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HISTÓRIA
História de Goiás – Parte II
Livro Eletrônico
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HISTÓRIA
História de Goiás – Parte II
Prof. Daniel Vasconcellos
SUMÁRIO
História Política de Goiás .............................................................................4
1. Dinâmica Política Regional: Partidos e Movimentos Sociais ............................5
2. A Política de 1930 até 1964 ......................................................................6
Era Vargas .................................................................................................6
Pedro Ludovico Teixeira ...............................................................................8
3. Ditadura Militar em Goiás e a Transição Democrática .................................15
A Ditadura Militar .....................................................................................15
A Transição Democrática ............................................................................20
A Guerrilha do Araguaia ............................................................................21
Redemocratização ....................................................................................22
4. A Política de 1986 aos Dias Atuais ...........................................................25
5. Patrimônio Natural, Histórico, Cultural e Religioso de Goiás .........................29
Patrimônio Natural de Goiás .......................................................................29
Patrimônio Histórico de Goiás .....................................................................30
Patrimônio Cultural e Religioso ...................................................................35
Resumo ...................................................................................................42
Questões de Concurso ...............................................................................45
Gabarito ..................................................................................................58
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HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS
Olá, meu(minha) querido(a), tudo bem? Espero que sim.
Bem-vindo(a) novamente! Que nesta aula consigamos dar sequência ao seu 
processo aprendizagem para ingresso no serviço público.
 É isso mesmo! O resultado de sua dedicação, dos nossos bate-papos, será a 
sua aprovação no concurso.
Na aula anterior, tratamos da História da inserção de Goiás na economia nacio-
nal, desde os primeiros povos nativos, passando pela exploração do ouro no perío-
do colonial até a construção de Goiânia e Brasília.
Nesse sentido, antes de seguirmos, quero lhe propor um pequeno exercício. 
Observe novamente um dos mapas mentais da aula anterior:
A ideia é que você, ao ler esse mapa mental, consiga se relembrar dos conteú-
dos tratados. Então, vamos lá: observe com atenção e tente se lembrar do máximo 
de conhecimentos sobre os temas listados. Pegue um papel e uma caneta e tente 
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escrever o maior número de informações, em forma de tópicos mesmo. Lembrou-
-se de tudo? Pois bem, se a resposta é não, basta revisitar a aula nos pontos que 
achar mais dificuldade. Não é preciso que releia toda a aula anterior. Faça o mesmo 
exercício com os outros mapas mentais. Caso a dúvida ainda permaneça, não te-
nha receio em questionar. Estou à disposição para isso. Você vai estar muito bem 
preparado(a) para a realização da prova.
Nesta aula trataremos dos seguintes tópicos listados no edital:
• Dinâmica política regional: partidos e movimentos sociais;
• A política de 1930 até 1964;
• Ditadura Militar em Goiás e a transição democrática;
• Da política de 1986 aos dias atuais;
• Patrimônio natural, histórico, cultural e religioso de Goiás.
1. Dinâmica Política Regional: Partidos e Movimentos Sociais
Caro(a) aluno(a), a dinâmica política de Goiás, com seus partidos políticos e 
movimentos sociais, é tão complexa que não é possível tratá-la em um tópico se-
parado do restante da história de Goiás. Por isso, meu(minha) querido(a), optei por 
discutir essa temática “dentro” dos tópicos adjacentes. Você há de se recordar que 
já debatemos sobre o coronelismo praticado pelas Oligarquias de Goiás (os 
Bulhões, os Fleury e os Jardim Caiado). Não se preocupe! Essa opção didática 
trará um maior aproveitamento dos seus estudos na medida em que criamos uma 
linearidade contextualizada. Como será isso? Simples, ao estudarmos da Ditadura 
Militar em Goiás, analisaremos também o papel de movimentos sociais importan-
tes, como as Ligas Camponesas e a Guerrilha do Araguaia. Entenda: não há 
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como compreender esses movimentos sem que tenhamos conhecimento do con-
junto político do período.
2. A Política de 1930 até 1964
Era Vargas
Querido(a), Pedro Ludovico Teixeira foi o interventor indicado por Getúlio Vargas 
para o Estado de Goiás. Por isso, mais uma vez, é preciso que contextualizemos.
Getúlio Vargas assumiu a presidência da República de forma provisória. Vamos 
dividir a chamada Era Vargas (1930-1945) didaticamente em três fases:
a) Governo Provisório (1930-1934)
Getúlio foi postergando o quanto pôde aquele que deveria ser um governo pro-
visório. Diante dessa postura, eclodiu em São Paulo a Revolução Constitucionalista 
de 1932. São Paulo, principal prejudicado politicamente na Revolução de 30, exigia 
uma Assembleia Nacional Constituinte e a realização de eleições. Getúlio cedeu e 
convocou a assembleia que apresentou a Constituição em 1934.
b) Governo Constitucional (1934-1937)
A constituição estabelecia que Vargas continuaria no poder até 1938, quando 
daria lugar a um presidente eleito. Nesse contexto, destacavam-se dois grupos po-
líticos: a ANL (Aliança Nacional Libertadora, de orientação socialista e liderada por 
Luís Carlos Prestes) e a AIB (Ação Integralista Brasileira, de orientação fascista, 
ultranacionalista, xenofóbica, liderada por Plínio Salgado).
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Em 1935, a ANL realizou a Intentona Comunista, uma tentativa de golpe 
socialista para tomar o estado brasileiro que foi sufocada pelo governo. Em 1937, 
Getúlio Vargas inventa a existência de uma nova intentona e usa esse discurso para 
dar um golpe e instituir a ditadura do Estado Novo. Essa estratégia ficou conhecida 
como “Plano Cohem”.
c) Estado Novo (1937-1945)
Estava instaladaa Ditadura. No plano político internacional, Vargas era simpa-
tizante dos estados fascistas europeus. Montou um governo nacionalista, xeno-
fóbico, anticomunista e antissemita que combatia com violência seus opositores. 
Chegou a cooperar com Hitler, deportando militantes socialistas judeus, como é o 
caso de Olga Benário, esposa de Luís Carlos Prestes, morta nos campos de concen-
tração nazistas. Entretanto, Vargas acabou negociando com os Estados Unidos sua 
posição na Segunda Guerra Mundial, ficando ao lado das potências democráticas. A 
contradição evidente de uma ditadura fascista em apoiar as democracias na Guerra 
acabou contribuindo para queda do Estado Novo em 1945.
(UFG) Em março de 1934, Luís Carlos Prestes fundou uma frente popular, a Aliança 
Nacional Libertadora, que objetivava atrair setores democráticos e antifascistas da 
sociedade para um programa de reformas políticas e sociais. O governo de Vargas 
perseguiu Prestes devido à:
a) emergência de regimes autoritários na Europa influenciando a organização par-
tidária no Brasil.
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b) cooptação dos sindicatos pelo Estado, com suas sedes tornando-se locais da 
propaganda oficial.
c) proposta política de estabelecer um governo revolucionário no Brasil alinhado 
com a União Soviética.
d) organização da Ação Integralista Brasileira, que defendia um projeto de Estado 
autoritário para o país.
e) rivalidade entre integralistas e aliancistas, os quais mobilizaram o país, amplian-
do o clima de confrontos.
Letra c.
Meu(minha) querido(a) aluno(a), Luís Carlos Prestes era o líder da ANL (Aliança Na-
cional Libertadora), de orientação socialista, altamente influenciada pela Revolução 
Russa de 1917, que instituiu a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Pedro Ludovico Teixeira
Muito bem, contextualizados, vamos à trajetória política de Ludovico Teixeira.
Com a Revolução de 1930, foram registradas mudanças no campo político. Des-
tituídos os governantes, Getúlio Vargas colocou em cada estado um governo pro-
visório composto por três membros. Em Goiás, um deles foi o Dr. Pedro Ludovico 
Teixeira, que, dias depois, foi nomeado interventor.
Pedro Ludovico Teixeira era um entusiasta da Revolução de 30 e apoiou Var-
gas desde o início de seu governo. Sua escolha como interventor do estado 
acabou rompendo com o domínio político das antigas oligarquias goianas.
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Como vimos na aula anterior, adotou como meta principal a construção de 
Goiânia. Outros objetivos foram trazer o desenvolvimento para o estado, resolver 
os problemas do transporte, da educação, da saúde e da exportação. Além disso, 
combateu com veemência as antigas Oligarquias de Goiás.
Ao mesmo tempo, promoveu o controle dos meios de comunicação por meio da 
censura. Para tanto, utilizou-se do Departamento de Imprensa e Propaganda 
(DIP), criado por Getúlio, e perseguiu seus principais críticos.
Ludovico foi o grande responsável da criação do Partido Social Republicano 
(PSR), que preencheu todas as cadeiras da representação goiana na Assembleia 
Nacional Constituinte de 1934. Em 1935, seguindo as regras da Constituição Fede-
ral, reuniu a Assembleia Constituinte do Estado de Goiás, que o elegeu governador.
Com a decretação do Estado Novo, em 1937, continuou no governo estadual. 
Em 1945, com o fim do Estado Novo, contribuiu para a criação do Partido Social 
Democrático (PSD), sendo seu presidente no Estado.
Foi eleito Senador pelo PSD em 1945 e fez parte dos trabalhos da Assembleia 
Nacional Constituinte de 1946. Retornou ao governo do Estado de Goiás em 1950, 
eleito Governador. Deixou o cargo em 1954 para se candidatar e ser eleito nova-
mente para o cargo de Senador. Reeleito em 1962, continuou no senado até 1969.
Durante a Ditadura Militar (1964-1985), teve participação ativa contra o Regi-
me. Chegou mesmo a organizar uma luta armada, em 1964, tentando garantir que 
seu filho, Mauro Borges Teixeira, continuasse no governo do estado, mas acabou 
derrotado.
A seguir, um mapa mental para que você gabarite aquela questão da prova so-
bre Ludovico:
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(CS-UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Leia o fragmento a seguir.
Pedro Ludovico Teixeira começou a inscrever seu nome na história do Estado com 
a Revolução de 1930, quando ele e outros importantes líderes da oposição goiana 
uniram-se ao grupo de Getúlio Vargas e assumiram o poder em Goiás. Os chama-
dos outubristas difundiram os ideais de progresso e desenvolvimento como contra-
ponto ao período anterior a 1930, classificado como de atraso político, econômico 
e social de Goiás.
CUNHA, C. A. A herança modernizadora de Pedro Ludovico e a memória de seu grupo político. 
In: CHAUL, N. F.; DUARTE, L. S. História política de Goiás. Goiânia: UFG, 2009. p. 7. [Adap-
tado].
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No contexto referido no fragmento, o processo de modernização em Goiás esteve 
diretamente vinculado à
a) supressão dos conflitos de classes que marcavam a vida política do Estado.
b) participação de uma classe média que rompia com os grandes proprietários rurais.
c) inclusão das reivindicações dos trabalhadores do campo na pauta da política 
estadual.
d) difusão de uma nova mentalidade política com o apoio das oligarquias dissiden-
tes do Estado.
Letra d.
Querido(a), Ludovico se uniu às oligarquias contrárias às oligarquias que controla-
vam a política goiana antes da Revolução de 1930. Acontece que, para as antigas 
oligarquias, o atraso econômico era sinônimo de manutenção do domínio político 
da região. As novas lideranças oligárquicas pretendiam modernizar o estado e con-
solidaram o poder de Pedro Ludovico.
De 1946 a 1964, temos um breve período de democracia, com destaque para 
a política populista dos governantes. Abaixo, a lista de todos os que assumiram o 
governo do estado durante o período:
Mauro Borges Teixeira Governador 29/05/1963 26/11/1964
Almir Turisco de Araújo Governador Interino 24/04/1963 29/05/1963
Mauro Borges Teixeira Governador 31/01/1961 24/04/1963
José Feliciano Ferreira Governador 31/01/1959 31/01/1961
José Ludovico de Almeida Governador 12/03/1955 31/01/1959
Bernardo Sayão Carvalho Araújo Vice-Governador 31/01/1955 12/03/1955
Jonas Ferreira Alves Duarte Vice-Governador 01/07/1954 31/01/1955
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Pedro Ludovico Teixeira Governador 15/02/1954 01/07/1954
Jonas Ferreira Alves Duarte Vice-Governador 30/01/1954 15/02/1954
Pedro Ludovico Teixeira Governador 01/09/1952 30/01/1954
Jonas Ferreira Alves Duarte Vice-Governador 05/06/1952 01/09/1952
Pedro Ludovico Teixeira Governador 31/01/1951 05/06/1952
José de Souza Porto Ex-interino da Gover-
nadoria
(12 horas)
Hosanah de campos Guimarães Vice-Governador 01/07/1950 30/01/1951
Jeronymo Coimbra Bueno Governador 22/03/1947 30/06/1950
Joaquim Machado de Araújo Interventor Federal 19/12/1946 22/03/1947
Hegesipo de campos Meireles Interventor Federal 
Interino
05/12/1946 19/12/1946
Joaquim Machado de Araújo Interventor Federal 22/10/1946 05/12/1946
Belarmino Cruvinel Interventor Federal 12/09/1946 22/10/1946
Felipe Antônio Xavier de Barros Interventor Federal 18/08/1946 12/09/1946
Paulo Fleury da Silva e Souza Interventor Federal 
Interino
04/08/1946 18/08/1946
Felipe Antônio Xavier de Barros Interventor Federal 18/02/1946 04/08/1946
Eládio de Amorim Interventor Federal 06/11/1945 18/02/1946
É nesse contexto que vemos o surgimento de um movimento social importan-
tíssimo para a história de Goiás: as Ligas Camponesas. Desde de 1946, após 
a queda de Getúlio, os trabalhadores rurais começaram a se organizar em asso-
ciações para promover a reforma agrária e buscar atender a outras demandas. 
As chamadas Ligas Camponesas, representavam os interesses dos trabalhadores 
rurais. As primeiras organizações do tipo surgiram em Pernambuco na década de 
1950, chefiadas por Francisco Julião.
As primeiras Ligas Camponesas que surgiram em Goiás lutavam contra 
o aumento das taxas de arrendamento. Foi na cidade de Orizona, em 1950, 
que trabalhadores rurais de Goiás se recusaram a pagar os 50% de taxa de arren-
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damento cobrados pelos latifundiários, quando a Constituição do Estado de Goiás 
estabelecia que o valor máximo não poderia ultrapassar a 20% de taxa.
Apesar de conseguirem o cumprimento da lei, no ano seguinte os fazendei-
ros boicotaram os trabalhadores rurais, não dando trabalho àqueles que haviam 
participado do movimento. É nesse clima de tensão que foi realizado o Primeiro 
Congresso Camponês Goiano (1951), contando com 146 delegados de 18 muni-
cípios. Foi nesse Congresso que fundaram a União Camponesa de Goiás.
Em 4 de dezembro de 1962, o jornal O Estado de São Paulo informava o desco-
brimento de um campo de treinamento de guerrilhas das Ligas Camponesas 
na cidade goiana de Dianópolis. Autoridades investigaram e encontraram livros 
com manuais de guerrilha, munições e propaganda comunista.
O coronel José de Seixas, ao apurar denúncias de um contrabando de geladei-
ras, acabou encontrando bandeiras cubanas, manuais de instrução de combate, 
registros de contabilidade comprovando apoio financeiro de Cuba, fotos de Fidel 
Castro (Líder comunista cubano) e de Francisco Julião (Líder das Ligas Camponesas 
no Nordeste do país).
Dentro do contexto da Guerra Fria (1945-1989), o presidente João Goulart 
procurou não se alinhavar nem aos Estados Unidos, nem à URSS. Quando os norte-
-americanos decidiram implantar um bloqueio comercial continental à ilha cubana 
comunista, João Goulart (Jango) não seguiu a orientação. O material encontrado 
no acampamento das Ligas Camponesas em Dianópolis foi entregue a Jango que, 
discretamente, negociou sua devolução aos cubanos. Entretanto, o avião que le-
vava esse material sofreu um acidente no aeroporto de Lima, no Peru, e a CIA o 
encontrou.
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Era a prova que os Estados Unidos precisavam. Diante da constatação de que 
Cuba tentava espalhar a revolução comunista na América Latina e da organização 
de guerrilhas comunistas no Brasil, os Estados Unidos viriam a financiar e apoiar as 
Ditaduras militares na América do Sul. João Goulart passou a ser visto pelos Esta-
dos Unidos como um colaborador do regime de Fidel.
Mais adiante, quando analisarmos a Ditadura Militar em Goiás, voltaremos a 
tratar desse significativo movimento social. Também é importante, para manter a 
linearidade contextualizada, que tratemos da política em Goiás na atualidade de-
pois de passarmos pela política de 1964 a 1986. Não se preocupe! Não deixarei de 
tratar nenhum dos conteúdos importantes para a realização da prova.
(CFTMG/2010) “A partir da desapropriação do Engenho Galileia, as ligas expandi-
ram- se por todo o estado de Pernambuco, chegando a ter, em 1961, 10.000 asso-
ciados, e no mínimo, 40 sedes municipais. (...) As ligas também iriam se estender 
por vários estados do Nordeste e outras regiões do país, tornando-se particular-
mente fortes nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás”. FONTE: AZEVEDO, 
Fernando Antônio. As Ligas Camponesas. São Paulo: Paz e Terra, 1982, p. 73.
A atuação das Ligas Camponesas está relacionada ao
a) apoio dos sindicatos rurais à empresa agromercantil, fundamental para o cres-
cimento da economia.
b) alinhamento político entre os grandes produtores rurais do nordeste e lideranças 
vinculadas ao campesinato.
c) compromisso dos trabalhadores rurais na defesa de uma reforma agrária man-
tenedora da estrutura latifundiária.
d) modelo fundiário brasileiro, caracterizado por mecanismos excludentes do cam-
pesinato da vida social e política.
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Letra d.
Meu(minha) querido(a), como vimos, foi a concentração latifundiária e a cobrança 
de taxas abusivas sobre o arrendamento de terras que provocou a união dos tra-
balhadores rurais por melhorias no campo. Fique ligado(a): a questão é interpreta-
tiva. A alternativa “d” é a única que apresenta um motivo real para a mobilização 
dos camponeses.
3. Ditadura Militar em Goiás e a Transição Democrática
A Ditadura Militar
Querido(a), a Ditadura Militar (1964-1985) foi um período de grande truculên-
cia do estado para a manutenção da ordem estabelecida. Os militares tomaram o 
poder diante de um cenário de grande instabilidade política, tanto internamente, 
quanto internacionalmente, graças à Guerra Fria.
Acusando o presidente João Goulart de governar usando preceitos comunistas, 
deflagraram um golpe de estado que acabou com as eleições diretas para presiden-
te da República.
Novamente, é necessário que contextualizemos para, em seguida, voltar nos-
so foco aos acontecimentos mais relevantesdo período em Goiás. Nesse sentido, 
didaticamente, resumi a Ditadura Militar (1964-1985) por mandato dos generais 
presidentes:
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Castelo Branco (15/04/1964 a 15/03/1967)
• Cassações políticas;
• Fim da eleição direta para presidente e criação do bipartidarismo (ARENA – 
Aliança Renovadora Nacional; e MDB – Movimento Democrático Brasileiro)
• Limitação de direitos constitucionais;
• Suspensão da imunidade parlamentar.
Arthur da Costa e Silva (15/03/1967 a 31/08/1969)
• Ato Institucional n. 5 (AI-5) – Instituiu a perda de mandatos de parlamentares 
contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo presidente nos municí-
pios e estados e também a suspensão de quaisquer garantias constitucionais 
que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura, comumente 
usada como instrumento pelo Estado;
• Política econômica voltada para o combate da inflação e expansão do comér-
cio exterior;
• Investimentos nos setores de transporte e comunicações;
• Reforma administrativa.
Junta Governativa Provisória (31/08/1969 a 30 de outubro de 1969)
• Formada pelo Ministro do Exército, Aurélio de Lira Tavares, pelo ministro da 
Marinha, Augusto Rademaker, e pelo Ministro da Aeronáutica, Márcio Melo.
Emílio Garrastazu Médici (30/10/1969 a 15/03/1974)
• Repressão política. “Anos de Chumbo”: exílios, tortura, prisões, desapareci-
mento de pessoas, combate aos movimentos sociais e censura.
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• “Milagre Econômico”: forte crescimento do PIB graças a empréstimos e inves-
timentos em infraestrutura de energia;
• Propaganda patriótica associada à Copa do Mundo de 1970.
Ernesto Geisel (15/03/1974 a 15/03/1979):
• Propôs a abertura política desde que fosse “lenta, gradual e segura”;
• Aumentou o mandato de Presidente de 5 para 6 anos;
• Pacote de Abril (1977): mudanças nas regras para as eleições de 1978, com 
o objetivo de barrar o crescimento do partido de oposição (MDB);
• Criação do Senador biônico (eleito indiretamente);
• Alta da inflação e dívida externa;
• Restauração do habeas corpus e fim do AI-5.
João Baptista Figueiredo (15/03/1979 a 15/03/1985):
• Início da transição para o sistema democrático;
• Restabelecimento do pluripartidarismo;
• Crise econômica, greves e protestos sociais;
• Restabelecimento das eleições diretas para governadores dos estados.
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Em 1964, instaurado o Golpe, o governador de Goiás, Mauro Borges Teixeira 
(filho de Pedro Ludovico), foi deposto do cargo por fazer parte da campanha 
Legalista em defesa da manutenção de João Goulart no cargo de Presidente 
da República. Meses depois, por força das circunstâncias, acabou aderindo ao re-
gime.
O principal órgão de repressão no período foi o DOPS-GO, Departamento de 
Ordem Política e Social de Goiás. Realizava atividades de vigilância social, preven-
ção e repressão ao comunismo por meio de inquéritos sobre crimes de “subversão” 
e ações políticas contrárias ao Regime Militar. Muitos foram os presos, torturados e 
assassinados nos porões do DOPS.
Os militares promoveram modificações na organização territorial. Exemplos dis-
so foram a fusão do Estado da Guanabara, pelo Rio de Janeiro (1975), e o desmem-
bramento do Sul do Mato Grosso (1977).
Seguindo essa lógica de divisão territorial, o Deputado Federal Siqueira Cam-
pos iniciou uma campanha na Câmara dos Deputados pela redivisão terri-
torial da Amazônia Legal, com destaque para o norte goiano. O argumento 
era de que, mesmo com investimentos de projetos como o Polocentro e Polama-
zônia, o norte do estado de Goiás continuava com fraco desempenho econômico. 
A campanha ganhou corpo com a criação do Conorte (Comissão de Estudos do 
Norte Goiano), em 1981, que promoveu debates públicos em Goiânia. Apesar de 
a proposta ter sido rejeitada por duas vezes, a Constituição de 1988 levaria ao 
desmembramento do norte de Goiás e à criação do Estado de Tocantins. 
Mais adiante, voltaremos a tratar dessa temática.
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(SEPLAG/POLÍCIA MILITAR-MG/2012) Algumas diferenças fundamentais entre o 
Estado Novo getulista e os governos militares podem ser apontadas: o segundo 
período teve caráter militar, Vargas, embora apoiado e sustentado no poder pelas 
forças armadas, era civil e governava nessa condição. A política do governo Vargas 
era nacionalista, voltada para os interesses internos do país, enquanto a dos milita-
res seguia os ditames do capitalismo internacional, gerenciado pelo FMI. A política 
social e trabalhista de Vargas resultou em alguns efetivos avanços populares (...). 
A política socioeconômica dos governos militares calou as reivindicações trabalhis-
tas, sobretudo impondo o arrocho salarial... (In: Gilberto Cotrim. História Global: 
Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2002. p.568)
O texto faz referência a diferenças existentes entre o Estado Novo (1937-1945) e 
os governos militares (1964-1985). Contudo, é importante destacar que ambos
a) foram ditaduras originadas de golpes e fizeram amplo uso da repressão e da 
violência contra os cidadãos.
b) representaram os anseios do povo brasileiro e se caracterizaram pela conciliação 
com setores mais populares.
c) promoveram uma acentuada disseminação da pequena propriedade rural e uma 
política de desagregação social no país.
d) encaminharam-se para a reafirmação do nacionalismo e para a manutenção de 
uma política externa independente.
Letra a.
Querido(a), muito fácil, não é mesmo? Ambas as ditaduras surgiram de golpes de 
estado e utilizaram de mecanismos de repressão violenta contra seus adversários.
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A Transição Democrática
Caro(a) aluno(a), a Ditadura Militar (1964-1985) foi extremamente violenta. 
Em Goiás não foi diferente. Entretanto, a sociedade se mobilizou na luta contra 
o regime ditatorial dos militares. Analisaremos.
As ligas camponesas foram combatidas de maneira enérgica. Ogoverno de-
sarticulou sindicatos e associações de trabalhadores, chegando a prender, torturar 
e mesmo a assassinar os participantes.
A Igreja Católica teve papel relevante, assumindo destaque na luta contra a 
repressão e a tortura. Acabou transformando-se na mais significativa instituição de 
oposição ao regime militar. Assim, criou várias organizações:
• JOC: Juventude Operária Católica;
• ACO: Ação Católica Operária;
• JEC: Juventude Estudantil Católica;
• JUC: Juventude Universitária Católica;
• CEBs: Comunidades Eclesiais de Base;
• CJP: Comissões de Justiça e Paz;
• Cimi: Conselho Indigenista Missionário;
• CPT: Comissão Pastoral da Terra.
À medida em que a Igreja ampliava sua inserção junto às classes populares, pa-
dres, freiras, bispos, arcebispos também se transformaram em alvos da repressão 
policial.
Outra instituição de papel importante na luta contra a Ditadura Militar em Goi-
ás foi a UNE (União Nacional dos Estudantes). Uma das primeiras ações do 
Regime Militar, ainda em 1964, foi metralhar a sede da entidade no Rio de Janeiro 
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e colocá-la na ilegalidade. Honestino Guimarães, nascido em Itaberaí (GO), foi 
presidente da UNE, militou contra a ditadura e acabou morto em situação desco-
nhecida. Em 1984, a UNE participou ativamente da campanha das “Diretas Já”, com 
manifestações e intervenções nos principais comícios populares daquele período. 
Em 1985, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto, de autoria do deputado 
e ex-presidente da UNE, Aldo Arantes, que trazia a entidade de volta para a lega-
lidade.
Se, por um lado, a Igreja atuava de maneira pacífica na resistência e a UNE 
limitava-se a protestos e manifestações na ilegalidade, outros movimentos radica-
lizaram a luta, pegando em armas e montando guerrilhas.
A Guerrilha do Araguaia
Querido(a), a Guerrilha do Araguaia foi um movimento de luta armada que 
ocorreu na região do Araguaia, na divisa entre os estados de Tocantins e Pará, en-
tre os anos de 1972 e 1975. Tocantins ainda era território goiano nesse período.
Os movimentos guerrilheiros começaram a se organizar ao final da década de 
1960. Os maiores confrontos com as tropas militares aconteceram a partir de 1972. 
A grande inspiração desses movimentos foi, sem dúvida, o sucesso das revoluções 
socialistas em Cuba e na China.
A liderança das guerrilhas foi, principalmente, de membros do Partido Co-
munista do Brasil (PCdoB), que foi colocado na ilegalidade desde o golpe de 
1964. Podemos destacar os nomes de Maurício Grabois (um dos fundadores do PC-
doB), João Amazonas (secretário-geral do PCdoB), Elza Monnerat (dirigente do PC-
doB) e Ângelo Arroyo (dirigente do PCdoB). Entretanto, a guerrilha contou com 
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a participação de operários, membros das Ligas Camponesas, estudantes 
ligados à UNE e profissionais liberais
O principal objetivo dos guerrilheiros era derrubar o governo militar e implantar 
um governo socialista.
Os militares realizaram ofensivas militares, contando com aproximadamente 5 
mil homens, para acabar com o movimento: a Operação Papagaio, a Operação 
Sucuri e a Operação Marajoara. A vitória das tropas governistas reprimiu o mo-
vimento em 1975. Como saldo do conflito, morreram 59 militantes do PCdoB e 19 
agricultores, além de 20 militares.
Redemocratização
O processo de redemocratização se deu entre 1975 e 1985, com os governos 
dos generais Geisel e Figueiredo e terminou com eleições indiretas que colocaram 
um civil na Presidência da República.
Foram realizadas uma série de medidas para que a transição democrática fosse 
lenta, segura e gradual. Podemos listar, de maneira objetiva, as seguintes medidas 
de distensão do Regime Militar:
• o fim da censura prévia a espetáculos e publicações;
• a revogação do AI-5;
• o retorno ao pluripartidarismo;
• a Lei de Anistia.
É necessário salientar que o retorno ao pluripartidarismo objetivava dividir a 
oposição e impedir a polarização entre ARENA (partido dos militares) e o MDB. 
Além disso, a Lei de Anistia previa o perdão dos crimes políticos do período de ma-
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neira irrestrita, beneficiando agentes militares que cometeram crimes de tortura, 
perseguição e assassinatos.
Com o pluripartidarismo, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Mo-
vimento Democrático Brasileiro) foram extintos e deram lugar aos seguintes parti-
dos políticos:
• PMDB: Partido do Movimento Democrático Brasileiro, antigo MDB;
• PDS: Partido Democrático Social, antiga ARENA;
• PTB: Partido Trabalhista Brasileiro;
• PDT: Partido Democrático Trabalhista;
• PT: Partido dos Trabalhadores.
A campanha “Diretas Já” foi um movimento que começou em maio de 1983 e 
foi até 1984, mobilizando milhões de pessoas em comícios e passeatas pela eleição 
direta para Presidente da República. Contou com a participação de partidos políti-
cos, artistas, intelectuais e variados membros da sociedade civil.
A emenda Dante de Oliveira, assim chamada por ter sido o Deputado ma-
to-grossense que, em 1983, apresentou o projeto de uma emenda constitucional 
pelas eleições diretas para Presidente. A proposta previa, ainda, o fim do Colégio 
Eleitoral. Caso fosse aprovada, o voto direto ocorreria já nas eleições de 1985.
O deputado federal Ulisses Guimarães foi um dos principais articuladores do 
movimento, promovendo, inclusive, um debate no auditório de Goiânia em 
1983. O debate pode ser considerado o estopim que deu início a inúmeros comí-
cios por todo o país.
Querido(a), a campanha das “Diretas Já” refletia a insatisfação da socieda-
de brasileira com a perseguição política dos militares e a grave crise eco-
nômica que agravava a vida da população com altos índices inflacionários.
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Entretanto, mesmo sendo de grande apelo popular, a emenda Dante de Oliveira 
foi rejeitada e as eleições diretas para Presidência da República aconteceriam so-
mente em 1989.
Tancredo Neves foi o primeiro Presidente civil após o Regime Militar, eleito pelo 
congresso de forma indireta em 1985. Contudo, faleceu à véspera de sua posse, 
dando lugar a seu vice, José Sarney.
(VUNESP/FUNDUNESP/HISTORIÓGRAFO/2013) Sobre o movimento conhecido por 
Diretas Já, é correto afirmar que
a) apoiava o projeto de lei proposto pelo senador Dante de Oliveiraem 1983, o 
qual almejava a realização de eleições diretas para presidente da República.
b) para a insatisfação dos brasileiros, a proposta de Dante de Oliveira foi reprovada 
no Congresso em abril de 1984, graças a uma manobra política dos deputados e 
senadores que apoiavam o regime militar vigente no país.
c) pressionado pela população, o General João Batista Figueiredo e seus assessores 
militares, iniciaram o processo de redemocratização política no Brasil e convocaram 
a população para o primeiro processo eleitoral direto após duas décadas de regime 
militar.
d) Ulysses Guimarães tornara-se um símbolo dos ideais democráticos e da Cam-
panha pelas Diretas Já, uma vez que, tendo sido partidário dos governos militares, 
aderiu à oposição e presidiu a comissão parlamentar que discutiu a anistia aos opo-
sitores presos ou exilados do regime.
e) o então governador de São Paulo, Mário Covas, promoveu a primeira manifes-
tação de massas da campanha: um comício na Praça da Sé em São Paulo, que 
reuniu cerca de 400 mil pessoas, em 25 de janeiro de 1984. A praça ficou repleta 
de bandeiras e camisetas amarelas, cor escolhida para simbolizar a reivindicação.
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Letra b.
Querido(a), cuidado com os detalhes e pegadinhas da banca. A alternativa “a” es-
taria correta se não tivesse chamado o Deputado Dante de Oliveira de Senador! 
O projeto do Deputado Federal Dante de Oliveira foi rejeitado e tivemos eleições 
diretas para Presidente da República apenas em 1989.
4. A Política de 1986 aos Dias Atuais
Meu(minha) querido(a), o primeiro governador de Goiás eleito pelo voto direto 
foi Íris Rezende, em 1982. Abaixo, a lista de governadores do Estado desde 1983.
Marconi F. Perillo Júnior Governador 01/01/2011
Alcides Rodrigues Filho Governador 31/03/2006 31/12/2010
Marconi F. Perillo Júnior Governador 01/01/1999 31/03/2006
Helenês Cândido Governador 24/11/1998 31/12/1998
Naphtali Alves de Souza Governador 04/05/1998 23/11/1998
Luiz A. Maguito Vilela Governador 01/01/1995 04/05/1998
Agenor R. de Rezende Vice-governador 02/04/1994 01/01/1995
Iris Rezende Machado Governador 15/03/1991 02/04/1994
Henrique Santillo Governador 15/03/1987 15/03/1991
Onofre Quinan Vice-governador 13/02/1986 15/03/1987
Íris Rezende Machado Governador 15/03/1983 13/02/1986
Durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1986-1988, ganhou corpo a dis-
cussão acerca da divisão do estado de Goiás. Houve grande mobilização popular e 
política na região norte do território goiano. O governador Henrique Santillo, eleito 
em 1986, tornou-se um grande articulador da demanda. 
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Assim, a Constituição de 1988, também chamada “Constituição Cidadã”, 
criou o Estado do Tocantins. Seu território contemplava desde aproximadamen-
te o paralelo 13º até a região do Bico do Papagaio, na divisa do Estado com o Pará 
e o Maranhão.
Nos últimos 30 anos, Goiás passou por transformações profundas na vida política, 
econômica e social. Nesse sentido, a abertura política com a democracia favoreceu 
a maior participação popular. Assim, a sociedade passou a exigir melhores prá-
ticas na administração pública. Várias reformas administrativas foram buscadas.
Nas eleições presidenciáveis de 1989, a primeira da Nova República, Fernando 
Collor de Melo foi eleito para governar por 4 anos, derrotando Luís Inácio Lula da 
Silva (PT). Porém, não chegou ao fim de seu mandato. Renunciou à presidência da 
República em 29 de dezembro de 1992, horas antes de ser condenado pelo Senado 
por crime de responsabilidade, perdendo os direitos políticos por oito anos. É 
importante destacar o movimento dos “caras pintadas” como grande catalizador 
do processo de Impeachment de Fernando Collor. A juventude tomou as ruas, 
inclusive em Goiânia, exigindo a sua saída do cargo.
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Em 1994, o Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso elaborou o 
Plano Real, que viria a acabar com a inflação e permitir estabilidade econômica ao 
país. Fernando Henrique se tornaria presidente da República em 1995. Eleito para 
dois mandatos, deixou a presidência em 2003.
É nesse contexto que voltaremos nosso olhar novamente para Goiás. Entenda, 
meu(minha) querido(a), a seguir você terá um resumo dos acontecimentos rele-
vantes na política de Goiás desde 1999 até os dias atuais. Assim, economizaremos 
tempo e manteremos a objetividade.
Marconi Perillo foi eleito governador em 1998, derrotando Íris Resende. Re-
eleito em 2002, governou até 2006, quando deixou o cargo para concorrer com 
sucesso a uma cadeira no Senado. Na sua primeira passagem como governador, 
instituiu o programa “Renda Cidadã” que substituiu o programa de distribuição de 
cestas de alimentos, implantada na gestão anterior. Em seu governo também foi 
criada também a Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Em 31 de março de 2006, Alcides Rodrigues assumiu o governo de Goiás, 
com o afastamento do governador Marconi Perillo para disputar o Senado. Disputou 
as eleições de 2006 graças ao prestígio político do ex-governador Marconi Perillo. 
Governou até 31 de dezembro de 2010.
Marconi Perillo.
Foi eleito governador do Estado de Goiás para quatro mandatos.
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Marconi Perillo tomou posse de seu terceiro mandato como governador de 
Goiás em 2010. Enfatizou que implantaria medidas de austeridade fiscal com o 
corte de gastos considerados supérfluos. Foi reeleito em 2014.
Podemos listar, de maneira objetiva, os acontecimentos mais marcantes do go-
verno de Marconi Perillo:
• Investigado por coordenar um suposto esquema de jogos ilegais; ligado ao 
“bicheiro” Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal.
• Privatização da Companhia de Energia Celg Distribuição S.A., comprada pela 
empresa italiana Enel Brasil por R$ 2,187 bilhões.
• Recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal de Goiás e 
na Universidade Estadual de Goiás, pela atuação em prol do desenvolvimento 
das artes, ciências, filosofia e letras no Estado.
• Implantou o programa Rumo ao Progresso, que visava o fomento a pequenas 
empresas.
• Em 2015, começou a implantar reformas na educação que transferiam a ad-
ministração do ensino público da educação básica para organizações sociais 
(OS’s). Por considerarem a medida privatizante do ensino, estudantesreali-
zaram a ocupação de cerca de 21 escolas.
(UFG-CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Nos últimos meses, teve grande reper-
cussão midiática a ocupação das escolas estaduais em Goiás, sobretudo contra o 
processo de terceirização da gestão das escolas da rede de educação básica. De 
acordo com essa proposta do governo estadual, as escolas passariam a ser admi-
nistradas por entidades conhecidas como:
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a) Organizações Não Governamentais (ONGs).
b) Organizações Sociais (OS).
c) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
d) Associações Filantrópicas (AF).
Letra b.
Marconi Perillo enfrentou manifestações estudantis contra a implantação das OS’s 
argumentando que a iniciativa privada era melhor administradora do que os edu-
cadores.
5. Patrimônio Natural, Histórico, Cultural e Religioso de Goiás
Meu(minha) querido(a), a tão rica história que discutimos ao longo do nosso 
curso faz de Goiás um terreno fértil de manifestações culturais e religiosas. Junte-
-se a isso o patrimônio natural do estado e o legado arquitetônico da colonização 
que estimulam o turismo.
Patrimônio Natural de Goiás
O site do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) destaca 
a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas como Patrimônio 
Natural Mundial:
O Estado de Goiás possui dois parques nacionais reconhecidos como Patrimônio Natural 
Mundial pela Unesco: o da Chapada dos Veadeiros, e o Parque Nacional das Emas. 
Ambos foram criados em janeiro de 1961, e 2001 como o ano de inclusão na 
Lista da Unesco. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros abrange vários muni-
cípios do nordeste goiano, entre os quais São João d’Aliança, Alto Paraíso, Colinas do 
Sul e Cavalcante, e perfaz 65,5 mil hectares, onde as altitudes variam de 600 a 1.650 
metros. Abriga diversas formações vegetais, rochas com mais de um bilhão de anos e 
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cânions de até 300 metros de altura. Das 6.429 espécies de plantas do bioma Cerrado, 
foram identificadas 1.476 no parque, entre as quais 139 gramíneas, 69 quaresmeiras e 
39 orquídeas.
A fauna do Parque guarda 50 espécies consideradas raras, endêmicas ou sob o risco 
de extinção. Nesta situação podem ser encontrados o veado-campeiro, a onça-pintada, 
o lobo guará. Das 30 espécies endêmicas de aves do Cerrado, 13 habitam o parque, 
estando oito ameaçadas de extinção. A Chapada dos Veadeiros é o divisor das bacias 
dos rios Paraná e Maranhão, afluente mais alto do rio Tocantins que faz parte da Bacia 
Amazônica.
O Parque Nacional das Emas, localizado na divisa de Goiás com os estados de Mato Gros-
so e Mato Grosso do Sul, tem quase o dobro da extensão da Chapada, com uma área de 
132 mil hectares. Abrange parte dos municípios de Chapadão do Céu e Serranópolis, no 
Estado de Goiás, e de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul. O Parque é considerado uma 
das mais importantes unidades de conservação do bioma Cerrado, imerso em uma área 
agrícola. A altitude da região varia entre 350 e mil metros e os terrenos mais elevados 
concentram-se na Serra dos Caiapó. Rios de algumas das principais bacias hidrográficas 
brasileiras, como o Taquari (da Bacia do Paraguai) e o Araguaia (da Bacia do Tocantins), 
atravessam o Parque. A área é um refúgio para muitos exemplares da fauna nativa. São 
350 espécies de aves e inúmeras espécies de mamíferos, entre as quais onça-pintada e 
onça-parda, lobo-guará, anta, veado-campeiro e ema. 1
Patrimônio Histórico de Goiás
As cidades históricas de Goiás remontam a herança dos bandeirantes e seu 
legado de exploração do ouro no século XVIII. Por outro lado, Goiânia foi plane-
jada pelos urbanistas Attílio Corrêa Lima e Armando de Godoy para representar a 
modernidade. Nela, destacam-se o Cine Teatro Goiânia e a Torre do Relógio da Av. 
Goiás, de 1942, inspirados no estilo art déco.
Abaixo, uma lista do patrimônio histórico de Goiás:
BI – Bem Imóvel | BM – Bem Móvel | CP – Conjunto Paisagístico | NH – Núcleo 
Histórico
1 Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/579/
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Município Órgão Monumento ou 
obra
Nível de 
tombamento
Órgão Ano do 
tombamento
Senador 
Canedo
BI Casa do Senador 
Canedo
Federal IPHAN
Goiânia CP Centro Histórico de 
Goiânia
Nacional IPHAN 2003
Goiás CP Centro Histórico de 
Goiás
Mundial UNESCO
Goiás CP Largo do Chafariz Federal IPHAN
Goiás BI Palácio Conde dos 
Arcos
Federal IPHAN
Goiás BI Quartel do Batalhão 
de Infantaria XX
Federal IPHAN
Goiás CP Rua da Fundição Federal IPHAN
Goiás BI Capela São João 
Batista
Federal IPHAN
Goiás BI Igreja de Nossa 
Senhora da Abadia
Federal IPHAN
Goiás BI Igreja de Nossa 
Senhora do Carmo
Federal IPHAN
Goiás BI Igreja de Santa 
Bárbara
Federal IPHAN
Goiás BI Igreja de São 
Francisco de Paula
Federal IPHAN
Goiás BM Igreja da Boa Morte Federal IPHAN
Goiás BI Imagem de Nossa 
Senhora do Rosário
Federal IPHAN
Goiás BI Casa de Câmara e 
Cadeia
Federal IPHAN
Corumbá de 
Goiás
CP Centro Histórico de 
Corumbá de Goiás
Municipal Prefeitura 
Municipal
Corumbá de 
Goiás
BI Igreja Nossa Senhora 
da Penha de França
Municipal Prefeitura 
Municipal
Corumbá de 
Goiás
BI Cine Teatro 
Esmeralda
Municipal Prefeitura 
Municipal
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História de Goiás – Parte II
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Município Órgão Monumento ou 
obra
Nível de 
tombamento
Órgão Ano do 
tombamento
Jaraguá BI Igreja de Nossa 
Senhora do Rosário
Federal IPHAN
Niquelândia BI Igreja de Nossa 
Senhora do Rosário 
e ruínas da Igreja 
de São José do 
Tocantins
Federal IPHAN
Pilar de Goiás CP Centro Histórico Federal IPHAN
Pilar de Goiás BI Casa da Princesa Federal IPHAN
Pirenópolis CP Centro Histórico de 
Pirenópolis
Federal IPHAN 1989
Pirenópolis BI Igreja Matriz de 
Nossa Senhora do 
Rosário
Federal IPHAN 1941
Pirenópolis BI Fazenda Babilônia Federal IPHAN 1965
Pirenópolis BI Igreja de Nosso 
Senhor do Bonfim
Municipal Prefeitura 
Municipal
Pirenópolis BI Igreja de Nossa 
Senhora do Carmo
Municipal Prefeitura 
Municipal
Pirenópolis BI Teatro de Pirenópolis Estadual AGEPEL 1980
Pirenópolis BI Casa de Câmara e 
Cadeia
Municipal Prefeitura 
Municipal
Pirenópolis BI Ponte Sobre o Rio 
das Almas
Municipal Prefeitura 
Municipal
Pirenópolis BI Cine Teatro Pireneus Estadual AGEPEL 1989
Trindade BI Igreja Matriz de 
Trindade[1]
Nacional IPHAN 2014
Além dos monumentos e construções em Trindade, Niquelândia, Jaraguá e Sena-
dor Canedo, o estado de Goiás possui seis conjuntos urbanos tombados: Corumbá 
de Goiás, Goiás, Pilar de Goiás, Pirenópolis e Goiânia. As cinco primeiras se 
originaram de arraiais surgidos durante a exploração de ouro, sem planejamento, 
o que gerou um povoamento instável. Já Goiânia tem sua origem na estratégia do 
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História de Goiás – Parte II
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governo de Getúlio Vargas em acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação 
da região Centro-Oeste.
A cidade de Goiás é carinhosamente chamada de Goiás Velho. A antiga capital 
do Estado foi fundada durante o Ciclo do Ouro e seu conjunto arquitetônico retrata 
o período colonial brasileiro, de tal modo que foi tombado como Patrimônio Cultural 
da Humanidade pela Unesco em 2001. Foi o primeiro núcleo de povoamento oficial-
mente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas. Seu 
conjunto preserva 90% de sua arquitetura barroca original. Está localizada em uma 
região de grande beleza natural e, exemplo disso, é a cachoeira das Andorinhas.
A cidade de Goiás também é muito conhecida por ser terra natal da poetisa Cora 
Coralina. Sua casa se tornou um museu bastante visitado. Possui, ainda, várias 
igrejas com obras do barroco.
Corumbá de Goiás surgiu em 1731, como polo de mineração. Seus primeiros 
habitantes foram bandeirantes que buscavam ouro e pedras preciosas. Em 1734, foi 
inaugurada a capela de Nossa Senhora da Penha de França e a região se tornou o 
centro político e econômico dos arredores do Rio Corumbá. Rica em hidrografia, Co-
rumbá de Goiás resistiu à decadência da exploração do ouro, transformando-se em 
entreposto comercial nas rotas do estado com Paracatu-MG e Bahia. Entre os monu-
mentos tombados, podemos destacar o sobrado da Prefeitura Municipal, a Igreja de 
Nossa Senhora da Penha de França, o Cineteatro Esmeralda e as praças da Matriz.
Pirenópolis é composta por casarões, ruas e igrejas em arquitetura colonial. 
Possui um dos mais ricos acervos do patrimônio histórico da região Centro-Oeste. 
Foi fundada com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte pelo 
minerador português Manoel Rodrigues Tomar em 1727. Já em 1750, a estrutura da 
cidade já contava com cinco Igrejas que marcavam o extremo do perímetro urbano.
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Suas características arquitetônicas se mantiveram praticamente intactas até 
hoje. O turismo se tornou a principal atividade da região graças ao seu conjunto 
histórico e a existência um enorme número de cachoeiras em seu entorno.
Pilar de Goiás é uma das cidades mais antigas do Estado e surgiu em uma re-
gião habitada pelos índios Curuxá (ou Kirixá) e Canoeiro, além de escravos fugidos 
que formaram o Quilombo de Papuã em 1736. O bandeirante João de Godoy Pinto 
Silveira capturou os quilombolas de Papuã e os libertou após revelarem a localiza-
ção de uma região com grande quantidade de ouro de aluvião.
Em dez anos, pilar produziu o equivalente a todo o ouro que a província de 
Goiás produziu em um século. Enquanto o ouro se esgotava em outras cidades ao 
longo do século XVIII, Pilar continuou com grande produção do metal precioso até 
meados do século XIX. Com o fim da exploração do ouro na região, a cidade ficou 
isolada, o que favoreceu a preservação de seu conjunto arquitetônico.
Goiânia, como vimos, foi planeja por iniciativa do Governador Pedro Ludovico 
Teixeira dentro da lógicado governo federal em ocupar e desenvolver a região Cen-
tro-Oeste do país (Marcha para o Oeste).
O conjunto urbano de Goiânia foi tombado pelo IPHAN em 2003. Possui 22 edi-
fícios e monumentos públicos tombados, concentrados no centro da cidade e no 
núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da capital goiana. Po-
demos destacar o Cine Teatro Goiânia e a Torre do Relógio da Av. Goiás como 
principais monumentos históricos da capital.
(CS-UFG/CELG/GT-GO/ANALISTA DE GESTÃO/2014) Um importante marco na his-
tória do estado de Goiás se deu no ano de 2001, quando a Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) - instituição que desen-
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volve atividades para a proteção e conservação do patrimônio natural e cultural - 
finalmente declarou, como Patrimônio da Humanidade,
a) o ecossistema do Cerrado
b) a cidade de Pirenópolis
c) o Parque Estadual da Serra dos Pirineus
d) o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
e) o Centro Histórico da Cidade de Goiás.
Letra d.
Querido(a), como vimos, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi declara-
do Patrimônio Natural da Humanidade em 2001.
Patrimônio Cultural e Religioso
Meu(minha) querido(a), a cultura brasileira é resultado de uma síntese de in-
fluências étnico-culturais, composta por um mosaico de diferentes vertentes cultu-
rais. Assim, as raízes indígenas, africanas e lusitanas deixaram marcas na produção 
artística, na música, na culinária, no folclore, no artesanato e nas festas populares.
Uma das características mais marcantes da cultura brasileira é o sincretismo re-
ligioso. Outra característica importante da religiosidade na colônia é o sincretis-
mo religioso. De maneira geral, podemos defini-lo como qualquer prática religiosa 
que provém da fusão de outras. É a mistura de símbolos e práticas religiosas 
de duas ou mais crenças. No Brasil ocorreu um complexo processo histórico de 
misturas culturais.
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Podemos observar inúmeras matrizes religiosas como o Judaísmo, o Cristia-
nismo Católico, o Cristianismo Protestante, o Cristianismo Espírita Karde-
cista, o Islamismo, o Budismo, o Hinduísmo que desembarcaram nos navios 
que vieram para o país desde 1500.
Os cultos africanos também se inserem nesse contexto. Fons, Malês, Ango-
las, Congos e Iorubás também desembarcaram no país e encontraram os Guara-
nis, os Tapuias, os Tupis e várias outras etnias. A mistura, a interação entre essas 
manifestações culturais distintas possibilitou o surgimento de inúmeras práticas 
disseminadas pelo território brasileiro.
Como a Igreja impôs o catolicismo na Colônia, tentou exercer sua soberania 
controlando a difusão de outros cultos. Entretanto, a dinâmica da mistura de ele-
mentos culturais de outras matrizes acabou se fundindo com elementos do cris-
tianismo católico e, ao invés de combatê-los, a igreja optou por administrá-los. 
Em outras palavras: outros elementos religiosos eram aceitos desde que a 
matriz católica fosse a matriz predominante. Isso explica manifestações como 
a Lavagem da Escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim (BA) por candomblecistas.
Podemos organizar os principais tipos de sincretismos surgidos no Brasil a partir 
de sua matriz étnica:
• cristão-indígena;
• africano-cristã;
• indígena-africana;
• indígena-cristão-africana.
Essas são as matrizes que possibilitaram o surgimento de cultos, festejos popu-
lares, folclores, lendas, personagens, rituais e práticas sociais.
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Em goiás não foi diferente. As vertentes culturais goianas são resultado da his-
tória do homem do Planalto Central, desde os primeiros povos indígenas que habi-
taram a região, passando pela chegada dos portugueses e escravos africanos, até 
a chegada de imigrantes europeus. Também cabe ressaltar que se consolidou na 
região a chamada cultura caipira.
A seguir, de maneira objetiva, uma lista das principais festas culturais no estado 
de Goiás.
Procissão do Fogaréu – Cidade de Goiás: uma das cerimônias mais tradi-
cionais do estado, que acontece há 260 anos, durante a Semana Santa. É uma en-
cenação da prisão de Jesus Cristo. À meia-noite da Quarta-Feira das Trevas (toda 
iluminação pública é apagada), 40 “farricocos” surgem encapuzados ao som de 
canções oitocentistas. A procissão passa pela Igreja da Boa Morte, Igreja de Nossa 
Senhora do Carmo e Igreja do Senhor dos Passos.
Procissão do Fogaréu
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Festa do Divino Espírito Santo – Pirenópolis: comemorada desde 1819, 
reúne desfiles das bandas de música, queima de fogos, congadas, bailes, entre 
outros eventos. É uma festa móvel que acontece 50 dias após a Páscoa, durante as 
comemorações de Pentecostes. Geralmente a data cai no mês de maio ou junho.
Cavalhada – Pirenópolis: a festa das Cavalhadas surgiu em 1820. Os jesuítas 
foram os responsáveis pela sua criação, com o objetivo de catequizar escravos e 
índios brasileiros. A festa começa a ser preparada por seus participantes uma se-
mana antes, quando as duas tropas passam de casa em casa convidando para o 
ensaio. O evento acontece no Campo das Cavalhadas (Cavalhódromo), estenden-
do-se por todos os bares e ruas da cidade.
Cavalhadas – Palmeiras de Goiás: a festa retrata o confronto entre mouros 
e cristãos e chama a atenção pelo colorido dos trajes (cristãos vestem-se de azul, 
e mouros, de vermelho). As cavalhadas chegaram ao Brasil com os portugueses e 
espanhóis, no início do século 16. Enquanto a festa de Pirenópolis tem origem es-
panhola, a de Palmeiras de Goiás possui tradição portuguesa. Os cavaleiros usam 
vestimentas com muito brilho, do capacete às botas. Os cavalos desfilam com 
adornos nas cores prata e dourada. Os cristãos colocam-se à direita das autorida-
des, trajando capacetes e túnicas de veludo azul, calças brancas e botas pretas. 
Os mouros usam turbantes, túnicas e calça de veludo vermelho ornamentados com 
plumas e pedrarias de cores variadas.
Cavalhadas – Corumbá de Goiás: surgiram em meados do século 18 e acon-
tecem entre os dias 5 e 8 de setembro. Assim como as cavalhadas de Palmeiras de 
Goiás, retrata a batalha entre mouros e cristãos. Os mouros se vestem de vermelho 
e os cristãos de azul. Em corridas e lutas eles se enfrentam. No segundo dia, há a 
luta final, coma vitória dos cristãos, que convencem os mouros a se batizarem. A 
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encenação é marcada pela música da Corporação 13 de Maio, que se apresenta há 
113 anos. No terceiro dia da festa, os grupos confraternizam. E, finalmente, no dia 
8 de setembro, cultuam Nossa Senhora da Penha, a padroeira da cidade.
Cavalhadas e Contradança – Santa Cruz de Goiás: é uma manifestação fol-
clórica de origem francesa celebrada em Santa Cruz há cerca de 138 anos. Tem ori-
gem nos bailes do século XIX, em que a dança era muito apreciada, dando origem 
a quadrilhas, valsas, mazurcas, pas-de-quatre, entre outras. Além da contradança, 
há também as Cavalhadas, com o típico confronto entre mouros e cristãos.
Congada – Catalão: a festa acontece desde 1876. Em 1820, escravos semi-
libertos chegaram à Vila Catalão para trabalhar nas lavouras de café e trouxeram 
suas crenças. É daí que surge o louvor à Nossa Senhora do Rosário. A comemora-
ção mistura o catolicismo e os ritos afros, sempre da última sexta-feira de setem-
bro até segundo domingo de outubro.
Romaria do Muquém – Niquelândia: a celebração acontece anualmente de 5 
a 15 de agosto por ocasião da lenda de que Nossa Senhora da Abadia havia opera-
do milagres em favor dos escravos que conseguiram escapar para os quilombos e 
de alguns portugueses que eram flagrados garimpando sem licença. Como gratidão 
à virgem, ergueu-se uma capela no local.
Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno – Trindade: relatos indicam que a 
romaria começou em 1840, no arraial do Barro Preto, onde os moradores teriam 
encontrado um medalhão de barro. O medalhão foi substituído por uma imagem 
semelhante, esculpida em madeira pelo artista plástico Veiga Valle. A romaria acon-
tece entre a última semana de junho e o primeiro domingo de julho.
Festa de Nossa Senhora do Pilar – Pilar de Goiás: há registros que reme-
tem ao seu surgimento no ano de 1690. A festa acontece no primeiro sábado de 
setembro, com celebração de missa cantada, procissão, novena, desfile cívico e as 
cavalhadas.
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Festa de São Sebastião – Silvânia: surgida no século XIX, ela tem início na se-
gunda quinzena de julho. Durante dez dias acontecem novenas, folias e procissão lu-
minosa. Há ainda bingos, leilões e barraquinhas que comercializam produtos diversos.
Outra manifestação cultural também merece ser destacada: a Roda de Capo-
eira, em Aparecida de Goiânia foi proclamada bem cultural pelo Iphan em 2008 
e recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 
2014. A capoeira é uma expressão cultural afro-brasileira que ritualiza movimentos 
de artes marciais, jogos, dança e música. A capoeira começou a ser difundida em 
Goiás por duas academias pioneiras fundadas em Goiânia: o terreiro de Capoeira 
Angola e a Academia de Capoeira Regional.
(UFG-CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) A Procissão do Fogaréu é uma das mani-
festações folclóricas mais conhecidas do estado de Goiás e também uma das mais 
antigas. Trata-se de uma encenação de tradição cristã, relativamente comum em 
diversas localidades do país, mas com suas peculiaridades e adaptações locais, cujo 
ritual simboliza:
a) o martírio de Cristo no calvário, até a crucificação.
b) a peregrinação de Cristo no deserto, até sua revelação.
c) a procura por Cristo em Jerusalém, até sua prisão.
d) a busca por Cristo na Galileia, até o seu nascimento.
Letra c.
Querido(a), como vimos, a procissão do Fogaréu é uma celebração que encena a 
prisão de Cristo. Muito fácil, não é mesmo?
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Meu(minha) querido(a) aluno(a), sinto-me realizado em poder contribuir com 
a sua caminhada para o ingresso no serviço público. Tenho certeza de que conse-
guimos desenvolver todo o conteúdo necessário, de maneira otimizada, para a sua 
aprovação.
Lembre-se de revisitar os mapas mentais e fazer todos os exercícios, eles fo-
ram separados com muito carinho. Continuarei dando suporte no fórum e ficarei na 
torcida para que esteja tranquilo(a) no dia da prova, porque o conteúdo eu sei que 
você assimilou.
Caminhar sem conhecer o passado é andar no escuro.
Um grande abraço!
Professor Daniel Vasconcellos
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RESUMO
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História de Goiás – Parte II
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FGV/TJ-GO/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO) “Em novembro de 1930, o líder civil 
de um movimento armado de oposição, Getúlio Vargas, tornou-se presidente do 
Brasil em caráter provisório”. (SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. 
Ed. Paz e Terra. RJ, p. 21)
A Revolução de 1930 mudou inteiramente o processo histórico brasileiro, fazendo 
ruir as estruturas da chamada “República Velha” ou “Primeira República” no país e 
deu início a uma nova etapa histórica para o estado de Goiás, na medida em que:
a) novas classes políticas assumiram o comando do estado, com novas prioridades, 
como a higienização e o progresso, alinhadas com a política desenvolvimentista 
nacional;
b) a oligarquia goiana se manteve no poder estadual, porém implementou um mo-
delo

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