RELATÓRIO - MARCOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ (AESPI)
CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR
8° PERÍODO - NOITE
AYLA ALVES DA COSTA FREITAS
RELATÓRIO SOBRE REFLEXOS PRIMITIVOS E MARCOS DO 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Teresina, Piauí. 
2020.2
DESENVOLVIMENTO MOTOR DO BEBÊ DE 0 A 12 MESES
O desenvolvimento motor é um processo que acompanha todo ser vivo a partir do
nascimento e durante todo o seu crescimento, é composto por mudanças qualitativas e
quantitativas que dizem respeito ao aprimoramento da destreza na execução do
movimento e à quantidade de movimentos de que o sujeito é capaz de realizar. Até
completar 1 ano de idade, o bebê ainda está no período sensório-motor e tende a
desenvolver habilidades diversas de movimentação reflexa ou instintiva, de repetição e
intencional, demarcando o nível de maturação do seu sistema nervoso central.
Esse processo de desenvolvimento é influenciado por fatores endógenos
(genéticos e individuais) e exógenos (relacionados ao meio, a cultura, aos estímulos
recebidos e experiências possibilitadas). Devido a essa influência multifatorial, nem todas
as crianças se desenvolvem no mesmo ritmo, por esse motivo são definidos intervalos de
tempo para a manifestação dos marcos, o que permite uma previsão da sequencia de
conquistas evolutivas de acordo com a idade da criança.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar reflexos e marcos do
desenvolvimento infantil de 0 a 12 meses quanto a sua execução e tempo previsto de
extinção. Para melhor compreensão, será organizado em tópicos de acordo com cada
reflexo e os períodos previstos para alcance dos marcos de desenvolvimento. 
As informações aqui colocadas foram coletadas por meio de pesquisa bibliográfica
em livros e trabalhos científicos na área de desenvolvimento motor e saúde selecionados
da biblioteca virtual da UNIFAPI e de bases de dados de outras Instituições de Ensino
Superior.
1. Reflexo dos pontos cardeais – também conhecido como reflexo de voracidade
e reflexo de busca, consiste numa reação de sobrevivência onde o bebê procura pela
origem de determinado estímulo na região ao redor da boca com a intenção de alimentar-
se, ele o faz por meio de uma extensão cefálica e abertura da boca na direção do
estímulo que é feito com ele em posição supino. Persiste até por volta dos 4 meses.
2. Reflexo de marcha – quando o avaliador segura o bebê pelas axilas mantendo
os pés apoiados em uma superfície plana e com uma inclinação de tronco para frente, o
bebê flexiona alternadamente os MMII, simulando uma caminhada. Esse reflexo persiste
normalmente até o 4° mês de vida.
3. Reação de colocação dos pés – também conhecida como reação de apoio ou
placing-reaction, o avaliador suspende o bebê segurando com as mãos sob as axilas
deste e colocando os pés levemente sobre uma superfície plana, ao tocá-la, o bebê apoia
os pés. Presente até os 2 meses de vida.
4. Reação positiva de apoio – quando o avaliador segura o bebê com as mãos
sob as axilas deste e faz o movimento de subir e descer, como se estivesse quicando
uma bola, e os MMII do bebê levemente apoiados numa superfície respondem com uma
extensão. É um reflexo normal do nascimento ao 3° mês de vida, mas podem aparecer
resquícios até o 7° mês.
5. Manobra de propulsão – diante de uma força de compressão sobre a planta do
pé, o bebê responde com a extensão do membro inferior e acaba por rastejar. Presente
até 3 meses de idade. 
6. Reflexo de preensão palmar – diante de uma pressão sobre a palma da mão, o
bebê flexiona os dedos e fecha a mão, abrindo apenas ao fim do estímulo. É um reflexo
substituído por ação voluntária que desaparece entre 4 e 6 meses de vida.
7. RTCA (Reflêxo Tônico Cervical Assimétrico) – também conhecido como
Reflexo do Esgrimista, é uma reação postural diante da posição em decúbito ventral ou
dorsal, na qual o bebê em decúbito dorsal volta a face para uma das laterais e os
membros frente da face se extendem, enquanto os membros nucais flexionam e em
decúbito ventral, os membros faciais flexionam e os nucais estendem. Persiste até os três
meses de idade.
8. Reação de colocação das mãos – o avaliador toca o dorso da mão do bebê
numa superfície e este flexiona e coloca a mão sobre a superfície.
9. Reflexo de preensão plantar – é a flexão dos dedos dos pés diante da pressão
sobre a superfície plantar logo abaixo dos dedos, onde os dedos assumem uma
aparência de garra. Desaparece após o 3° trimestre de vida, por volta dos 12 meses de
idade.
10. Reflexo de Landau – esse reflexo é observado em duas partes, na primeira o
avaliador segura o bebê na posição prono apoiando-o com as mãos em sua barriga,
quando o bebê responde com a extensão cervical e de tronco e posteriormente de MMII
também; logo após o avaliador flete a cabeça do bebê, ao que ele responde com flexão
de tronco e MMII. É um reflexo que surge a partir do 4° mês e persiste até 1 ano de vida.
11. Reação corporal de retificação – também conhecida como reação labiríntica
de retificação, é uma reação de equilíbrio, onde a criança busca manter a cabeça na
posição vertical em relação ao solo quando seu equilíbrio é desestabilizado. Surge a partir
do 4° mês de vida em decúbito, 7° mês na posição sentada, entre o 9° e o 10° mês na
posição de quatro apoios e aos 12 meses na posição ortostática.
12. Reação de proteção para trás – surge por volta do 9° mês de vida, quando o
bebê começa a mover-se para impedir a queda para trás na posição sentada.
13. Reflexo de Moro – é uma reação postural ao estímulo de queda brusca,
quando o avaliador com uma mão nas costas do bebê e outra apoiando a cabeça e o
pescoço, simula uma queda brusca e o bebê reage com os movimentos de extensão
cervical, abdução e elevação de MMSS. Esse reflexo persiste até aproximadamente 4
meses de vida.
14. Reflexo de extensão cruzada – com o bebê em supino, estende-se um
membro inferior e fricciona a planta do pé do calcanhar para os dedos e observa-se que
o membro contra lateral flete e abduz e logo depois extende e aduz. Presente até a 4ª ou
6ª semana de vida.
15. Reflexo olhos de boneca – quando o avaliador apoia o bebê com suas mãos
e antebraços e rotaciona a cabeça deste para o lado, observa-se que os olhos não
acompanham o movimento de desvio lateral. Presente até o 2° mês.
16. Reflexo de Galant – quando o avaliador desliza um objeto pontiagudo sobre o
dorso do bebê, do ilíaco a última costela e a criança em decúbito ventral extende o tronco
e flexiona para a lateral estimulada. Está presente desde o nascimento até o 2° mês de
vida.
17. RTL (Reflexo Tônico Labiríntico) – quando o bebê está na horizontal, em
decúbito ventral ou dorsal, e seu tônus reage a ação da gravidade, fortalecendo a
musculatura flexora na posição prono e a extensora na posição supino ao passo que
resiste à extensão na posição prono e à flexão na posição supino. Persiste até o 4° mês
18. Reação de proteção lateral – surge a partir do 8° mês de idade, quando o
bebê passa a mover os braços lateralmente para deter a queda em posição sentada.
19. Reação cervical de retificação – também conhecida como reação cervical de
endireitamento, o avaliador rotaciona cuidadosamente a cabeça do bebê segurando pela
região occipital e observa-se que o corpo do acompanha o movimento da cabeça,
alinhando-se primeiramente o quadril e as pernas e depois o tronco e a cintura escapular.
Normalmente presente entre o 4° e o 6° mês.
Tendo apresentado alguns reflexos e reações que se desenvolvem no primeiro ano
de vida, tem-se agora alguns marcos de desenvolvimento desse mesmo período:
20. Marcos do desenvolvimento de 0 a 3 meses – o principal marco é o controle
cervical, acompanhado de diminuição do padrão flexor e da capacidade de sustentar o
peso nos antebraços. O bebê começa a manter a cabeçaerguida na linha média, pega
objetos e puxa roupa.
21. Marcos do desenvolvimento de 4 a 5 meses – alinha a cabeça na linha
média com o pescoço alongado, levantando para sentar e mantendo bem o controle de
cabeça utilizando o abdômen (power house), movimenta voluntariamente as mãos e os
pés, colocando-os na boca e pegando brinquedos.
22. Marcos do desenvolvimento 6 meses – começa a sentar, mesmo sem ter
total apoio nessa posição e também a rolar, inclinar-se para frente e para trás.
23. Marcos do desenvolvimento 7 a 8 meses – começa a fazer transferência de
decúbito ventral para posição sentada e desta para ortostática, fica em quatro apoios,
engatinha e transfere o peso dos braços para o bumbum.
24. Marcos do desenvolvimento de 9 a 11 meses – passa da posição de quatro
apoios para sentada arrastando-se para trás, começa a ficar em pé apoiando-se nos
móveis, transferindo o peso do corpo para os pés, 
25. Marcos do desenvolvimento 12 meses – anda com apoio, aperfeiçoa as
reações de equilíbrio ajustando a posição.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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