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NOME: VALDEMIR CALVO DE GALIZA FILHO DISCIPLINA: Direito Processual Civil III PERÍODO: 2020.2 / AV1 DOCENTE: Prof. MsC. Camila Portella. MATRÍCULA: 201804101982 ORIENTAÇÕES PARA SUA AV1 Prof. Camila Portella Prezado aluno, Esta atividade é composta de 5 (cinco) questões e valerá 8,0 (oito) pontos para integrar a nota da AV1 deste semestre. Lançada a atividade em forma de TAREFA, no app TEAMS, você poderá ler, analisar e responder pelo mesmo canal, ou seja, igualmente pelo TEAMS. Sua avaliação deve ser respondida pelo TEAMS. AS ativi Onde Serão POStaDAS DADES? Não serão recebidas atividades encaminhadas por outros meios/plataformas (ex.: e-mail, Teams, etc.). Não serão recebidas atividades encaminhadas por outros meios/plataformas (ex.: e-mail, SIA/SAVA, chat do Teams, etc.). As avaliações deste semestre serão realizadas em casa, com uso de computador e consulta aos materiais didáticos e outros meios de apoio por conta da pandemia do coronavírus. Por este motivo, no intuito de avaliar e diferenciar a competência do aluno, é necessário que o discente fundamente suas respostas com base no entendimento legal, doutrinário e/ou jurisprudencial estudado em sala de aula. Atente a ESTE critério de avaliação! As respostas que contiverem apenas “sim” ou “não” ou ainda a simples transcrição do nome do instituto legal e similares não serão pontuadas. O aluno deve fundamentar suas respostas. Assim, para atingir a totalidade da pontuação atribuída à questão, deve o aluno: a. Ler a questão, identificando o que se pede; b. Pesquisar o tema no material disponibilizado pela docente e/ou em seu material de estudo; c. Analisar e separar o conteúdo necessário à resposta; d. Elaborar fundamentação acerca de seu entendimento do tema, devendo-se atentar para não fugir do que foi questionado (para mais ou para menos); e. Ilustrar os seus comentários com os artigos da lei (não é necessário copiar o conteúdo), doutrinas (com a devida citação) e/ou julgados. f. Não é necessário colacionar os três elementos, mas deve o aluno apresentar, ao menos, fundamentação doutrinária ou jurisprudencial. À atividade escrita copiada (no todo, ou em parte), de websites, livros ou afins será atribuída a nota zero (0,0). Para citações, utilize as normas de referência e formatação de texto; As citações sem a devida referência serão consideradas PLÁGIO. À tal prática, a Legislação Pátria prevê penalidades nas esferas civis (art. 186 e 927, CC c/c Lei 9610/98, art. 29, 108...), administrativas e criminais (art. 184, CP). As atividades similares/idênticas (no todo, ou em parte) de colegas de classe ou de turmas serão desconsideradas ou não contarão para título de avaliação (ambos os alunos ganharão a nota zero); Para garantir a nota! Além disso, para que seja atribuída a integralidade da pontuação ao aluno, é INDISPENSÁVEL que sejam observados os critérios que passa a expor: 1. A atividade que não for entregue na data/prazo estipulado pela docente não será sequer recebida e, consequentemente, não será avaliada/corrigida. 2. O objetivo da atividade é aprimorar a escrita e argumentação do discente, identificando obras e julgados relacionados à temática, de modo que o aluno possa conhecer seu conteúdo, analisar o material, fixar os dados que contém, elaborar uma crítica e separar citações. Portanto, conforme já delineado, devem as respostas conter citações neste sentido. 3. Quando for o caso de anexo, as respostas devem ser encaminhadas em arquivo de word (.doc) ou em Adobe (.pdf). 4. Para a sua avaliação, serão levados em consideração os seguintes critérios: QUESTÃO CRITÉRIOS AVALIATIVOS PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA 01ª Responder corretamente o que se questiona na primeira questão, de acordo com o estudado em Teoria Geral dos Recursos 0,75 pts. Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial devidamente referenciados. 0,75 pts. 02ª Ter a habilidade de identificar e explicar o(s) recurso(s) cabível(is) para as hipóteses elencadas na questão. 0,75 pts. Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial devidamente referenciados. 0,75 pts. 03ª Tratar sobre o julgamento de Apelação na ocasião de divergência de votos. 0,75 pts. Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial devidamente referenciados. 0,75 pts. 04ª Apontar e identificar o recurso cabível para se opor à decisão descrita na questão e descrever o passo a passo de sua tramitação (do protocolo à publicação do acórdão). 0,75 pts. Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial devidamente referenciados. 0,75 pts. 05ª Registrar a relação entre o Princípio da Celeridade Processual e a limitação das hipóteses de cabimento do Agravo de Instrumento. 0,75 pts. Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial devidamente referenciados. 0,75 pts. A todas Organização, clareza e coerência na expressão verbal, observância à linguagem acadêmica e enquadramento às normas da Língua Portuguesa e de formatação de texto. Atinência ao tema debatido, de modo que a argumentação seja clara e objetiva, sem fuga do tema. 0,5 pt. TOTAL 8,0 pts. Desejo a você uma ótima prova! Att., Profª. Camila Portella. 01. Nos autos do Processo nº 0000572-04.2019.8.16.0184 (TJPR - 0000572- 04.2019.8.16.0184 - Curitiba - J. 17.07.2020), a Relatora, Dra. Fernanda Karam de Chueiri Sanches discorre, em seu voto que: “Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por dano moral, em que pretendeu a autora a retirada da sua foto e dados pessoais da página, bem como, a desvinculação do seu nome às pesquisas na www. .blogspot.com, plataforma relacionadas ao site mencionado, Google. A sentença julgou como parcialmente procedentes os pedidos iniciais. Condenou a parte ré à obrigação de fazer consistente em efetuar baixa definitiva da publicação do site “ .blogspot.com”, onde aparecem as fotos da autora como “ da http://www/ semana”, assim como, desvincular o seu nome das pesquisas relativas ao site. Com relação ao pedido de indenização por danos morais foi este julgado improcedente. Recorreu a parte ré almejando a reforma da sentença a fim de julgar como improcedentes os pedidos iniciais”. Ao receber o recurso, o Tribunal conheceu e negou provimento ao recurso determinando para manter a sentença no tocante à obrigação de efetuar baixa definitiva da publicação do site. Contudo, estabeleceu ainda a reformar a sentença proferida pelo juízo a quo para condenar a parte recorrente/ré ao pagamento de indenização por danos morais. Diante do exposto e com base no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado em sala de aula, questiona-se: agiu corretamente o Tribunal? O Tribunal agiu incorretamente, aonde é vedada reformatio in pejus, que pode ser também indireta, na situação em que a instância superior prejudica o réu, não pelo julgamento direto de seu recurso, mas pela adoção de medidas que, por outros meios, podem agravar a situação do recorrente. Como podemos vericar o ocorrido no caso concreto analisado, no qual a ré recorreu ao Tribunal, almejando a reforma da sentença a fim de julgar como improcedentes os pedidos iniciais, utilizando-se de seu direito de recurso como o que está previto no art. 1.013, § 2º, do Código de Processo Civil. Devido o Juiz em sua decisão ter acolhido apenas um fundamento em sua decisão. Barbosa Moreira afirma que: “ocorre a reformatio in pejus quando "o órgão ad quem, no julgamento de um recurso,profere decisão mais desfavorável ao recorrente sob o ponto de vista prático, do que aquela contra a qual se interpôs o recurso". MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. Forense: São Paulo, 7 ed, 1998, p 426. APELAÇÃO CÍVEL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DA INADIMPLENTES. DANO MORAL IN RE IPSA. RESPOSABILIDADE OBJETIVA. TEORIA DO RISCO. SÚMULA Nº 385 DO STJ. NÃO INCIDÊNCIA. QUESTIONAMENTO JUDICIAL ACERCA DAS DEMAIS INSCRIÇÕES. INDENIZAÇÃO DE R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). MANUTENÇÃO. OITO INSCRIÇÕES. IMPOSSIBILIDADE DE REFORMATIO INPEJUS. JUROS DE MORA. OBSERVÂNCIA DO FIXADO NA SENTENÇA EM RAZÃO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS. NÃO CONHECIMENTO DO PEDIDO DE JUNTADO DE DOCUMENTOS EM SEDE RECURSAL E QUANTO AO TERMO INICIAL DA CORREÇÃO MONETÁRIA. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, (...) praticada pela parte recorrente caracteriza-se como ato ilícito, tendo em vista que gerou a inscrição indevida do nome da parte recorrida no cadastro de inadimplentes (páginas 14/15). 3. "Admite-se a flexibilização da orientação contida na súmula 385/STJ para reconhecer o dano moral decorrente da inscrição indevida do nome do consumidor em cadastro restritivo, ainda que não tenha havido o trânsito em julgado das outras demandas em que se apontava a irregularidade das anotações preexistentes, desde que haja nos autos elementos aptos a demonstrar a verossimilhança das alegações" (REsp 1704002/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/02/2020, DJe 13/02/2020) 4. Recurso parcialmente conhecido e, na sua extensão, improvido. (TJ-CE; Relator (a): FRANCISCO LUCIANO LIMA RODRIGUES; Comarca: Itapipoca; Órgão julgador: 3ª Vara da Comarca de Itapipoca; Data do julgamento: 26/08/2020; Data de registro: 28/08/2020) 02. Leia o trecho do julgado colacionado abaixo para responder à questão: “G. M. da S. propôs a presente ação mediante a alegação de que abriu uma conta corrente junto ao banco ora demandado com o objetivo de receber seu benefício previdenciário, tendo sido lhe sido prometida a entrega de um cartão magnético em sua residência. No entanto, antes do recebimento do referido cartão, fora vítima de uma fraude que resultara na contratação de dois empréstimos indevidos em seu nome, (...) conduta resultante da falha na prestação de serviço da instituição financeira, a qual permitiu ou não cuidou para impedir o vazamento dos dados pessoais de seus clientes oportunizando, assim, a atuação ilícita de terceiros fraudadores. Por consequência, afirma que sofreu danos de ordem material e extrapatrimonial, pugnando, assim, pelo reconhecimento da nulidade dos contratos de empréstimo feitos em seu nome, com o ressarcimento dos danos materiais e morais sofridos” (TJMG - Apelação Cível 1.0471.16.012594-7/001, Relator(a): Des.(a) Juliana Campos Horta, 12ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 31/07/2019, publicação da súmula em 08/08/2019) Recebida a Petição Inicial, o magistrado se pronunciou, reconhecendo a prescrição do pleito indenizatório (material e moral), mas determinou o prosseguimento da demanda em relação ao pedido de nulidade dos contratos de empréstimo feitos em nome do autor, inclusive designando audiência de instrução e julgamento para oitiva das partes. Neste sentido, você, como advogado(a) de G.M. da S. e sabendo que o STJ já entendeu que: - Configura dano moral in re ipsa a ausência de comunicação acerca da disponibilização/ comercialização de informações pessoais em bancos de dados do consumidor (REsp 1.758.799-MG, DJe 19/11/2019) e - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor; Portanto, com base no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado em sala de aula, responda: qual seria o recurso cabível para a decisão que reconheceu liminarmente a prescrição, julgando o mérito deste ponto da demanda? E ainda, qual seria o recurso cabível caso você desejasse impugnar ao conteúdo decisório que designou dia e hora para realização de audiência de instrução e julgamento para oitiva das partes a respeito do pedido autoral de nulidade contratual? qual seria o recurso cabível para a decisão que reconheceu liminarmente a prescrição julgando o mérito deste ponto da demanda? Só caberá agravo de instrumento, "quando se O recurso cabível no caso concreto analisado seria o, agravo de instrumento, que é interposto diretamente no tribunal, devido em se tratar de uma decisão susceptível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida". Cabimento nos termos do que previa o antigo Código de Processo Civil. Com a nova legislação em vigor, as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento passam a ser taxativas, conforme art. 1.015 do CPC. Já que foi julgado somente parte do merito, já que o magistrado não reconheceu danos morais e materiais por conta do instituto da prescrição, não botando fim nesta, então, entende-se como uma interlocução probatória (art. 203 paragrafo 2, do CPC) Não caberia recurso cabível caso se esejasse impugnar ao conteúdo decisório que designou dia e hora para realização de audiência de instrução e julgamento para oitiva das partes a respeito do pedido autoral de nulidade contratual, por não possuir natureza ou conteúdo decisório, razão pela qual não comportam a interposição de qualquer recurso. Nesses casos não há como presumir prejuízo à parte, a fim de considerar o ato recorrível. Araken de Assis (Manual de Recursos, 2014), bem pontua a questão: “Os despachos não comportam recurso, porque seu conteúdo decisório se afigura tão ralo que nenhum gravame provoca às partes. Por sua natureza são insuscetíveis de ofender os direitos processuais das partes ou de terceiros; do contrário, deixariam de ser despachos”. Situação do Tema: Trânsito em JulgadoQuestão submetida a julgamento: Definir a natureza do rol do art. 1015 do CPC/2015 e verificar possibilidade de sua interpretação extensiva, para se admitir a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que verse sobre hipóteses não expressamente versadas nos incisos do referido dispositivo do Novo CPC.Tese Firmada: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.Anotações Nugep: Modulação de efeitos: " Embora não haja risco de as partes que confiaram na absoluta taxatividade serem surpreendidas pela tese jurídica firmada neste recurso especial repetitivo, pois somente haverá preclusão quando o recurso eventualmente interposto pela parte venha a ser admitido pelo Tribunal, modulam-se os efeitos da presente decisão, a fim de que a tese jurídica apenas seja aplicável às decisões interlocutórias proferidas após a publicação do presente acórdão." (acórdão publicado no DJe de 19/12/2018) Afetação na sessão eletrônica iniciada em 14/02/2018 e finalizada em 20/02/2018 (Corte Especial). Os processos afetados neste Tema integram a Controvérsia n. 35/STJ. (STJ, Tema nº 988, publicada em 13/09/2019) 03. Leia o trecho do julgado a seguir destacado para responder à questão: “Cuida-se de ação indenizatória em que o autor afirma ter sido ofendido pela ré em mensagens enviadas em grupo fechado de “WhatsApp” denominado “Amigos do Tarumã”, criado por moradores do Condomínio em questão do qual o autor era síndico para discutir questões relacionadas ao local. Narra que a ré injuriou o autor, chamando- o de “crápula em pele de cordeiro”, “sínico”, “mentiroso” e falando que o autor“não vale nada” e, ainda, imputando a responsabilidade pelo desvio de valores do fundo de reserva do condomínio, além de responder 9 acusações de furto de carros. A ré, por sua vez, afirma que jamais teve a intenção de denegrir a honra do autor, mas apenas não concordava com a gestão do autor como síndico, afirmando que ele estava envolvido com uma série de irregularidades que levaram à retirada do cargo. Narra que não foi a única a criticar o autor no referido grupo de “WhatsApp”. A sentença julgou “improcedente o pedido autoral, condenando o autor, em razão da sucumbência, ao pagamento das respectivas verbas processuais”. (TJSP - Apelação Cível 1012221-49.2015.8.26.0009; Relator (a): Marcia Dalla Déa Barone; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 16/05/2018; Data de Registro: 16/05/2018) Irresignado, o autor propôs Recurso de Apelação, pugnando pela reforma da sentença para que o feito seja julgado procedente. Chegando ao julgamento do recurso em colegiado, o relator procedeu seu voto no sentido e conhecer, mas negar provimento ao recurso, mantendo os termos da sentença. Ocorre que houve divergência entre os outros dois desembargadores que compunham o julgamento, visto que ambos entenderam justa a reforma da sentença para condenar a ré/recorrida ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes da ofensa proferida ao autor/recorrente. Diante do caso analisado e com base no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado em sala de aula, responda: como deve proceder o Tribunal de Justiça diante do impasse no julgamento do Recurso de Apelação? Se o resultado da apelação não for unânime, o colegiado não poderá proclamar o resultado de acordo como encontramos disposto no art. 942 do CPC. O entendimento da doutrina majoritária quanto à natureza jurídica do instituto, o referido dispositivo não enuncia uma nova espécie recursal, mas, sim, uma técnica de julgamento, a ser aplicada de ofício, independentemente de requerimento das partes, com o objetivo de aprofundar a discussão a respeito da controvérsia fática ou jurídica sobre a qual houve dissidência. (...) O prosseguimento do julgamento com quórum ampliado em caso de divergência tem por objetivo a qualificação do debate, assegurando-se oportunidade para a análise aprofundada das teses jurídicas contrapostas e das questões fáticas controvertidas, com vistas a criar e manter uma jurisprudência uniforme, estável, íntegra e coerente (..) (STJ - 3ª Turma, REsp. 1.771.815-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva, j. 13/11/18) RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. TÉCNICA DE JULGAMENTO AMPLIADO. APELAÇÃO PROVIDA POR UNANIMIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS POR MAIORIA. VOTO VENCIDO QUE ALTERA O RESULTADO INICIAL DA APELAÇÃO PARA NEGAR-LHE PROVIMENTO. NECESSIDADE DE FORMAÇÃO DA MAIORIA QUALIFICADA. EFEITO INTEGRATIVO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.1. A controvérsia recursal cinge-se a definir se a técnica de julgamento ampliado prevista no art. 942 do CPC/2015 aplica-se quando os embargos de declaração opostos ao acórdão de apelação são julgados por maioria, possuindo o voto vencido o condão de alterar o resultado inicial da apelação.2. A técnica de julgamento ampliado possui a finalidade de formação de uma maioria qualificada, pressupondo, na apelação, tão somente o julgamento não unânime e a aptidão do voto vencido de alterar a conclusão inicial.3. O procedimento do art. 942 do CPC/2015 aplica-se nos embargos de declaração opostos ao acórdão de apelação quando o voto vencido nascido apenas nos embargos for suficiente a alterar o resultado primitivo da apelação, independentemente do desfecho não unânime dos declaratórios (se rejeitados ou se acolhidos, com ou sem efeito modificativo), em razão do efeito integrativo deste recurso.4. Recurso especial provido. (STJ, REsp 1786158/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Rel. p/ Acórdão Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/08/2020, DJe 01/09/2020 04. Edgard P. ajuizou ação de indenização por danos morais, cumulada com obrigação de fazer, com pedido de tutela de urgência fundamentada no “princípio do esquecimento” objetivando a retirada de matérias ofensivas à sua imagem veiculadas em sites de notícias. Aduziu, em Petição Inicial, que é de fácil acesso a qualquer um a sistemática de busca em websites mantida pela ré, Google Brasil Internet LTDA. Neste sentido, ao se procurar pelo nome do autor, são veiculadas notícias capazes de macular a sua imagem. O autor segue afirmando que tais links de notícias se referem a supostos crimes já esclarecidos pelo Poder Judiciário, pelos quais não se identificou qualquer necessidade de condenação, já que a punibilidade foi extinta pela prescrição. Contudo, ao finalizar o pedido, requereu que os sistemas de busca em websites da ré, Google Brasil Internet LTDA fossem mantidos, postulando pela intimação da ré (provedor) para fornecimento dos dados pessoais dos responsáveis pelos websites que mantinham as notícias. A demanda foi distribuída para a 6ª Vara Cível da Capital. Ao receber a petição, a Magistrada, Dra. Luiza A., indeferiu a Petição Inicial, com fundamento na inépcia, por entender que da narração dos fatos não decorreu uma conclusão lógica, já que o pedido não foi compatível com os acontecimentos. Diante da situação narrada acima, Edgard, seu cliente, lhe procurou bastante nervoso ao tomar conhecimento da decisão. Acostumado com as pesquisas na internet, já tentou fazer um estudo preliminar do que poderá ocorrer com sua ação. Contudo, deseja saber se é possível interpor recurso contra a decisão proferida pela Juíza Luiza (se sim, qual?) e quer entender, passo a passo, a respeito de sua tramitação. Como advogado(a), instrua seu cliente. É possível entrar com recurso contra a decisão da magistarda, o recurso cabível nos casos de petição inicial inepta é a apelação, prevista no art artigo 331 do CPC. Também devemos observar que não havendo retratação do juiz, ou seja, mantida sua decisão do indeferimento o réu será citado para oferecer sua contrarrazão ao recurso como encontramos disposto no ( art. 331 do CPC). Segundo o famoso jurista Mauro Cappelletti: “o direito processual, resumindo, pode ser considerado, em certo sentido, se nos permite a metáfora, um espelho no qual, com extrema fidelidade, se refletem os movimentos do pensamento, da filosofia e da economia de um determinado período histórico”. CAPPELLETTI, Mauro. O Processo Civil no Direito Comparado. Trad. Hiltomar Martins de Oliveira. Belo Horizonte: Cultura Jurídica ed. Líder, 2001, p. 18. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECLUSÃO PARA O JULGADOR. DECISÃO HOMOLOGATÓRIA. RECONSIDERAÇÃO. SOLUÇÃO A SER DADA PELO TRIBUNAL. No caso do agravo de instrumento, não há previsão legal do momento próprio para que o juiz a quo exerça o juízo de retratação, como naquelas situações previstas no artigo 331 do CPC, apenas referindo que a comunicação feita pelo juiz da reforma integral da decisão prejudicará o agravo. A retratação pelo juiz não poderá se dar a qualquer momento, uma vez que o julgamento do agravo pelo Tribunal, antes mesmo de o juiz se retratar, retira-lhe a possibilidade de tal exercício. (TRF-4, AG 5007298-42.2019.4.04.0000, Relator(a): LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR, Julgado em: 18/02/2020, Publicado em: 20/02/2020) 05. Segundo o relatório “Justiça em Números 2020: ano-base 2019”, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mesmo com investimento de R$100,2 bilhões (R$ 90.774.807.341 bi somente em recursos humanos), o Poder Judiciário enfrenta desafios para suprir a litigiosidade. Os dados apontam que, em 2019, o Judiciário finalizou o ano de 2019 com 77,1 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma solução definitiva. Constata-se que o volume de processos pendentes, somados às novas lides,são maiores do que a vasão de casos julgados. Por conta deste volume de processos, o prazo para julgamento também aumenta. Assim, o relatório indica que, a média temporal para julgamento, em primeira e segunda instâncias, na Justiça Comum, atinge quase 5 anos. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3- Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf> Assim, há vários anos e desde muito antes da entrada em vigor do atual Código de Processo Civil, o Recurso de Agravo de Instrumento é indicado como um dos grandes responsáveis pela morosidade nos tribunais de segundo grau. Neste sentido, com o intenso volume de Agravos de Instrumento, o julgamento das Apelações consequentemente fica prejudicado. Por conta deste cenário, o atual sistema processual civil extinguiu o antigo Agravo Retido e limitou as hipóteses de Agravo de Instrumento. Aliás, desde a Exposição de Motivos do Anteprojeto do atual CPC, lê-se acerca da redução dos casos e interposição de Agravo de Instrumento. Com base no exposto e no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado em sala de aula, responda: O princípio da celeridade processual pode ser interpretado a favor da limitação de hipóteses de cabimento de agravo de instrumento e/ou a favor de sua ampliação? Mencione pelo menos um exemplo concreto de restrição/ampliação que possa ser usado para sustentar seu ponto de vista. http://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-
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