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Acordo de quotistas em Sociedades Limitadas a partir do novo CPC

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Acordo de quotistas em
Sociedades Limitadas a
partir do novo CPC
Por Pedro Alexandre Moreira
Por Pedro Alexandre Moreira
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Por Pedro Alexandre Moreira
 
 
O presente trabalho adotará como pressuposto fundamental a perspectiva democrática expressa no projeto
do Código de Processo Civil, votado e aprovado pelo Senado Federal que aguarda sanção presidencial,
estruturado com base no modelo constitucional do processo.
Conforme assinala Dierle Nunes et al (2015, pp. 70/71) essa matriz de pensamento se realiza “mediante
as balizas do contraditório como garantia de influência (art. 10[1]) e na fundamentação estruturada
(art. 486[2]) que fomentarão o melhor debate de formação decisória”.
Essa perspectiva permite sustentar a possibilidade de execução específica do acordo de quotistas no
âmbito das Sociedades Limitadas independentemente da existência de previsão legal específica para o
caso na Lei n.º 10.406/02 (Código Civil Brasileiro).
Com efeito, é notório, hoje em dia, o problema da sucessão hereditária de um segmento típico da
economia mundial: a Empresa Familiar. Os fundadores das sociedades empresárias encontram muita
dificuldade para planejar a transição da administração e do controle societário entre as gerações da
família.
No âmbito jurídico, os instrumentos do direito sucessório não servem satisfatoriamente para a finalidade
de distribuição qualitativa dos ativos hereditários, limitando-se tão somente a pré-ordenar a distribuição de
determinados bens aos futuros herdeiros.
Nesse contexto é que nasce a necessidade de combinação do Direito Societário com o Direito das
Sucessões como meio para a elaboração de um planejamento sucessório eficiente (MAMEDE, 2011).
O princípio da preservação da empresa assume cada vez mais papel de destaque no ordenamento jurídico
na medida em que revela o aspecto social desempenhado por essa organização no mercado.
Assim, a sucessão por meio do acordo de quotistas auxilia a eficácia da transferência do patrimônio da
família que, no caso das empresas familiares consiste em quotas de participação na sociedade, além de
facilitar a obtenção de benefícios fiscais.
As sociedades limitadas, que representam o número mais expressivo de todas as espécies de sociedades
em atividade no país[3], encontram-se no centro dessa temática. Por essa razão, a utilização do acordo de
quotistas como forma de garantir a transferência das quotas pertencentes ao autor da herança para os
herdeiros se torna cada vez mais necessária.
A regulamentação legal desse tipo de acordo era inexistente antes do advento da Lei n.º 6.404/76 (Lei das
Sociedades Anônimas). Com a promulgação desta lei, o acordo de acionistas (denominado acordo de
quotistas no caso das sociedades limitadas) foi expressamente regulamentado[4].
Em virtude da ausência de disposição na legislação de regência da Sociedade Limitada, Lei n.º 10.406/02
(Código Civil Brasileiro), existe uma controvérsia na dogmática e jurisprudência jurídicas acerca da
validade e da eficácia do acordo de quotistas para esse tipo societário.
Uma vez que não existe norma específica tratando do acordo de quotistas no âmbito das Sociedades
Limitadas e, tendo em vista a expressa previsão na Lei das Sociedades Anônimas, a aplicação supletiva
deste diploma legal garante a validade e a eficácia daquele instrumento jurídico.
O problema se agrava quando verificamos a utilização do acordo de quotistas em Sociedades Limitadas
nas quais não existe previsão de regência supletiva da Lei das Sociedades Anônimas no contrato social, o
que acarreta a aplicação supletiva das normas relativas à Sociedade Simples por força do disposto no
artigo 1.053 da Lei n.º 10.406/02 (Código Civil Brasileiro[5]).
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artigo 1.053 da Lei n.º 10.406/02 (Código Civil Brasileiro[5]).
Embora não seja expressiva a controvérsia sobre a validade do acordo de quotistas nessa situação[6],
pode-se dizer que a aplicação da norma disposta no enunciado da Lei das Sociedades Anônimas[7]
(art.118, §3°) – que garante a eficácia perante terceiros e a própria sociedade, bem como a possibilidade
de execução específica do acordo de quotistas – ao caso das Sociedades Limitadas com regência supletiva
das normas relativas à Sociedade Simples, comporta maiores dúvidas.
Essa situação impõe ao intérprete do Direito a necessidade de utilização de outros recursos para
solucionar o dilema decorrente da validade, da eficácia erga omnes e da possibilidade de execução
específica do acordo de quotistas no momento de aplicação do Direito.
A constatação de que a norma disposta no enunciado da Lei das Sociedades Anônimas (art.118) pode ser
aplicada no caso das Sociedades Limitadas com regência supletiva da Sociedade Simples representa um
exemplo claro de utilização da analogia (2014, p. 225), classificada por Robert Alexy como uma das três
ias de operação básica na aplicação do Direito.
A regulamentação expressa desse tipo de acordo está presente na Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades
Anônimas).
Em virtude da ausência de disposição na legislação de regência da Sociedade Limitada – artigos 997 a
1.038 por força do disposto no artigo 1.053 da Lei n.º 10.406/02 (Código Civil Brasileiro) – é possível
demonstrar como a analogia pode auxiliar o operador do Direito mediante a estipulação de critérios para
aplicação de enunciados normativos incidentes sobre situações diversas em casos semelhantes.
De acordo com Robert Alexy (2014, p. 226), a analogia pode ser utilizada por meio de duas regras
diametralmente opostas e sutilmente diferenciadas pela forma de representação, senão vejamos:
A1: Em todo caso Ci, pode ser aduzido qualquer caso Cj, sob o argumento de que Ci compartilha com Cj
as características Fj1, …, Fjn, e que Ci, por essa razão, e porque é válida a regra Fj1 , …, Fjn → Q, deve
ser tratado, do mesmo modo que Cj, como tendo o efeito Q.
A2: em todo caso em que é apresentado um argumento na forma A1, pode-se alegar que Ci pode ser
distinguido de Cj pelas características Fi1, …, Fin, e que Ci, por essa razão, e porque é válida a regra Fi1,
…, Fin → ¬Q, não deve ser tratado, diferentemente de Cj, como tendo o efeito Q.
No caso, convém transcrever o disposto na Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas):
Art. 118: Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para
adquiri-las, exercício do direito a voto, ou do poder de controle deverão ser observados pela
companhia quando arquivados na sua sede.
1º As obrigações ou ônus decorrentes desses acordos somente serão oponíveis a terceiros, depois de
averbados nos livros de registro e nos certificados das ações, se emitidos
3º Nas condições previstas no acordo, os acionistas podem promover a execução específica das
obrigações assumidas.
Considerando a estrutura da analogia exposta com base em A1 (transcrito acima) e as peculiaridades da
hipótese ora apresentada teríamos o seguinte:
A1: O acordo de quotista, regulamentando a preferência para aquisição de quotas pelos herdeiros do
sócio, celebrado no âmbito de Sociedade Limitada sem regência supletiva da Lei da Sociedade Anônima
(Ci), pode ter os mesmos efeitos do acordo de acionista, regulamentando preferência para aquisição de
ações pelos herdeiros do acionista, celebrado com base no disposto no art. 118 da Lei da Sociedade
Anônima (Cj), sob o argumento de que Ci compartilha com Cj as características: têm como objeto a
regulamentação da preferência para aquisição de títulos societários (Fj1); vinculam a sociedade
empresária com o arquivamento em sua sede (Fj2); são oponíveis a terceiros com o registro público (Fj3);
e que Ci, por essa razão, e porque é válida a regra segundo a qual podem ser objeto de execução
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e que Ci, por essa razão, e porque é válida a regra segundo a qual podem ser objeto de execução
específica os acordos de acionistas celebrados nas condições legais (Q), deve ser tratado, do mesmo modo
que Cj, como tendo o efeito Q.
Contra esse argumento poderia ser objetado A2 (transcrito acima) com base nas alegações de que a
legislação que regulamenta a Sociedade Limitada não prevê: (Fj1) a realização de acordo de quotistas
pare regular o direito de preferência na aquisição de quotas por herdeiros do sócio; a vinculação da
sociedade empresária com o arquivamento em sua sede (Fj2); a oponibilidade a terceiros com o registro
público (Fj3).
(Fj1) No caso concreto analisado neste trabalho, inexistindo qualquer defeito (grave ou leve) na
constituição do acordo de quotistas – como, por exemplo, não contrariar o contrato social da Sociedade
Limitada em consonância com a previsão legal constante no Código Civil Brasileiro[8] (sem deixar de
mencionar a necessidade de manifestação clara dos pressupostos de validade de todo negócio jurídico
previstos pelo citado diploma legal[9]: capacidade das partes, licitude do objeto e obediência à forma
legal) – não há que se falar em nulidade do referido instrumento.
Assim, o entendimento exposto no próprio Código Civil Brasileiro (art. 997) de que o acordo de quotistas,
não contrário ao contrato social, é eficaz em relação a terceiros pressupõe que seja válido.
(Fj2) Como a lei não atribui às Sociedade Limitadas a função de registro público (BULGARELI, 1995,
pp. 44/49), a vinculação deste tipo societário ao conteúdo do acordo de quotistas se dará mediante
notificação extrajudicial encaminhada para o endereço no qual está estabelecida a sede da sociedade. É
possível ainda a vinculação quando a própria sociedade figurar como anuente do acordo de quotistas.
(Fj3) O acordo de quotistas pode ser arquivado perante o Registro de Comércio em face do disposto na
Lei n.° 8.934/94[10] (que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis). E será oponível
perante terceiros desde que seja registrado no registro público, conforme prevê o Código Civil
Brasileiro[11].
Assim, a execução do acordo de quotistas que regulamenta o direito de preferência dos herdeiros na
aquisição e transferência de quotas do sócio será realizada pelo procedimento previsto para execução das
obrigações de fazer e de não fazer, conforme previsto no Código de Processo Civil (2015)[12].
Portanto, conforme exposto, é possível destacar boas razões para fundamentar a validade do acordo de
quotistas no âmbito das Sociedades Limitadas independentemente da regência supletiva, pela aplicação
analógica da norma disposta na Lei das Sociedades Anônimas que garante a eficácia perante terceiros e a
própria sociedade, bem como a possibilidade de execução específica do acordo de quotistas.
Pedro Alexandre Moreira é Mestrando em Direito Privado pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais. Especialista em Direito de Empresa pela Universidade Gama Filho.
Contato:pedro@cron.adv.br.
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[1] Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
[2] Art. 486. São elementos essenciais da sentença: I – o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II – os fundamentos, em que o juiz analisará as questões
de fato e de direito; III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. § 1º Não se considera fundamentada
qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I – se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II – empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso; III – invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V – se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI – deixar de seguir enunciado de súmula,
jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. § 2º
No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a
interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
[3] Conforme nos informa Jean Carlos Fernandes com base em dados estatísticos do Departamento Nacional de Registro do Comércio fica clara a
“importância e a preferência do empresariado pela sociedade limitada, chegando a superar, em alguns anos, as firmas individuais.” (2007, p. 39/40)
[4] Art. 118: Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto, ou do poder de
controle deverão ser observados pela companhia quando arquivados na sua sede. (Leidas S.A.)
[5] Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
[6] Contra: José Alexandre Tavares Guerreiro. A favor: Modesto Carvalhosa, Celso Barbi Filho e Waldírio Bulgareli.
[7] Art. 118: Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto, ou do poder de
controle deverão ser observados pela companhia quando arquivados na sua sede. […] §3º Nas condições previstas no acordo, os acionistas podem
promover a execução específica das obrigações assumidas. (Lei das S.A.)
[8] Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
[…]
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato. (destaque do autor)
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[9] Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I – agente capaz; II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III – forma prescrita ou não
defesa em lei.
[10] Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei. […] Art. 32. O registro compreende: […] II – O arquivamento: a)
dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas;
[11] Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as
obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no
registro público.
[12] Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
[…]
II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Art. 814. Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de
atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Art. 816. Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da
obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
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