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HISTÓRIA
História do Amapá – Parte II
Livro Eletrônico
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte II
Prof. Daniel Vasconcellos
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SUMÁRIO
História do Amapá – Parte 2 ........................................................................4
1. A Cabanagem no Amapá ..........................................................................5
2. A Criação do Território Federal do Amapá .................................................14
3. Manifestações Populares e Sincretismo Cultural no Amapá ..........................19
4. História da Região Norte ........................................................................28
Questões de Concurso ...............................................................................37
Gabarito ..................................................................................................54
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte II
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HISTÓRIA DO AMAPÁ – PARTE 2 
Olá, meu(minha) querido(a), tudo bem? Espero que sim.
Bem-vindo(a) novamente! Que nesta aula consigamos dar sequência ao seu 
processo de ingresso no quadro de servidores do Estado de Amapá. É isso mesmo! 
O resultado de sua dedicação, dos nossos bate-papos, será a sua aprovação no 
concurso. 
Na aula anterior, tratamos de parte significativa da História do Amapá elencada 
no edital e mais algumas contextualizações. Nesta aula, trataremos do conteúdo res-
tante dessa História. Contudo, antes de seguirmos, quero lhe propor um pequeno 
exercício. Observe novamente um dos mapas mentais da aula anterior:
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte II
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Vamos lá! O que foi a Questão do Amapá? Fica mais fácil responder se você 
apontar o maior número de informações relevantes sobre suas causas. Então ex-
plique para si mesmo os acontecimentos relevantes que despertaram o interesse 
francês pela região. Consegue explicar o que foi o Ciclo do Ouro em Calçoene? Mui-
to bem. Faça o mesmo com o ciclo da borracha e com a atuação jurídica do Barão 
do Rio Branco na questão. Pronto. Você consegue explicar o que foi a Questão do 
Amapá. Refaça esse exercício com todos os mapas mentais no momento da revisão 
da aula. Repita-os até que não sejam mais necessários. Você observará o quanto 
essa simples atividade vai corroborar a fixação do conteúdo. 
Vejamos então quais serão os assuntos tratados nesta aula:
1) a Cabanagem no Amapá;
2) a Criação do Território Federal do Amapá;
3) manifestações populares e sincretismo cultural no Amapá;
4) história da Região Norte.
1. A Cabanagem no Amapá
Querido(a) aluno(a), vamos a uma breve contextualização para entender o que 
levou ao surgimento desse movimento social. 
A Cabanagem eclodiu no contexto do chamado Período Regencial (1831-
1840). Dom Pedro voltou a Portugal, pressionado por um contexto político de crise 
devido ao estranho assassinato do jornalista Libero Badaró, que fazia publicações 
sempre atacando o imperador. Diante de protestos de brasileiros, foi a Portugal 
para recuperar seu trono, tomado pelo seu irmão Dom Miguel. Deixou seu filho, 
Dom Pedro II, como príncipe regente, mas este não pôde assumir o trono por ter 
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apenas 5 anos de idade. A Constituição de 1824 determinava que o país deveria 
ser governado por regentes até que o príncipe herdeiro atingisse a maioridade 
(18 anos).
Durante esse período, o Brasil passou por uma grave crise política e diversas 
revoltas durante o período regencial. A crise política ocorreu devido à disputa 
pelo controle do governo entre diversos grupos políticos:
• restauradores: defendiam a volta de D. Pedro I ao poder.
• moderados: defendiam o voto só para os ricos e a continuação da Monar-
quia.
• exaltados: pretendiam realizar reformas para melhorar a vida dos mais 
necessitados e voto para todas as pessoas.
Antes de seguirmos, listo as regências que governaram o país no período:
• Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Verguei-
ro e Marquês de Caravelas.
• Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da 
Costa Carvalho, João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
• Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio 
Feijó.
• Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de 
Araújo Lima.
• Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de 
Araújo Lima.
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Não há necessidade de que você decore essas regências. O objetivo de listá-las 
ainda se insere na contextualização. Entenda que a Cabanagem, assim como os 
outros movimentos sociais que ocorreram no Período Regencial, teve entre uma de 
suas causas esse vazio de poder, essa falta da autoridade de um monarca. Isso fez 
com que as elites regionais, em várias regiões do país, se sentissem à vontade para 
tentar mudar a ordem institucional nas suas áreas de influência. 
Além disso, variadas circunstâncias, relacionadas à economia local ou à miséria 
da população, fizeram com que houvesse uma mobilização no sentido de contestar 
a centralização político-administrativa das regências, extremamente autoritárias.
Apenas à título de ilustração, seguem as principais revoltas regenciais:
• Revolta do Lavradio, em Minas Gerais, 1836.
• Balaiada, no Maranhão, 1838-1841.
• Cabanada, em Pernambuco, 1832-1835.
• Cabanagem, no Pará, 1835-1840.
• Carneiradas, em Pernambuco, 1834-1835.
• Federação do Guanais, na Bahia, 1832-1833.
• Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835-1845.
• Insurreição do Crato, no Ceará, 1832.
• Mata-Maroto, na Bahia.
• Motins em Pernambuco, de 1831 a 1834.
• Abrilada, em 1832.
• Setembrada, em 1831.
• Novembrada, em 1831.
• Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais, 1833.
• Revolta de Carrancas, em Minas Gerais, 1833.
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• Revolta de Manuel Congo, no Rio de Janeiro.
• Revolta dos Malês, na Bahia.
• Rusgas,no Mato Grosso, 1834.
• Sabinada, na Bahia, 1837-1838.
• Setembrada, no Maranhão, em 1831.
Note que não foram poucas as revoltas no período. O país foi sacudido pela insa-
tisfação da população ante aos constantes aumentos de impostos e o autoritarismo 
dos governos regenciais, que indicavam governadores totalmente desvinculados 
das realidades regionais.
A Cabanagem no Amapá (06/01/1835 a 23/08/1840) 
A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre 1835 e 1840 na 
província do Grão-Pará, região Norte do Brasil, atuais estados do Pará e Amapá. 
Foi batizada assim porque grande parte dos revoltosos era formada por pessoas 
pobres que moravam em cabanas nas beiras dos rios da região. Essas pessoas 
eram chamadas de cabanos.
A Cabanagem foi a única, entre todas as revoltas, em que membros das cama-
das populares tomaram e mantiveram o poder na província, ainda que por pouco 
tempo. Contudo, o caráter popular da Cabanagem não foi, por exemplo, igual à 
Revolta dos Malês, em que escravos de Salvador se rebelaram contra o Império.
A província do Grão-Pará englobava regiões dos atuais estados do Pará, Ama-
zonas, Amapá e Roraima. Quando D. Pedro proclamou a independência em 1822, a 
província tinha muitas pessoas que eram favoráveis à manutenção da região como 
colônia de Portugal. Entretanto, a população da província, auxiliada por parte da 
elite local, garantiu que a região fizesse parte do Brasil. 
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Os ingleses também incentivaram a população local à independência, interessa-
dos em acabar com o monopólio da metrópole portuguesa sobre produtos como o 
cacau, o tabaco, o algodão e o arroz.
Desse modo, os principais líderes da região lutaram contra as forças reacioná-
rias portuguesas e esperavam reconhecimento do Império por seu importante pa-
pel para manutenção do território do Grão-Pará pelo Brasil. Entretanto, não foi isso 
que aconteceu, principalmente por parte das Regências, que centralizavam o poder 
em suas mãos e indicavam governantes para província que não tinha nenhuma 
relação com o local. 
Assim, os irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio), o jornalista João 
Batista Campos, o seringueiro Eduardo Angelim e o fazendeiro Félix Malcher fica-
ram de fora do poder e começaram a questionar as ordens vindas do Rio de Janeiro, 
incentivando a revolta da população. 
Por falar na população, essa era composta por aproximadamente 90 mil pesso-
as. Pelo menos metade dela era formada por negros (escravos e fugidos), mesti-
ços, nativos tapuios e nativos aculturados. Estavam inflamados pelas dificuldades 
socioeconômicas que não foram solucionadas nos primeiros anos do Império. So-
friam com a escravidão e a semiescravidão nos latifúndios, além da miséria gene-
ralizada. Além deles, os militares da região estavam descontentes com a situação 
de submissão perante o autoritarismo do governo regencial.
Para resumir, as revoltas ocorreram basicamente por dois motivos: as más con-
dições de vida da população pobre e o desejo das elites locais em aumentar seu 
poder e conseguir que suas exigências fossem atendidas pelo governo regencial. 
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O Início da Revolta
Querido(a) aluno(a), agora que compreendemos o contexto que levou ao con-
flito, podemos falar de sua eclosão.
Em 1832, as lideranças locais incentivaram a população a iniciar uma revolta 
para impedir a posse de um governador da província indicada pela Regência. Mes-
mo diante dos protestos, em 1833, o governo agiu novamente com autoritarismo 
e indicou o conservador Bernado Lobo Sousa como governador do Grão-Pará, que 
adotou uma postura repressora com os dissidentes. 
Indignados com as ações da Regência, em 6 de janeiro de 1835, Antônio Vina-
gre liderou os cabanos na tomada do quartel e do palácio do governo de Belém. 
Executaram o governador Bernardo Lobo Sousa e nomearam Félix Malcher 
presidente de província. A tomada do quartel foi importante para que os caba-
nos conseguissem armas e munições para prosseguir com a revolta. 
Com o novo governo estabelecido, os revoltosos tentaram instituir uma federa-
ção. Acontece que se sentiam confortáveis pela evidente dificuldade de o Governo 
Regencial reprimir um movimento tão distante do Rio de Janeiro.
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Entretanto, foram problemas internos que levaram a uma ação mais enérgica 
da Regência e, o principal deles, foi a desistência da população em apoiar as elites.
Não há dúvidas de que as tropas do governo regencial foram os principais agen-
tes para o fim da Cabanagem. Mas não há como também não identificarmos que 
a população, antes esperançosa na possibilidade de melhoria de sua condição de 
vida, passou a questionar o apoio às elites que tomaram o poder. É inegável que o 
início do movimento somente vingou graças à mobilização das camadas mais po-
bres da região. 
Caro(a) aluno(a), as exigências dos cabanos iam contra o interesse dos latifun-
diários, da elite regional. Assim, contrário à realização de concessões aos cabanos, 
Félix Malcher deixou o cargo e o entregou a Francisco Vinagre. Félix Malcher era 
dono de terras e não concordava em perder seu lucro em prol dos cabanos. 
A última cartada das elites foi redigir um documento no qual pediam à Regência 
que não indicassem um novo governador da província antes que D. Pedro II atin-
gisse a maioridade. Portanto, podemos constatar que não havia o real interesse em 
uma independência do Grão-Pará em relação ao Brasil por parte das elites locais. 
Essas divergências entre as elites e os cabanos acabou por selar o rompimento 
entre as partes. De tal modo, os cabanos ficaram isolados e, mesmo mantendo o 
controle da província por algum tempo, tiveram que enfrentar as tropas do gover-
no, lideradas pelo mercenário inglês John Taylor. Apesar da aparente vitória 
governista em tomar a cidade de Belém, cerca de três mil populares, organizados 
no interior da província por Eduardo Angelim, expulsaram as tropas do governo.
Eduardo Angelim foi, então, nomeado presidente da província, mas não ob-
tivera apoio das elites e, aos poucos, foi perdendo também o apoio dos cabanos, 
cansados de esperar que seus anseios fossem atendidos. Para piorar a situação, a 
desordem social se espalhava, com a fome a varíola disseminadas. 
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Em 1836, o governo regencial nomeou o brigadeiro Francisco Andréa como pre-
sidente do Grão-Pará, autorizando a guerra contra os cabanos. Foram deslocados 
quatro navios para região, que bombardearam a cidade de Belém. Além disso, as 
tropas regenciais aprisionaram Eduardo Angelim e o enviaram para o exílio, na ilha 
de Fernando de Noronha. 
Apesar da derrota, muitos cabanos fugiram e continuaram a luta. O Império 
fez questão de usar de forte repressão e impôs a derrota aos cabanos. Em 23 de 
agosto de 1840, chegou ao fim o conflito de 5 anos, 7 meses e 21 dias. Estima-se 
que cerca de 40 mil pessoas foram mortas durante período, quase a metade da 
população da província.
Apesar de não ter alcançado o objetivo de melhorar a vida miserável da popula-
ção, a Cabanagem entrou para a história do país como uma das mais importantes 
manifestações populares, deixando marcas profundas na população.
(FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/2014) A Caba-
nagem, movimento social que atingiu boa parte da região norte no século XIX, 
teve, entre suas reivindicações, a 
a) diminuição das taxas de comércio com outras províncias, a expulsão da família 
real e a distribuição igualitária da renda, concentrada nas mãos da elite. 
b) emancipação da Província do Amazonas, a construção de moradias populares e 
o fim da intervenção da Igreja nas questões locais. 
c) liberdade religiosa, a regulamentação dos privilégios da elite local e a proclama-
ção da Confederação do Equador. 
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d) criação de reservas indígenas, a fidelidade ao Imperador e a diminuição do grau 
de exploração dos escravos.
e) melhora da condição de vida da população pobre, o fim da escravidão e a inde-
pendência da Província do Grão-Pará.
Letra e.
Querido(a), como vimos, a população pobre da província do Grão-Pará, viven-
do em condição de miséria, mobilizou-se para mudar sua situação. Pegaram em 
armas para derrubar o presidente da província nomeado pelo governo regencial, 
proclamar a independência do Grão-Pará, promover reformas sociais e acabar com 
a escravidão. 
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2. A Criação do Território Federal do Amapá
A Constituição de 1891, a primeira da República, determinou a criação do esta-
do do Pará e o fim do Grão-Pará. Veja a seguir o mapa da divisão territorial brasi-
leira que vigorou até 1941:
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Em 13 de setembro de 1943, o então presidente Getúlio Vargas criou o Territó-
rio Federal do Amapá por meio do Decreto-Lei n. 5.812/1943. Pelo mesmo decreto 
também foi criado o Território Federal de Rio Branco. Observe as mudanças em 
relação ao mapa anterior:
A representação política da região começou em 1758 com a criação da Vila de 
Macapá, como vimos na aula anterior. Mas a elevação da região à categoria de 
Território Federal somente aconteceu em 1943 e por motivos estratégicos. Vamos 
a eles.
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Em 1940, o Brasil vivia sob a ditadura do Estado Novo, sendo governado por 
Getúlio Vargas de maneira autoritária, com características fascistas, inspiradas 
nos regimes totalitários de Mussolini, na Itália, e de Hitler, na Alemanha. No con-
texto da Segunda Guerra Mundial, apesar da identificação de Getúlio com esses 
regimes, havia uma pressão de países como Estados Unidos e Inglaterra para que 
o Brasil ingressasse na Guerra ao lado dos Aliados que, em sua maioria, adotavam 
a democracia liberal em suas organizações políticas. 
Apesar de seu governo ser claramente de inspiração fascista, Vargas acabou se 
aproximando dos Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Assim, 
negociou a participação brasileira na guerra por meio da assinatura da Carta do 
Atlântico com os estados norte-americanos. Segundo o documento, caso qualquer 
nação do continente americano fosse atacada por uma potência extracontinental, 
o apoio automático do país seria colocando em prática. 
Por meio dos Acordos de Washington, em 1941, estabeleceu-se uma união 
diplomática entre os dois países. Para selar o acordo, o Brasil comprometeu-se 
em permitir a instalação de bases militares e aeroportos no Norte e Nordeste do 
Brasil, além de fornecer aço aos Aliados na Segunda Guerra em troca de um em-
préstimo para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta 
Redonda (RJ).
Entenda, meu(minha) querido(a), a região do litoral Norte do país era de fun-
damental importância estratégica para os Aliados na Segunda Guerra Mundial.
Outro motivo para a criação do Território Federal do Amapá foi a lógica na-
cional-desenvolvimentista do Governo de Vargas. Nesse projeto, Getúlio Vargas 
buscou a integração das regiões Centro-Oeste e Norte por meio da abertura de 
estradas, do incentivo à produção agropecuária e da ocupação populacional. Essa 
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política ficou conhecida como “Marcha para o Oeste”. Assim criou os estados do 
Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Ponta Porã (des-
membrado de Mato Grosso) e Iguaçu (desmembrado do Paraná). Estes dois últimos 
foram extintos em 1946, já findado o Estado Novo. A ideia era estimular a formação 
de novas cidades e, além disso, as áreas eram amplas demais para serem adminis-
tradas por um único chefe de estado.
Obviamente, a ocupação desses novos espaços acabou gerando conflitos com 
os povos indígenas. Para tentar amenizar esses impactos, Getúlio criou o Conselho 
Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), comandado por Cândido Rondon. Infeliz-
mente, apesar da tentativa de contato com os nativos de maneira pacífica, muitos 
morreram, sobretudo por doenças às quais não possuíam resistência imunológica.
Voltando ao Território Federal do Amapá, após sua criação, possuía três muni-
cípios: Macapá, Mazagão e Amapá. Três meses depois do decreto que instituiu o 
Território Federal, em 17de novembro de 1943, Getúlio nomeou Janary Gentil Nu-
nes como governador. Ao chegar nas terras amapaenses, em 1944, Janary Gentil 
intitulou o município de Macapá como capital. A sede de governo foi instalada no 
prédio onde hoje funciona o Museu Joaquim Caetano da Silva, terceira obra mais 
antiga do Amapá. Nessa construção, inaugurada em 15 de novembro de 1895, fo-
ram tomadas importantes decisões, como a criação de novos municípios, de novas 
escolas e da instalação da Base Aérea no município do Amapá, em 1945. Essa base 
abrigou um aeroporto para abastecer aviões norte-americanos que combateram as 
forças militares dos países do Eixo na Segunda Guerra Mundial.
Foram criadas também diretrizes político-administrativas relacionadas à infra-
estrutura e ao desenvolvimento de atividades econômicas, principalmente no que 
tange ao extrativismo mineral. Após a descoberta de ricas jazidas de manganês na 
Serra do Navio, criou-se a Icomi (Indústria e Comércio de Mineração), que passou 
a explorar o minério na região. 
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(FCC/TCE-AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012) A criação do Território Fe-
deral do Amapá no ano de 1943, atendeu a vários objetivos do governo de Getúlio 
Vargas, dentre os quais, destaca-se
a) a desconcentração das atividades industriais que estavam fortemente concen-
tradas no Sul e Sudeste.
b) a proteção das áreas de fronteiras que apresentavam baixas densidades demo-
gráficas.
c) a necessidade de redimensionar os estados extensos, como era o caso do Pará.
d) as questões geopolíticas provocadas pela posição do Brasil durante a Segunda 
Guerra Mundial.
e) a política expansionista do governo federal frente aos vizinhos Sul-americanos.
Letra b.
Caro(a) aluno(a), muita atenção! Todas as alternativas possuem alguma relação 
com o enunciado da questão, entretanto, o principal objetivo foi povoar a região 
para impedir que países vizinhos pudessem cobiçar as terras amapaenses. 
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3. Manifestações Populares e Sincretismo Cultural no Amapá
Meu(minha) querido(a), a cultura brasileira é resultado de uma síntese de in-
fluências étnico-culturais, composta por um mosaico de diferentes vertentes cultu-
rais. Assim, as raízes indígenas, africanas e lusitanas deixaram marcas na produção 
artística, na música, na culinária, no folclore, no artesanato e nas festas populares. 
Nesse quesito, no caso específico do Amapá, ainda podemos destacar a influência 
de ingleses, franceses, espanhóis e holandeses, graças às incursões colonizadora 
realizadas por esses povos entre os séculos XVI e XIX.
Uma das características mais marcantes da cultura brasileira é o sincretismo 
religioso. De maneira geral, podemos defini-lo como qualquer prática religiosa 
que provém da fusão de outras. É a mistura de símbolos e práticas religiosas de 
duas ou mais crenças. No Brasil, ocorreu um complexo processo histórico de mis-
turas culturais.
Podemos observar inúmeras matrizes religiosas, como o Judaísmo, o Cristianis-
mo Católico, o Cristianismo Protestante, o Cristianismo Espírita Kardecista, o Isla-
mismo, o Budismo, o Hinduísmo que desembarcaram nos navios que vieram para 
o país desde 1500.
Os cultos africanos também se inserem nesse contexto. Fons, Malês, Angolas, 
Congos e Iorubás também desembarcaram no país e encontraram os Guaranis, os 
Tapuias, os Tupis e várias outras etnias. A mistura, a interação entre essas mani-
festações culturais distintas possibilitou o surgimento de inúmeras práticas disse-
minadas pelo território brasileiro.
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A igreja impôs o catolicismo na Colônia, tentou exercer sua soberania contro-
lando a difusão de outros cultos; entretanto, a dinâmica da mistura de elementos 
culturais de outras matrizes acabou se fundindo com elementos do cristianismo ca-
tólico e, ao invés de combatê-los, a igreja optou por administrá-los. Em outras pa-
lavras, outros elementos religiosos eram aceitos desde que a matriz católica fosse 
a matriz predominante. Isso explica manifestações como a Lavagem da Escadaria 
da Igreja do Senhor do Bonfim (BA) por candomblecistas.
Podemos organizar os principais tipos de sincretismos surgidos no Brasil a partir 
de sua matriz étnica:
• cristão-indígena;
• africano-cristã;
• indígena-africana;
• indígena-cristão-africana. 
Essas são as matrizes que possibilitaram o surgimento de cultos, festejos popu-
lares, folclores, lendas, personagens, rituais e práticas sociais.
No Amapá não foi diferente. As vertentes culturais amapaenses são resultado 
da história do homem da Amazônia, desde os primeiros povos indígenas que ha-
bitaram a região, passando pela chegada dos europeus e escravos africanos, até a 
chegada de imigrantes europeus. 
Ao longo do ano, são realizados eventos na capital do Estado e no interior que 
valorizam e ajudam a preservar as tradições do folclore local. A seguir, de maneira 
objetiva, uma lista das principais festas culturais no estado do Amapá.
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Marabaixo
Como vimos na aula anterior, durante o Brasil colonial, foi erguida a fortaleza São 
José de Macapá para proteger a entrada do rio Amazonas, na lógica da defesa da colô-
nia contra incursões de holandeses, franceses e ingleses. Inúmeros escravos africanos 
vieram dos mais diferentes pontos da África. As principais áreas que receberam esses 
escravos foram Mazagão e Yorubá. No trajeto África-Brasil, tocavam em caixas como 
forma de abrandar suas tristezas. Sabiam de onde vinham, mas não sabiam para onde 
iam, nem o que iam fazer. No mar abaixo, o canto e o toque das caixas revelavam um 
tom de melancolia e tristeza. A maior festa religiosa é organizada em homenagem a 
São José de Macapá. Note que, a celebração é católica, mas assimilou elementos da 
cultura africana. Esse é um bom exemplo do sincretismo religioso no Amapá.
O marabaixo é a manifestação folclórica mais marcante do Estado do Amapá. 
Trata-se de um ritual de origem africana que se realiza durante a semana santa, a 
partir do domingo de páscoa até o domingo do senhor. O ritmo do marabaixo é úni-
co. A festa homenageia a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo, por meio 
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da realização de missas, procissões e ladainhas. O lado profano é exposto pela 
dança e pela música, carregada de tristeza ou alegria, traduzindo a cultura e o dia 
a dia da comunidade negra. São realizados batuques em caixas de madeira cavada 
e tambores construídos de maneira rústica, em torno dos quais seus participantes, 
de maioria negra e mulata, dançam respondendo em coro e voz alta. 
Batuque
Festa de origem africana originária das comemorações por uma grande colheita. 
Existem dois tipos:
a) Batuque do Curiaú: caracterizada como uma das mais expressivas manifesta-
ções folclóricas de dança encontradas no Amapá. O ritmo é comandado pela batida 
de tambores chamados macacos, chamados assim por serem feitos da madeira do 
macaqueiro e do couro de animais silvestres. São dois os tipos de macacos, um de 
repicar e outro de marcar o ritmo, chamado de amassador, além de 3 pandeiros. 
O ritmo embala a dança de homens, mulheres e crianças. As saias rodadas e colo-
ridas das mulheres tomam conta do salão quando fazem evolução.
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b) Zimba: é um ritmo pouco conhecido no Amapá. Tem sido levado para a 
região pela comunidade negra do curiaú. O ritmo é marcado por dois tambo-
res e duas varas, que tornam a zimba uma dança com ginga diferente.
Folias
Os devotos rezam e cantam acompanhados de instrumentos musicais variados, 
como tambores, tabocas, violas e sinos. Muitos instrumentos musicais são de fa-
bricação dos próprios participantes, que se autodenominam de foliões e membros 
da Comissão do Santo.
Durante a festa de Nossa Senhora da Piedade, ocorre peregrinação com a 
imagem da santa pelas águas do Rio Igarapé do Lago e no Rio Mutuacá, no Maza-
gão Velho. Durante todo o trajeto o cortejo é acompanhado de uma orquestra de 
foliões.
Igreja de Nossa Senhora da Piedade
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Festa de São Tiago 
A Festa de São Tiago é realizada no município de Mazagão, na área conhecida 
como Mazagão Velho. Os festejos se iniciam na segunda quinzena de julho e re-
tratam as batalhas travadas entre mouros e cristãos. A festa tem sua origem em 
homenagem à chegada, em 1770, de 163 famílias de colonos portugueses que 
chegaram na região. 
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Círio de Nazaré
O Círio de Nazaré, na cidade de Macapá, iniciou-se em 1934. A primeira dama 
da capital na época, Ester Benoniel Levy, organizou um grupo de senhoras religio-
sas, que faziam parte da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, 
para a realização do evento. 
O número de fiéis que compareceu ao evento superou em muito a expectativa. 
Assim como no estado do Pará, o evento é realizado no segundo domingo do mês 
de outubro. Segundo os últimos levantamentos da Polícia Militar, mais de 300 mil 
pessoas participam todo ano da passeata. Atualmente, a saída é da Igreja Nossa 
Senhora de Fátima com destino à Igreja de São José de Macapá.
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Boi-Bumbá
É uma tradição comum no Norte do Brasil, principalmente nos Estados da região 
amazônica. Os festeiros vestem fantasias e dançam para contar a história do boi 
que ressuscita graças à intervenção do pajé (feiticeiro indígena).
A celebração narra a história de uma mulher grávida que tem o desejo de comer 
a carne do boi preferido do patrão do marido dela. O marido, para satisfazer a von-
tade da esposa, mata o animal, mas o dono descobre. Inconformado com a morte 
do seu boi preferido, o patrão ordena ao peão que dê um jeito de trazer de volta o 
animal vivo. O homem então pede ajuda ao pajé. Quando a mágica acontece, todos 
dançam alegremente em volta do boi.
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Festa do Divino Espírito Santo 
Essa festa em homenagem ao Divino Espírito Santo foi criada pelos escravos 
negros, que foram levados para Macapá no século XVIII para construir a For-
taleza de São José. Seus descendentes, na Vila de Curiaú, mantêm a tradição 
e, todo ano, logo depois da quaresma, reúnem-se para os festejos que duram 
dois meses.
O momento mais importante da festa é o Encontro dos Tambores, em que 
cada grupo exibe seu mastro enfeitado com flores e uma enorme bandeira do 
Espírito Santo.
(FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) O Ciclo 
do Marabaixo representa o sincretismo cultural no Amapá, pois
a) traduz a incorporação da cultura popular afroindígena da região pela elite 
letrada, que idealizou essa festa para fomentar o orgulho da comunidade local.
b) mescla vivências e valores das comunidades afrodescendentes com a incor-
poração do calendário e dos santos católicos.
c) sinaliza o reconhecimento oficial, pela Igreja Católica, da religiosidade po-
pular em forma de festa profana.
d) propicia a integração das classes sociais em uma festa de rua, ainda pouco 
conhecida da comunidade e que aguarda o reconhecimento do governo do Ama-
pá como evento cultural.
e) expressa a resistência escrava e afrodescendente, que rejeita o culto aos 
santos e doutrinas católicas, em prol dos Orixás.
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Letra b.
Querido(a) aluno(a), ainda que você não soubesse absolutamente nada sobre o 
Marabaixo, o que não éo caso, a alternativa “b” é a única que elenca corretamente 
o conceito de sincretismo religioso. Entenda, meu(minha) amigo(a), a banca irá 
procurar usar das manifestações culturais do Amapá para fazer essa ponte concei-
tual. Lembre-se: o sincretismo religioso realiza mesclas entre religiões e, no caso 
específico, a Igreja Católica o admite desde que submetido à sua autoridade.
4. História da Região Norte
Caro(a) aluno(a), a história da Região Norte está intimamente ligada ao desenvol-
vimento de ciclos econômicos e às disputas territoriais pelo controle dessas atividades. 
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Apesar da grande potencialidade econômica da Amazônia, enxergada por por-
tugueses e, posteriormente, pelos governos republicanos brasileiros, foram exa-
tamente as características geográficas da região que praticamente a mantiveram 
fora do mapa econômico de Espanha e Portugal durante séculos. À exceção de um 
ou outro ciclo econômico, a Amazônia somente entrou de fato no mapa econômico 
brasileiro no século XX.
Como vimos na aula anterior, a ocupação da Região Norte se iniciou no século 
XVI com expedições espanholas, portuguesas, holandesas e inglesas. Hoje, a Ama-
zônia é motivo de cobiça de variadas nações, que colocam em risco constante as 
fronteiras dos países da qual ela faz parte.
No início da colonização, as atividades comerciais de troca de mercadorias, den-
tro da lógica do mercantilismo, predominaram de maneira embrionária. Holandeses 
se instalaram ao longo dos rios para buscar as drogas do sertão e especiarias para 
o mercado europeu.
Os espanhóis, por sua vez, acabaram explorando o pau-brasil, utilizando mão 
de obra indígena por meio do escambo. Nascia, assim, o extrativismo madeireiro. 
Esses fatos contribuíram para a ocupação da região por europeus e a consequente 
escravização e aculturação dos povos nativos. 
Mas o primeiro ciclo econômico significativo na região Norte se deu em meados 
do século XVII, com a criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e 
Maranhão. Portugal resolveu ocupar definitivamente a região e expulsar os estran-
geiros objetivando o monopólio da exploração das drogas do sertão e do cultivo de 
algodão e tabaco.
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Entretanto, é no final do século XIX que ocorreria o primeiro grande ciclo eco-
nômico na região, o chamado “ciclo da borracha”. A floresta amazônica era berço 
natural de seringueiras, das quais era extraído o látex. Foi esse ciclo o responsável 
pelo primeiro surto de ocupação. Para lá se dirigiram muitos nordestinos fugindo 
da seca. 
Um dos maiores ícones da opulência do ciclo da borracha é o teatro Amazonas. 
Principal cartão postal da cidade de Manaus, está localizado no centro da cidade, no 
Largo de São Sebastião, e foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896.
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Apesar do sucesso da atividade extrativista, o ciclo da borracha se esgotou 
no início do século XX, principalmente por causa da concorrência inglesa. Os in-
gleses levaram mudas de seringueiras para suas colônias asiáticas, derrubando 
o preço do látex no mercado internacional com essa nova fonte de matéria-pri-
ma. No período entre as duas guerras mundiais, de 1918 a 1939, a demanda 
pela borracha chegou a ser reaquecida pela necessidade da indústria automo-
bilística norte-americana, mas logo se esgotou. 
Como herança do ciclo da borracha podemos destacar a construção das 
ferrovias Madeira Mamoré e Belém-Bragança, o aumento do povoamento da 
região por nordestinos e imigrantes europeus e o crescimento das capitais Ma-
naus (AM) e Belém (PA).
Aliás, a construção da Ferrovia Madeira Mamoré foi resultado de um acordo 
diplomático em que a Bolívia cedeu o Acre ao Brasil. Ocorre que, desde o esta-
belecimento do Tratado de Tordesilhas até o século XIX, o atual estado do Acre 
fazia parte da América espanhola, de acordo com os Tratados Hispano-Portu-
gueses: Tratado de Madrid (1750), Tratado de Santo Ildefonso (1777), Tratado 
de Badajoz (1801).
Após a independência das colônias espanholas, o Brasil reconheceu aque-
la área como boliviana por meio do tratado de limites de 1867. Contudo, não 
havia nenhuma ocupação do território por parte da Bolívia, em grande medida 
por ser uma região de difícil acesso por outro caminho que não a bacia do Rio 
Amazonas. Em virtude da abundância da seringueira e do ciclo da borracha que 
estava se iniciando, colonos brasileiros iniciaram a ocupação do Acre em 1852, 
com grande aumento de fluxo migratório a partir de 3 de abril de 1877.
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Acontece que o presidente da Bolívia à época, Aniceto Arce, foi alvo de uma 
tentativa de golpe de estado chefiado pelo Coronel José Manuel Pando. Pando, der-
rotado, refugiou-se no Acre, onde percebeu que a ocupação brasileira tinha tomado 
proporções alarmantes. Imediatamente avisou as autoridades bolivianas, dando 
início às disputas diplomáticas.
Assim, em 1º de maio de 1899, os colonos brasileiros iniciaram uma revolta 
contra uma missão boliviana de ocupação do Acre. Os brasileiros receberam, inclu-
sive, apoio do Estado do Amazonas.
Pando que, como General, veio governar a Bolívia de 1899 a 1904, alertou as 
autoridades bolivianas e iniciaram-se as manobras diplomáticas. Em 1898, a Bolí-
via enviou uma missão de ocupação para o Acre causando, em 1899, uma revolta 
armada dos colonos brasileiros que receberam o apoio do governo do Estado do 
Amazonas.
Nesse contexto, merece destaque a ação do advogado José Carvalho, que for-
çou os bolivianos a abandonarem a região. O governador do Amazonas, Ramalho 
Júnior, organizou uma unidade comandada pelo espanhol Luis Gálvez Rodríguez de 
Arias para combater o possível retorno dos bolivianos. Partiram de Manaus em 4 de 
junho de 1899 e chegaram em Puerto Alonso, na Bolívia, onde fundaram a Repú-
blica do Acre, em 14 de julho de 1899. Entretanto, o governo brasileiro reconheceu 
o Acre como território boliviano por meio da assinatura do Tratado de Ayacucho e 
enviou tropas que dissolveram o movimento em 15 de março de 1900.
O Estado do Amazonas passou a ser colonizado a partir de 1669, quando foi 
fundado o Forte de São José da Barra do Rio Negro, na área onde hoje fica Ma-
naus, pelo capitão português Francisco da Mota Falcão. A fortificaçãoserviu como 
base para o povoamento da bacia amazônica, ainda que de maneira incipiente. Tal 
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construção permitia a subida dos rios Negro e Branco, no atual estado de Roraima, 
de onde se chegava ao Orinoco. Também começou a ocupação dos rios Solimões e 
Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram hostilidade dos nativos, como as tribos 
dos torás e manaós (daí a origem do nome de Manaus) do cacique Ajuricaba, que 
atacavam os povoamentos dos colonos e destruíam casas e instalações.
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Maranhão” em 1737 e sua sede foi 
transferida de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri, de 1750, confirmou 
a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governa-
dor do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com 
base em Mariuá, em 1754. Em 1755, foi criada a Capitania de São José do Rio Ne-
gro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará.
A Região Norte do Brasil entrou no mapa das políticas públicas apenas na se-
gunda metade do século XX, a começar pela construção da rodovia Belém-Brasília, 
cuja conclusão se deu em 1958.
Interessados na potencialidade do extrativismo mineral na Região Norte, os 
governos militares pós-1964 desenvolveram projetos desenvolvimentistas. Vamos 
a eles.
Os militares promoveram a expansão das fronteiras agrícolas com a doação de 
terras para colonos e incentivos financeiros. Assim, em 1967, foi criada a SUDAM 
(Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) e a SUFRAMA (Superin-
tendência da Zona Franca de Manaus). Aqui merece destaque a importância econô-
mica da Zona Franca de Manaus, um polo industrial que ofereceu incentivos fiscais 
para atrair multinacionais do ramo eletrônico. Também foram criados o INCRA (Ins-
tituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o BASA (Banco da Amazônia).
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Ainda no governo dos militares, na década de 1970, foi criado o Projeto RADAM 
(Reconhecimento da Amazônia) em que se realizaram estudos sobre as potenciali-
dades econômicas de exploração dos recursos naturais da região. 
Outras obras de infraestrutura de grande importância também foram realizadas 
durante o governo dos militares, como rodovias (Transamazônica, Cuiabá-Santa-
rém, Porto Velho-Manaus), empreendimentos agropecuários e minerais (Projeto 
Jarí e Projeto Carajás). Como consequência, também foram necessários empreen-
dimentos de geração e transmissão de energia, que buscaram o aproveitamento 
das águas dos rios presentes na região. Exemplo disso foram as construções de 
grandes usinas hidrelétricas, como Tucuruí e Balbina, que se estenderam até o iní-
cio da década de 1980.
Detalhe importante é que esses investimentos ocasionaram grande impacto 
ambiental, aumentando o desmatamento, migração de espécies de animais e com-
prometimento das populações locais em função das áreas alagadas pelos reserva-
tórios. Recentemente, os debates em relação à construção da Usina de Belo Monte 
no estado do Pará remontam a essa realidade.
Durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1986-1988, ganhou corpo a dis-
cussão acerca da divisão do estado de Goiás. Houve grande mobilização popular e 
política na região norte do território goiano. O governador Henrique Santillo, eleito 
em 1986, tornou-se um grande articulador da demanda. Assim, a Constituição de 
1988, também chamada “Constituição Cidadã”, criou o Estado do Tocantins, que 
passou a integrar a Região Norte do país. Seu território contemplava desde apro-
ximadamente o paralelo 13º até a região do Bico do Papagaio, na divisa do Estado 
com o Pará e o Maranhão.
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Nas últimas décadas, a expansão da fronteira agropecuária e o extrativismo ile-
gal de madeira e minério têm provocado graves impactos ambientais. Entretanto, 
inúmeros movimentos ambientalistas, nacionais e internacionais, têm conseguido 
impedir uma degradação ainda maior. 
Para fiscalizar as fronteiras da Amazônia brasileira, o extrativismo ilegal, a dis-
puta por terras e o tráfico de drogas, foram criados os projetos Calha Norte e 
SIVAM. O Projeto Calha Norte foi posto em prática em 1985, com a instalação de 
bases militares do Exército e da Aeronáutica ao longo da calha norte dos rios Ama-
zonas e Solimões, nas áreas fronteiriças com a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, 
o Suriname e a Guiana Francesa. O projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Ama-
zônia), por sua vez, foi instituído em 1998 e implantado efetivamente em 2002, 
com o objetivo de instalação de recursos tecnológicos e de sensoriamento remoto, 
utilizando radares e satélites.
(FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) As políti-
cas do regime militar para a Região Amazônica, em nome da integração nacional 
e modernização econômica da região, tiveram forte impacto no então Território do 
Amapá, e foram marcadas pelas seguintes medidas:
a) Repressão política a grileiros, reforma agrária e criação da Zona Franca da Foz 
do Amazonas.
b) Incentivos fiscais, política de distribuição de lotes de terra e abertura de 
estradas.
c) Construção de conjuntos habitacionais, criação de zonas industriais e constru-
ção de quartéis na Calha Norte.
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d) Intervenção federal, militarização da atividade mineradora e programa de des-
matamento controlado.
e) Estatização da pesca da Lagosta, criação de zonas de preservação ambiental e 
introdução da mineração
Letra b.
Meu(minha) caro(a), os governos militares buscaram a integração econômica da 
Amazônia por meio de incentivos fiscais (Zona Franca de Manaus), da distribuição 
de terras e da construção de rodovias como a Transamazônica e a Belém-Brasília.
Meu(minha) querido(a) aluno(a), sinto-me realizado em poder contribuir com 
a sua caminhada para o ingresso no serviço público. Tenho certeza de que conse-
guimos desenvolver todo o conteúdo necessário, de maneira otimizada, para a sua 
aprovação.
Lembre-se de revisitar os mapas mentais e fazer todos os exercícios, eles fo-
ram separados com muito carinho. Continuarei dando suporte no fórum e ficarei na 
torcida para que esteja tranquilo(a) no dia da prova, porque o conteúdo eu sei que 
você assimilou.
Caminhar sem conhecer o passado é andar no escuro.
Um grandeabraço! 
Professor Daniel Vasconcellos
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/ASSISTENTE SOCIAL/2018) Considere o texto:
“Após a criação do Território Federal do Amapá três períodos econômicos indicam 
as ações dos setores privados e públicos na aplicação de investimentos, repercutin-
do no aumento do movimento migratório, a sua urbanização e a sua reorganização 
espacial. Esses períodos são: gênese, estruturação produtiva e organização espa-
cial (1943-1974); planejamento estatal e diversificação produtiva (1975-1987); 
estadualização e sustentabilidade econômica (após 1988)”. 
(Extraído de PORTO, José Rabelo. Transformações espaciais e institucionais no Amapá: conflitos 
e perspectivas. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina. USP, 2005. Disponível em: 
http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx)
No trecho acima são citados três períodos importantes para a história econômica 
do Amapá cujas datas iniciais remetem, respectivamente, aos regimes políticos 
nacionais nomeados pela historiografia como:
a) Estado Novo, Regime Militar e Nova República.
b) Regime Militar, Democracia Populista e Regime Constitucionalista.
c) Segunda República, Estado Revolucionário e Democracia Populista.
d) Era Vargas, Estado Patrimonialista e República burocrático-constitucionalista.
e) República Velha, Ditadura corporativa e Democracia neoliberal.
2. (FCC/TCE-AP/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) A criação do território do 
Amapá ocorreu na década de
a) 1930, no governo de Getúlio Vargas.
b) 1940, no governo de Getúlio Vargas.
c) 1940, no governo do marechal Dutra.
d) 1950, no governo do marechal Dutra.
e) 1950, no governo de Juscelino Kubitscheck.
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3. (FGV/SEAD-AP/2010) Na segunda metade do século XIX, as terras do sul do 
Amapá foram incorporadas à economia da borracha. Alguns fatores responsáveis 
pela expansão da economia da borracha pelo vale do Amazonas estão relacionados 
a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) O aumento da demanda externa.
b) As inovações tecnológicas
c) A ocorrência de espécies gomíferas.
d) O crescimento do consumo regional.
e) A disponibilidade de mão de obra barata.
4. (FGV/SEAD-AP/2010) As afirmativas a seguir apresentam algumas dificuldades 
existentes para a expansão da agropecuária no Estado do Amapá, à exceção de 
uma. Assinale-a.
a) A baixa renda dos pequenos produtores dificulta a compra de corretivos e ferti-
lizantes trazidos de outras regiões.
b) A inexistência de um cadastro fundiário e o reduzido percentual de terras titula-
das devido à falta de regularização.
c) A deficiência da infraestrutura de transporte dificulta a distribuição e a comer-
cialização dos produtos agrícolas.
d) A inexistência de terras públicas para atender à demanda dos agricultores locais 
e dos migrantes dos outros estados.
e) O regime itinerante de “roças” impõe constantes desmatamentos, queimadas e 
consequente degradação ambiental.
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5. (ITAME/PREFEITURA DE PADRE BERNARDO-GO/2015) Capital do Estado do 
Amapá:
a) Roraima.
b) Rio Branco.
c) Belém
d) Macapá.
6. (FCC/PC-AP/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL/2017) A criação de Territórios Federais 
no Brasil, dentre os quais se encontrava o Território Federal do Amapá, foi uma 
decisão que
a) partiu de uma condição do governo norte-americano para continuar a auxiliar o 
Brasil economicamente, pois tinha interesse na instalação de bases militares nes-
sas áreas.
b) incorporou áreas pertencentes a países vizinhos aos limites territoriais brasilei-
ro, uma vez que suas populações, por meio de plebiscitos, expressaram sua prefe-
rência por viver sob a legislação e o governo brasileiro.
c) transformou algumas áreas pertencentes a Estados já existentes (caso do Ama-
pá, antes vinculado ao Pará) em unidades federativas autônomas, com governos 
próprios e eleitos democraticamente.
d) repercutiu a visão, em um contexto de guerra, de que isso contribuiria para a 
defesa da Nação, por serem áreas de fronteira que passariam a contar com o con-
trole e a interferência direta do governo federal.
e) traduziu o projeto governamental de solução do problema do “vazio demográfi-
co”, uma vez que não havia população nessas áreas e o governo federal pretendia 
pôr em prática seu desenvolvimento.
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7. (FCC/PC-AP/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL/2017) Durante o movimento social co-
nhecido como Cabanagem, houve a
a) tomada, por parte dos rebeldes, da cidade de Belém, onde foi constituído um 
governo republicano, que proclamou a independência do Grão Pará com apoio de 
Portugal e Inglaterra.
b) morte de milhares de pessoas, a maioria delas provenientes das classes mais 
desfavorecidas, ao longo de cinco anos de violentos conflitos que se espalharam 
pelas principais cidades da região norte.
c) pronta adesão das autoridades locais amapaenses às propostas dos cabanos, 
o que obrigou o governo federal a combater com prioridade o núcleo dirigente do 
movimento, estabelecido em Macapá.
d) condução das massas revoltosas por padres católicos e líderes messiânicos, que 
defendiam a instituição de uma nova monarquia sem relações com o Vaticano, que 
garantisse melhores condições de vida para os pobres.
e) defesa dos princípios da Revolução Francesa − liberdade, igualdade e fraterni-
dade − junto com o consenso de que se deveria formar um governo exclusivamen-
te popular, sem a participação das elites.
8. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ/UNIFAP/POLÍCIA CIVIL-AP/2006/2ª EDI-
ÇÃO) A redivisão política do país de forma ampliada e considerando os aspectos 
ocupação, vitalização e recuperação de nossas fronteiras, além de estratégico-mili-
tar, somente foi concretizado em 13 de setembro de 1943, através do Decreto-Lei 
n. 5.812. [...] A criação de Territórios Federais decorrera por imperativos geopolí-
ticos e de defesa da soberania do Brasil sobre regiões fronteiriças e estratégicas.” 
(SANTOS, Fernando Rodrigues dos. História do Amapá: da autonomia territorial ao fim do jana-
rismo. Macapá: Editora Gráfica O Dia, 1998, p. 24-25)
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Sobre a criação do Território Federal do Amapá é correto afirmar que:
I – A autonomia territorial alcançada pelo Amapá foi questionada pela maio-
ria dos políticos e empresários do Pará. Em função disso, o governador 
Magalhães Barata, em telegrama enviado ao presidente Getúlio Vargas, 
declara que a criação do Território do Amapá foi unilateral e desneces-
sária.
II – Não se procedeu de forma democrática. Não houve consulta plebiscitá-
ria, nem entendimento com o Governador do Estado do Pará, Estado do 
qual foram desmembradas as terras para constituir o Território Federal 
do Amapá.
III – Para governar o Amapá se manifestaram dois pretendentes, Emanoel de 
Almeida Moraes e Janary Gentil Nunes. Getúlio Vargas nomeia Janary, 
tendo em vista seus méritos militares, não haver exercido função civil e 
amplo conhecimento da região que iria governar.
IV – Houve um impasse quanto ao estabelecimento da capital do território, 
havendo uma capital de direito (Mazagão) e outra de fato (Macapá). Im-
passe esse resolvido pelo Presidente da República em Decreto-Lei que 
determinou que Macapá passasse a ser a capital do Território Federal do 
Amapá.
a) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
b) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
d) Apenas as alternativas II e III estão corretas.
e) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
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9. (CFS/PM-AP/2008) O Amapá, em seu processo de ordenação espacial, sofreu 
grande influência de grandes projetos privados e públicos, que foram implantados, 
sobretudo, ao longo da segunda metade do século XX. Sobre as informações acima, 
analise as três assertivas abaixo e, de forma correspondente, marque a alternativa 
CORRETA quanto aos projetos e respectivas regiões do Amapá que as influenciaram.
I – Na década de 1950 teve início no ex-Território do Amapá, um projeto de ex-
ploração de grandes jazidas de manganês. Para poder viabilizar a exportação 
desse minério, foi necessária a construção da Estrada de Ferro do Amapá – 
EFA, o porto de Santana e dois núcleos urbanos planejados.
II – Em 1967, iniciou-se um projeto que teve, a princípio, o objetivo de integrar 
atividades florestais, agrícolas, minerais e industriais. Esse projeto ainda se 
estrutura em torno de dois núcleos urbanos principais: a cidade planejada de 
Monte Dourado (PA) e a cidade de Laranjal do Jarí (AP); gerada de ocupação 
espontânea.
III – No ano de 1985 teve início um projeto que foi concebido com a finalidade de 
proteger e fiscalizar o movimento na área de fronteira setentrional do país, 
através de ações nos setores de infraestrutura viária, energética e de comu-
nicações.
a) I - Projeto Jarí na região central; II - Projeto Icomi na região Sul e o III - Projeto 
Calha Norte na região norte do Amapá.
b) I - Projeto Icomi na região central; II - Projeto Jarí na região Sul e o III - Projeto 
SIVAM na região Norte do Amapá.
c) I - Projeto Icomi na região central; II - Projeto Jarí na região Sul e o III - Pro-
grama Calha Norte na região norte do Amapá.
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d) I - Projeto Jarí na região norte; II - Projeto Icomi na região Sul e o III - Progra-
ma Calha Norte na região central do Amapá.
e) I - Projeto Jarí na região sul; II - Projeto Icomi na região norte e o III - Progra-
ma SIVAM na região central do Amapá.
10. (PM-AP/2002) A economia do Estado do Amapá é diretamente dependente:
a) da Área de Livre Comércio.
b) do crescimento populacional.
c) da importação de matéria-prima.
d) dos recursos naturais locais.
e) do extrativismo mineral.
11. (UNITAU) Sobre o Período Regencial (1831-1840), é incorreto afirmar que:
a) foi um período de intensa agitação social, com a Cabanagem no Rio Grande do 
Sul e a guerra dos Farrapos no Rio de Janeiro;
b) passou por três etapas: regência trina provisória, regência trina e regência una;
c) foi criada a Guarda Nacional, formada por tropas controladas pelos grandes fa-
zendeiros;
d) através do Ato Adicional as províncias ganharam mais autonomia;
e) cai a participação do açúcar entre os produtos exportados pelo Brasil e cresce a 
participação do café.
12. (PUC-PR) O Período Regencial da História do Brasil durou de 1831 a 1840. So-
bre o mesmo, pode-se afirmar cor retamente que:
a) o governo regencial não estava previsto no texto da Constituição e foi uma im-
provisação política, necessária devido à renúncia de D. Pedro I.
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b) das guerras civis que eclodiram no período, a Cabanagem foi a que mais teve a 
participação das elites regionais.
c) apresentou grande instabilidade política, nele ocorrendo o perigo de fragmenta-
ção territorial, decorrente das várias guerras civis.
d) durante o período foi alterada a Constituição, o que permitiu a substituição da 
forma unitária do Estado pela forma denominada Federação.
e) a criação da Guarda Nacional para a manutenção da ordem pública foi obra do 
Regente Uno Pedro de Araújo Lima.
13. (UEMS) Entre os vários movimentos rebeldes ocorridos no Brasil, durante a 
época da Regência (1831-1 840), podem ser incluídos:
a) a revolta do Forte de Copacabana, a rebelião do Contestado e a Revolta Fede-
ralista.
b) a Intentona Comunista, a Revolta da Chibata e a Revolução Praieira.
c) a Cabanagem, a Baianada e a Revolta Farroupilha.
d) a Guerra de Canudos, a Sabinada e a Revolta da Vacina.
e) a Revolução Praieira, a Revolta da Armada e a Revolução Constitucionalista.
14. (UEL-PR) ...explicou na província do Grão-Pará o movimento armado mais po-
pular do Brasil (...). Foi uma das rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores 
ocuparam o poder...
Ao texto podem-se associar:
a) a Regência e a Cabanagem.
b) o Primeiro Reinado e a Praieira.
c) o Segundo Reinado e a Farroupilha.
d) o Período Joanino e a Sabínada.
e) a Abdicação e a Noite das Garrafadas.
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15. (UFV-MG) Nas Revoltas subsequentes à abdicação, o que aparecia era o desen-
cadeamento das paixões, dos instintos grosseirosda escória da população; era a 
luta da barbaridade contra os princípios regulares, as conveniências e necessidades 
da civilização. Em 1842, pelo contrário, o que se via à frente do movimento era 
a flor da sociedade brasileira, tudo que as províncias contavam de mais honroso 
e eminente em ilustração, em moralidade e riqueza. Timandro, O libelo do povo, 
1849
O texto acima estabelece uma comparação entre a composição social das rebeliões 
do início do Perío do Regencial e da revolução liberal de 1842. Essa visão refletia as 
distorções do ponto de vista da elite senhorial escravista ao julgar os movimentos 
popu lares. Historicamente, a Cabanagem e a Balaiada são consideradas:
a) grandes revoltas de escravos, liberadas por Zumbi dos Palmares.
b) revoltas contra a dominação da metrópole portuguesa, no contexto da crise do 
antigo sistema colonial.
c) revoltas de proprietários brancos, contrários à centra lização política em torno 
da pessoa do Imperador.
d) conflitos raciais e de classe, envolvendo índios, vaqueiros, negros livres e es-
cravos.
e) rebeliões sociais que, com o apoio dos militares, pretendiam a Proclamação da 
República e o fim da monarquia.
16. (MACKENZIE-SP) Durante o Período Regencial, o processo de integração po-
lítica do Brasil foi marcado por uma série de rebeliões. Assinale a alternativa que 
apresenta a correta relação entre essas rebeliões e o centralismo da época.
a) As rebeliões regências foram movimentos de cunho exclusivamente econômico, 
que tiveram em comum o objetivo de reduzir a cobrança de impostos e taxas rea-
lizada pelo governo central.
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b) Todos os movimentos chamados rebeliões do período regencial tiveram como 
característica comum a luta pela descentralização político-administrativa, visando 
à autonomia provincial.
c) Para os grandes proprietários rurais, interessava que as Assembleias provinciais 
não tivessem o mínimo de autonomia e que sua liberdade de ação fosse controlada 
pelo governo no Rio de Janeiro.
d) Os participantes das rebeliões coloniais (Balaiada, Cabanagem, Sabinada e Far-
roupilha) desejavam, todos a implantação imediata de um regime repu blicano de 
governo em todo o território brasileiro.
e) Nesse período de transição, do Primeiro Império para o Segundo, as lutas das 
várias correntes políticas regionais representavam opiniões diferentes a respeito da 
maneira de organizar a economia do país.
17. (PUC-RJ) Ao estabelecer critérios para o exercício da cidadania, a Constituição 
brasileira de 1824 criou limites à par ticipação de diversos grupos sociais na orga-
nização política do Estado. Assinale a opção que identifica corretamente revoltas 
e conflitos, ocorridos no Brasil, envolvendo demandas desses grupos excluídos do 
exercício da cidadania.
a) Revoltas Liberais de 1842 e a Revolta de Manuel Congo.
b) Sabinada e a Confederação do Equador.
c) Balaiada e a Guerra dos Farrapos.
d) Revolta dos Malês e a Cabanagem.
e) Revolta dos Praieiros e a Revolta do Quebra Quilos.
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18. (PUC-RJ) Para muitos brasileiros que vivenciaram o Período Regencial (1831-
1840), aquele foi um tempo de im passes, mudanças e rebeliões. Sobre esse pe-
ríodo, é correto afirmar que:
I – a renúncia inesperada do imperador D. Pedro II levou à nomeação de uma 
regência trina e à implantação, em caráter provisório, de um governo re-
publicano.
II – a antecipação da maioridade de D. Pedro II, em 1840, garantiu o restabe-
lecimento da ordem mo nárquica e a pacificação de todas as revoltas que 
ameaçavam a integridade territorial do Império.
III – houve uma série de revoltas envolvendo desde elementos das tropas regu-
lares até escravos, destacando-se, entre elas, a Farroupilha, a Ca banagem 
e a Revolta dos Malês.
IV – a ausência provisória da autoridade monárquica estimulou a proliferação de 
projetos políticos destinados à reorganização do Estado imperial. Assinale 
a alternativa:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente a afirmativa I estiver correta.
c) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas III e IV estiverem cor retas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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19. (FGV-SP) Associe os fatos político-militares do Primeiro Reinado e da Regência 
brasileira a seguir com suas localizações: 
Coluna A:
1. Balaiada
2. Cabanagem
3. Ato Adicional
4. Sabinada
5. Confederação do Equador
Coluna B:
I. Pará
II. Bahia
III. Maranhão
IV. Pernambuco
V. Rio de Janeiro
Escolha a alternativa que tem associação correta:
a) 1 – III; 2 – I; 3 – V; 4 – II; 5 – IV
b) 1 – II; 2 – V; 3 – II 4 – I; 5 – V
c) 1 – III; 2 – II; 3 – V; 4 – IV; 5 – I
d) 1 – IV; 2 – I; 3 – V; 4 – III; 5 – II
e) 1 – V; 2 – III; 3 – IV; 4 – II; 5 – I
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20. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) Os afri-
canos escravizados constituíram um importante grupo na formação do sincretismo 
cultural no Amapá, introduzidos na região, no século
a) XVIII, oriundos sobretudo da Guiné Portuguesa.
b) XIX, vindos depois da rebelião de Santo Domingo.
c) XVII, provenientes de Minas Gerais, para trabalhar na extração aurífera.
d) XX, vindos do Maranhão, no período pós-abolição.
e) XVI, provenientes de Belém, para trabalhar na cultura do arroz.
21. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/2018) Um exemplo 
do patrimônio histórico de Macapá é a Fortaleza de São José, que apresenta
a) projeto arquitetônico em formato de estrela e com altas muralhas, tendo sido 
usada para defesa em inúmeros conflitos e invasões, razão pela qual ficou em ruí-
nas já no final do século XIX.
b) localização às margens do rio Amazonas, ocupando uma grande área verde con-
cebida para ser área de lazer, no período colonial, e local de proteção aos índios que 
habitavam a região e sofriam ataques de franceses.
c) título de único monumento tombado pelo IPHAN no Amapá, razão pela qual pas-
sou por amplo processo de restauração e não pode ser visitada pelos turistas por 
questões de segurança e preservação.
d) conjunto de edificações e muralhas construído no século XVIII pela igreja ca-
tólica junto com a Igreja de São José, a fim de garantir a segurança dos clérigos e 
moradores locais, razão