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IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão sob solicitações mecânicas Profa. Renata rnp@unifei.edu.br IEM – UNIFEI IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Princípios físicos • Eletroquímica: o metal está em contato com um eletrólito (solução condutora que envolve áreas anódicas e catódicas ao mesmo tempo), formando uma pilha de corrosão. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Princípios físicos • Química: é o ataque de algum agente químico diretamente sobre o material. • Não precisa de água. Os casos mais comuns ocorre a reação com o oxigênio (oxidação seca) • Temperaturas elevadas • Reação genérica da oxidação seca: METAL + OXIGÊNIO → ÓXIDO DO METAL • Geralmente, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma barreira para que a oxidação continue (barreira para a entrada de O2). • Essa camada passivadora é fina e aderente. • A oxidação só se processa por difusão do oxigênio IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Algumas formas de corrosão •Corrosão uniforme •Corrosão intergranular O contorno de grão funciona como uma região anódica IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is •Corrosão por placas •Corrosão alveolar IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is •Corrosão puntiforme (por pites) IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Proteção catódica •Metal de sacrifício Ânodos de sacrifício de alumínio (barras retangulares de cor clara) montados sobre uma estrutura de camisas de aço Ânodo de sacrifício em zinco (objeto arredondado) aparafusado na parte inferior do casco de um pequeno barco. https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%A7%C3%A3o_cat%C3%B3dica https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%A7%C3%A3o_cat%C3%B3dica IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Material Ambiente Tensão/ deformação CST Fadiga Corrosão Corrosão- fadiga Composição Tratamento térmico Microestrutura Acabamento superficial Composição Temperatura Potencial de eletrodo Taxa de escoamento Tensão de serviço Tensão de ajuste Tensão residual Taxa de deformação IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão-fadiga • Efeito de tensões cíclicas em ambiente corrosivo caracterizado por uma vida mais curta se comparado apenas a um ambiente corrosivo ou a apenas tensões cíclicas. • Todos os metais e ligas são susceptíveis. Ar Meio corrosivo IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is •Mecanismos: •A trinca pode ser intergranular ou transgranular (mais comum), ambas com aparência frágil. •Os metais sujeitos a este fenômeno são aqueles que têm uma camada protetora, como um óxido. •Nucleação: •Pites agem como concentradores de tensão. • Trinca nucleia na superfície e por capilaridade a atmosfera corrosiva penetra no material. •O mais comum é uma combinação dos dois. •A propagação é perpendicular ao carregamento. •A superfície da trinca se torna uma área anódica. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão-fadiga (a) MEV da superfície de uma turbina a gás mostrando os pites (setas) que levaram a fraturas por fadiga. O material é um aço inoxidável 17-4PH endurecido por precipitação. (b) Fotomicrografia de uma seção ao longo de um pit polida atacada como os mostrados em (a). Observe o início de uma trinca de fadiga crescendo do fundo do pit. Os pites foram causados pela operação contínua na água do mar. (a) (b) IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Identificação: área de propagação é mais propensa a estar severamente corroída, porque ficou exposta por mais tempo. https://corrosion.ksc.nasa.gov/Corrosion/FormsOf Gentil, 2008. https://corrosion.ksc.nasa.gov/Corrosion/FormsOf IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Identificação: área de propagação é mais propensa a estar severamente corroída, porque ficou exposta por mais tempo. https://www.efficientplantmag.com/2012/07/failure-analysis-of-machine-shafts/ https://www.efficientplantmag.com/2012/07/failure-analysis-of-machine-shafts/ IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Fatores críticos: •Material, ambiente corrosivo, tensões cíclicas e concentradores de tensão •Ambientes que resultem em pits ou corrosão localizada são os preferenciais para levar a material à falha por corrosão-fadiga. •Não há limite de resistência à fadiga IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão-fadiga: prevenção •Proteção catódica. •Revestimentos, galvanização. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão-fadiga: prevenção • Selecionar o material mais adequado para o ambiente. •Controle químico da água de alimentação e condensado •Reduzir a resultante de tensão trativa. • Reduzir tensão aplicada e residuais, rever dimensões da peça. • Introduzir tensões compressivas na superfície. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Inspeção: • Equipamentos rotativos: •Ultrassom •Partículas magnéticas fluorescentes •Desaeradores: •Partículas magnéticas fluorescentes úmidas •Caldeiras: •Ultrassom • Transdutor acústico eletromagnético IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosão sob tensão (CST) •A trinca surge pela ação conjunta de corrosão e tensões trativas (internas ou externas). •O trincamento por CST é um tipo progressivo de fratura, similar a fadiga. •Geralmente há pouca ou nenhuma evidencia visual de corrosão. •Para determinado metal ou liga apenas determinados ambientes contribuem para este tipo de falha. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Sistema metálico – meio corrosivo • Aços carbono – em presença de álcalis ou nitratos, produtos da destilação do carvão e amônio anidra. • Aços de alta resistência – vários ambiente, principalmente aqueles que contêm cloreto. • Ligas de cobre na presença de amônia. • Ligas de níquel – soluções concentradas de hidróxido de sódio ou de potássio em temperaturas elevadas. • Ligas de alumínio – diversos ambientes • Ligas de magnésio e titânio – diversos meios, em especial os cloretos • Aços inoxidáveis – cloretos IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Identificando CST Aço de alta resistência . Embora pareça marcas de praia, este padrão foi causado por diferenças na taxa de penetração de corrosão. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is CST – Cloreto •Materiais: • aços inoxidáveis da classe 300 extremamente suscetíveis, • aços inoxidáveis DP mais resistentes e, • as ligas de Ni, são muito resistentes, mas não imunes. • Fatores críticos: • Concentração de ácido clorídrico, pH, temperatura, tensões, presença de oxigênio e composição da liga. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Equipamentos susceptíveis: • Tubulações e vasos de pressão feitas em aço inox 300. •Condensadores resfriados por água •Drenos em unidades de hidroprocessamento e outros. •Aparência:IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is SCC in a 316 stainless steel chemical processing piping system; (https://www.nace.org/resources/general-resources/corrosion- basics/group-3/stress-corrosion-cracking) https://www.mdpi.com/2075-4701/9/5/590/htm IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is •Prevenção: • Selecionar material resistente •Uso de revestimentos • Evitar geometrias que propiciem o depósito do cloreto • Se for trabalhar com aço inox da classe 300, avaliar se o tratamento de alívio de tensões pode provocar sensitização. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is CST – soda cáustica •Materiais: • aços carbono, aços de baixa liga e inox 300 são suscetíveis, • as ligas de níquel são mais resistentes. • Fatores críticos: • Suscetibilidade à fragilização por NaOH e KOH • Temperatura • Nível de tensão IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Corrosion & Materials Feb 2011 IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is CST – soda cáustica •Peças e equipamentos afetados • Tubulações e equipamentos expostos a atmosfera rica em NaOH ou KOH •Prevenção: • Alívio de tensões • O aço inox 300 é ligeiramente mais resistente que os aços carbono • Em altas temperaturas, as ligas de Ni são as mais resistentes. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is • Inspeção: •Partículas magnéticas, líquido penetrante, correntes parasitas, ultrassom e emissão acústica, mas a maioria das trincas são visíveis. https://mti.memberclicks.net/assets/documents/TAC- Bulletins/Non-Member-Egnlish/Bulletin%2018%20-%20non- member%20English.pdf IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is https://www.intechopen.com/books/failure-analysis/stress- corrosion-cracking-damages Failed area (a) cracks extending in the weld joint of tube sheet to plugs and (b) branched cracks in the surface of the tube sheet and through the holes [8]. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is CST - Amônia •Materiais: • Ligas de cobre e aço carbono • Fatores críticos: • Altas tensões residuais e a presença de oxigênio • Ligas de cobre:, pH acima de 8,5, qualquer temperatura • Aços C: temperatura aumenta a ocorrência, tratamento térmico após a solda elimina a susceptibilidade. IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is https://link.springer.com/article/10.1007/s12540-019-00386- 0?shared-article-renderer IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Inspeção baseada em risco: RBI •Capacidades: • Criação de planos de inspeção focados nos mecanismos de danos. • Classificação da unidade de acordo com o risco • Otimização dos recursos de inspeção • Aumento da confiabilidade e da segurança operacional IE M – U N IF EI : E M E0 3 9 – Fr at u ra e F ad ig a d o s M at er ia is Manutenção centrada em confiabilidade • Quais são as funções e padrões de desempenho do item no seu contexto operacional atual? • De que forma ele falha em cumprir suas funções? • O que causa cada falha funcional (modos de falhas ou mecanismos de danos)? • O que acontece quando ocorre cada falha? • De que forma cada falha têm importância? • O que pode ser feito para prevenir cada falha? • O que deve ser feito, se não for encontrada uma tarefa preventiva apropriada?
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