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Trabalho de Carlos_

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INSTITUTO SUPERIOR DO LITORAL DO PARANÁ – ISULPAR
REFORMA PREVIDENCIÁRIA
PARANAGUÁ/PR
2019
INSTITUTO SUPERIOR DO LITORAL DO PARANÁ - ISULPAR
JULIANA ZATTAR ARANTES 
RESENHA CRÍTICA
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota bimestral na disciplina de Direito Previdenciário, ministrado pelo Prof. Carlos A. Martins, no curto de Direito.
PARANAGUÁ/PR
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO......................................................................................05
1. Aspectos Históricos.....................................................................................05
1.1 Aspectos Atuais........................................................................................06
2. Superávit da Previdência...........................................................................09
CONCLUSÃO....................................................................................................09
REFERÊNCIAS..................................................................................................10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar questões referentes à reforma da Previdência, onde há como embasamento a matéria publicada na revista “VEJA”, divulgada em 22 de janeiro de 2003, em que é abordado o rombo da previdência governamental sendo a causa principal do desequilíbrio das contas públicas, o rombo previdenciário aumenta a cada ano e já se tornou um fator incontrolável. 
Na sequência é apresentada a proposta de emenda à Constituição a partir de declarações do ministro Ricardo Berzoini quanto aos principais aspectos da reforma preconizada pelo governo Lula, a proposta consistia, inicialmente, em regime único para o setor privado e público, teto único ao redor de 1.500 reais, a adoção de um sistema pelo qual juízes, militares, diplomatas, policiais e promotores não teriam mais direito a aposentadoria integral e passariam a receber apenas o teto do INSS.
Desta feita, após o anúncio da reforma pelo governo do presidente da época conforme apresenta a matéria da revista, muitas forças se mexeram contra a reforma de modo que, militares preferiam ficar fora da reforma da Previdência, tendo em vista que perderiam privilégios adquiridos em anos passados, juízes também exigiram tratamento especial, assim como policiais, professores, pessoal da área de saúde, todos pretendiam ganhar mais na aposentadoria que a maioria dos brasileiros. “Ou seja, todos querem a reforma da previdência, desde que seja no contracheque dos outros” (revista VEJA, 2003)
Essas exigências setoriais geram um rombo maior, caso não sejam abafadas, terminando sem produzir resultados benéficos, como ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso, uma vez que FHC cedeu a pressões corporativas de setores organizados do funcionalismo público.
Sendo assim, pensando nos privilégios da aposentaria estatal, entre outros pontos abordados pela publicação de 2003, é importante desenvolver questões que envolvam desde aspectos históricos da reforma previdenciária aos atuais.
DESENVOLVIMENTO
1. Aspectos Históricos
Preliminarmente, necessário se faz conhecer a abrangência do sistema previdenciário brasileiro, a forma como surgiu e alguns fatos do seu contexto histórico, para que possamos compreender o porquê destas reformas e a contínua mudança normativa. 
Destaque-se a Lei Eloy Chaves de 1923, a qual é considerada o marco inicial da Previdência Social no Brasil e se efetivou no período histórico da Velha República. 
 Segundo Maria do Socorro Reis Cabral, em seu capítulo 3.4.2, intitulado “Previdência Social”, a Lei Eloy Chaves Institui um fundo especial de aposentadorias e pensões a Caixa de Aposentadorias e Pensões – CAP, para os trabalhadores em ferrovias. Posteriormente, a lei é ampliada pelo Decreto 5.109/26, que estende estas medidas aos marítimos e portuários. A proposta previdenciária de Eloy Chaves não se dirige aos trabalhadores em geral, nem se referencia a um conceito de cidadania, mas cria medidas de proteção para um grupo específico, tomando a empresa como unidade de cobertura. Propõe, ainda, benefícios pecuniários de aposentadorias e pensões e prestações de serviços médicos e farmacêuticos.
Ainda, conforme Cabral, a CAP era estruturada como organizações privadas supervisionadas pelo governo, financiadas pelos trabalhadores patronato e pela contribuição dos usuários da rede ferroviária, via impostos. Esta legislação inicialmente restringe-se aos ferroviários, posteriormente, estende-se a outras categorias ligadas à infraestrutura de serviços públicos, refletindo as características do desenvolvimento capitalista do período, centrado em uma economia agroexportadora, em que esses serviços são essenciais. 
A expansão previdenciária se deu inicialmente através da ampliação do número de CAPs posteriormente, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão – IAPs, a partir de 1933.
 Seu perfil organizacional supera os limites da empresa como unidade estruturante, ao se constituir como autarquia pública, ainda que preservada a administração colegiada. Os IAPs possuem planos diferenciados de benefícios e serviços, sendo, os mais comuns, aposentadoria, pensões, auxílio funeral e auxílio-doença. Inicialmente, foram beneficiadas as categorias ligadas à infraestrutura de serviços públicos, e gradativamente foram incluídos outros setores, sendo o dos trabalhadores da indústria os últimos a ser instalado em 1938.
A constituição de 1934 buscou alterar um pouco essa realidade, mudando o conceito de previdência como assistência e passando a incorporar características do que conhecemos como seguro social, que então evoluiria para a Previdência Social na Constituição de 1946. 
Na década de 1960, ainda ocorreram outras mudanças no sistema de previdência, como a inclusão do trabalhador rural com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL), em 1963, e a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – que hoje é conhecido como INSS – em 1966, para unificar a administração da previdência social no Brasil.
A constituição de 1967, criada durante o regime militar, coloca em seus artigos alguns direitos trabalhistas e de seguridade social, incluindo alguns que já existiam como leis durante o governo Vargas. Entre eles estão: salário mínimo, salário família, a proibição de diferenciação de salários por conta de sexo, cor e estado civil, jornada de trabalho de oito horas, férias remuneradas, entre outros.
A criação da Constituição de 1988 estabelece um conjunto de ações envolvendo Saúde, Assistência e Previdência Social usando o termo “Seguridade Social”. É nesse momento que se estabelece a previdência como a conhecemos hoje, mantendo seu aspecto de arrecadação entre empregadores e empregados, mas delegando ao Estado o papel de organizar e distribuir os recursos de acordo com a legislação.
A previdência descrita na constituição de 1988 é famosa por conseguir incluir pontos importantes para a garantia da proteção social, sendo uma ação progressista em comparação às medidas de liberalização que vinham sendo tomadas em outros países nesse período. Mas isso não impediu que algumas reformas mudassem detalhes do seu funcionamento.
1.1 Aspectos Atuais
Passando para um conhecimento mais atual, em sua publicação no site Correio Braziliense – Economia, no ano de 2018, Rosana Hessel aborda um fato relevante, o rombo da Previdência Social não para de crescer e é o maior responsável pelo déficit primário que o governo tem registrado nos últimos anos. Em novembro do mesmo ano da publicação, o resultado combinado das contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência ficou negativo em R$ 16,2 bilhões — o terceiro pior da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997.
Observa-se que o déficit se perpetua há muitos anos, conforme apresenta o artigo publicadona revista VEJA, sobre a reforma da Previdência Social em 2003, já havia especulações sobre a velocidade com que subia o déficit no sistema. Em 1995, situava-se na casa dos 19 bilhões de reais. Em 2002, somando-se o prejuízo do setor público e do INSS, o buraco quase quadruplicou. Na última década, o prejuízo acumulado pela Previdência passa de 350 bilhões de reais. Sendo assim, entendem os especialistas, que se nada for feito, todo o dinheiro dos impostos será devorado com a folha de pessoal ativo e inativo. Não sobrando nada para a construção de estradas, escolas e hospitais, a máquina pública entrará em colapso.
A reforma da Previdência parte de uma premissa também questionável: o gasto da Previdência seria “insustentável” e, se nada for feito de imediato, ele vai “implodir” as contas fiscais. (ANFIP – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, 2017).
 Sabemos que a previdência Social tem sido nestas duas últimas décadas, motivo de preocupação para diversos países, independentemente do seu nível de desenvolvimento e riqueza, transformando, na maioria dos casos, as sólidas instituições (que no passado em virtude de expressiva poupança assumiram a função de financiadores do desenvolvimento econômico e social) em instituições com imensos déficits financeiros.
Tal fato se deu porque a previdência, que antes era considerada uma fonte segura de bem estar e confiabilidade de uma “vida confortável”, se transformou em um fardo para os orçamentos públicos devido à base em que esse sistema se fundamentou (sem um efetivo controle das contribuições percebidas, a obrigatoriedade destas contribuições, análise de tempo vs. idade mínima, expectativa de vida, etc), bem como a não percepção atuarial desde seus primórdios. 
De modo geral, os regimes previdenciários são organizados pelo Estado, tendo como financiamento o regime de repartição simples, seriamente vulnerável pelas variações demográficas (envelhecimento populacional), pela diminuição do ingresso de novos trabalhadores ao mercado de trabalho, e também, pelo grande número de atividades ilegais, (comércio informal), onde não há recolhimentos previdenciários.
Com isso, os efeitos da longevidade cada vez mais crescente, e a redução no número de trabalhadores ativos contribuintes, repercutem diretamente nos custos previdenciários, elevando-os a tal patamar de despesas que o Estado vê sua capacidade de investimento ser reduzida drasticamente a cada ano.
Além desses fatores, há também a redução das taxas de crescimento da economia dos países (sobretudo os considerados “subdesenvolvidos”), alguns caos apresentando até taxas negativas. Este problema, afeta diretamente as contas previdenciárias, em razão do menor número de pessoas ingressando no mercado de trabalho, diminuindo assim, a receita de contribuições (principal fonte de custeio do sistema previdenciário).
No Brasil tal situação não poderia ser diversa. O desequilíbrio nos regimes previdenciários dos servidores da União, Estados, Distrito Federal e Município é um dos principais itens de despesas do orçamento. O motivo para isto deve-se principalmente em relação ao fator histórico brasileiro, onde a previdência (principalmente dos servidores públicos) era vista como obrigação apenas do Estado em sustentá-la, o que ocasionou ao longo dos anos um enorme déficit, uma vez que o número de aposentados e pensionistas cresceu e os montantes nos cofres públicos diminuíram constantemente.
Ressalta-se que ao excluir servidores estaduais e militares da reforma Previdenciária, o governo atenua uma questão antiga, os privilégios da alta sociedade, dos servidores públicos, que se aposentam ganhando em média cinco vezes mais que os trabalhadores do setor privado, e tornam a distribuição de renda no sistema previdenciário ainda mais desigual que a da sociedade. Em 2015 o déficit do governo federal com a aposentadoria em cerca de 1 milhão de servidores da União, foi maior do que o registro com 33 milhões de aposentados da iniciativa privada. O rombo dos servidores aposentados da União foi de 90,7 bilhões, ante 85 bilhões da Previdência geral, segundo cálculos do economista André Gamerman, o déficit foi pago com recursos do Tesouro extraídos da sociedade, os quais tem o nível de renda bem menor que os benefícios do topo.
2. Superávit da Previdência 
Em decorrência de pesquisa e passando para um ponto de vista polêmico, é importante abordar, o debate existente entre a visão do Ministério da Previdência Social segundo o déficit do RGPS e a ANFIP – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Estas duas visões divergentes a respeito das contas da previdência social, são de grande valia para a definição das novas formas de financiamento previdenciário. No contexto do tema, visualizaram-se questões envolvendo a ótica deficitária e superavitária (Seguridade Social), assim como as questões referentes ao mercado de trabalho. 
Segundo Gentil (2007, p.3) “A imprensa noticia dados trágicos acompanhados de linguagem dramática sobre a situação da previdência social”, “Diante dessa avalanche de avaliações sombrias massificadas pela mídia, não é de se estranhar que pessoas comuns, políticos e até estudiosos respeitáveis do meio acadêmico acreditem que é preciso, urgentemente, fazer a reforma da previdência”. O autor aponta que o governo desvia o superávit da Seguridade Social para outros fins políticos e econômicos, 	“Como consequência de mais este artifício metodológico, o superávit do orçamento da seguridade social é automaticamente incorporado ao orçamento da União, resultando na geração dos elevados superávits primários.” (GENTIL, 2007, p.3)
	CONCLUSÃO
	A Previdência Social visa a proteção da sociedade, contra os riscos de toda ordem, como a doença, a incapacidade, a velhice e demais infortúnios, assim ela oportuniza um direito subjetivo ao trabalhador que precisa se afastar da atividade laboral, mantendo seu padrão de vida.
	Evidente que nós cidadãos possuímos uma série de perspectivas em relação à Previdência, quando a uma boa administração do sistema, bem como redução e finalização de desperdícios de recursos, ainda, quanto a uma gestão eficaz, que atue para manter a Previdência Social em uma condição sustentável para que assim futuras gerações possam usufruir deste meio.
	Percebemos por intermédio deste trabalho que pode não haver o déficit no sistema previdenciário, uma vez que nem sempre devemos tomar como base apenas o que os meio de comunicação nos repassam, e sim irmos atrás de outras fontes de pesquisas. Logo, há sustentabilidade no sistema.
	Sendo assim, uma questão de alerta, é que são necessárias pequenas reformas, no que diz respeito à situação populacional do Brasil e as informalidades no trabalho.
 REFERÊNCIAS
GENTIL,Denise Lobato. A falsa Crise do Sistema de Seguridade Social no Brasil: uma análise financeira do período 1990 -2005, Brasília, 2007. Disponível em <http:/www.corecon-rj-org.br/ced/artigo_denise_gentil_reforma_da_previdencia.pdf>. Acessado em 17 de abril de 2019.
ANFIP – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil./Dieese – Departamento IntAersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Previdência: reformar para excluir? Contribuição técnica ao debate sobre a reforma da previdência social brasileira - Brasília: ANFIP/DIEESE; 2017.
AGUIAR, João Paulo de Vasconcelos. História da Previdência Social Brasileira, 2017, Disponível em <https://www.politize.com.br/historia-da-previdencia-no-brasil/> Acessado em 12 de abril de 2019.
CABRAL, Maria do Socorro Reis, Previdência Social: As Políticas Brasileiras de Seguridade Social, 2017. Disponível em < file:///C:/Users/User/Downloads/As%20Pol%C3%ADticas%20Brasileiras%20de%20Seguridade%20Social_%20previd%C3%AAncia%20social%20%20Maria%20do%20Socorro%20Reis%20Cabral.pdf> Acessado em 12 de abril de 2017.

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