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INTERTEXTUALIDADE - ATIVIADADES

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INTERTEXTUALIDADE
2 – Observe as imagens abaixo: Mona Lisa, Leonardo Da Vinci Propaganda Mon Bijou Disponível em: . Disponível em: 26 ago. 2013. 9h12min. 
a) A propaganda do Mon Bijou vem acompanhada com a frase “Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima”. Essa frase faz uma referência a qual obra prima? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 
b) Podemos dizer que a obra Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, foi copiada na propaganda da Bom Bril? Justifique sua resposta. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 
c) Isso pode ser considerado intertextualidade? _______________________________________________
 Exercícios sobre intertextualidade
1)   (Uff 2011)  Modinha do exílio
            
            Os moinhos têm palmeiras
            Onde canta o sabiá.
            Não são artes feiticeiras!
            Por toda parte onde eu vá,
            Mar e terras estrangeiras,
            Posso ver mesmo as palmeiras
            Em que ele cantando está.
            Meu sabiá das palmeiras
            Canta aqui melhor que lá.
            Mas, em terras estrangeiras,
            E por tristezas de cá,
            Só à noite e às sextas-feiras.
            Nada mais simples não há!
            Canta modas brasileiras.
            Canta – e que pena me dá!
                                   
                                               (Ribeiro Couto)
 Os versos dos poetas modernistas e românticos apresentam relação de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa. Assinale-a.
a) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei” (Manuel Bandeira)   
b) “Dá-me os sítios gentis onde eu brincava / Lá na quadra infantil; / Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, / O céu do meu Brasil!” (Casimiro de Abreu)   
c) “Minha terra tem macieiras da Califórnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / são pretos que vivem em torres de ametista,” (Murilo Mendes)   
d) “Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita Deus que eu morra / Sem que volte para lá” (Oswald de Andrade)   
e) “Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá.” (Gonçalves Dias)   
  
2)  (Fuvest 2010)  Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um “libertas quae sera tamen”*
Que um dia traduzi num exame escrito:
“Liberta que serás também”
E repito!
 (Vinícius de Moraes, “Pátria minha”, Antologia poética.)
*A frase em latim traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”.
Considere as seguintes afirmações:
 I. O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento central na composição da estrofe.
II. O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor da pátria que eles expressam não é oficial nem conformista.
III. O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se na escolha de um verso latino como núcleo da estrofe.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.   
b) II, apenas.   
c) I e II, apenas.   
d) II e III, apenas.   
e) I, II e III.   
3)TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Você sabia que com pouco esforço é possível ajudar o planeta e o seu bolso?
Ao usarmos a energia elétrica para aparelhos eletrônicos e lâmpadas também emitimos gás carbônico, um dos principais gases do efeito estufa. Atitudes simples como trocar lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes e puxar da tomada os aparelhos que não estão em uso reduzirão a sua conta de luz e as nossas emissões de CO2 na atmosfera.
(Planeta sustentável: conhecimento por um mundo melhor)
  (Mackenzie 2010)  Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto.
a) Intertextualidade, já que se pode notar apropriação explícita e marcada, por meio de citações, de trechos de outros textos.   
b) Conotação, uma vez que o texto emprega em toda a sua extensão uma linguagem que adota tom pessoal e subjetivo.   
c) Ironia, observada no emprego de expressões que conduzem o leitor a outra possibilidade de interpretação, sempre crítica.   
d) Denotação, pois há a utilização objetiva de palavras e expressões que destacam a presença da função referencial.   
e) Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada serve exclusivamente para tratar da própria linguagem.   
  
4) Ideologia
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
(CAZUZA e ROBERTO FREJAT - 1988)
 E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)
Esse verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac.
Tal procedimento constitui o que se chama de: 
a) metáfora   
b) pertinência   
c) pressuposição   
d) intertextualidade   
  
5) (Ueg 2008)  Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta.
            (Disponível em: Acesso em: 19 set. 2007.)
Durante a Ditadura Militar, a censura política funcionou como uma mordaça à liberdade de expressão no Brasil. Em função disso, artistas de diversas tendências usaram a sua criatividade na produção de obras de forte apelo político, mas que, ao mesmo tempo, preservavam a beleza estética. Um exemplo é a canção "Cálice", composta por Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973. Sobre a expressividade poética e política dessa canção, é INCORRETO afirmar:
a) Ela explora o duplo sentido que se pode verificar na leitura do vocábulo "cálice", em razão da identidade fônica entre esta palavra e a forma verbal do verbo "calar", na terceira pessoa do imperativo.   
b) Percebe-se a manifestação de uma intertextualidade entre os três primeiros versos e o contexto bíblico da crucificação de Cristo.   
c) "Bebida amarga", no contexto da canção, metaforiza o contexto sócio-histórico em que ela foi composta.   
d) A canção é um exemplo da bossa nova, um gênero musical que tentou extirpar qualquer influência norte-americana na música popular brasileira.   
  
6) (Uff 2007)  A modernidade tem-se utilizado de meios expressionais que dialogam com diversas linguagens, produzindo pela intertextualidade novos sentidos e novos diálogos. Identifique o comentário pertinente sobre a ressignificação promovida pela intertextualidade dos fragmentos que se seguem.
a)         Amor é fogo que arde sem se ver.
            É ferida que dói e não se sente.
            É um contentamento descontente.
            É dor que desatina sem doer.
            Luís Vaz de Camões
            O amor é o fogo que arde sem se ver.
            É ferida que dói e não se sente.
            É um contentamento descontente.
            É dor que desatina sem doer.
            Ainda que eu falasse a língua dos homens.
            E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
            Legião Urbana, "Monte Castelo"
Os versos de "Monte Castelo" retomam três fontes distintas que remetem ao local deresistência (título da canção), à necessidade imperiosa do sentimento fraterno (Apóstolo Paulo) e ao caráter contemplativo e dócil da vivência amorosa (Camões). 
  
b)         Quando nasci, um anjo torto
            desses que vivem na sombra
            Disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
            Carlos Drummond de Andrade, "Poema das sete faces"
            Quando nasci um anjo esbelto,
            desses que tocam trombeta, anunciou:
            vai carregar bandeira.
            Cargo muito pesado pra mulher,
            esta espécie ainda envergonhada.
           Adélia Prado, "Com licença poética"
Os versos de Adélia Prado retomam a imagem do "anjo", reproduzindo o caráter de aceitação do papel da mulher no contexto social.   
c)         Nosso céu tem mais estrelas,
            Nossas várzeas têm mais flores
            Nossos bosques têm mais vida,
            Nossa vida mais amores.
            Gonçalves Dias
            Nossas várzeas têm mais flores
            nossas flores mais pesticidas.
            Só se banham em nossos rios
            Desinformados e suicidas.
           Luiz FernandoVeríssimo
O fragmento retomado por Veríssimo - versos de "Canção do Exílio" - situa a realidade em que se insere, sob o ponto de vista crítico, confrontando-se à visão ufanista do Romantismo.   
d)         Conselho se fosse bom, as pessoas
            não dariam, venderiam.
            Vá dormir que a dor passa.
            Quem espera sempre alcança.
            Provérbios e ditos populares.
            Ouça um bom conselho
            Que eu lhe dou de graça
            Inútil dormir que a dor não passa
            Espere sentado
            Ou você se cansa
            Está provado, quem espera nunca alcança.
           Chico Buarque, "Bom conselho"
O fragmento de "Bom conselho" reforça pela linguagem poética o caráter moralista e educativo desses provérbios.   
e) A feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como também em mostrar o rosto  Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei d. Manuel
            Senhor: Escrevo esta carta para vos dar conta dos sucessos da terra de Vera Cruz desde o dia de seu achamento até a construção desta Brasília onde agora me encontro. Eu a tenho, Senhor, por derradeiro feito e última louçania da gente de cepa e me empenharei em bem descrevê-la, nada pondo ou tirando para aformosear nem para enfear, mas só praticando do que vi, ouvi ou me pareceu.
            Segunda Carta de Pero Vaz de Caminha, a El Rei, escrita da Novel Cidade de Brasília com a data de 21 de abril de 1960. (Por Darcy Ribeiro)
O fragmento da carta de Darcy Ribeiro retoma o estilo detalhista e inventivo de Pero Vaz de Caminha, ao construir a imagem do Brasil segundo o olhar europeu.   
  
7) (Pucpr 2006)  Leia o poema:
podem ficar com a realidade
esse baixo astral
em que tudo entra pelo cano
eu quero viver de verdade
eu fico com o cinema americano
O poeta Paulo Leminski neste poema usa de procedimento redundante em sua obra. Assinale a alternativa que identifica esse procedimento:
a) intertextualidade.   
b) ironia.   
c) crítica à sociedade de massa.   
d) fuga à realidade.   
e) desejo de viver intensamente.   
8) Clonagem
Parabenizo o jornalista Marcelo Leite pelo artigo "O conto das células de cordão" (Mais!, pag. 18,18/7).
A tecnologia de congelamento de células de cordão é muito bem dominada por alguns serviços médicos no Brasil há vários anos. Logo, seria natural que migrássemos para esse campo. Mas, mesmo sendo factível a sua introdução, ficamos convencidos de que essa seria uma área que só deveria ser implantada por instituições (preferencialmente públicas) responsáveis pelo tratamento de um grande contingente de pacientes, pois só com um cadastro nacional abrangente poderiam ser atendidos aqueles com indicação de transplante de medula óssea que não tivessem doadores relacionados disponíveis.
Infelizmente, foi com muito pesar que vi a proliferação de bancos de cordão voltados ao possível atendimento dos próprios doadores do cordão (crianças saudáveis e provenientes de famílias com bons recursos financeiros), uma prática totalmente desnecessária com pouca repercussão do ponto de vista da saúde pública.
Foi por esse motivo que nunca nos aventuramos nessa área.
Silvano Wendel, diretor médico do banco de sangue do Hospital Sírio-Libanês (São Paulo-SP)
FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 23 jul. 2004, p. A3, Painel do Leitor.
 O título do artigo de Marcelo Leite "O conto das células de cordão" resume a tese de que a prática de doação de cordão umbilical não tem favorecido aqueles que realmente necessitam de transplante de medula. O sentido construído no título é alcançado pelo recurso de:
a) inversão, construída pelo emprego das palavras "células" e "conto".   
b) oposição, provocada pelo uso da palavra "cordão" que tem duplo sentido.   
c) paródia, construída pela explicação do que vêm a ser as células de cordão.   
d) intertextualidade, marcada pelo uso de termos que recuperam elementos dos contos de fadas.   
e) contradição, provocada pelo uso dos termos "cordão" e "células" que remetem a domínios diferentes.   
  
9)  (Pucmg 2003)  Leia os versos abaixo, parte do "Poema de Sete Faces", de "Alguma Poesia":
"Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração."
Se considerarmos que Tomás Antônio Gonzaga é autor do verso "Eu tenho um coração maior que o mundo", podemos afirmar que, nos dois versos de Drummond acima transcritos, existe:
a) mera cópia do verso de Tomás Antônio Gonzaga.   
b) plágio visível do verso de Tomás Antônio Gonzaga.   
c) intertextualidade flagrante com o verso de Tomás Antônio Gonzaga.   
d) apropriação indevida do verso de Tomás Antônio Gonzaga.   
  
10)  (Fuvest 2001)  Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Minha boca procura a "Canção do Exílio".
Como era mesmo a "Canção do Exílio"?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!
            (Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", ALGUMA POESIA)
Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. constituem um caso de.............. 
Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, respectivamente, com o que está em:
a)  do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto.   
b)  da conhecida canção de Noel Rosa / paródia.   
c)  do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade.   
d)  da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia.   
e)  do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem.   
  
Gabarito:  1) a b) c c) d 4) d 5) d 6) c 7) b 8) d 9) c 10) c
Conto de fadas para Mulheres Modernas
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
– Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
… E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)
Interpretação de Texto
1. A princesa possui uma atitude típica das heroínas de contos de fada? Explique?
2. Em um conto de fada clássico, qual seria o desfecho desse conto?
3. Qual o conceito de “Felizes para sempre” para o príncipe?
4. Em sua opinião, qual o conceito de felicidadena visão da princesa?
5. Quais adjetivos são usados para definir a princesa? Esses adjetivos condizem com a atitude que ela toma no fim do conto? Justifique.
6. Intertextualidade é quando um texto remete a outro. Existem três tipos de intertextualidade, a paráfrase (quando o texto possui as mesmas idéias centrais do texto original), apropriação (quando o texto é reescrito com as mesmas palavras) e Paródia (quando o texto possui idéias contrárias as idéias centrais do texto original). No texto lido lembramos a clássica história do príncipe transformado em sapo e na construção desse texto o autor usou qual tipo de intertextualidade? Justifique.
7. O título do texto nos dá idéia do que encontraremos nesse conto? C aso sim, explique qual a posição da mulher moderna?
8. Qual o dito popular que define melhor a idéia central do conto de Luís Fernando Veríssimo?
(a)   Melhor um na mão do que dois voando.
(b)   Sempre existe um sapato velho para um pé doente.
(c)    Antes só do que mal acompanhada.
(d)   Quem ama o feio bonito lhe parece.
(e)   Quem cospe para cima na cara lhe cai.
T) Pergunte se já conheciam tal hino e com qual outro hino ele tem relação de intertextualidade.    
U) Apresente os conceitos abaixo aos alunos.   
A intertextualidade pode ocorrer sob as formas abaixo:   
Paráfrase - A paráfrase consiste em refazer um texto fonte em função de seu conteúdo. É uma categoria que abrange resumos, condensações, atas, adaptações relatórios.
Paródia - A paródia é a recriação de viés crítico, com intenção cômica ou satírica. Na paródia, o texto fonte não é apenas o ponto de partida. Ele permanece entrevisto no espaço do texto recriado, sem o que se perde o efeito de sentido da paródia.
Plágio - O plágio consiste na apropriação ou imitação, essencialmente ilícita, de texto alheio. Pode ser parcial ou total, distinguindo-se da paráfrase e da paródia por ocultar seu processo de criação. A facilidade, criada pela internet, do acesso a textos alheios aumentou consideravelmente a prática do plágio nos meios acadêmicos.
Quando desejamos convencer alguém sobre a importância de um produto ou de uma informação, utilizamos o recurso da propaganda. Observe a propaganda a seguir e responda:
# Exercícios:
1. O que a propaganda divulga?
2. A propaganda faz uma relação de intertextualidade com uma obra literária. Qual é essa obra?
3. Qual foi a imagem utilizada no anúncio? Por que o anunciante escolheu essa imagem?
4. O que o texto verbal diz ao leitor?
5. O que há em comum entre a imagem e o texto do anúncio?
6. A qual leitor se dirige o anúncio?
7. Que argumento foi utilizado no anúncio para convencer o leitor?
8. Por que o anúncio pode convencer o leitor?
9. Para convencer os leitores, os anunciantes utilizam estratégias especiais. Qual foi a estratégia utilizada neste anúncio?  
 Respostas:
1. A propaganda divulga os produtos da marca "O Boticário"
2. Intertextualidade com a obra "Branca de Neve e os sete anões"
3. A imagem da maça sendo oferecida à personagem Branca de Neve.  A imagem foi usada para fazer uma oposição entre as bruxas e as fadas, sendo as fadas associadas às consultoras da Boticário, as quais auxiliam na vida das mulheres.
4. O texto verbal apresenta as consultoras da Boticário como as fadas do mundo moderno, as quais auxiliam na vida das mulheres.
5. O objetivo de mostrar que entre bruxas e fadas, as consultoras da Boticário são aquelas que estão sempre prontas para auxiliar a vida das mulheres (como fadas)
6. Às mulheres adultas
7. O argumento de que as mulheres devem confiar nas consultoras da Boticário, porque elas são as fadas do mundo moderno.
8. Convence porque toda mulher se sente bem ao ser associada a uma personagem dos contos de fadas (princesas, branca de neve, cinderela).
9. A imagem de uma bela mulher, bem maquiada e sensual.
Leia esta tira, de Fernando Gonsales:
1. Você conhece o conto maravilhoso a que essa tira faz referência? Se não, troque ideias com os colegas para saber qual é ele. Depois vá à biblioteca da sua escola ou da sua cidade, leia-o e conte-o para os colegas. 
2. Um dos contos maravilhosos filmados pelos Estúdios Disney é A pequena sereia, de Andersen. 
a) Leia o conto, de preferência no livro A pequena sereia, publicado pela editora Kuarup, ou no livro Contos de Andersen, publicado pela editora Brasiliense, cujos textos foram traduzidos e adaptados por Monteiro Lobato. Depois assista ao filme A pequena sereia. 
b) Reúna-se com seus colegas de grupo para contarem e ouvirem o relato da história. Metade do grupo conta a história lida, a outra metade conta a história mostrada no filme. 
http://diogoprofessor.blogspot.com.br/search/label/Intertextualidade 
Intertextualidade é a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.
Você vai ler a seguir três textos: o primeiro é o famoso quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pintor italiano do século XVI; o segundo, uma recriação de Marcel Duchamp, pintor francês do século XX; o último, um anúncio publicitário divulgado há alguns anos no Brasil. Leia-os, compare-os e responda às questões propostas.
1. Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é um dos quadros mais importantes do mundo. O olhar, o meio-sorriso, a postura, a posição das mãos da personagem são alguns dos elementos que têm encantado milhões de pessoas ao longo dos séculos. A personagem retratada, também chamada Gioconda, é um dos símbolos universais da feminilidade.
A pintura de Marcel Duchamp, feita quatro séculos depois da de Da Vinci, evidentemente cita a Mona Lisa renascentista. Responda:
a) O que essencialmente diferencia o quadro de Duchamp do quadro de Mona Lisa?
b) Para você, que sentido tem a "novidade" introduzida por Dechamp: originalidade, inovação, criatividade, agressão, destruição, provocação? Discuta seu ponto de vista com os colegas.
2. Compare o anúncio publicitário aos outros dois quadros. Note que o anúncio apresenta, além da parte verbal, a imagem e o logotipo dos produtos anunciados.
a) Que elementos do quadro original foram mantidos?
b) E que elementos do quadro foram modificados?
3. Na parte inferior do anúncio se lê: "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Considerando o cruzamento da linguagem verbal com a linguagem visual, explique o trocadilho (jogo de palavras) da expressão obra-prima.
4. O anúncio divulga uma marca de amaciante de roupa, um produto considerado de luxo. Foi publicado numa revista voltada a um público predominantemente feminino, de classe média, com certo grau de escolaridade. Considerando o tipo de produto anunciado e o perfil desse público, discuta com seus colegas:
a) Utilizar a Mona Lisa no anúncio é um meio de atrair e sensibilizar esse público? Por quê?
b) O uso da Mona Lisa no anúncio pode ser considerado uma forma de valorização do leitor do anúncio? Justifique sua resposta.
c) Levante hipóteses: Caso uma das leitoras dessa revista não conhecesse o quadro de Da Vinci, ainda assim o anúncio poderia alcançar seu objetivo? Por quê?
d) Pense nas reações da leitora da revista ao se deparar com o anúncio. Que vantagens há, para o anunciante, em criar um anúncio como esse, em vez de um anúncio tradicional, com mensagens com slogans como "compre", "use", "experimente", etc.?
5. Compare o tipo de relação que o anúncio e o quadro de Duchamp mantêm com a Mona Lisa de Da Vinci.
a) Que tipo de relação a obra de Duchamp estabelece com a de Da Vinci: intertextual ou interdiscursiva? Por Quê?
b) O quadro de Duchamp também pode ser considerado uma paródia? Justifique sua resposta.
c) O anúncio publicitário mantém com a obra de Da Vinci uma relação intertextual ou interdiscursiva? Por quê?
 Respostas:
1.
a) No quadro de Duchamp, Mona Lisa é pintada com bigode e barba.
b) É uma provocação, a fim de criar uma masculinização do gênero feminino, uma inversão de gênero.
2.
a) Foi mantida a Mona Lisa com sua pose tradicional e também a pintura de fundo.
b) Foi modificada a personagem (um homem de óculos vestido de Mona Lisa) e o acréscimo da bancada, produtos do anúncio e o logoao fundo, bem como uma frase abaixo.
3. "Perfeita obra-prima" foi empregada associada à capacidade do produto anunciado em deixar a roupa perfeita, tal como a pintura de Da Vinci.
4.
a) Sim, porque o público alvo perceberá a criatividade do anúncio e poderá se identificar com o produto.
b) Sim, porque mostra que o anúncio espera que o público alvo seja capaz de reconhecer a pintura a fim de perceber a mensagem.
c) Acredita-se que sim, uma vez que a imagem é também cômica (um homem vestido de mulher em um quadro), o que pode despertar a atenção de qualquer leitor da revista.
d) A vantagem está no fato de criar uma graça com o anúncio, o que acaba chamando a atenção do leitor da revista.
5.
a) Relação intertextual, porque uma (de Duchamp) faz referência a outra (de Da Vinci).
b) Sim, pode ser uma paródia também, pois a paródia é um tipo de relação intertextual
c) Relação intertextual. 
TEXTO: A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO
            Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois Dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
            A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte, ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. 
            Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pala chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: _ há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A cor de cada um. Rio de Janeiro, Ed. Record,1998
Disponível no site: http://clatuveratanictu.blogspot.com/2005/05/incapacidade-de-ser-verdadeiro.html
Questões para direcionar a análise do texto.
1. Observe os termos em destaque no texto. 
a. A que se referem os pronomes o e ele no segundo parágrafo?
b. Reescreva o trecho abaixo, substituindo os pronomes destacados pelo referente já mencionado no texto:  “A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola...”
c. Conclua: qual é a função dos pronomes e a sua importância na construção do texto?
2. Observe: “... um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos...” 
a. Que palavra está sendo modificada pelo adjetivo cheio? 
b. Conclua: A concordância é um mecanismo de coesão textual? Explique.
3. As conjunções também são responsáveis pela conexão entre partes do texto, possibilitando que se dê continuidade às idéias apresentadas. Explique que relações são expressas por estes elementos nos trechos seguintes, retirados do texto.
a.“Quando o menino voltou [...]a mãe decidiu levá-lo ao médico”. 
b.“Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.”
c. “A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua..."
4. O emprego de sinônimos também é um recurso para o estabelecimento da coesão textual.
Essa afirmação pode ser exemplificada na frase seguinte? Explique.
“Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram...”
4. Observe o emprego do artigo:
“Um dia chegou em casa...”; “Quando o menino voltou...”; “A mãe botou-o de castigo...”
Responda: Em que sentido os artigos (definidos e indefinidos) podem concorrer para a
coesão de um texto?
5. Explique o emprego do pronome demonstrativo este, no trecho seguinte:
“__Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.”
6. Comente a afirmação seguinte:
Em relação à coerência, isto é, à manutenção da mesma referência temática, pode-se afirmar que o texto “A incapacidade de ser verdadeiro” apresenta-se coerente a partir do
título.
7. Em relação à coerência pode se dizer que o texto apresenta:
a. ( ) harmonia de sentido em decorrência da conexão estabelecida entre as partes.
b. ( ) expõe uma informação nova.
c. ( ) não apresenta contradições entre as idéias.
d. ( ) apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo.
Texto: Maneiras de amar
            O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
            Em vão, o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
            O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
            Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido?" "Não", respondeu "estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso e gostava".
Carlos Drummond de Andrade
Disponível no site:
http://www.napontadoslapis.com.br/2009/10/maneiras-de-amar-por-drummond-contos.html
 Matéria publicada no jornal do commércio, de Recife, sobre um dos mais famosos super-heróis dos quadrinhos, Batman:
            Ele não tem superpoderes, não caiu do espaço e não sabe voar. No entanto,  está na lista dos super-heróis mais aclamados da humanidade justamente por se tratar de um ser humano. Batman, ou homem-morcego na versão brasileira, é o  mais controverso dos heróis que as HQs já inventaram. Ele trabalha contra os vilões não a serviço da sociedade, mas a serviço de si mesmo. “Existe o bem, existe o mal e existe Batman.” A frase, usada muitas vezes em algumas de suas histórias, resume a identidade deste herói de personalidade dúbia. O motor propulsor de sua luta contra o mal é um dos sentimentos menos nobres do ser humano: a vingança. (...)
            Além de ser o super-herói mais humano e, por tabela, suscetível a pecados nunca imaginados por outros heróis como o Super-Homem, Batman é a personagem que carrega a bandeira de uma sociedade violenta. E, mesmo depois de todas as mudanças da década de 4º para cá, os quadrinhos e filmes (pulando o episódio TV) continuam sustentando o clima noir inerente da estrutura psicológica de um homem que prefere a solidão à fama de ser um super-herói.
                                                                                 (Jornal do Commércio.Recife, 12mar.2000.)
DEBAIXO DA PONTE
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás, porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam contra falta dágua, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar comodidades internas da ponte. 
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da pontee trazer-lhes uma grande posta de carne. 
Nem todos os dias se pega uma posta de carne. Não basta procurá-la; é preciso que ela exista, o que costuma acontecer dentro de certas limitações de espaço e de lei. Aquela vinha até eles, debaixo da ponte, e não estavam sonhando, sentiam a presença física da ponte, o amigo rindo diante deles, a posta bem pegável, comível. Fora encontrada no vazadouro, supermercado para quem sabe freqüentá-lo, e aqueles três o sabiam, de longa e olfativa ciência. 
Comê-la crua ou sem tempero não teria o mesmo gosto. Um de debaixo da ponte saiu à caça de sal. E havia sal jogado a um canto de rua, dentro da lata. Também o sal existe sob determinadas regras, mas pode tornar-se acessível conforme as circunstâncias. E a lata foi trazida para debaixo da ponte. 
Debaixo da ponte os três prepararam comida. Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação diária, cada um saboreava duas vezes: a carne e a sensação de raridade da carne. E iriam aproveitar o resto do dia dormindo (pois não há coisa melhor, depois de um prazer, do que o prazer complementar do esquecimento), quando começaram a sentir dores. 
Dores que foram aumentando, mas podiam ser atribuídas ao espanto de alguma parte do organismo de cada um, vendo-se alimentado sem que lhe houvesse chegado notícia prévia de alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no hospital. Dizem uns que morreram da carne, dizem outros que do sal, pois era soda cáustica. Há duas vagas debaixo da ponte.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Debaixo da ponte. In: Obra Completa,  Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1967, p. 896-897.
VERSOS ESCRITOS N'ÁGUA
Manuel bandeira
Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.
Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...
Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou. 
TEXTOS PARA OS GRUPOS ANALISAREM
FIORIN José Luiz; PLATÃO Francisco Savioli. Para entender o texto: leitura e redação. 16ª Ed. São Paulo. Ática, 2005

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