso de Goiás”, que discutiremos na nossa última aula.
Querido(a) aluno(a), os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, 
não ocuparam o território de imediato. Daí a nomenclatura “Pré-colonial” para nos 
referirmos aos trinta anos que se seguem da chegada deles. Portanto, entre 1500 
e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS no litoral: uma mistura de 
forte, para defesa do território, e armazém. A região de Goiás só irá despertar in-
teresse um pouco mais tarde. Mas, por que isso? A resposta fica mais interessante 
e compreensível quando feita em partes:
a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os 
anos de 1500 e 1530?
• Porque não encontraram metais preciosos em expedições;
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• Porque o comércio com asÍndias era suficientemente lucrativo;
• Porque, em 1500, a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a 
colônia brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tor-
desilhas com Portugal.
b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a 
partir dos anos de 1530?
• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola;
• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram 
suas frotas marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao con-
trole português sobre a colônia.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado cele-
brado entre o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as ter-
ras do globo, “descobertas e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
Tratado de Tordesilhas
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Linha imaginária de Tordesilhas sobre as atuais fronteiras políticas.
Note que grande parte do território goiano pertencia à Espanha, de acordo com 
o Tratado de Tordesilhas.
Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda 
não havíamos passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. 
O pau-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para ex-
ploração eram dadas pela Coroa e chamadas de estanco. Para cortar a madeira 
e levar aos navios, era necessária uma grande quantidade de mão de obra. A mo-
dalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo: 
troca de presentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo trabalho 
dos índios. A escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas 
logo será substituída pela mão de obra africana, pois a Coroa Portuguesa seguirá 
ao ordenamento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados almas puras 
do paraíso.
Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasi-
leira e decidiu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir 
que outras nações tomassem o território da colônia. O problema é que a Coroa Por-
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tuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa empreitada. Eis então 
a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lotes de terras 
a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim, as Capitanias Hereditárias.
Observe:
Capitanias Hereditárias
Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do 
Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usufruto 
do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra, 
ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes. No 
campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a 
Coroa Portuguesa e os donatários:
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• a Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração 
da terra e repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o 
donatário a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• a Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros 
da Capitania entre a Coroa e os donatários.
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, 
pois transferia a responsabilidade da empresa de colonização para os fidal-
gos. Entretanto, os donatários passaram por grandes dificuldades: desenvolver a 
colônia com poucos recursos financeiros, à distância, em relação à metrópole (Por-
tugal), e com os constantes conflitos com os nativos. Diante dessas dificuldades, 
a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua economia e gerar 
tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na exploração 
do açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente. É a 
esta última, aliás, que o território do atual estado de Goiás estaria ligado até 
1748.
1. As Bandeiras e a Exploração do Ouro
a) Bandeiras
Meu(a) querido(a), a ocupação do território do atual estado de Goiás está inti-
mamente ligada às expedições dos bandeirantes paulistas em busca de ouro. Mas, 
vamos por partes; antes de seguir, vejamos alguns conceitos:
• as entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa), que saiam do 
litoral em direção ao interior do Brasil.
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• as descidas foram expedições dos jesuítas do Pará, que tinham criado na 
Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. 
Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedi-
ções fluviais, que, subindo o Tocantins, chegaram a Goiás.
• as bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, 
principalmente paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente principalmente, 
rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil.
Em seguida, as principais bandeiras em Goiás:
• 1590-93, sob o comando de Domingo Luis e Antônio Macedo.
• Sebastião Marinho – 1592.
• Domingos Rodrigues – 1596-1600.
• Nicolau Barreto – 1602-04.
• Belchior Dias Carneiro – 1607.
• Martins Rodrigues – 1608-13.
• André Fernandes – 1613-15.
• Lázaro da Costa – 1615-18.
• Francisco Lopes Buenavides – 1665-66.
• Antônio Pais – 1671.
• Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (1672 a 1740): partiu 
da região norte do atual estado de São Paulo em direção à região centro-oes-
te do país em busca do descobrimento de jazidas de ouro e pedras preciosas.
Em 1708, os bandeirantes paulistas encontraram ouro de aluvião (depositados 
nos barrancos e margens dos rios) na região de Minas Gerais. Por exigirem a exclu-
sividade da exploração de ouro na região, entraram em conflito com “estrangeiros”, 
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pessoas de outras partes da colônia que pretendiam explorar as jazidas, também 
chamados pejorativamentede emboabas pelos paulistas. Esse episódio ficou co-
nhecido como Guerra dos Emboabas. A Coroa Portuguesa interveio e os paulis-
tas, derrotados, acabaram realizando novas bandeiras, que encontrariam ouro no 
território de Goiás.
Os paulistas Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, João Leite e Domingos 
Rodrigues do Prado saíram de São Paulo em 1722 para descobrirem as ricas lavras 
de Goiás, em 1725. Buscando novas descobertas, Bartolomeu Bueno voltou ao ter-
ritório goiano em 1726 e ali criou a primeira povoação goiana, o Arraial da Barra, 
na confluência dos rios Vermelho e Bugre. Encontrou ouro nas minas de Vila Boa, 
em meados de 1727, onde criaram o arraial de N. S. de Sant’Ana, entorno de uma 
capela.
Novas descobertas foram realizadas em São João Batista (Ferreiro), Ouro Fino, 
Anta, Santa Rita, Tesouros, Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte (atual Pire-
nópolis). Contudo, as jazidas mais produtivas encontradas foram a de Maranhão 
(1730), Água Quente (1732), Traíras (1735) e Cachoeira (1736).
Domingos Rodrigues do Prado já havia descoberto minas também em Crixás 
(1734), São Luís (1734), São Félix (1736), Pontal e Porto Real (1738), Arraias, 
Cavalcanti (1740) e Pilar. E entre 1740 e 1750, em Carmo (1746), Santa Luzia, 
Conceição, Bonfim, Caldas e Cocai (1749).
Meu(minha) querido(a), não é necessário que você decore o nome dessas 
minas. Mais importante do que conhecê-las, o que você precisa é compreender o 
processo que levou a serem descobertas e os seus desdobramentos, o que veremos 
a seguir.
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b) A Exploração do Ouro
A Coroa Portuguesa possuía a exclusividade comercial com a colônia (Pacto 
Colonial). Na prática, era a Coroa Portuguesa que determinava o que deveria ser 
explorado aqui e, em cima dessas atividades, cobrava tributos.
Grande parte do ouro extraído no Brasil acabou engordando os cofres ingleses 
na medida em que Portugal realizava acordos comerciais desfavoráveis com a In-
glaterra.
Sem dúvida, o sucesso da empreitada mineradora também se deve ao 
trabalho escravo de indígenas e de africanos. Eram expostos ao sol por longos 
períodos e passavam a maior parte do tempo com seus corpos na água, garim-
pando. Eram submetidos à violência física e psicológica. Não é de se estranhar que 
sobrevivessem em média 8 anos sob essas condições.
Em Goiás, a produção aurífera começou em 1725. A partir daí, várias ou-
tras descobertas foram realizadas, o que levou à formação dos primeiros arraiais 
nos arredores do rio Vermelho, Anta, Barra, Ferreiro, Ouro Fino e Santa Rita. A 
“corrida do ouro” atraiu contingentes populacionais de todo território brasileiro. 
Isso levou à estruturação econômica e administrativa dessas novas localidades, 
ainda que submetidas ao interesse Português.
2. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A escolha 
e a instituição de eventos como portadores de sentido histórico por uma sociedade 
transmitem a ideia de um processo de formação comum, conferindo aos símbolos 
o poder de sugerir identidade. Nesse sentido, a identidade entre o bandeirante e a 
história de Goiás vincula-se à:
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a) constituição do território goiano, pertencente à capitania de São Paulo até 1549, 
em virtude de sua importância como produtor de gêneros de subsistência.
b) fundação, no século XVI, dos primeiros vilarejos em Goiás, concebidos para o 
apresamento e a catequização dos índios.
c) descoberta do ouro em Goiás, catalisadora do processo do povoamento da re-
gião e da fundação das vilas.
d) prosperidade do comércio da região, alcançada graças ao saldo positivo advindo 
da exploração aurífera.
Letra c.
Meu(minha) querido(a), muito fácil, não é mesmo? São as bandeiras organizadas 
pelos paulistas que descobriram ouro na região de Goiás, atraindo um contingente 
populacional que possibilitou a formação de vilas e povoados.
O contrabando do ouro foi energicamente combatido pela Coroa Portuguesa, que 
isolava as minas, realizava revistas, criou as Casa de Fundição e aplicava castigos 
severos aos contrabandistas em exibições públicas.
Esclarecendo
Casas de Fundição: estabelecimentos criados pela corte portuguesa, durante o 
período do Brasil Colonial, nas regiões de exploração aurífera (principalmente Minas 
Gerais). Elas foram criadas em 1603 e funcionaram até 1821. Tinham a função de 
recolher o quinto (20%) sobre o ouro explorado e devolver a parte do mineiro em 
forma de barras com o selo da coroa portuguesa.
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Os dados oficiais, apesar de incompletos, revelam que a produção de ouro em 
Goiás era pequena se comparada à atividade em Minas Gerais. Para se ter uma 
ideia, entre 1730 e 1734, Goiás atingiu 1.000 Kg e, entre 1750 e 1754, no auge da 
mineração na região, atingiu 5.880 Kg.
A diminuição da produção é a marca da decadência da mineração na região. 
Como não possuíam tecnologia para extração do minério em lavras profundas, ti-
veram que encerrar atividade quando acabou o ouro de aluvião. Essa decadência 
acabou promovendo o declínio da população, o fim da imigração e a desaceleração 
das atividades econômicas.
2. A Agropecuária nos Séculos XIX e XX
Querido(a), durante a intensa atividade mineradora no século XVIII, a agricul-
tura se desenvolveu em Goiás como atividade subsidiária da primeira. Embora 
voltada para a subsistência, acabou gerando crescimento econômico na região.
Após o esgotamento da extração do outro, a Coroa Portuguesa decidiu implan-
tar medidas para reerguer a economia na região de Goiás, incentivando a agricul-
tura e a navegação nos Rios Araguaia e Tocantins. Contudo, com a ruralização da 
população, a atividade permaneceu como economia de subsistência até o século 
XIX, quando o Império tentou promover a transição de uma economia extrativista 
mineral para a agropecuária em grande escala.
Entretanto, os esforços do Império esbarraram em alguns problemas: existiam 
leis anteriores que coibiam essas atividades, taxações sobre agricultores e a falta 
de infraestrutura para escoamento da produção, que aumentavam em muito o custo 
final do produto.
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Por outro lado, a atividade pecuária se potencializou. O fato de o gado po-
der ser “locomovido” até seu destino e a existência de grandes pastagens naturais, 
dinamizou a atividadepara uma escala maior. Os pecuaristas forneciam gado para 
Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Assim, Goiás adentrou o século XX com gran-
de representatividade econômica.
Ao longo dos anos de 1900, devido à expansão da fronteira agrícola brasileira, 
a agropecuária se concretiza. Até 1930, a agricultura apoiou-se na produção de ar-
roz. Durante a Segunda Guerra Mundial, imigrantes poloneses, fugindo da tragédia 
em seu país, foram usados como mão de obra para a agricultura.
Já a partir de 1960, a dinâmica do desenvolvimento econômico de Minas Gerais 
e São Paulo contribuiu para que Goiás se tornasse grande fornecedor de produtos 
agropecuários. Além disso, a construção de Goiânia e de Brasília, que vere-
mos mais adiante, e a construção de estradas de ferro promoveram a mo-
dernização da economia goiana. Acontece que, com a diminuição do custo do 
transporte, Goiás passou a fornecer seus produtos agropecuários a outras regiões 
de maneira competitiva, o que levou à valorização das terras no Estado.
Goiás passou a substituir as rotas comerciais do Nordeste, integrando-se à eco-
nomia nacional como subsidiária, em que a terra era seu maior atrativo. Assim, 
a região se tornou fornecedora de gêneros alimentícios e de matérias-primas ao 
mercado brasileiro.
A rede ferroviária transformou o Triângulo Mineiro em entreposto comercial, 
promoveu o crescimento urbano e a produção agrícola em escala industrial. Pode-
mos listar, de maneira objetiva, as seguintes estradas de ferro construídas:
• a Estrada de Ferro Goiás, que chegou em Anápolis em 1935;
• a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, que ligava Campinas (SP) a Ara-
guari (MG); e
• a Companhia Paulista de Estrada de Ferro, que chegava até Barretos (SP).
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Durante o Regime Militar (1964-1985), ocorreu uma estratégia governamental 
de ocupação da Amazônia, o que tornou a região goiana de grande importância, re-
cebendo obras de infraestrutura para integração do Centro-Oeste aos núcleos mais 
dinâmicos da economia brasileira.
Hoje, a agropecuária no estado é bastante desenvolvida, se destacando entre 
demais atividades econômicas. A relação entre campo e cidade em Goiás foi alte-
rada em virtude da especialização e industrialização da agropecuária. O campo 
passou a ser utilizado na execução de produções agroindustriais, gerando 
uma grande concentração latifundiária.
Assim, é possível observar o aumento significativo do êxodo rural devido à uti-
lização de maquinário e diminuição da mão de obra braçal. Por falar em mão de 
obra, esta passou a ser especializada: operadores de máquinas, engenheiros agrô-
nomos, veterinários e técnicos agrícolas.
Entre os principais produtos agrícolas, destacamos a soja como principal. Intro-
duzida em 1980, a cultura foi aperfeiçoada pela obtenção de sementes adaptadas 
ao bioma do cerrado e resistentes a pragas. Para combater a acidez do solo, utili-
zou-se da aplicação de calcário e outros produtos químicos.
Já a cultura do milho é geralmente associada à criação de suínos e ao plantio de 
feijão. Enquanto que a cana-de-açúcar e a mandioca são cultivadas no modelo de 
subsistência para a fabricação de farinha, aguardente e rapadura. No que tange ao 
extrativismo vegetal, houve destaque para a casca de angico, o pequi, o babaçu e 
a exploração de madeira (mogno).
3. (CS/UFG/ GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS/PROFESSOR/2009) Leia o texto a 
seguir.
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Em Rio Verde, os imigrantes pretenderam plantar sementes de mandioca, isso 
quando o mais ignorante de nossos campônios sabe que tal prática é impossível, 
pois a mesma não se reproduz por esse processo […] Além do tipo de imigrante 
agricultor referido, é bastante elevado o número dos que aqui chegam como la-
vradores, mas que na realidade possuem profissões diferentes […] Facilmente se 
compreendem os resultados nefastos do encaminhamento dessa gente à lavoura, 
depois de afirmarmos ao fazendeiro tratarem-se de verdadeiros técnicos em agri-
cultura. Exposição de motivos do Sr. Luis Sampaio Neto ao Sr. Jerônimo Coimbra 
Bueno, 30.06.1949. In.: MAGALINSKI, Jan. Deslocados de guerra em Goiás: imi-
grantes poloneses em Itaberaí. Goiânia: CEGRAF, 1980, p.137. [Adaptado].
A citação refere-se ao processo de adaptação dos poloneses, que vieram para Goiás 
no pós-guerra. Com a formação da colônia de Itaberaí, esse processo migratório 
indicava
a) o interesse da população migrante, ansiosa por abandonar a condição de deslo-
cado de guerra, sob quaisquer condições.
b) a diferença entre as condições mesológicas encontradas em Goiás e na Europa, 
dificultando o aproveitamento dos trabalhadores poloneses.
c) a visão positiva do governo goiano sobre aquela circunstância, assentada na 
troca de experiências entre fazendeiros locais e colonos estrangeiros.
d) a tentativa governamental de implementação de um novo modelo fundiário, ba-
seado na pequena propriedade rural familiar
Letra b.
Meu(minha) querido(a), mais uma questão que dá maior importância à interpreta-
ção de texto do que necessariamente ao conhecimento do conteúdo. O texto é claro 
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em destacar os “resultados nefastos do encaminhamento dessa gente à lavoura”. 
Fique ligado: a única alternativa que concorda com o texto é a letra “b”. A letra “a” 
estaria correta caso não pecasse na nomenclatura “migrantes” para se referir aos 
“imigrantes.
O Coronelismo na República Velha
A República, proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que 
se convencionou chamar de República de Espada (1889-1894). O governo dos 
marechais deu lugar ao governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos 
República Oligárquica.
Caro(a) aluno(a), tentei resumir o máximo possível de informações sobre a en-
grenagem da República Oligárquica. Elas são necessárias para que você faça uma 
excelente prova. Então, não vamos perder seu precioso tempo. Sigamos!
Oligarquia é uma palavra de origem 
grega e significa “governo de poucos”. 
Como o próprio nome diz, a República 
Oligárquica (1894-1930) foi um período 
da história do Brasil em que as oligar-
quias cafeeiras de São Paulo (Partido Re-
publicano Paulista) e as oligarquias pro-
dutoras de leite de Minas Gerais (Partido 
Republicano Mineiro) dominaram a cena 
política brasileira por possuírem a maioria 
do eleitorado do país. Daí a nomenclatura 
usual: Política do café com leite.
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Os presidentes indicados por estes dois partidos se revezaram na presidência da 
República até a Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder.
Contudo, foi necessária a criação de mecanismos para que garantissem a elei-
ção dos candidatos escolhidos pelos dois grupos. Vamos a eles:
Política dos Governadores: foi um acordo político firmado durante o período 
da República Velha (1889-1930), com o objetivo de unir os interesses dos políticos 
locais ao governo federal, a fim de garantir o controle do poder político.
Coronelismo: para que a política dos governadores funcionasse, era preciso a 
garantia dos votos necessários. Nesse sentido, poder político local era exercido 
por um coronel. Apesar da patente no nome, não era um militar. Tratava-se de 
um mandatário, geralmente um grande proprietário de terras, que controlava a 
dinâmica política na sua região em função da dependência econômica da população 
local. A economia local era altamente dependente da atividade do coronel, que 
obrigava seus “dependentes” a votarem nos candidatos que ele indicasse. É própria 
das pequenas cidades do interior e configura uma forma de mandonismo em que 
uma elite, personificada pelo proprietário rural, controla os meios de produção, de-
tendo o poder econômico, social e político local. O coronelismo foi a base de toda a 
estrutura que garantia a manutenção das elites agrárias no governo da República.
Voto de Cabresto: a Constituição de 
1891 estipulava o voto aberto. Assim, os co-
ronéis obrigavam seus “dependentes” a vo-
tarem em seus candidatos. Aqueles que ten-
tavam desobedecer eram punidos, perdendo 
seus empregos ou não conseguindo vender 
ou prestar algum serviço para o Coronel.
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Curral eleitoral: os coronéis negociavam seu apoio e os votos necessários aos can-
didatos que negociavam com ele. Ofereciam seu curral eleitoral em troca de favores.
Comissão Verificadora: se, mesmo diante da dominação coronelista, os can-
didatos dos coronéis não fossem selecionados, uma Comissão Verificadora de Po-
deres tinha autoridade para não diplomar o candidato eleito.
A partir de 1891, Goiás começou a vivenciar certo desenvolvimento com a ins-
talação do telégrafo para a transmissão de notícias. Além disso, com a chegada da 
estrada de ferro, no início do século XX, a urbanização na região sudeste ganhou 
impulso, facilitando o escoamento da produção do arroz goiano.
Entretanto, por falta de recursos, a estrada de ferro não chegou até a capital 
e ao norte de Goiás, deixando-os praticamente incomunicáveis. Assim, a pecuária 
continuou como o setor econômico mais dinâmico. Nota-se, portanto, que a Pro-
clamação da República em 1889 não solucionou os problemas sociais e econômicos 
da população goiana.
As elites econômicas dominantes continuaram as mesmas. O advento da Repú-
blica trouxe apenas modificações administrativas e políticas. Podemos dizer que, 
até 1930, houve uma grande disputa política entre as três principais elites da oli-
garquia goiana: os Bulhões, os Fleury e os Jardim Caiado.
Da proclamação da República (1789) até 1912, a política goiana foi dominada 
pela família Bulhões, chefiada por José Leopoldo de Bulhões. De 1912 até a Revo-
lução de 1930, os Jardim Caiado, sob a liderança de Antônio Ramos Caiado, domi-
naram a cena política de Goiás.
O coronelismo deixou marcas profundas na sociedade goiana. O clientelismo 
e as relações de influência dos grandes proprietários de latifúndios são um bom 
exemplo dessa herança política.
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Ao final da década de 1920, o PRM (Partido Republicano Mineiro) rompeu com 
o PRP (Partido Republicano Paulista), por desavenças na escolha do sucessor às 
eleições de 1929. As disputas políticas levaram à Revolução de 1930, que conduziu 
Getúlio Vargas ao poder.
4. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A estrutu-
ra política na Primeira República foi marcada pelo domínio do poder local (coronéis), 
associado aos governadores. Definida no governo de Campos Sales (1898-1902), 
essa organização política decorria:
a) da ausência de instrumentos institucionais adequados, que controlassem os 
conflitos regionais e assegurassem a ordem republicana.
b) do receio da centralização política, que resultaria na predominância política das 
regiões produtoras de café (São Paulo e Minas Gerais).
c) da necessidade de assegurar a ordem pública, que se encontrava ameaçada pela 
libertação dos escravos, decretada pela lei Áurea em 1888.
d) da obrigação de garantir o pacto federativo, que exigia o cumprimento de direi-
tos e deveres nos mais longínquos territórios.
Letra d.
Querido(a), o coronelismo foi o instrumento utilizado pelas oligarquias para defen-
der o cumprimento do “pacto federativo”, do acordo firmado entre o governo da 
federação e as elites oligárquicas locais. Era muito importante que o coronel, mes-
mo em regiões distantes, conseguisse garantir a eleição dos candidatos acertados 
entre as partes. Assim, a estrutura da política dos governadores recebia o aval das 
oligarquias locais e, em troca, prestava favores e concessões políticas.
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3. A Construção de Goiânia e Brasília
a) Construção de Goiânia
Caro(a) aluno(a), durante mais de 200 anos, a cidade de Goiás foi capital do 
Estado. Em 1830, Miguel Lino de Morais, então governador da província, propôs a 
mudança da capital para uma região que hoje está localizada em Tocantins, próximo 
à Niquelândia. A ideia era que a capital ficasse numa área de maior povoamento.
Em 1863, outro governador da província de Goiás, José Vieira Couto de Maga-
lhães, retomou a ideia. Em 1891, quando foi promulgada a primeira Constituição 
do Estado de Goiás, o seu artigo 5º previa a transferência da capital. Mesmo com 
a promulgação das constituições estaduais de 1898 e 1918, o artigo foi mantido.
Com a Revolução de 1930, Getúlio nomeou Pedro Ludovico Teixeira como in-
terventor do Estado, que tomou como prioridade a transferência da Capital. (Guar-
de esse nome ok! Na nossa segunda aula, vamos discutir mais detalhadamente a 
interventoria de Ludovico.) Assim, em 1932, foi decretada a mudança da sede 
da capital para uma região próxima à Anápolis. O município de Goiânia seria 
constituído pela fusão dos municípios de Campinas, Hidrolândia e parte dos terri-
tórios dos de Anápolis, Bela Vista e Trindade. Em 1937, com a maioria dos edifícios 
públicos construídos e com algumas moradias, a sede do governo é transferida e, 
em 1942, a Capital foi inaugurada.
O batismo da nova capital aconteceu somente em 2 de agosto de 1935, 
dois anos após o iníciode sua construção. Antes de ser chamada por Goiânia, a 
nova capital era apontada nos documentos oficiais como “futura capital”, “nova ca-
pital”, “nova cidade”.
O local de sua construção estava relacionado à proximidade da chegada da Es-
trada de Ferro de Goiás. Foi projetada pelo engenheiro Atílio Correia Lima e pelo 
urbanista Armando Godói.
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O dinheiro para a execução do projeto veio de um empréstimo junto ao Banco 
do Brasil, dentro da política do Governo Federal de ocupação efetiva do território, a 
chamada “marcha para o oeste”. Nesse sentido, também instalou colônias agríco-
las na região, o que contribuiu para o surgimento de novas cidades como Uruana, 
Britânia, Ceres e Rialma. Estas duas, inclusive, foram fundadas pelo engenheiro 
Bernardo Saião Carvalho de Araújo, que seria chamado pelo presidente Juscelino 
Kubitschek para comandar a construção de Brasília.
Já entre as décadas de 1940 e 1950, o crescimento de Goiânia ultrapassou os 
53 mil habitantes, quando o planejamento inicial era para 50 mil. A política de Ge-
túlio Vargas de interiorização da economia em 1951, a chegada da estrada 
de ferro, a inauguração da Usina de Rochedo e a construção de Brasília, 
contribuíram significativamente para o aumento da população na região.
5. Goiânia é uma cidade que foi planejada para ser capital de Goiás. Antes dela, a 
capital do estado era a Cidade de Goiás. A construção e a transferência da capital 
para Goiânia ocorreram na década de:
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a) 1920.
b) 1930.
c) 1940.
d) 1950.
Letra b.
Meu(minha) querido(a), muito fácil, não é mesmo!? Goiânia foi criada por decre-
to em 1932, e a transferência da sede do governo estadual aconteceu em 1937. 
Quando aconteceu a sua inauguração, Goiânia já era sede do governo e capital do 
estado.
b) A Construção de Brasília
Querido(a), a construção de Brasília se insere no contexto estratégico do Plano 
de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. Entretanto, a ideia de transferência 
da capital do país já era tema de debates desde o Império.
Com a Constituição de 1891, decretava-se juridicamente a mudança do Rio de 
Janeiro para o interior do país. Para definir o local, Marechal Floriano Peixoto, pre-
sidente do país entre 1891 e 1894, organizou a Comissão Exploradora do Planalto 
Central (1892-1893), chefiada pelo engenheiro Luiz Cruls.
A Constituição de 1946 manteve o artigo que definia a mudança, mas o projeto 
só foi levado adiante com JK. Assim, no dia 21 de abril de 1960, Brasília foi inau-
gurada. Vejamos então, como Juscelino organizou todo processo de construção de 
Brasília, bem como suas consequências visíveis no estado de Goiás.
Durante campanha presidencial, Juscelino usou do slogan “50 anos em 5”. A 
ideia desenvolvimentista era ambiciosa, buscava-se:
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• acelerar o desenvolvimento nacional ao promover a interiorização;
• fomentar a industrialização promovendo crescimento do mercado interno.
Para tanto, o Governo JK (1956-1961), através de seu Plano de Metas, usou 
da seguinte estratégia: o Estado entraria com investimentos em infraestrutura (ro-
dovias, energia, logística, terrenos...) e as multinacionais entrariam com seu ca-
pital investindo em industrias (destaque para a automobilística). Essa associação 
entre Estado e capital internacional gerou grandes investimentos, fazendo com que 
a economia brasileira crescesse 80% nos primeiros anos. A ideia seria transformar 
o país num gigantesco canteiro de obras.
Apesar do sucesso inicial, há que se chamar atenção para o fato de que o capital 
investido pelo Governo foi conseguido com empréstimos junto ao FMI, contraindo 
uma dívida externa que causou sérios danos ao desenvolvimento do país. Ademais, 
a grande emissão de papel moeda durante seu governo acabou gerando graves 
índices inflacionários.
Um dos objetivos do Plano de Metas era a integração nacional através das cons-
truções de Brasília e de estradas que ligassem a capital ao restante do país. Por 
tanto, meu(minha) querido(a), a grande meta de Juscelino era a construção de 
Brasília. Ela significava a síntese do seu projeto de desenvolvimento.
Construção de Brasília.
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Brasília possui o Plano Urbano projetado por Lúcio Costa (Plano Piloto) e arquite-
tura de responsabilidade de Oscar Niemeyer. Para coordenar as atividades Jucelino 
criou a NOVACAP, empresa responsável por mobilizar materiais, trabalhadores e 
recursos para erguer a nova cidade no cerrado.
Estima-se que cerca de 60 mil operários foram atraídos pelas oportunidades de 
trabalho na capital. Tamanha era a atração do sonho de uma melhor condição de 
vida que o entorno de Brasília, 1957, já abrigava mais de 12 mil pessoas. Esses 
trabalhadores, em sua maioria nordestinos, eram chamados “candangos”. Após o 
dia de trabalho se abrigavam em condições precárias, em barracões coletivos. Não 
era raro que lhes impusessem a jornada de dois turnos e mesmo a retenção de pa-
gamento e cortes de água, tudo isso para pressionar os trabalhadores a acelerarem 
a construção. Não havia equipamentos de proteção. Avalia-se que mais de três mil 
operários tenham morrido durante as obras.
“Candangos”. Trabalhadores que construíram Brasília.
O estado de Goiás acabou recebendo grandes investimentos em rodovias, que 
cortariam seu território para chegar à capital. As cidades no entorno de Brasília 
também apresentaram grande crescimento populacional. Goiânia se tornou, 
nesse sentido, muito importante para o fornecimento de materiais através de suas 
estradas férreas.
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6. Leia o discurso de Juscelino Kubitschek, denominado Mensagem de Anápolis, 
sobre a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital.
“A ideia da transferência da capital se constituiu num dos problemas mais impor-
tantes de nossa evolução histórica, remontando à própria Inconfidência Mineira.As Constituições de 1891, 1934 e 1946 acolheram, expressamente, as aspirações 
gerais nesse sentido, estabelecendo de forma taxativa que a transferência se faria 
para o planalto central do país, sendo que a constituição em vigor ainda foi mais 
explícita do que as anteriores, formulando, inclusive, normas para a localização da 
futura capital e estabelecendo o processo para a aprovação do local e início da de-
limitação da área correspondente, a ser incorporada ao domínio da União.”
BONAVIDES, Paulo, AMARAL, Roberto. Textos políticos da História do Brasil. 3 ed. 
Brasília: Senado Federal, Conselho editorial, 2002. v. 7, p. 32.
Na mensagem de JK é claro o histórico interesse do Estado brasileiro em transferir 
a capital que então se localizava no Rio de Janeiro. Entre os argumentos favoráveis 
à transferência da capital, encontrava-se:
a) a integração nacional, estimulando a ocupação do sertão brasileiro.
b) a saída do Rio de Janeiro, devido à corrupção latente da cidade.
c) a necessidade de deixar a capital longe das ondas modernizantes que chegavam 
rapidamente às regiões litorâneas.
d) a necessidade de ocupação do interior do Brasil, já que não houve movimento 
populacional algum para essa região durante a história do país.
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Letra a.
Meu(minha) caro(a), essa questão não é de concurso público, é de vestibular. En-
tretanto, ela cumpre sua função pedagógica. A ideia de JK ao construir Brasília era 
iniciar um projeto de integração das diversas regiões do país, interiorizando a capi-
tal do país e realizando uma ocupação efetiva do território brasileiro.
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RESUMO
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (CS/UFG/ESTADO DE GOIÁS/PROFESSOR/NÍVEL III/2009) A fundação de Goi-
ânia foi concebida em um contexto de mudanças políticas, tanto nacionais quanto 
locais. A nova capital de Goiás deveria aproximar o estado do eixo de desenvol-
vimento do País, focado na Região Sudeste. A escolha do sítio para instalação da 
cidade considerou também
a) a proximidade com Brasília, o que favoreceria os contatos com o governo federal.
b) a abundância de recursos hídricos, o que permitiria a posterior expansão do 
núcleo urbano.
c) o relevo mais movimentado que o da antiga capital, Goiás, favorável à instalação 
de instrumentos urbanos.
d) a maior distância em relação ao litoral, para garantir as questões de segurança 
quanto a ataques externos.
2. (MACKENZIE-SP/2010) A Inauguração de Brasília completa 50 anos. A ideia da 
transferência da capital do país para a região central do Brasil é antiga. Desde a 
Inconfidência Mineira, esse sonho já era acalentado por seus participantes, porém, 
coube ao presidente Juscelino Kubitschek a inciativa de muda-la do Rio de Janeiro 
para o Centro-Oeste brasileiro. Com projetos, urbanístico de Lúcio Costa e arqui-
tetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960, 
data escolhida em homenagem a Tiradentes.
A respeito de Brasília, julgue os itens abaixo.
I – Uma das justificativas para a sua construção foi a de que a interiorização da 
capital traria desenvolvimento para áreas despovoadas e inexploradas do 
território brasileiro, além de ser menos vulnerável a ataques externos.
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II – Após a sua construção, municípios periféricos (cidades satélites) foram cria-
dos pelo governo, visando atender às necessidades sócio urbanas da popula-
ção que, via de regra, se empregava em Brasília.
III – A capital passou a ser polo de atração para migrantes. Atualmente, a região 
Centro-Oeste abriga mais de 13 milhões de habitantes.
Estão corretas
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.
3. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Leia o fragmento a seguir.
Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo 
na fase inicial; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “apti-
dão” ao trabalho escravo [...]. O que talvez tenha importado é a rarefação demo-
gráfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas 
na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema 
mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes 
a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negrei-
ro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante 
setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio 
interno da colônia. […] Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode 
entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. NOVAIS, Fernando A. 
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Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). São Paulo: Hu-
citec, 1979. p. 105. [Adaptado].
Ao discorrer sobre a imposição da mão de obra de africanos escravizados na Amé-
rica Portuguesa, Novais
a) refuta o argumento de que o africano seria mais predisposto ao trabalho escra-
vo, rejeitando o discurso que justificava a escravatura por supostas características 
atribuídas aos povos subjugados.
b) reforça a atuação da Igreja na proteção dos indígenas, subentendendo que a 
catequização contribuiu para a diminuição do aprisionamento e da escravização da 
mão de obra indígena.
c) explica o uso da mão de obra de africanos escravizados na América Portuguesa, 
apontando a necessidade econômica da Coroa em obter mão de obra barata e em 
larga escala para a colonização.
d) redimensiona o papel da Colônia na implementação do tráfico negreiro, rompen-
do com uma historiografia tradicional que privilegiava a atuação do Estado Metro-
politano na formação do sistema colonial.
4. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) A área ocupada pela comunidade 
Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde 1991, como Sítio 
Histórico e Patrimônio Cultural.Esse reconhecimento é importante porque
a) preserva o folclore da comunidade em processo de desaparecimento.
b) contribui com a memória e a identidade de povos que habitam a região.
c) impede a demolição de casas e outras construções localizadas na área demar-
cada.
d) evita o processo de aculturação de sociedade portadora de conhecimentos tra-
dicionais.
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5. (UFG/CS/SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE PREFEITURA DE 
GOIÂNIA/2016) A população do estado de Goiás segue um padrão de distribuição 
semelhante ao da maioria dos estados brasileiros, de concentração dos habitantes 
na capital e em algumas poucas cidades. Dentre as cidades mencionadas a seguir, 
as três mais populosas, além de Goiânia, são:
a) Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde.
b) Luziânia, Águas Lindas e Valparaíso.
c) Jataí, Catalão e Caldas Novas.
d) Trindade, Senador Canedo e Itumbiara.
6. (UFG/CS/SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE PREFEITURA DE 
GOIÂNIA/2016) O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo. 
Em grande parte, esse volume de produção está associado a monoculturas, cujos 
valores de mercado são negociados em bolsas de valores, as chamadas commodi-
ties. Exemplos disso são as culturas de:
a) arroz e feijão.
b) soja e milho.
c) batata e mandioca.
d) hortaliças e verduras.
7. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/AUDITOR DE TRIBUTOS/2009) Muitos mu-
nicípios goianos têm origem relacionada ao período de garimpagem do ouro em 
Goiás. São exemplos de município que têm essa origem os seguintes:
a) Corumbá de Goiás e Crixás.
b) Niquelândia e Palmeiras de Goiás.
c) Pilar de Goiás e São João da Paraúna.
d) São Luiz do Norte e Minaçu.
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8. (CS/UFG/PREFEITURA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A transformação da or-
dem social em Goiás adveio de uma nova ordenação do poder, a partir da Revolu-
ção de 1930, pois
a) a política de integração nacional, por meio do estímulo à construção de ferro-
vias, foi uma decorrência direta do movimento revolucionário.
b) a aliança entre os grupos tradicionais, em torno da construção de uma nova ca-
pital, consolidou o poder de Pedro Ludovico.
c) a construção de uma nova capital redefiniu as relações tradicionais de mando 
político, abrindo perspectivas ao desenvolvimento regional.
d) o apoio financeiro do Governo Provisório (1930-1934) foi fundamental para a 
construção da nova capital.
9. (CS/UFG/PREFEITURA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) No decorrer dos sécu-
los XVI a XVIII, o sucesso do empreendimento colonial dependeu da produção de 
equivalências simbólicas, que se expressaram culturalmente por meio da atuação
a) da Companhia das Índias Ocidentais, que assumiu a função de reordenar as 
concepções de trabalho e de troca dos nativos.
b) dos pintores renascentistas, que representaram o Novo Mundo e suas peculiari-
dades a partir dos códigos ameríndios.
c) dos cronistas europeus, que se preocuparam em entender e redigir as histórias 
contadas pelos nativos em sua língua materna.
d) da Companhia de Jesus, que integrou os nativos ao universo cristão com o au-
xílio do trabalho missionário e educacional.
Seminômades
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10. (CS/UFG/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS/ASSISTENTE AD-
MINISTRATIVO/2015) A composição da população goiana, considerando a migra-
ção, é bastante heterogênea. Contudo, é possível estabelecer um perfil regional 
da migração, uma vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em 
vista o Entorno do Distrito Federal, a maior parte dos migrantes foram oriundos da 
região
a) Sul.
b) Norte.
c) Nordeste.
d) Sudeste.
11. (CS/UFG/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS/ASSISTENTE AD-
MINISTRATIVO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII é distinto 
daquele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação à rede de cidades 
e à integração econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz.
d) a exploração do ouro.
12. (TJSC-SC/2009/ASSISTENTE SOCIAL) Em relação ao Período Republicano do 
Brasil, assinale a única alternativa INCORRETA:
a) A Proclamação da República foi um movimento eminentemente elitista que ocor-
reu sem luta e sem a participação direta das camadas populares.
b) A fase em que os militares ocuparam a liderança política do país também ficou 
conhecida como a República da Espada.
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c) Entre as medidas tomadas pelo Governo Provisório, instalado logo após a Pro-
clamação da República, podemos citar a extinção da vitaliciedade do Senado e a 
decretação da expulsão da Família Real do Brasil.
d) O coronelismo foi um dos mais característicos fenômenos sociais e políticos da 
República Velha.
e) A supremacia de Minas Gerais e do Rio de Janeiro na política nacional ficou co-
nhecida como política do café com leite, uma referência aos principais produtos 
destes estados e à alternância dos seus representantes no poder.
13. (INSTITUTO MACHADO DE ASSIS/PREF. DE MATIAS OLÍMPIO/PI/PROFES-
SOR/2016) A República Velha, ou Primeira República, é o nome dado ao período 
compreendido entre a Proclamação da República, em 1889, e a eclosão da Revo-
lução de 1930. Todas as afirmações sobre a primeira república estão corretas, EX-
CETO.
a) A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca 
e Floriano Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Consti-
tuição que iria nortear as ações institucionais durante a Primeira República.
b) O período República da Espada foi marcado por crises econômicas, como a do 
Encilhamento, e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução Federa-
lista e a Revolta da Armada.
c) A República Oligárquica foi marcada pelo controle político exercido sobre o go-
verno federal pela oligarquia açucareira mineira e pela elite rural paulista, na co-
nhecida “política do café com leite”.
d) Foi no período da República Oligárquica que ainda se desenvolveu mais forte-
mente o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do 
país.
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14. (FUVEST/2009) Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de 
Mesquita Filho escreveu:
“... a política se orienta não mais pela vontade popular livremente manifesta, mas 
pelos caprichos de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se acolhem 
todos quantos pretendem um lugar nas assembleias estaduais e federais”. (A crise 
nacional, 1925.)
De acordo com o texto, o autor:
a) critica a autonomia excessiva do poder legislativo.
b) propõe limites ao federalismo.
c) defende o regime parlamentarista
d) critica o poder oligárquico.
e) defende a supremacia política do sul do país.
15. (ENEM/2014) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a orga-
nização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau 
suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente 
seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das mul-
tidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados 
é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 1987 (adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política 
no sentido de:
a) governar com a adesão popular.
b) atrair o apoio das oligarquias regionais.
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c) conferir maior autonomia às prefeituras
d) democratizar o poder do governo central.
e) ampliar a influência da capital no cenário nacional
16. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo 
chamado pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do 
estabelecimento de um sistema de exploração mercantil implementado pelas na-
ções europeias com relação à América. Com relação ao Brasil, do que constava este 
pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições 
de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da 
metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de 
que a matéria-prima fosse adquirida da metrópole.
17. O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois documentos 
jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses docu-
mentos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as 
suas rendas e o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia 
os direitos e deveres dos donatários, como promover a prosperidade da capitania, 
conceder sesmarias, receber a redízima das rendas da metrópole e a vintena da 
comercialização do pau-brasil e do pescado.
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Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral
18. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de 
ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simulta-
neamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo gover-
no português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
19. (CFSD/PM-PA) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-
tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. 
O efeito concreto dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do 
novo continente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração 
compulsória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi nego-
ciada a expansão colonialista portuguesa.
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d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de ex-
ploração do trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portu-
gueses e autoridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.
20. (FUVEST) Os indígenas foram também utilizados em determinados momen-
tos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar 
problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que 
talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades 
de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, 
mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se pro-
cessa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de 
capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias 
com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o 
apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos 
comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com 
os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio 
de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores me-
tropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o 
segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, 
é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, 
e não o contrário. (Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema 
Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
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a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, 
e por isso a metrópole optoupelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos 
e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os 
indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar 
mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolita-
nos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, en-
quanto outros os consideravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu de-
cisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fos-
sem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de 
que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertu-
ra de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às 
estruturas do sistema de colonização
21. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da 
América portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. In-
dique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela 
utilização dos índios – denominados “negros da terra” – como mão de obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão de obra es-
crava africana seja em áreas ligadas à agroexportação, como o nordeste açucareiro 
a partir do final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.
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c) A partir do século XVI, com a introdução da mão de obra escrava africana, a 
escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões da América portu-
guesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns 
de seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifún-
dios agroexportadores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam 
vendendo mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “es-
cravos de ganho”.
22. (UFG) Leia o trecho a seguir:
A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte 
da América Portuguesa senão com os nacionais da mesma América. E que achan-
do-se todo o sertão daquele vasto continente coberto de índios, estes deviam ser 
principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as cidades que se fossem 
formando. (Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania 
de Goiás. 1758. In: PALACIN, Luís. O Século de ouro em Goiás. Goiânia. Editora da 
UCG, 1994. p, 84.)
O documento aponta a preocupação da Coroa Portuguesa com o povoamento da 
Capitania de Goiás, cujo desdobramento foi a política de:
a) Ocupação das terras indígenas.
b) Guerra justa contra as tribos indígenas.
c) Mestiçagem de brancos, índios e negros.
d) Embates intermitentes com as tribos indígenas.
e) Implantação de aldeamentos indígenas.
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23. (UEG) A integração de Goiás nos quadros da economia nacional encontrou na 
construção de Brasília um momento de inflexão: Goiânia transformou-se em ponto 
de apoio fundamental para a construção da nova capital. Acerca da integração eco-
nômica de Goiás entre as décadas de 1950 e 1970, marque a alternativa CORRETA:
a) Houve uma enorme resistência da elite política goiana em ceder imensa quanti-
dade de terras para formação do Distrito Federal, uma vez que a atividade pecuaris-
ta era desenvolvida intensivamente nas terras onde a nova capital seria construída.
b) A construção de Brasília recebeu apoio inconteste de todos os partidos políticos, 
pois a interiorização da capital já estava prevista na primeira constituição republi-
cana. O sonho de se construir uma nova capital ultrapassou as divisões ideológicas.
c) O golpe de 1964 paralisou os investimentos na modernização da agricultura 
brasileira. O modelo econômico adotado reservara à agricultura papel secundário, 
concentrando os investimentos no desenvolvimento industrial.
d) A modernização da agricultura goiana foi uma decorrência da transferência da 
capital, pois o estado de Goiás tornou-se responsável pelo abastecimento de Brasí-
lia, o que permitiu uma profunda alteração na agricultura goiana, com o crescimen-
to da pequena propriedade.
e) A integração da economia goiana nos fluxos de investimentos nacionais iniciou-
-se no final da década de 1920 com a chegada dos trilhos, mas só ganhou impulso 
decisivo com o desenvolvimento da agricultura moderna, com o cultivo da soja.
24. O ano de 1749 marcou o momento em que Goiás deixou de ser uma extensão 
da Capitania de São Paulo e passou a ser uma capitania independente. Nessa oca-
sião, o responsável por governar a Capitania de Goiás foi:
a) Bartolomeu Bueno da Silva
b) Dom Marcos de Noronha
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c) Pedro Ludovico
d) Mauro Borges
e) Totó Caiado
25. A cidade de Goiânia é fruto da política de intervenções da Era Vargas. O inter-
ventor nomeado por Vargas, Pedro Ludovico Teixeira, começou a construir a cidade 
em 1933. A transferência da capital, da cidade de Goiás, para Goiânia, ocorreu em 
1937, no início do Estado Novo. A criação da nova capital tinha, eminentemente, a 
função de:
a) conservar o poder político das oligarquias locais, como a dos Caiados.
b) estabelecer domínios sobre terras que pertenciam ao Estado de São Paulo na-
quela época.
c) retirar o poder político das oligarquias locais.
d) introduzir em Goiás a cultura da cana-de-açúcar e o sistema de engenhos e usi-
nas açucareiras.
e) afastar as tribos indígenas que habitavam as cercanias da cidade de Campinas 
das Flores, hoje o Bairro de Campinas.
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GABARITO
1. b
2. d
3. a
4. b
5. a
6. b
7. a
8. c
9. d
10. c
11. d
12. e
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