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Neuropsicologia - revisão geral

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Neuropsicologia - revisão geral 
 
 
REFERÊNCIAs: kenhub e google images 
disponível em: 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/neuroanatomia 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cortex-cerebral 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estruturas-subcorticais 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diencefalo 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico 
https://www.kenhub.com/pt/study/neuronio-estrutura-e-tipos 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/neurotransmiss%C
3%A3o/neurotransmiss%C3%A3o 
 
1. SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
● O SNC consiste no encéfalo e na medula espinal; 
● O ​encéfalo​ ​é encontrado na cavidade craniana; 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/neuroanatomia
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cortex-cerebral
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estruturas-subcorticais
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diencefalo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico
https://www.kenhub.com/pt/study/neuronio-estrutura-e-tipos
 
 
● A ​medula espinal​ é encontrada na coluna vertebral; 
● Ambos são protegidos por três camadas de meninges: 
○ dura-máter; 
○ aracnoide; 
○ pia-máter. 
https://www.anatomynote.com/human-anatomy/head-skull-neck-anatomy/cerebral-cortex-in-human-brain/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/estruturas-encefalo-suas-funcoes.htm
 
 
● O encéfalo gera comandos para tecidos-alvo; 
● A medula espinal atua como um canal, conectando o encéfalo aos tecidos                       
periféricos através do SNP; 
● O encéfalo é dividido em: 
○ cérebro ; 
○ diencéfalo; 
○ cerebelo; 
○ tronco cerebral; 
● A medula espinal​ é a continuação do tronco cerebral. 
 
1.1 Cérebro 
 
● O cérebro compõe a maior parte do encéfalo, sendo encontrado na cavidade                       
craniana; 
● é o órgão chefe do sistema nervoso central; 
● coordena o funcionamento dos nossos músculos e membros, bem como os                     
hormônios que nós liberamos para nos adaptar, crescer e modificar o nosso                       
ambiente; 
● é composto por dois hemisférios cerebrais (esquerdo e direito) e cinco lobos. 
● Todos os lobos (exceto um) são nomeados de acordo com os ossos cranianos                         
adjacentes a eles: 
○ lobo frontal: 
■ contém o córtex orbitofrontal, que é a principal área de inibição                     
de comportamentos impulsivos. 
■ contém ainda o giro pré-central, o córtex motor primário e a                     
área de Broca (do lado esquerdo), que nos permite formar                   
palavras. 
■ A área homóloga à área de Broca do lado direito nos permite a                         
interpretação da linguagem corporal. 
 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/
 
 
○ parietal: 
■ se encontram na superfície posterosuperior do cérebro, e são o                   
principal local de interpretação visual. 
■ Eles possuem ainda um papel crucial nos movimentos dos olhos                   
- perseguição de objetos, por exemplo, seguir um objeto no                   
horizonte - bem como o direcionamento de nosso olhar para                   
diferentes partes de um objeto. 
■ Contêm ainda o giro pós-central, que é o córtex sensitivo                   
primário. 
■ A área de Wernicke se encontra na fronteira entre os lobos                     
parietal e temporal. 
 
 
 
○ temporal: 
■ se localiza logo inferiormente à fissura lateral, em cada                 
hemisfério cerebral. 
■ contém o giro temporal transverso, que interpreta a               
informação auditiva. 
■ O lobo temporal esquerdo nos permite compreender as               
palavras e entender informações. 
 
 
 
○ occipital: contém o córtex visual primário e áreas de associação                   
visuais. 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
 
 
○ insular: está escondido logo abaixo dos lobos frontal, temporal e                   
parietal. "Ínsula" significa ilha, o que o lobo insular de fato é: uma ilha                           
de substância cinzenta escondida sob a superfície do cérebro. 
 
 
 
● O lobo límbico não constitui um lobo real, e sim um grupo funcional de                           
regiões interconectadas do cérebro que, juntas, controlam as emoções, a                   
memória e a perceção espacial. 
● O cérebro, juntamente com o hipocampo, a amígdala, o bulbo olfatório                     
(olfativo) e os núcleos da base, compõem o telencéfalo. 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
 
 
1.1.1 Córtex cerebral 
 
● O córtex cerebral é a camada mais superficial do cérebro, e compõe a maior                           
parte da substância cinzenta do cérebro. 
● É uma camada de substância cinzenta que apresenta numerosas dobras                   
(sulcos e giros [circunvoluções]), 
● pode ser categorizada estruturalmente (citoarquitetura cortical) ou             
funcionalmente (áreas de Brodmann), e abriga regiões específicas como o                   
córtex motor primário e o córtex somatossensorial primário, cada um                   
acomodando um homúnculo. 
● As conexões de substância branca se estendem entre a substância cinzenta                     
do córtex cerebral e outras partes do mesmo hemisfério cerebral (fibras de                       
projeção); do hemisfério oposto (fibras comissurais); e estruturas fora do                   
córtex (fibras de associação). 
● Existe também um córtex cerebeloso, que forma a camada superficial do                     
cerebelo (ou pequeno cérebro). 
● O córtex cerebral tem 2-5 mm de espessura, e é responsável por cerca de                           
80% da massa total do cérebro. 
● Estima-se que a sua área total seja de cerca de 2000 cm². 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/neuroanatomia
● O córtex cerebral tem uma série complicada de pregas tortuosas, os giros                       
(circunvoluções), e entre estes giros (circunvoluções) existem indentações,               
denominadas sulcos. 
● Os sulcos são pequenas indentações. No córtex cerebral também existem                   
grandes indentações, mas denominadas fissuras. 
● As fissuras dividem o córtex cerebral em lobos, e também dividem o cérebro                         
em hemisférios cerebrais direito e esquerdo ao longo do plano sagital. A                       
fissura responsável por esta divisão é a fissura longitudinal medial. 
● As funções cognitivas e o processamento de informação de nível mais                     
elevado ocorrem no córtex cerebral. 
● Algumas funções do córtex cerebral incluem pensamento e raciocínio,                 
memória, consciência, atenção, consciência perceptiva e linguagem. 
 
1.1.2 Substância branca 
 
● A substância branca consiste nas fibras nervosas (axônios dos neurônios)                   
localizadas em cada hemisfério cerebral, profundamente ao córtex cerebral. 
● Essencialmente, a substância branca liga o córtex cerebral a outras regiões                     
cerebrais e áreas idênticas nos dois hemisférios. 
● Estas são as três categorias de substância branca:  
○ Fibras de projeção – têm origem na substância cinzenta e terminam                     
em outras regiões do cérebro ou áreas e núcleos subcorticais. 
○ Fibras de associação – estas fibras fazem a ligação entre diferentes                     
regiões do córtexcerebral dentro de um único hemisfério. 
○ Fibras comissurais – ligam áreas idênticas dos córtices (plural de                   
córtex) dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo (isto é, ligam                   
áreas idênticas nos dois hemisférios). O maior feixe de fibras                   
comissurais é o corpo caloso. 
 
 
 
1.1.3 Substância cinzenta 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/
 
● A substância cinzenta consiste nos corpos dos neurônios (as células do                     
sistema nervoso). 
● A substância cinzenta inclui o córtex cerebral, assim como outras áreas                     
subcorticais, como o tálamo, o hipotálamo e os núcleos da base. 
 
1.2 Estruturas subcorticais 
 
Se imaginarmos o nosso cérebro como um pêssego, na secção transversal desse                       
pêssego, veríamos a pele exterior, a carne e um caroço interno. A pele é o                             
correspondente ao córtex cerebral, a parte carnosa é a substância branca                     
profunda e o caroço representa as estruturas subcorticais. 
 
 
 
● As estruturas subcorticais são um grupo de diversas formações neurais que                     
se encontram no interior do cérebro, e incluem: 
○ o diencéfalo, 
○ a glândula pituitária (hipófise), 
○ as estruturas límbicas e 
○ os núcleos da base. 
● Estas estruturas estão envolvidos em atividades complexas, como: 
○ a memória, 
○ a emoção, 
○ o prazer e 
○ a produção hormonal. 
● Elas atuam como centros de informação do sistema nervoso, pois                   
transmitem e modulam informações que passam para as diferentes áreas do                     
cérebro. 
● Estas estruturas possuem uma grande variedade de funções, como por                   
exemplo: 
○ O hipotálamo e a glândula pituitária (hipófise) estão envolvidos na                   
produção e regulação hormonal 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estruturas-subcorticais
○ O sistema límbico (que inclui a formação hipocampal, o fórnix, a                     
amígdala, o córtex insular, dentre outros) está envolvido na memória,                   
no olfato, no comportamento emocional e no equilíbrio fisiológico do                   
corpo como um todo (homeostase). 
○ Os núcleos da base são um grupo funcional de núcleos que juntos                       
compõem uma unidade do sistema motor extrapiramidal,             
modificando a atividade motora. 
 
1.2.1 Diencéfalo 
 
O cérebro humano pode ser subdividido utilizando-se vários sistemas de                   
classificação. Uma nomenclatura particular que se refere à dualidade do cérebro é                       
o diencéfalo. 
 
 
 
● É a parte caudal do cérebro anterior (prosencéfalo), que ocupa a região                       
central do cérebro. 
● O diencéfalo é constituído de: 
○ Epitálamo, 
○ Tálamo 
○ Subtálamo 
○ Metatálamo 
○ Hipotálamo 
○ Glândula hipófise 
● Cada um dos componentes do diencéfalo possui funções especializadas que                   
se integram para a vida. 
● O diencéfalo age como um centro primário para o processamento de                     
informações sensoriais e controle autonômico. 
● A abundância de caminhos comunicantes entre essas estruturas e outras                   
partes do corpo torna o diencéfalo uma área funcionalmente diversa na                     
neuroanatomia. 
● Algumas dessas conexões incluem caminhos para o sistema límbico (sítio da                     
memória e emoções), núcleos da base (coordenação motora), bem como                   
áreas sensitivas primárias, como auditiva ou visual. 
 
1.2.1.1 Epitálamo 
 
● A parte posterior do diencéfalo. 
● Localiza-se póstero-inferiormente ao tálamo e consiste na glândula pineal,                 
estria medular e trígono da habênula. 
● Historicamente, a glândula pineal era considerada o terceiro olho devido às                     
suas conexões com o sistema visual; contudo, agora sabemos que a função                       
da glândula pineal é controlar o ciclo de sono-vigília (ritmo circadiano),                     
secretando a hormona do sono, a melatonina. 
 
● As conexões da glândula pineal com o sistema visual fornecem informações                     
sobre a hora do dia com base na quantidade de luz que existe. A escuridão                             
provoca a secreção de melatonina. 
● A estria medular é um feixe de substância branca que liga o hipotálamo e o                             
trígono da habênula. 
● Esta última é uma área triangular encontrada anteriormente ao colículo                   
superior, que fornece fibras ao feixe que conecta os núcleos da base e a                           
porção ventral tronco cerebral. Esta via permite a iniciação e o controle de                         
movimentos. 
 
1.2.1.2 Tálamo 
 
● é a maior estrutura subcortical. 
● age como um centro de transmissão entre o tronco cerebral e o cérebro. 
● O tálamo é composto de 12 núcleos - anatomicamente, nove deles são                       
agrupados em núcleos anterior, medial e lateral, enquanto os três restantes                     
formam lâminas que separam esses grupos. Funcionalmente, eles podem ser                   
classificados em três grupos: os núcleos de transmissão, os núcleos                   
intralaminares e o núcleo reticular. 
 
● Os núcleos talâmicos são responsáveis por todo um espectro de funções do                       
corpo, como a transmissão de sinais sensitivos e motores, e a regulação da                         
consciência, do sono e do estado de alerta. 
 
1.2.1.3 Subtálamo 
 
● O subtálamo encontra-se ventralmente ao tálamo. 
● Consiste no núcleo subtalâmico, na zona incerta (de Forel) e no núcleo                       
peripeduncular. 
● O núcleo subtalâmico é uma parte funcional dos núcleos da base,                     
participando no controle da atividade motora. 
 
Núcleo subtalâmico 
 
● O papel da zona incerta permanece desconhecido. 
● Esta zona transmite fibras entre uma ampla gama de regiões do sistema                       
nervoso central, e acredita-se que desempenhe um papel em atividades                   
como a integração motora e a precisão dos movimentos do corpo. 
● O núcleo peripeduncular tem conexões ricas com o sistema límbico, e                     
acredita-se que desempenha um papel importante no controle do                 
comportamento sexual. 
 
1.2.1.4 Metatálamo 
 
 
 
 
1.2.1.5 Hipotálamo 
 
● Ínfero-anteriormente ao tálamo, encontramos o hipotálamo. 
● É uma parte do diencéfalo que mantém funções endócrinas e autonômicas. 
● Por controlar muitos mecanismos importantes relacionados com a               
sobrevivência, como a ingestão de alimentos e líquidos, o sono, o                     
metabolismo e a temperatura corporal, o hipotálamo permite um estado de                     
equilíbrio fisiológico (homeostase corporal). 
 
Diagrama do hipotálamo 
 
● Estruturalmente, o hipotálamo é composto por 13 núcleos. 
● Anatomicamente, os núcleos dispõem-se ântero-posteriormente em três             
grupos: anterior (pré-óptico e supra-óptico), médio (tuberal) e posterior                 
(mamilar). Os núcleos hipotalâmicos também podem ser divididos em                 
médio-lateralmente de acordo com sua proximidade com o terceiro                 
ventrículo: 
○ Periventricular - controla a libertação de hormonas do lobo anterior                   
da hipófise 
○ Intermediária (Medial) - regula o sistema nervoso autônomo, a                 
libertação de hormonas do lobo posterior da hipófise e o ritmo                     
circadiano 
Lateral - controla as emoções devido às suas conexões com o sistema                       
límbico e regula a alimentação e o ciclo sono-vigília. 
● O hipotálamo controla os mecanismos de sobrevivência através de vias                   
especiais chamadas de eixos hipotalâmicos. Os eixos se projetamdo                   
hipotálamo para a glândula hipófise e da glândula hipófise para os                     
órgãos-alvo. 
● Existem três eixos principais: 
○ O eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal medeia a resposta ao             
estresse; 
○ O eixo hipotalâmico-hipofisário-tireoideo regula a intensidade do             
metabolismo; 
○ O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal regula a reprodução. 
● É de notar que todos os eixos passam pela glândula pituitária (hipófise). Isso                         
ocorre porque o hipotálamo e a hipófise estão intrinsecamente ligados. 
● Os axônios hipotalâmicos ligam o hipotálamo à hipófise posterior, enquanto                   
uma coleção de vasos sanguíneos chamada sistema porta hipofisário liga o                     
hipotálamo à hipófise anterior. 
 
1.2.2 Glândula hipófise 
 
● A glândula pituitária, ou hipófise, é uma continuação do hipotálamo.                   
Encontra-se na sela turca (túrcica) do osso esfenoide. 
 
 
● Consiste em um lobo anterior (adeno-hipófise) e um lobo posterior                   
(neuro-hipófise). 
● Ao ser estimulada por hormonas de libertação hipotalâmicas, o lobo anterior                     
secreta hormonas trópicas e tróficas, como a hormona estimulante da                   
tireoide, que regula a função de outras glândulas endócrinas. 
● O lobo posterior armazena a ocitocina e a vasopressina formadas pelo                     
hipotálamo e liberta-as quando necessário. 
 
1.2.3 Sistema límbico 
 
● É composto por áreas corticais, subcorticais e no tronco cerebral. Em uma                       
secção sagital mediana do cérebro, o sistema límbico estende-se através dos                     
aspetos mediais dos lobos temporal, frontal e parietal. 
● As partes do córtex cerebral envolvidas na função límbica são juntas                     
chamadas de córtex límbico. 
● O córtex límbico consiste no giro (circunvolução) cingulado, no giro                   
(circunvolução) para-hipocampal, giro (circunvolução) orbitofrontal medial,           
nos polos temporais dos hemisférios e na parte anterior do córtex da ínsula. 
● As estruturas profundas que formam o sistema límbico são a formação do                       
hipocampo, a amígdala, o córtex olfatório (olfativo), o diencéfalo, os núcleos                     
da base, o prosencéfalo basal, os núcleos septais e o tronco cerebral. 
● O sistema límbico controla o olfato, a memória, as emoções e a homeostase                         
corporal. Em relação às emoções, a principal função da amígdala é a                       
resposta ao medo. 
● Por causa das numerosas funções do sistema límbico, as sinapses dentro                     
dele são muito ativas (alta plasticidade sináptica), pelo que esta é uma região                         
frequentemente associada à epilepsia. 
 
1.2.3.1 Hipocampo 
 
● Hipocampo é frequentemente utilizado como sinônimo daquilo que, em                 
anatomia, é oficialmente chamado de formação do hipocampo. 
● Ele desempenha um papel importante no armazenamento de memória a                   
longo prazo e na navegação espacial. 
 
Diagrama do hipocampo 
 
● A formação do hipocampo continua-se no giro (circunvolução)               
para-hipocampal, à medida que penetra no lobo temporal medial. 
● A formação do hipocampo consiste no giro (circunvolução) denteado,                 
hipocampo e subículo. 
● Pode parecer confuso dizer que o hipocampo faz parte da formação do                       
hipocampo, pois sabemos que eles são frequentemente usados como                 
sinônimos. No entanto, em seu sentido mais restrito, o termo hipocampo                     
refere-se, na verdade, à parte da formação do hipocampo encontrada entre                     
o giro (circunvolução) dentado e o subículo. 
● Assim, o giro (circunvolução) dentado, o hipocampo e o subículo formam, em                       
conjunto, a formação do hipocampo, que tem este nome devido à sua forma                         
que se assemelha à de um cavalo-marinho. 
● A formação do hipocampo tem duas partes: cabeça e cauda, embora                     
algumas fontes descrevam três partes (cabeça, corpo e cauda). 
● A cabeça refere-se à parte anterior, mais larga, enquanto que a cauda se                         
continua posteriormente. 
● A formação do hipocampo comunica com muitas partes diferentes do                   
cérebro através da sua principal eferência, chamada fímbria, que mais tarde                     
se torna no fórnix. 
● O fórnix projeta-se do hipocampo para os corpos mamilares do hipotálamo,                     
e essas conexões são importantes para a criação de memórias a longo                       
prazo. 
● Se uma pessoa tiver uma lesão que afete a função do hipocampo, ela será                           
incapaz de criar novas memórias (amnésia anterógrada) após a lesão. 
 
1.2.4 Núcleos da base 
 
● Os núcleos da base, ou gânglios da base, são um grupo de núcleos                         
interconectados de substância cinzenta encontrados profundamente na             
substância branca do telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo. 
● Eles formam o sistema motor extrapiramidal e ajudam a afinar a função                       
motora.  
 
Diagrama dos núcleos da base 
 
● Em poucas palavras, eles enviam sinais para o tálamo que determinam como                       
o tálamo afetará o córtex motor. 
● Eles se comunicam com o tálamo através de três vias: direta, indireta e                         
hiperdireta. 
○ A via direta é excitatória e desempenha um papel importante no início                       
de um movimento voluntário, 
○ enquanto que a via indireta é inibitória e impede movimentos                   
involuntários. 
○ A via hiperdireta é a forma mais rápida de inibir todas as funções                         
motoras e suprimir o movimento involuntário. 
● A importância dos núcleos da base pode ser facilmente percebida através da                       
doença mais prevalente do sistema extrapiramidal - a doença de Parkinson.                     
Lesões na via direta causam dificuldades em iniciar o movimento em pessoas                       
que têm esta condição médica, enquanto que as vias indireta e hiperdireta                       
causam notável agitação involuntária nas mãos (tremor), já que a supressão                     
não é possível. 
 
1.3 Tronco encefálico 
 
● O tronco cerebral é a parte mais caudal do encéfalo. 
● É composto pelo mesencéfalo, pela ponte e pelo bulbo. 
 
Mesencéfalo Ponte Bulbo 
 
● O cerebelo, a ponte e o bulbo são frequentemente agrupados sob o nome de                           
rombencéfalo. 
● A importância do tronco encefálico se repousa em várias de suas                     
características, que em conjunto dão a ele a definição informal de centro de                         
sobrevivência: 
○ Contém todos os núcleos dos nervos cranianos (exceto os dos NC I e                         
NC II), fornecendo controle somático e autonômico da cabeça e do                     
pescoço. 
○ Contém os núcleos da formação reticular. 
○ Contém os núcleos simpáticos e parassimpáticos, fornecendo centros               
vitais que controlam atividades tais como a respiração, a frequência                   
cardíaca e motricidade vascular. 
○ Todos os caminhos entre a medula espinal e o cérebro / cerebelo                       
passam através do tronco cerebral. 
 
1.4 Cerebelo 
 
● O cerebelo fica entre o cérebro e o bulbo (bolbo) do tronco cerebral. 
 
● Ele desempenha um papel importante na regulação das funções motoras,                   
participando do planejamento e da modulação da atividade motora,                 
incluindo a coordenação do corpo enquanto se movimenta. 
● Tal como o cérebro, o cerebelo tem dois hemisférios (esquerdo e direito), que                         
estão conectados por uma massa na linha médiachamada de vérmis. 
● Tem também três lobos: anterior, posterior e flóculo-nodular. 
● O córtex cerebelar forma a camada mais externa do cerebelo e é composto                         
por substância cinzenta. 
● Estruturas importantes do cerebelo incluem muitos dos seus núcleos pares                   
na profundidade de sua substância branca, e os pedúnculos cerebelares. 
 
1.5 Medula espinal 
 
A medula espinhal ​ se aloja no interior do canal vertebral. Ela se encontra                         
profundamente às três camadas de meninges, e origina os 31 pares de nervos                         
espinhais. Estes nervos deixam o canal vertebral através dos forames                   
intervertebrais, e se fundem para formar plexos e inervar diferentes músculos. 
● É uma continuação do tronco encefálico, estendendo-se desde o forame                   
(buraco) magno do osso occipital até à vértebra L1 / L2. 
● Esta parte caudal do SNC transmite informações para a periferia e                     
vice-versa através da interação com o sistema nervoso periférico. 
● No entanto, é mais do que apenas uma comunicação entre o cérebro e o                           
corpo - também modifica e integra as informações que passam por ela e                         
participa dos reflexos. 
● A medula espinal é dividida em 5 grupos segmentares: 
○ Coluna cervical - 8 segmentos (C1-C8) 
○ Coluna torácica - 12 segmentos (T1-T12) 
○ Coluna lombar - 5 segmentos (L1-L5) 
○ Coluna sacral (sagrada) - 5 segmentos (S1-S5) 
○ Coluna coccígea - 1 segmento (Co1) 
● Ao contrário do cérebro, a camada mais externa da medula espinal é                       
formada por substância branca. Esta é dividida em três funículos (anterior,                     
lateral e posterior) que contém vias que percorrem o caminho entre o                       
cérebro e a periferia. 
● A massa central da medula espinal é composta por substância cinzenta em                       
forma de borboleta que contém os corpos celulares neuronais. 
● Durante o desenvolvimento, há uma desproporção entre o crescimento da                   
medula espinal e o crescimento da coluna vertebral. 
● A medula espinal termina de crescer aos 4 anos, enquanto a coluna vertebral                         
termina o seu crescimento aos 14-18 anos. Esta é a razão pela qual, em                           
adultos, a medula espinal ocupa apenas os dois terços superiores do canal                       
vertebral. 
 
 
 
2. MENINGES 
 
As meninges são as três camadas membranosas (dura-máter, aracnoide e                   
pia-máter) que envolvem o cérebro e a medula espinal. As meninges atuam                       
protegendo as estruturas do SNC, formando partições e fornecendo espaços. As                     
repartições durais separam o cérebro e o cerebelo um do outro e dividem seus                           
hemisférios (foice do cérebro, tenda do cerebelo, foice cerebelar e diafragma selar).                       
Os espaços meníngeos contêm os seios venosos durais e as cisternas                     
subaracnoideas preenchidas por líquido cefalorraquidiano. 
 
 
 
3. VENTRÍCULOS E LÍQUIDO 
CEFALORRAQUIDIANO 
 
Os ventrículos são cavidades interconectadas localizadas profundamente no               
cérebro. Elas estão cheias de líquido cefalorraquidiano (LCR, ou líquor), que age                       
protegendo o cérebro e a medula espinal, fornecendo nutrientes e removendo                     
resíduos. 
● Há quatro ventrículos no cérebro: 
○ Dois ventrículos laterais - dentro dos lobos cerebrais 
  
Ventrículo lateral esquerdo Ventrículo lateral direito 
 
○ Terceiro ventrículo - entre os tálamos 
 
○ Quarto ventrículo - localizado sobre a ponte e o bulbo, e abaixo do                         
cerebelo 
 
● O LCR é produzido pelas células do plexo coroide encontradas dentro das                       
paredes ventriculares. Em seguida, circula pelos ventrículos através dos                 
forames localizados entre eles. 
● A partir do quarto ventrículo, o LCR acessa um sistema de cisternas                       
subaracnóideas, fluindo através do espaço subaracnoideo do cérebro e da                   
medula espinal até que finalmente seja absorvido para o sistema venoso do                       
SNC.  
 
3.1 Vascularização do cérebro 
 
● O suprimento arterial do cérebro é fornecido por duas fontes principais: 
○ as artérias carótidas internas e as artérias vertebrais. 
● As artérias carótidas internas formam a circulação anterior do cérebro,                   
suprindo as suas regiões anterior e média. 
● As artérias vertebrais suprem o cérebro posterior, tronco encefálico e                   
cerebelo (circulação posterior). 
● Essas duas circulações se anastomosam na base do cérebro formando uma                     
rede vascular denominada polígono ou círculo de Willis. 
● O sangue venoso do cérebro é drenado através de um sistema de veias                         
cerebrais superficiais e profundas. 
● Veias cerebrais superficiais drenam o córtex, enquanto veias profundas                 
drenam estruturas cerebrais profundas. 
● Eventualmente, ambos os grupos drenam para os seios venosos durais,                   
canais venosos aumentados encontrados dentro da dura-máter. Os seios                 
venosos drenam para a veia jugular interna. 
 
4. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
O sistema nervoso periférico (SNP) consiste em todos os nervos que são emitidos a                           
partir do cérebro e da medula espinal​ (o sistema nervoso central, SNC). 
Se você imaginar o SNC como a rodovia principal, então o SNP forma todas as                             
estradas secundárias que estão conectadas. Ele permite aos impulsos elétricos                   
serem transmitidos para as regiões mais distantes do corpo humano, ou seja, para                         
a periferia, e vice-versa. Ambos podem ser subdivididos: o primeiro em sistema                       
nervoso autônomo simpático e sistema nervoso autônomo parassimpático; e o                   
segundo em divisões sensoriais e motoras. 
 
4.1 Nervos periféricos 
 
● Os elementos funcionais do sistema nervoso periférico são os nervos                   
periféricos. 
● Cada nervo consiste em um feixe de muitas fibras nervosas (axônios) e seus                         
revestimentos de tecido conjuntivo, podendo ser comparados aos tratos                 
(feixes) do SNC. 
● Por sua vez, cada fibra nervosa é uma extensão de um neurônio cujo corpo                           
celular é mantido dentro da substância cinzenta do SNC ou dentro dos                       
gânglios do SNP. 
● Os neurônios periféricos que transportam informações para o SNC são                   
chamados de neurônios aferentes ou sensitivos, enquanto os que                 
transmitem informações do SNC para a periferia são conhecidos como                   
neurônios eferentes ou motores. 
○ Neurônios aferentes transmitem uma variedade de impulsos             
provenientes de receptores sensitivos (sensoriais) e dos órgãos               
sensoriais. 
○ Por exemplo, eles transmitem sensações gerais como toque, dor,                 
temperatura e posição no espaço (propriocepção). 
○ Além disso, eles também transmitem informações sensoriais mais               
específicas, como os sentidos especiais do olfato, da visão, da audição                     
e do equilíbrio. 
○ Por outro lado, os neurônios eferentes levam informações gerais do                   
sistema nervoso para os órgãos efetores, por exemplo, os músculos                   
esqueléticos, os órgãos viscerais e as glândulas. 
○ Eles são responsáveis ​​por iniciar a contração muscular voluntária e                   
involuntária, além de estarem envolvidos em outras outras funções                 
motoras, como na secreção glandular. 
● Os nervos também podem ser classificadosem "nervos cranianos" ou                   
"nervos espinais" de acordo com o local de saída do SNC. 
● Os nervos cranianos emergem do crânio (cérebro / tronco cerebral),                   
enquanto os nervos espinais deixam o SNC através da medula espinal. 
● Existem 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais, dando                         
um total de 43 pares de nervos que formam a base do sistema nervoso                           
periférico. 
 
4.1.1 Nervos cranianos 
 
O primeiro conjunto de nervos periféricos são os doze nervos cranianos: olfatório                       
(NC I), óptico (NC II), oculomotor (NC III), troclear (NC IV), trigêmeo (NC V1, NC V2,                               
NC V3), abducente (NC VI), facial (NC VII), vestibulococlear (NC VIII),                     
glossofaríngeo (NC IX), vago (NC X), acessório (NC XI) e hipoglosso (NC XII). 
 
Nervos cranianos 
 
● Os nervos cranianos são nervos periféricos que inervam principalmente                 
estruturas anatômicas da cabeça e do pescoço. 
● A exceção é o nervo vago, que também inerva vários órgãos torácicos e                         
abdominais. 
● Os nervos cranianos se originam de núcleos específicos localizados no                   
cérebro. 
● Eles deixam a cavidade craniana através dos forames (buracos) e se                     
projetam para sua estrutura alvo respectiva. 
● Os nervos cranianos são divididos em três grupos de acordo com o tipo de                           
informação transportada pelas suas fibras: 
○ Sensitivos 
○ Motores 
○ Mistos 
 
4.1.2 Nervos espinais 
 
● O segundo conjunto de nervos periféricos são os nervos espinais, dos quais                       
existem 31 pares no total: oito cervicais, doze torácicos, cinco lombares, cinco                       
sacrais (sagrados) e um coccígeo. 
● Sua numeração correlaciona-se com a numeração dos níveis da coluna                   
vertebral: os nervos espinais cervicais são numerados de acordo com a                     
vértebra localizada imediatamente abaixo, enquanto todos os demais de                 
acordo com a vértebra situada acima. 
● Cada nervo espinal começa como várias pequenas raízes ou radículas que se                       
unem para formar duas raízes principais. 
○ A raiz anterior transporta fibras motoras de neurônios cujos corpos                   
celulares estão localizados no corno anterior da medula espinal. 
○ A raiz posterior transporta fibras sensitivas de neurônios cujos corpos                   
celulares se encontram no gânglio da raiz dorsal. 
○ Nas regiões torácica e lombar superior, a raiz anterior também                   
transporta fibras autonômicas de neurônios pré-ganglionares           
simpáticos cujos corpos celulares estão localizados no corno lateral da                   
medula espinal. 
○ A raíz anterior se junta à raíz posterior subsequentemente para                   
formar o nervo espinal posteriormente dito, que transporta fibras                 
mistas (sensoriais, motoras e autonômicas). 
● Os nervos espinais deixam a coluna vertebral através dos forames (buracos)                     
intervertebrais localizados entre duas vértebras adjacentes. 
● Cada nervo espinal divide-se então em dois ramos chamados de ramo                     
posterior (dorsal) e ramo anterior (ventral), ambos carregando fibras mistas. 
● Os ramos posteriores deslocam-se posteriormente e dividem-se em               
ramificações que inervam estruturas pós-vertebrais. 
● Os ramos anteriores inervam a pele e os músculos dos membros e do tronco                           
anterior. 
● Imediatamente após a divisão do nervo espinal nos dois ramos,                   
ramificam-se fibras comunicantes menores. 
● Esses ramos comunicantes brancos e cinzentos estabelecem uma               
comunicação entre os nervos espinais e os dois troncos simpáticos do                     
sistema nervoso autônomo que percorrem a extensão da coluna vertebral. 
● É importante notar que os ramos comunicantes cinzentos existem em todos                     
os níveis da medula espinal, enquanto os ramos brancos são encontrados                     
apenas nos níveis T1-L2. 
 
5. VIAS NEURAIS E TRATOS DA MEDULA 
ESPINAL 
 
● As vias neurais são feixes organizados de axônios, conectando uma parte                     
específica da substância cinzenta com um tecido alvo. 
● Existem dois tipos de vias neurais: ascendente (aferente, sensorial) ou                   
descendente (eferente, motora). 
○ As vias ascendentes enviam informações dos tecidos periféricos para                 
o SNC. 
○ O SNC então interpreta essa informação para que o cérebro saiba o                       
que está acontecendo no corpo e ao redor dele. 
○ As vias descendentes transmitem informações do SNC para os tecidos                   
periféricos que definem como o corpo irá responder. 
○ Então, se você sentir que alguma parte da sua pele coça (via aferente),                         
você pode responder coçando-a (via eferente). 
 
5.1 Vias ascendentes 
 
● As vias ascendentes transmitem informações sensoriais do nosso ambiente                 
corporal interno e externo. 
● Sensações de proprioceção e toque fino são transmitidas através das                   
colunas dorsais que, juntamente com o fascículo longitudinal medial, formam                   
o chamado "sistema coluna dorsal-lemnisco medial" (fascículos grácil e                 
cuneiforme). 
● Sensações de temperatura, toque grosseiro e dor percorrem os funículos                   
anterior e lateral da medula espinal (tratos [feixes] espinotalâmicos, também                   
chamados de “sistema sensitivo ântero-lateral”). 
● O sistema ântero-lateral também inclui a via espinorreticular (consciência                 
comportamental) e a via espinotectal (espinomesencefálica, que inibe e                 
controla as sensações de dor). 
 
5.2 Vias descendentes 
 
● As vias descendentes controlam os movimentos do corpo. 
● Elas são classificadas em dois grandes grupos: piramidal e extrapiramidal. 
○ O sistema motor piramidal (tratos [feixes] corticonucleares e               
corticoespinais) se origina do córtex motor para controlar os                 
movimentos voluntários dos músculos esqueléticos. 
○ O sistema motor extrapiramidal (tratos [feixes] rubroespinal,             
tectoespinal, reticuloespinal e vestibuloespinal) tem origem nos             
núcleos do tronco encefálico. 
○ Através de sinapses na medula espinal, esse sistema controla outros                   
aspectos da atividade motora além do movimento por si só, tais como                       
coordenação, movimentos reflexos e postura corporal. 
 
6. NEURÔNIOS 
 
● O neurônio (célula nervosa) é a unidade funcional do sistema nervoso. 
● Ele recebe e transmite impulsos neurais. 
● Isso significa que os neurônios recebem, processam e integram informações                   
de todas as regiões do corpo e enviam instruções sobre como os tecidos                         
corporais devem responder a eventos do ambiente e internos. 
 
● Os neurônios são compostos por um corpo celular (soma) e por                     
prolongamentos neurais (axônios e dendritos). 
● Estruturalmente, são classificados de acordo com quantos prolongamentos               
neurais eles possuem: unipolares, pseudounipolares, bipolares e             
multipolares. 
● Os axônios da maioria dos neurônios são envolvidos por uma substância                     
branca chamada de mielina. 
● Os axônios mielinizados são encontrados na substância branca, dando-lhe                 
sua cor característica e distinguindo-a da substância cinzenta (corpos                 
celulares neuronais). 
● A mielina isola os axônios e permite uma transmissão mais rápida dos                       
impulsos elétricos. 
● Um feixe de axônios (fibras nervosas) no sistema nervoso central (SNC) échamado de trato (ou feixe), enquanto no sistema nervoso periférico (SNP)                     
esse feixe é chamado de nervo. 
● Além dos neurônios, existem outras células no sistema nervoso, como por                     
exemplo as células da glia, que desempenham um papel de sustentação. 
 
7. NEUROTRANSMISSORES 
 
Um neurônio gera e propaga um potencial de ação pelo seu axônio e, em seguida,                             
transmite esse sinal por uma sinapse pela liberação de neurotransmissores que                     
disparam uma reação em outro neurônio ou em uma célula efetora (p. ex., células                           
musculares e a maioria das células exócrinas e endócrinas). O sinal pode estimular                         
ou inibir a célula que o recebe, dependendo do neurotransmissor e da célula                         
receptora envolvida. 
No SNC, as conexões são complexas. Um impulso de um neurônio para outro pode                           
passar de axônio para corpo celular, de axônio para dendrito (ramificação                     
receptora de um neurônio), de corpo celular para corpo celular ou de dendrito para                           
dendrito. Um neurônio recebe simultaneamente vários impulsos — excitatórios e                   
inibitórios — de outros neurônios e os integra em vários padrões de descarga. 
 
7.1 Propagação 
 
● A propagação de um potencial de ação pelo axônio é elétrica, causada pela                         
troca de íons Na+ e K+ através da membrana axônica. 
● Um neurônio específico gera um potencial de ação idêntico após cada                     
estímulo, conduzindo-o em velocidade constante pelo axônio. 
● A velocidade depende do diâmetro do axônio e do grau de mielinização,                       
variando de 1 a 4 m/s, nas fibras amielínicas, até 75 m/s, nas fibras mielínicas. 
● A velocidade de propagação é maior em fibras mielínicas porque a bainha de                         
mielina possui intervalos regulares (nodos de Ranvier) nos quais o axônio fica                       
exposto. 
● O impulso elétrico passa de um nodo a outro “saltando” a região mielinizada                         
do axônio. 
● Em consequência, os distúrbios que alteram a bainha de mielina (p. ex.,                       
esclerose múltipla) interferem na propagação do impulso, causando vários                 
sintomas neurológicos. 
 
7.2 Transmissão 
 
● A transmissão do impulso é química, causada pela liberação de                   
neurotransmissores específicos a partir da terminação nervosa (terminal). 
● Os neurotransmissores difundem-se pela fenda sináptica e ligam-se               
momentaneamente a receptores específicos do neurônio ou da célula                 
efetora adjacente. Dependendo do receptor, a resposta pode ser excitatória                   
ou inibitória. 
● Outro tipo de sinapse, a sinapse elétrica, não envolve neurotransmissores;                   
canais iônicos conectam diretamente os citoplasmas dos neurônios pré e                   
pós-sinápticos. Esse é o tipo mais rápido de transmissão. 
● O corpo da célula nervosa produz enzimas que sintetizam a maioria dos                       
neurotransmissores, que são armazenados nas vesículas nos terminais               
axônicos. 
● A quantidade presente em uma vesícula (em geral vários milhares de                     
moléculas) é um quantum. 
● Um potencial de ação da membrana que chega à terminação nervosa                     
provoca a abertura dos canais de cálcio; o influxo de cálcio desencadeia a                         
liberação das moléculas de neurotransmissor armazenadas nas vesículas               
por meio da fusão da membrana vesicular com a membrana da terminação                       
nervosa. 
● A fusão de membranas causa o aparecimento de uma abertura pela qual as                         
moléculas são expelidas para a fenda sináptica por exocitose. 
● A quantidade de neurotransmissores na terminação normalmente             
independe da atividade do nervo e mantém-se relativamente constante, pela                   
modificação da captação de precursores de neurotransmissores ou da                 
atividade de enzimas envolvidas na síntese ou degradação de                 
neurotransmissores. 
● A estimulação de receptores pré-sinápticos pode diminuir a síntese de                   
neurotransmissores pré-sinápticos e o bloqueio desses receptores pode               
aumentá-la. 
● A interação neurotransmissor-receptor deve encerrar-se rapidamente para             
permitir a ativação repetida e rápida dos receptores. 
● Pode ocorrer aos neurotransmissores, que já interagiram com os receptores,                   
um dos seguintes: 
○ Podem ser rapidamente transportados de volta para o interior da                   
terminação pré-sináptica por processos ativos dependentes de ATP               
(recaptação). 
○ Podem ser destruídos por enzimas situadas junto aos receptores. 
○ Podem difundir-se para áreas vizinhas e serem removidos. 
● Os neurotransmissores recaptados pelas terminações nervosas são             
reinternalizados em vesículas para reutilização. 
 
7.3 Receptores 
 
● Os receptores de neurotransmissores são complexos proteicos dispostos               
através da membrana celular. 
● Sua natureza determina se um neurotransmissor é excitatório ou inibitório.  
● Receptores continuamente estimulados por neurotransmissores ou           
fármacos tornam-se dessensibilizados (downregulated); aqueles que não são               
estimulados por seus neurotransmissores ou são cronicamente bloqueados               
por fármacos tornam-se hipersensíveis (upregulated). 
● A dessensibilização e a hipersensibilização dos receptores influenciam               
fortemente o desenvolvimento de tolerância e dependência física. 
● Esses conceitos são particularmente importantes no transplante de órgãos e                   
tecidos, em que a denervação priva os receptores de seus                   
neurotransmissores. 
● Os sintomas de abstinência podem ser explicados, ao menos em parte, por                       
um fenômeno de rebote decorrente da alteração de afinidade ou densidade                     
dos receptores. 
● A maioria dos neurotransmissores interage principalmente com receptores               
pós-sinápticos, mas alguns receptores estão localizados em neurônios               
pré-sinápticos, proporcionando o controle preciso da liberação de               
neurotransmissores. 
● Uma das famílias de receptores, chamados receptores ionotrópicos (p. ex.,                   
receptores de N-metil-D-glutamato, quinato-quisqualato, acetilcolina         
nicotínica, glicina e receptores de ácido gama-aminobutírico [GABA]),               
consiste em canais de íons que se abrem quando ligados ao                     
neurotransmissor e provocam um resposta muito rápida. 
● Na outra família, chamados receptores metabotrópicos (p. ex., receptores de                   
serotonina, alfa e beta-adrenérgicos e dopaminérgicos), os             
neurotransmissores interagem com proteínas G e ativam outra molécula (2º                   
mensageiro, como AMPc) que catalisa uma cadeia de eventos por meio da                       
fosforilação proteica ou mobilização de cálcio, ou ambas; as alterações                   
celulares mediadas por um sistema de 2ºs mensageiros são mais lentas e                       
permitem um ajuste melhor da resposta inotrópica neurotransmissora               
rápida. 
● Muito mais neurotransmissores ativam receptores específicos que segundos               
mensageiros. 
 
7.4 Principais neurotransmissores e 
receptores 
 
Pelo menos 100 substâncias podem agir como neurotransmissores;               
aproximadamente 18 são de grande importância. Várias ocorrem em formas                   
ligeiramente distintas. 
 
7.4.1 Glutamato e aspartato 
 
● Esses aminoácidos são os principaisneurotransmissores excitatórios no SNC.  
● Estão presentes no córtex cerebral, cerebelo e coluna vertebral. 
● Em neurônios, a síntese de óxido nítrico aumenta em resposta ao glutamato.  
● O glutamato em excesso pode ser tóxico, causando aumento de cálcio                     
intracelular, radicais livres e atividade da proteinase. 
● Esses neurotransmissores podem contribuir para a tolerância à terapia por                   
opioides e mediar a hiperalgesia. 
● Os receptores de glutamato são classificados como receptores NMDA e não                     
NMDA. 
● A PCP (também conhecida como “pó de anjo”) e a memantina (usada no                         
tratamento da doença de Alzheimer) ligam-se a receptores NMDA. 
 
7.4.2 GABA 
 
● O GABA é o principal neurotransmissor inibitório presente no encéfalo. 
● É um aminoácido derivado do ácido glutâmico, o qual é descarboxilado por                       
glutamato descarboxilase. 
● Após interação com o seu receptor, o GABA é recaptado ativamente para o                         
interior da terminação nervosa e metabolizado. 
● A glicina, com ação similar ao GABA, ocorre principalmente nos                   
interneurônios (células de Renshaw) da coluna vertebral e nos circuitos que                     
relaxam os músculos agonistas. 
● Os receptores de GABA são classificados como GABAA (ativam canais de                     
cloro) e GABAB (potencializam a formação de AMPc). 
● Os receptores GABAA são o local de ação de vários fármacos neuroativos,                       
incluindo benzodiazepínicos, barbitúricos, picrotoxina e muscimol. 
● Os receptores GABAB são ativados pelo baclofeno, utilizado para tratar                   
espasmos musculares. 
 
7.4.3 Serotonina 
 
● A serotonina (5-hidroxitriptamina, ou 5-HT) é produzida pelos núcleos da                   
rafe e neurônios da linha mediana da ponte e da parte superior do tronco                           
encefálico. 
● O triptofano é hidroxilado pelo triptofano hidroxilase em 5-hidroxitriptofano                 
e este, em seguida, é descarboxilado em serotonina. 
● Os níveis de serotonina são controlados pela captação de triptofano e pela                       
MAO intraneuronal que degrada a serotonina. 
● Finalmente, a serotonina é excretada na urina como ácido                 
5-hidroxi-indoacético, ou 5-HIAA. 
● Receptores serotoninérgicos (5-HT, com pelo menos 15 subtipos) são                 
classificados como 5-HT1 (com 4 subtipos), 5-HT2 e 5-HT3. 
● Os agonistas seletivos do receptor de serotonina (p. ex., sumatriptana)                   
podem cessar a migrânea. 
 
7.4.4 Acetilcolina 
 
● A acetilcolina é o principal neurotransmissor dos neurônios motores                 
bulboespinais, fibras pré-ganglionares autônomas, fibras pós-ganglionares           
colinérgicas (parassimpáticas) e muitos outros neurônios do SNC (p. ex., nos                     
gânglios basais e no córtex motor). 
● É sintetizada a partir da colina e da acetilcoenzima A pela colina                       
acetiltransferase e sua ação encerra-se rapidamente por hidrólise local em                   
colina e acetato pela acetilcolinesterase. 
● Os níveis de acetilcolina são regulados pela colina acetiltransferase e pela                     
captação de colina. 
● Os níveis desse neurotransmissor são mais baixos em pacientes com doença                     
de Alzheimer. 
● Os receptores colinérgicos são classificados como nicotínicos N1 (na medula                   
suprarrenal e nos gânglios autônomos) ou N2 (nos músculos esqueléticos) e                     
muscarínicos M1 a M5 (amplamente distribuídos pelo SNC). 
● O receptor M1 está presente no SNA, corpo estriado, córtex cerebral e                       
hipocampo; o receptor M2 no sistema nervoso autônomo, coração,                 
musculatura lisa do intestino, ponte, bulbo e cerebelo. 
 
7.4.5 Dopamina 
 
● A dopamina interage com alguns receptores em algumas fibras nervosas                   
periféricas e muitos neurônios centrais (p. ex., na substância negra,                   
mesencéfalo, área tegmentar ventral e hipotálamo). 
● O aminoácido tirosina é captado por neurônios dopaminérgicos e convertido                   
pela tirosina hidroxilase em 3,4-di-hidroxifenilalanina (dopa), que é               
descarboxilada por l-aminoácido aromático descarboxilase em dopamina.  
● Após a liberação e a interação com os receptores, a dopamina é bombeada                         
ativamente (recaptada) de volta à terminação nervosa. 
● A tirosina hidroxilase e a MAO regulam os níveis de dopamina nas                       
terminações nervosas. 
● Os receptores dopaminérgicos são classificados como D1 a D5. 
● Os receptores D3 e D4 atuam no controle do pensamento (limitando os                       
sintomas negativos da esquizofrenia); a ativação do receptor D2 controla o                     
sistema extrapiramidal. 
● Entretanto, a afinidade do receptor não prediz a resposta funcional                   
(atividade intrínseca). Por exemplo, ropinirol, que tem alta afinidade com o                     
receptor D3, tem atividade intrínseca por meio da ativação dos receptores                     
D2. 
 
7.4.6 Noradrenalina 
 
● A noradrenalina é o neurotransmissor presente na maioria das fibras                   
simpáticas pós-ganglionares e em muitos neurônios centrais (p. ex., no lócus                     
cerúleo e no hipotálamo). 
● O precursor tirosina é convertido em dopamina, que é hidroxilada pela                     
dopamina β-hidroxilase em noradrenalina. 
● Após liberação e interação com receptores, uma parte da noradrenalina é                     
degradada pela COMT e o restante é recaptado pela terminação nervosa,                     
onde é degradada pela MAO. A tirosina hidroxilase, a dopamina                   
β-hidroxilase e a MAO regulam os níveis intraneuronais de noradrenalina. 
● Os receptores adrenérgicos são classificados como alfa1 (pós-sinápticos no                 
sistema simpático), alfa2 (pré-sinápticos no sistema simpático e               
pós-sinápticos no encéfalo), beta1 (no coração) e beta2 (em outras                   
estruturas inervadas pelo sistema simpático). 
 
7.4.7 Endorfinas e encefalinas 
 
● Endorfinas e encefalinas são opioides. 
● As endorfinas são polipeptídeos que ativam muitos neurônios centrais (p. ex.,                     
no hipotálamo, nas tonsilas, no tálamo e no lócus cerúleo). 
● O corpo celular contém um polipeptídeo extenso denominado               
pró-opiomelanocortina, o precursor de α, β e γ-endorfinas. 
● Esse polipeptídeo é transportado distalmente pelo axônio e clivado em                   
fragmentos; um deles é a β-endorfina, presente em neurônios que se                     
projetam para a substância cinzenta central (periaqueductal) do               
mesencéfalo, estruturas límbicas e principais neurônios catecolaminérgicos             
do encéfalo. 
● Após liberação e interação com receptores, aβ-endorfina é hidrolisada por                     
peptidases. 
● A met-encefalina e a leu-encefalina são pequenos peptídeos presentes em                   
muitos neurônios centrais (p. ex., no globo pálido, tálamo, núcleo caudado e                       
na substância cinzenta central). 
● A proencefalina, seu precursor, é formada no corpo celular e, em seguida, é                         
clivada por peptidases específicas em peptídeos ativos. 
● Essas substâncias também estão presentes na coluna vertebral, onde atuam                   
como neuromoduladores dos sinais de dor. 
● Os neurotransmissores desses sinais, no corno posterior da coluna vertebral,                   
são o glutamato e a substância P. As encefalinas diminuem a quantidade dos                         
neurotransmissores liberados e hiperpolarizam (tornam mais negativa) a               
membrana pós-sináptica, reduzindo a geração dos potenciaisde ação e                   
percepção de dor no giro pós-central. 
● Após liberação e interação com receptores peptidérgicos, as encefalinas são                   
hidrolisadas em peptídeos menores inativos e aminoácidos. 
● A inativação rápida impede que essas substâncias sejam clinicamente úteis.                   
Por outro lado, moléculas mais estáveis (p. ex., morfina) são usadas como                       
analgésicos. 
● Os receptores de endorfina-encefalina (opioides) são classificados como µ1 e                   
µ2 (afetam a integração sensorimotora e a analgesia), δ1 e d2 (afetam a                         
integração motora, a função cognitiva e a analgesia) eκ1,κ2 eκ3 (afetam                           
a regulação do equilíbrio hídrico, a analgesia e o consumo alimentar). 
● Os receptores σ são atualmente classificados como não opioides e a                     
maioria localiza-se no hipocampo, ligando-se à PCP. 
● Novos dados sugerem a presença de uma quantidade muito maior de                     
subtipos de receptores, com implicações farmacológicas. 
● Os componentes do precursor molecular da proteína receptora podem ser                   
rearranjados durante a síntese do receptor para produzir diversas variantes                   
do receptor (p. ex., 27 variantes de splicing do receptor opioide µ). 
● Além disso, 2 receptores podem combinar-se (dimerizar-se) para formar um                   
novo receptor. 
 
7.4.8 Outros neurotransmissores 
 
● As dinorfinas são um grupo de 7 peptídeos com sequências similares de                       
aminoácidos. São opioides, como as encefalinas. 
● O peptídeo substância P está presente em neurônios centrais (habênula,                   
substância negra, gânglios basais, medula e hipotálamo) e apresenta-se em                   
alta concentração nos gânglios sensoriais dos nervos espinais. 
● Sua liberação é disparada por estímulos dolorosos intensos. Modula a                   
resposta neural à dor e ao humor; modula náuseas e vômito pela ativação                         
dos receptores NK1A localizados no tronco encefálico. 
● O óxido nítrico é um gás lábil mediador de muitos processos neuronais. 
● É produzido a partir da arginina pela óxido nítrico sintase. 
● Os neurotransmissores que aumentam o cálcio++ intracelular (p. ex.,                 
substância P, glutamato, acetilcolina) estimulam a síntese de óxido nítrico em                     
neurônios que expressam a óxido nítrico sintetase. 
● O óxido nítrico pode ser um mensageiro intracelular; pode difundir-se para                     
fora de um neurônio, entrar em um 2º neurônio e produzir respostas                       
fisiológicas, p. ex., potencialização a longo prazo (fortalecendo certas                 
respostas pré-sinápticas e pós-sinápticas — uma forma de aprendizado), ou                   
intensificar a neurotoxicidade mediada por receptor de glutamato NMDA (p.                   
ex., na doença de Parkinson, acidente vascular cerebral ou doença de                     
Alzheimer). 
● Substâncias com funções não tão bem estabelecidas em neurotransmissão                 
incluem histamina, vasopressina, peptídeo intestinal vasoativo, carnosina,             
bradicinina, colecistocinina, bombesina, somatostatina, fator liberador de             
corticotropina, neurotensina e, possivelmente, adenosina.

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