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Ano Liturgico e Liturgia das Horas 3


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Objetivos
Reconhecer a história, teologia e celebração do tempo •	
da manifestação (Advento, Natal e Epifania), o tempo 
comum e o santoral.
Identificar	 as	 diferenças	 e	 semelhanças	 dos	 vários	•	
aspectos do mistério de Cristo, celebrados nesses tempos 
litúrgicos e no santoral.
Analisar e compreender o sentido das celebrações das festas •	
do Senhor, de Maria e dos Santos ao longo do Ano Litúrgico.
Conteúdos
Tempo da manifestação: o Natal – origem, teologia e •	
celebração.
Tempo da manifestação: a Epifania – origem, teologia e •	
celebração.
Tempo da manifestação: o Advento – origem, teologia e •	
celebração.
Tempo comum – origem, estrutura e celebração do •	
mistério de Cristo na sua totalidade.
Santoral: as festas do Senhor durante o Ano Litúrgico.•	
Santoral: Maria na celebração do mistério de Cristo – •	
origem, teologia e celebração.
Santoral: o culto aos Santos – origem, teologia e •	
celebração.
TEMPO DA MANIFESTAÇÃO: 
ADVENTO, NATAL E EPIFANIA, 
TEMPO COMUM E SANTORAL
U
N
ID
A
D
E
 3
CRC • • • © Ano Litúrgico e Liturgia das Horas
Claretiano – Batatais34
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO 
Após o estudo do tempo pascal, o qual pela celebração do mistério da morte 
e	ressurreição	de	Cristo	representa	o	ápice	do	Ano	Litúrgico,	convidamos	você	a	estudar	
nesta unidade o tempo da manifestação: Advento, Natal, Epifania, que constitui um 
segundo núcleo celebrativo no Ano Litúrgico.
Além	disso,	 será	objeto	de	análise,	nesta	unidade,	o	 tempo	comum	formado	
por 33 ou 34 semanas, durante o qual não se celebra um aspecto particular do mistério 
de Cristo, como acontece no tempo pascal ou no tempo da manifestação, mas sim a sua 
globalidade.
Por fim, nesta unidade, entraremos em contato com o santoral, o qual envolve 
as celebrações das festas do Senhor durante o ano, bem como o culto aos santos e o culto 
mariano, que apresentam uma estrutura específica com suas festas distribuídas ao longo 
do Ano Litúrgico.
Bom estudo!
2 TEMPO DA MANIFESTAÇÃO
A	Igreja	primitiva	possuía	uma	única	festa,	a	Páscoa,	a	qual	era	celebrada	nas	
suas duas expressões:
semanal (o domingo – desde as origens); a) 
anual	(a	Páscoa	–	a	partir	do	século	2º).	b) 
Sucessivamente,	 no	 século	 4º	 apareceram	as	 festividades	 que	 celebravam	a	
encarnação-vinda-manifestação do filho de Deus entre os homens.
Essas festas são: 
o a) Natal,	celebrado	em	25	de	dezembro	e	que	nasce	no	ocidente.	
a b) Epifania,	celebrada	em	6	de	janeiro	e	que	é	própria	do	oriente.	
Ambas	podem	ser	consideradas	uma	aculturação	de	festas	pagãs	da	luz	e	do	sol,	
celebradas no solstício1	de	inverno.	Posteriormente,	tais	festas	assumiram	um	caráter	
de sacramento (memorial)	da	redenção	celebrada	na	Páscoa,	da	qual	a	encarnação	do	
verbo é premissa e antecipação.
Segundo Chupungco:
A aculturação pode ser descrita como um processo graças ao qual elementos 
que	sejam	compatíveis	com	a	liturgia	romana	possam	ser	incorporados	nela,	
ou como substituição ou como ilustração de elementos eucológicos e rituais 
próprios	 do	 rito	 romano.	 É	 necessário	 que	 os	 elementos	 culturais,	 para	
serem aceitos, possuam uma conaturalidade que os torne aptos a exprimir 
o significado dos elementos romanos que eles vão substituir ou ilustrar. Tais 
elementos	culturais,	aliás,	devem	ser	submetidos	ao	processo	de	purificação,	
graças	ao	qual	adquirem	significado	cristão.	O	processo	consiste	em	revalorizá-
los	e	reinterpretá-los	à	luz	do	mistério	cristão,	impondo-lhes,	como	fez	a	praxe	
patrística,	uma	tipologia	bíblica	(CHUPUNGCO,	1992,	p.	9).	
ATENÇÃO!
Ao estudar esta unidade, 
sugerimos que tente se 
concentrar o máximo que 
conseguir. Evite receber visitas, 
atender telefonemas, ouvir 
conversas paralelas ou músicas 
barulhentas etc. Procure 
eliminar as causas externas 
de perturbação, pois desse 
modo poderá reduzir eventuais 
dificuldades internas de 
concentração. Pense nisso... 
(1) Solstício: época do ano em 
que o Sol passa pela sua maior 
declinação boreal ou austral e 
durante a qual cessa de afastar-
se do Equador (DICIONÁRIO 
AURÉLIO). As horas de luz se 
prolongam durante o dia, o que 
simboliza para essas festas 
pagãs a vitória do Sol, da luz 
sobre as trevas.
Bacharelado em Teologia
© Ano Litúrgico e Liturgia das Horas • • • CRC
Batatais – Claretiano 35
UNIDADE 3
 
Por	meio	desse	processo,	pode	ser	explicada	a	passagem	de	vários	ritos	judaicos	
e	pagãos	para	a	liturgia	cristã:	as	festas	judaicas	da	Páscoa	e	Pentecostes,	o	batismo,	a	
imposição das mãos, a unção do enfermos etc.
Natal
A celebração do Natal 
A	 festa	 do	 Natal	 apareceu	 mencionada	 pela	 primeira	 vez	 no	 Cronográfo 
Filocaliano	do	ano	354	(de	Furio	Dionisio	Filocalo).	
Esse	 primeiro	 calendário	 romano	 (espécie	 de	 almanaque	 de	 luxo)	 apresenta	
duas	listas	de	sepulturas	locais	(igreja	particular	de	Roma):	a	Depositio martyrum e a 
Depositio2 episcoporum, que são dois elencos distintos de memórias, respectivamente 
de	mártires	e	bispos.	
No início da Depositio martyrum aparece o registro: VIII Kal (endas) Ian 
(uarii) natus Christus in Bethleem Iudae3,	ou	seja,	a	memória	do	nascimento	humano	
de Jesus Cristo. 
Além disso, de acordo com Santo Agostinho sabe-se que, como em Roma, o 
Natal	era	celebrado	também	na	África,	na	mesma	data.	Há	documentos	que	atestam	sua	
celebração na Espanha e depois em Constantinopla, como festa distinta de Epifania.
O	surgimento	da	festa	do	Natal	deve-se	à	cristianização	da	festa	pagã	do	Sol,	
pois para os cristãos, o sol era um sinal alusivo do messias, e este dia solene podia evocar 
sua	memória.	A	data	e	o	lugar	(25	de	dezembro	e	Roma)	explicitam	a	preocupação	de	
opor	a	festa	cristã	àquela	do	Sol Invictus, resquício do paganismo. Uma festa do Natale 
Christi4, no dia do Natalis Solis Invicti5, procurava mostrar que o messias é o “sol de 
justiça”	(Ml	4,2),	a	“luz	do	mundo”	(Jo	8,12)	ao	qual	se	deve	adorar	e	seguir. 
No momento em que se celebrava o nascimento astronômico do sol, era 
apresentado aos cristãos o nascimento do verdadeiro sol, Cristo, que apareceu no 
mundo depois da longa noite do pecado. Essa origem, ao mesmo tempo ideológica 
e	apostólica,	 de	 caráter	 bem	diverso	da	 celebração	pascal,	 ligada	aos	grandes	
eventos	 da	 redenção,	 explica	 como	 o	 Natal	 pertencia	 ao	 calendário	 solar	 e,	
portanto,	como	festa	fixa,	diferentemente	da	Páscoa,	que	é	móvel,	porque	ligada	
ao	calendário	hebraica,	que	é	lunar	(BERGAMINI,	1994,	p.	196-197). 
Um segundo motivo que contribuiu para a instauração da festa do Natal foram as 
grandes	heresias	cristológicas	dos	séculos	4º	e	5º,	sobretudo	as	de	Ario,	Nestório	e	Eutiques.	
Tais heresias, de uma forma ou de outra, negavam a divindade consubstancial 
da	pessoa	do	Verbo	ou	confundiam	e	misturavam	as	duas	naturezas,	a	humana	e	a	divina,	
anulando assim a realidade teândrica6 de Cristo, Homem-Deus. Desse modo, o mistério da 
encarnação perdia sua importância e, por seu turno, o valor da obra redentora de Cristo.
O	 dogma	 cristológico	 foi	 reafirmado	 pelos	 grandes	 concílios	 ecumênicos	 de	
Nicéia	(325),	Constantinopla	(381),	Éfeso	(431)	e	Calcedônia	(451),	os	quais	confutaram	
essas heresias.
A	instituição	do	Natal	no	Ocidente	e	da	Epifania	no	Oriente,	com	sua	rápida	difusão,	
serviu para afirmar a ortodoxia da fé nesses pontos fundamentais do cristianismo.
(2) Depositio: deposição, ou 
seja, o dia em que alguém foi 
sepultado.
(3) Octavas Kalendas Januarri 
natus Christus in Bethleem 
Iudae: na oitava (oito dias) das 
Calendas de Janeiro, nasceu 
Jesus Cristo em Belém da 
Judéia.
(4) Natale Christi: 
Natal=nascimento de Cristo.
(5) Natalis Solis Invicti: Natal do 
Sol Invencível.
INFORMAÇÃO:
Nesse processo de aculturação 
da festa do Sol Invencível, 
ocorreu uma mudança no sentido 
que os cristãos davam ao termo 
Natal. De fato, até então, usavam 
o termo Natal para indicar o dia 
da morte de uma pessoa (Dies 
Natalis), pois este era o dia de 
seu verdadeiro nascimento para 
Deus. Com a instauraçãoda 
festa do Natal, o termo passou a 
significar também o nascimento 
na carne.
INFORMAÇÃO:
A data do Natal, 25 de dezembro, 
foi escolhida a partir dos 
cômputos astronômicos, os quais 
calculavam o solstício de inverno 
e a festa do Sol. Além disso os 
cômputos, também, calculavam 
a possível data do nascimento 
de Jesus, partindo da data de 
sua morte, que segundo alguns 
aconteceu no mesmo mês de 
sua encarnação (25 de março) e, 
assim, seu nascimento seria 25 
de dezembro. Outros calculavam 
a partir do solstício de verão (24 
de junho) e a ligavam à festa do 
nascimento de João Batista. O 
que é certo é que não se sabe a 
data do nascimento de Jesus.
(6) Teândrica: de Theos = Deus 
e Andros = Homem, ou seja, 
homem-deus.
CRC • • • © Ano Litúrgico e Liturgia das Horas
Claretiano – Batatais36
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Celebração da Epifania
O surgimento da Teophania7, nome original helenístico, tal qual o Natal no 
ocidente,	corresponde	à	cristianização	de	festas	pagãs	no	solstício	de	inverno	no	oriente.	
No	entanto,	desde	sua	origem,	essa	festa	privilegiava	o	conteúdo	da	“manifestação”	do	
Messias Salvador no Jordão.
No	Egito	e	na	Arábia,	a	solenidade	do	solstício	de	inverno,	segundo	cômputos	
diversos	do	calendário,	caía	no	dia	6	de	janeiro.	Nesta	região,	o	culto	do	Sol	tinha	raízes	
profundas e distantes. No Egito, país do sol, evocava o mito do parto virginal de Kore, que 
gera Aton, o deus sol. 
Nos	 anos	 120-140,	 uma	 seita	 gnóstica	 tentou	 cristianizar	 esse	 mito,	 em	
conseqüência	da	união	do	Verbo	com	a	humanidade	Jesus	(vista	como	hierogamia8), que 
ocorreu,	segundo	a	seita,	no	batismo	de	Jesus	no	Jordão.	Celebravam,	no	dia	6	de	janeiro,	
não o nascimento de Jesus, mas o início de sua vida pública a partir de seu batismo, que 
é o momento que ele se manifesta como filho de Deus. 
Assim,	 a	 Igreja	 oriental,	 deixando	 de	 lado	 os	 conteúdos	 pagãos,	 começa	 a	
celebrar,	em	6	de	janeiro,	a	Teofania/Epifania,	enfocando	inicialmente	a	manifestação	de	
Jesus	como	Filho	de	Deus	em	vários	momentos	de	sua	vida:	
o batismo no Jordão; a) 
a adoração dos magos; b) 
as	bodas	de	Canác) . 
O	Natal	no	ocidente,	por	sua	vez,	terá	como	conteúdo	primeiro	o	nascimento	de	
Jesus,	ou	seja,	a	encarnação	do	Verbo	por	meio	de	Maria.
Somente	 no	 final	 do	 século	 4º	 é	 que	 Roma	 acolheu	 a	 festa	 da	 Epifania	 e,	
posteriormente, o oriente passou a celebrar o Natal. Houve, desse modo, uma troca 
dessas tradições e modificação de seu conteúdo celebrativo, pois no ocidente o Natal era 
centrado no nascimento de Jesus e a Epifania na adoração dos magos (a manifestação 
de Cristo ao mundo).
Natal – memória ou sacramento?
Desde	sua	origem,	a	festa	do	Natal	foi	objeto	de	discussão	entre	os	Padres	da	
Igreja.	Santo	Agostinho,	ao	redor	do	ano	400,	afirma	que	o	Natal	é	uma	celebração	da	
memória (recordação) do nascimento de Jesus, mas que não representa um “mistério”	e	
não	é,	portanto,	um	sacramento.	A	Páscoa	é	a	única	celebração	sacramental.
São Leão Magno, Papa, em seus sermões, por ocasião do Natal, aprofundou o 
conteúdo desta festa e afirmou que ele é um “mistério”	–	sacramentum natalis Christi 
ou nativitatis Dominicae sacramentum9. Ele tem em mente o mysterium salutis (o 
mistério	da	salvação),	o	qual	se	atualiza	quando	celebramos	o	Natal,	pois	entramos	em	
contato com as primícias do sacramento pascal. 
O Natal é o início da redenção que se cumpre na morte-ressurreição de Cristo na 
Páscoa.	Por	isso,	o	Natal	celebrava	a	humanidade	como	lugar	da	manifestação	de	Deus	–	o	
Verbo	se	faz	homem	para	que	o	homem	se	torne	divino.
Tal	teologia	do	Natal,	defendida	por	Leão	Magno,	se	conservou	nos	formulários	
eucológicos desta festa no Sacramentário Veronense e, depois se repetiu nos demais 
sacramentários,	chegando	até	nossos	dias.
(7) Os termos Teofania e 
Epifania, em grego, indicam a 
vinda, a chegada, a manifestação 
e serão traduzidos para o latim 
como Adventus. Tal termo referia-
se, por exemplo, ao cortejo de 
entrada do Imperador quando 
visitava uma cidade. Nesse caso, 
é vinda de Jesus.
(8) Hierogamia: casamento 
sagrado.
ATENÇÃO!
Você pode encontrar maiores 
informações sobre o batismo 
de Jesus no Jordão em Mt 3, 
13 – 17 e em paralelos sinóticos 
(durante o batismo de Jesus 
ouviu-se a voz de Deus): “Este 
é meu Filho, aquele me aprouve 
escolher”.
INFORMAÇÃO:
Esses três mistérios são citados 
nas Antífonas ao Cântico 
Evangélico da celebração da 
Liturgia das Horas deste dia.
(9) Nativitatis Dominicae 
sacramentum: Sacramento do 
Natal de Cristo ou Sacramento 
da natividade do Senhor.
ATENÇÃO!
Amplie seus conhecimentos 
em relação aos sermões sobre 
o Natal de São Leão Magno 
(Papa), consultando a obra: 
LIMA, M. T., GOMES, C. F. 
(org.). Sermões sobre o natal e a 
epifania. São Leão Magno, Papa. 
Petrópolis: Vozes, 1974. (Fontes 
da catequese 9).
Bacharelado em Teologia
© Ano Litúrgico e Liturgia das Horas • • • CRC
Batatais – Claretiano 37
UNIDADE 3
 
Assim,	tal	qual	a	Páscoa,	o	Natal	se	tornou	uma	celebração	mistérica,	marcada	
pela	sacramentalidade,	a	qual	brota	do	mistério	de	Cristo.	A	imitação	da	Páscoa	passou	a	
contar com uma oitava e com um tempo de preparação (Advento), pois, tal qual na Vigília 
Pascal, os sacramentos da iniciação cristã começaram a ser celebrados no Natal.
Celebração do Natal e Epifania hoje 
Em	relação	ao	Natal	e	Epifania	assim	diz	a	NUALC:
A	Igreja	nada	considera	mais	venerável,	após	a	celebração	anual	do	mistério	da	
Páscoa,	do	que	comemorar	o	Natal	do	Senhor	e	suas	primeiras	manifestações,	
o	que	se	realiza	no	Tempo	do	Natal	(nº	32).
A celebração desse tempo esta estruturada da seguinte maneira:
Solenidade do Natal –a) são celebradas:
a Missa da Vigília; •	
a Missa da Noite (conhecida como Missa do Galo); •	
a Missa da Aurora; •	
a Missa do Dia. •	
Em cada uma destas celebrações manifesta-se um aspecto do mistério da 
encarnação do Verbo. 
Oitava do natal –b) durante a oitava do Natal celebram-se as festas de:
Santo	Estevão,	o	primeiro	mártir	(25/12).	•	
São	João,	apóstolo	e	evangelista	(27/12).•	
Santos	Inocentes	(28/12).	•	
No	domingo,	dentro	da	oitava	do	Natal,	celebra-se	a	Festa	da	Sagrada	Família	de	
Jesus, Maria e José; no fechamento da oitava, a Solenidade de Maria, Mãe de Deus.
Solenidade de Epifaniac) 	–	está	colocada	no	dia	6	de	janeiro,	mas	no	Brasil	
é	celebrada	no	domingo	entre	os	dias	2	e	8	de	janeiro.
Festa do Batismo de Jesusd) – é celebrada no domingo após a Epifania, mas 
no Brasil, como a Epifania cai no domingo, a festa do Batismo de Jesus acaba 
comemorada na segunda-feira após a Epifania, após o período que tem início 
no tempo comum.
Quadro 1 Lecionário das missas do Natal.
Missas Primeira Leitura Segunda Leitura Evangelho
Vigília Is	61,1-5 At	13,16-17.22-25 Mt	1,1-25	(genealogia	de	Cristo)
Da Noite Is 9,1-6 Tt	2,11-14 Lc	2,1-14	(o nascimento de Jesus)
Da Aurora Is	62,11-12 Tt	3,4-7 Lc	2,15-20	(os	pastores,	Maria	e	o	recém-nascido)
Do Dia Is	52,7-10 Hb 1.1-6 Jo	1,1-18	(o	Verbo	se	fez	carne)
Fonte: Acervo pessoal.
ATENÇÃO!
As obras referenciadas, a 
seguir, trazem informações que 
podem auxiliar na preparação da 
celebração do Natal: 
a) BOGAZ, Antonio Sagrado. 
Natal, festa de luz e de 
alegria: para animação 
litúrgico pastoral. São Paulo: 
Paulus, 1996. p. 150. (Ano 
litúrgico)
b) BUYST, I. Preparando advento 
e natal. São Paulo: Paulinas, 
2002. 
c) IRMÃO NERY. Natal: teologia, 
tradição, símbolos. Aparecida: 
Santuário, 2004; 
VOCÊ SABIA QUE...
As três missas do Natal (Noite, 
Aurora e Dia) nasceram por 
razões pastorais da Igreja 
de Roma. Em Roma, o papa 
celebrava a comemoração do 
Natal com uma celebração 
à meia-noite na Basílica de 
Santa Maria Maior. Na manhã 
seguinte, celebrava a missa da 
mártir Santa Anastácia para a 
comunidade grega do Palatino 
e, depois, celebrava em São 
Pedro uma missa do Natal para 
as comunidades da periferia. 
Na Idade Média, os liturgistas 
da época viram nessas missas 
ocasião para celebrar uma 
espéciede missas devocionais 
do Natal. Atualmente, elas 
foram revistas para celebrarem 
numa unidade o mistério da 
encarnação do Verbo.
CRC • • • © Ano Litúrgico e Liturgia das Horas
Claretiano – Batatais38
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Vejamos	 alguns	 exemplos	 da	 eucologia	 dessas	 celebrações,	 nas	 quais	
encontramos a teologia do Natal proposta por Leão Magno:
Dai-nos, ó Deus, celebrar com grande fervor esta Eucaristia que antecipa a 
solenidade do Natal, pois neste mistério vós nos mostrais o início da nossa 
salvação (Oração sobre as oferendas da Missa da Vigília).
Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente 
restabelecestes	a	sua	dignidade,	dai-nos	participar	da	divindade	do	vosso	Filho,	
que se dignou assumir a nossa humanidade (Oração do Dia – Missa do Dia).
Ele, no mistério do Natal que celebramos, invisível em sua divindade, tornou-
se visível em nossa carne. Gerado antes dos tempos, entrou na história da 
humanidade para erguer o mundo decaído. Restaurando a integridade do 
universo,	introduziu	no	Reino	dos	Céus	o	homem	redimido	(Prefácio	do	Natal	II)
Por	 ele,	 realiza-se	 hoje	 o	 maravilhoso	 encontro	 que	 nos	 dá	 vida	 nova	 em	
plenitude.	No	momento	em	que	vosso	Filho	assume	nossa	fraqueza,	a	natureza	
humana	recebe	uma	incomparável	dignidade:	ao	tornar-se	ele	um	de	nós,	nós	
nos	tornamos	eternos	(Prefácio	do	Natal	III).
Transparece nestes textos a teologia do Natal como sacramento da redenção, da 
qual	é	o	início	e	a	antecipação.	Assim,	pela	encarnação	do	Verbo	há	uma	nova	criação,	o	
homem se torna eterno. 
A humanidade é o lugar onde Deus se revela e por isso é preciso reconhecer 
a	dignidade	da	pessoa	humana,	 criada	à	 imagem	de	Deus	e	 redimida	do	pecado	pela	
salvação	que	Cristo	realizou. 
3 ADVENTO
A origem do Advento (de teophania e adventus – vinda, manifestação) ocorreu 
tardiamente na história da liturgia. 
Inicialmente,	seus	primórdios	situaram-se	na	Espanha	e	na	Gália,	onde,	entre	
o	fim	do	século	4º	e	o	início	do	século	5º,	foi	instaurado	um	tempo	de	catecumenato	(à	
imitação	da	Quaresma)	do	dia	17	de	dezembro	a	5	de	janeiro,	em	preparação	à	festa	da	
Epifania, durante a qual seriam celebrados os sacramentos da iniciação cristã. 
Posteriormente,	 esse	 tempo	 se	 prolongou	 e	 assumiu	 um	 caráter	 ascético-
penitencial recebendo o nome de Quaresma de São Martinho, pois começava no dia 11 de 
novembro, data da comemoração deste santo.
Em	 Roma,	 o	 Advento	 apareceu	 somente	 na	 segunda	 metade	 do	 século	 6º,	
ligado	às	Quatro	Têmporas	de	dezembro.	Os	domingos	colocados	antes	do	Natal	seriam	
destinados a fechar o Ano Litúrgico com a lembrança da segunda vinda de Jesus. Não 
houve em Roma um Advento ascético-penitencial como o Advento galicano, mas sim um 
Advento voltado para a vinda de Jesus.
Celebração do Advento
Vejamos	o	que	diz	o	calendário	litúrgico	sobre	o	Advento:
O Tempo do Advento possui uma dupla característica: sendo um tempo de 
preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira 
vinda	do	Filho	de	Deus	entre	os	homens,	é	também	um	tempo	em	que,	por	
meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda 
vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento 
se	apresenta	como	um	tempo	de	piedosa	e	alegre	expectativa	(NUALC	nº	39).
ATENÇÃO!
É interessante que você consulte 
a seguinte obra: DUMAS, B. A. 
Natal, festa do homem: és tu 
aquele que há de vir? São Paulo: 
Paulinas, 1983. (Fé e vida).
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre a teologia 
e a espiritualidade da celebração 
do Natal, consulte as obras a 
seguir: 
a) BERGAMINI, A. Cristo, 
festa da Igreja: história, 
teologia, espiritualidade e 
pastoral do ano litúrgico, São 
Paulo: Paulinas, 1994. p. 
209–218. (Coleção liturgia e 
participação) 
b) BOFF, L. Natal: a humanidade 
e a jovialidade de nosso Deus. 
Petrópolis: Vozes, 1976. 
c) CANTALAMESSA, R. O 
mistério do natal. Aparecida: 
Santuário, 1993. 
d) GOEDERT, V. M. Nasceu 
o salvador: espiritualidade 
natalina. São Paulo: Paulinas, 
2004. (Arte e Mensagem) 
e) RAVAGLIOLI, A. M.; Em clima 
de natal: refletir sobre o fato 
para vivenciar a festa. São 
Paulo: Paulinas, 1995.
Bacharelado em Teologia
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Batatais – Claretiano 39
UNIDADE 3
 
Tal número nos apresenta uma síntese de como o Advento é celebrado atualmente. 
Em primeiro lugar, o Advento não é um tempo penitencial como a Quaresma, ainda que 
tenha como conteúdo a vigilância e a expectativa diante da vinda de Jesus. 
O	enfoque	do	Advento	na	vinda	de	Jesus	se	dá	em	duas	direções:	
na	 sua	 segunda	 vinda	 na	 parusia,	 cujo	 tema	 transparece	 nas	 leituras	 e	a) 
orações	do	1º	e	do	2º	Domingo	do	Advento;	
na	sua	primeira	vinda,	da	qual	será	feita	a	memória	no	Natal,	sendo	que	b) 
este	conteúdo	aparece	nas	 leituras	e	orações	do	3º	e	do	4º	Domingo	do	
Advento. 
Os	dias	que	vão	de	17	a	24	de	dezembro	possuem	leituras	e	orações	próprias	
para a preparação próxima ao Natal. 
Temos,	assim,	o	Advento	escatológico	(referente	à	segunda	vinda	de	Jesus)	e	o	
Advento	natalício	(referente	à	primeira	vinda	de	Jesus). 
Alguns exemplos da eucologia sobre o advento escatológico e natalício:
Ó	Deus	todo-poderoso,	concedei	a	vossos	fiéis	o	ardente	desejo	de	possuir	o	
reino celeste, para que, acorrendo com nossas boas obras ao encontro do Cristo 
que	vem,	sejamos	reunidos	à	sua	direita	na	comunidade	dos	justos	(Oração	do	
Dia – Primeiro Domingo do Advento). – tema é o advento escatológico. 
Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal 
do	Senhor,	daí	chegarmos	às	alegrias	da	Salvação	e	celebrá-las	sempre	com	
intenso	júbilo	na	solene	liturgia	(Oração	do	Dia	–	Terceiro	Domingo	do	Advento)	
– tema é o advento natalício.
Revestido	da	nossa	fragilidade,	ele	veio	a	primeira	vez	para	realizar	seu	eterno	
plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória, ele 
virá	uma	segunda	vez	para	conceder-nos	em	plenitude	os	bens	prometidos	que	
hoje,	vigilantes,	esperamos	(Prefácio	do	Advento	I)	–	tema	são	as	duas	vindas	
de Jesus: o seu nascimento e a parusia.
Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria, 
Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por São João Batista. O 
próprio	Senhor	nos	dá	a	alegria	de	entrarmos	agora	no	mistério	do	seu	Natal,	
para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus 
louvores	 (Prefácio	 do	 Advento	 II)	 –	 enfoca	 a	 primeira	 vinda	 de	 Jesus,	mas	
também	fala	que	à	sua	chegada	(2ª	vinda)	devemos	estar	vigilantes.	
Segue um quadro com as leituras do tempo do Advento:
VOCÊ SABIA QUE...
Ainda hoje temos na liturgia do 
Advento resquícios de quando era 
visto como tempo penitencial: a cor 
roxa dos paramentos, a omissão 
do hino do Glória, a sobriedade 
nos enfeites do altar etc.
INFORMAÇÃO:
Os quatro domingos do 
Advento são representados 
simbolicamente na Coroa do 
Advento, a qual se usa como 
ornamento neste tempo em 
muitas comunidades. 
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre o enfoque 
do advento na vinda de Jesus 
consulte a obra: BECKHAUSER, 
A. Símbolos do natal. Petrópolis: 
Vozes, 1992. 54 p. 
INFORMAÇÃO:
Esses dias representam a 
“Novena do Natal” litúrgica e, 
a exemplo dela, são feitas nas 
comunidades as Novenas de 
Natal em várias modalidades. 
Assim, você pode compreender 
melhor a Novena de Natal com 
as obras:
a) FAUS, F. Natal: reunião dos 
sorrisos: novena de natal. 
São Paulo: Quadrante, 2001. 
(Temas cristãos, n. 102); 
b) PEDRINI, A. J. Natal de 
Jesus, natal evangelizador: 
celebrações em forma 
de novena. São Paulo: 
Paulinas, 1997.
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre o advento 
escatológico e o Advento 
natalício, consulte as obras: 
a) BROWN, R. E. Um Cristo 
que vem no advento: 
ensaios sobre as narrativas 
evangélicas em preparação 
para o nascimento de Jesus 
(Mateus 1 e Lucas 1). SãoPaulo: Ave Maria, 1996. p. 88.
b) RYAN, V. Do advento a 
epifania. São Paulo: Paulinas, 
1992 (Espiritualidade litúrgica).
INFORMAÇÃO:
Esta oração faz referência ao 
discurso escatológico de Jesus 
em Mt 25, 31-46 – as boas obras 
(dar de comer, dar de beber...) 
feitas aos pequeninos e a 
separação entre bons e maus.
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Claretiano – Batatais40
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Quadro	2	Leituras do tempo do Advento.
Ano A Ano B Ano C
I Dom. Is	2,1-5 
Rm 13,11-14 
Mt	24,37-44
Is	63,16-17;64,1.3.8 
1Cor 1,3-9 
Mc	13,33-37
Jr 33,14-16 
1Ts	3,12-4,2 
Lc	21,25-28.34-36
II Dom. Is	11,1-10 
Rm	15,4-9 
Mt	3,1-12
Is	40,1-5.9-11 
2Pd	3,8-14 
Mc	1,1-8
Br	5,1-9 
Fl	1,4-6.8-11 
Lc 3,1-6
III Dom. Is	35,1-6.8.10 
Tg	5,7-10 
Mt	11,2-11
Is	61,1-2.10-11 
1Ts	5,16-24 
Jo	1.6-8.19-28
Sf	3,14-18 
Fl	4,4-7 
Lc	3,10-18
IV Dom. Is	7,10-14 
Rm	1,1-7 
Mt	1,18-24
2Sm	7,1-5.8-12.14.16 
Rm	16,25-27 
Lc	1,26-38
Mq	5,1-4 
Hb	10,5-10 
Lc	1,39-48
Fonte: BERGAMINI, A. Cristo, festa da Igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano litúrgico. São Paulo: 
Paulinas,	1994.	(Coleção	liturgia	e	participação),	p.	179.	
4 TEMPO COMUM
Além do tempo pascal e do tempo da manifestação, o Ano Litúrgico possui em 
sua estrutura o tempo comum, no qual, durante 33 ou 34 semanas, tem como finalidade 
celebrar o mistério de Cristo em sua totalidade. 
Além	dos	tempos	que	têm	característica	própria,	restam	no	ciclo	anual	trinta	
e	três	ou	trinta	e	quatro	semanas	nas	quais	não	se	celebra	nenhum	aspecto	
especial do mistério de Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo 
em sua plenitude, principalmente nos domingos. Este período é chamado 
Tempo comum.
O Tempo comum começa na segunda-feira que segue ao domingo depois do 
dia	6	de	janeiro	e	se	estende	até	a	terça-feira	antes	da	Quaresma	inclusive;	
recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes 
das	Primeiras	Vésperas	do	1º	Domingo	do	Advento	(NUALC	nº	43-44).
O	tempo	comum,	também	chamado	tempo	ordinário,	é	um	tempo	novo	dentro	da	
estrutura do Ano Litúrgico, pois é fruto da reforma litúrgica do Vaticano II. Anteriormente, 
esse tempo dividia-se em duas partes: domingos depois da Epifania e domingos depois 
de Pentecostes.
Aos domingos do tempo comum, como vimos na citação anterior, procure-se dar 
uma unidade – a celebração do mistério de Cristo em sua plenitude. Vale ressaltar que esse 
tempo foi estruturado com um ordenamento de leituras e eucologia que manifestassem 
tal conteúdo.
A	organização	desse	tempo	obedece	a	três	pedidos	do	Vaticano	II: 
a	revisão	do	Ano	Litúrgico	acomodando-o	às	circunstâncias	de	nosso	tempo	e	a) 
colocando	em	destaque	a	centralidade	do	mistério	pascal	(SC	107);
a	necessidade	de	revalorizar	o	domingo	e	os	ciclos	b) de tempore10, acima 
do	 calendário	 santoral	 ou	 festas	 dos	 santos,	 das	 quais	 se	 manda	 fazer	
uma seleção para que não prevaleçam sobre a celebração dos mistérios da 
salvação	(SC	106.108.111);
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre o tempo 
comum, consulte as obras: 
a) AUGÉ, M. et al. O ano 
litúrgico: história, teologia e 
celebração. Anámnesis 5. 
São Paulo: Paulinas, 1991. p. 
217–232. 
b) BERGAMINI, A. Cristo, 
festa da Igreja: história, 
teologia, espiritualidade e 
pastoral do ano litúrgico, São 
Paulo: Paulinas, 1994. p. 
415-426 (Coleção liturgia e 
participação). 
c) BOGAZ, A. S. Tempo comum 
e festas dos santos: tempo de 
crescer na fé e santificar para 
a animação litúrgico pastoral. 
São Paulo: Paulus, 1997, (Ano 
Litúrgico).
d) BORTOLINI, J. Tempo 
comum: 40 perguntas e 
respostas. São Paulo: Paulus, 
2006. (Por que Creio).
ATENÇÃO!
Uma descrição mais detalhada 
da história e desenvolvimento 
desse tempo litúrgico pode ser 
encontrada na obra: GAITAN, 
J. D. La celebración del tiempo 
ordinário. Barcelona: Centre 
de Pastoral Litúrgica, 1994. 
(Biblioteca litúrgica 2).
(10) De tempore: compreende os 
tempos pascal e da manifestação 
do Senhor.
(10) De tempore: compreende os 
tempos pascal e da manifestação 
do Senhor.
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Batatais – Claretiano 41
UNIDADE 3
 
a ordem de que a palavra de Deus fosse oferecida com mais abundância c) 
aos fiéis, de modo especial na celebração da eucaristia, para que, em um 
período de anos a determinar, se leiam ao povo as partes mais significativas 
da	Sagrada	Escritura	(SC	51).
Assim,	 o	 tempo	 comum	não	 é,	 de	 forma	 alguma,	 um	 tempo	 secundário	 em	
relação	aos	outros	ciclos.	Pelo	contrário,	possui	como	eles	uma	importância	única:
o	caráter	pascal	de	toda	celebração	dominical	são	sua	estrutura	interna	mais	a) 
importante;
o	tempo	comum	é	a	expressão	da	estrutura	básica	semanal	da	celebração	b) 
da	Páscoa	do	Senhor,	ou	seja,	o	domingo,	que	dá	sentido	e	unidade	a	todo	
Ano Litúrgico. De seu seio foram brotando, posteriormente, as distintas 
celebrações mais específicas e particulares do mistério de Cristo.
A	estrutura	do	tempo	comum,	como	tempo	unitário	da	celebração	do	mistério	
de Cristo em sua plenitude, é nova, mas a sua idéia de fundo é muito antiga. De fato, na 
igreja	dos	primórdios,	a	estrutura	fundamental	originária	do	Ano	Litúrgico	é	a	celebração	
dominical	(a	páscoa	semanal),	para	a	qual	foram	se	organizando	esquemas	de	leituras	e	
orações ao longo dos séculos.
Cabe	mencionar	 também	 a	 origem	 das	 celebrações	 diárias	 da	 eucaristia,	 as	
quais	se	organizam	a	partir	de	alguns	dias	que	tinham	significado	especial:	a	quarta-feira	
e	a	sexta-feira,	por	serem	dias	estacionais	(de	jejum)	com	referência	aos	dias	em	que	
Jesus	foi	preso	e,	depois,	morto.	Esses	dias	de	jejum	eram	encerrados	com	a	eucaristia.	
O	 outro	 dia	 de	 destaque	 é	 o	 sábado,	 que	 também	 era	 dia	 de	 jejum	 e	 que	 recordava	
semanalmente	o	grande	jejum	pascal.	
Aos poucos, os demais dias da semana também passarão a ter celebrações 
eucarísticas,	 às	 quais	 se	 darão	 um	 sentido	 “litúrgico”	 próprio	 (de	 caráter	 devocional).	
Desse modo, todos os dias da semana contarão com a celebração eucarística.
Celebração do tempo comum
Para a celebração do tempo comum, o missal e a Liturgia das Horas possuem 
uma	organização	própria	do	lecionário	e	da	eucologia.
Eucologia
O missal romano apresenta para o tempo comum uma série própria de orações 
para	 a	missa:	 são	 34	 formulários	 que	 contam	 com	 orações	 do	 dia,	 orações	 sobre	 as	
oferendas e orações depois da comunhão para cada um dos domingos desse tempo, as 
quais se repetem durante a semana seguinte.
Além disso, foi composta uma série de nove prefácios para os domingos do 
tempo comum, e mais seis prefácios comuns, para as celebrações durante a semana, 
nesse	tempo	quando	não	há	prefácio	próprio.
Tais	prefácios	apresentam	uma	síntese	da	história	da	salvação,	considerando	
que o mistério de Cristo possa ser celebrado em sua totalidade e possam ser agrupados, 
segundo o seu conteúdo em:
cristológico-soteriológicos: I,II,III,IV e VII;a) 
cristológico-eclesiais: I,VII e IX;b) 
trinitário-eclesiais:	VI,VIII;c) 
o mundo, obra de Deus e do homem: V;d) 
pascais: I, VI e IX.e) 
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Claretiano – Batatais42
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Vejamos a seguir alguns exemplos da eucologia:
Na	verdade,	é	 justo	e	necessário,	é	nosso	dever	e	 salvação	dar-vos	graças,	
sempre e em todo o lugar, Senhor Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, 
por	Cristo,	vosso	Filho,	que,	pelo	mistério	da	sua	Páscoa,	realizou	uma	obra	
admirável.
Por	ele,	vós	nos	chamastes	das	trevas	à	vossa	luz	incomparável,	fazendo-nos	
passar	do	pecado	e	da	morte	à	glória	de	sermos	o	vosso	povo,	sacerdócio	régio	
e	nação	santa,	para	anunciar,	por	todo	o	mundo,	as	vossos	maravilhas	(Prefácio	
dos Domingos do Tempo comum I – O mistério pascal e o povo de Deus) 
Segundo	a	classificação	anterior,	vemos	que	o	conteúdo	deste	prefácio	enfatiza	
o tema cristológico-soteriológico (como Cristo nos salvou), otema cristológico-eclesial (a 
páscoa	de	Cristo	é	que	congrega	sua	igreja)	e	o	pascal	(Cristo	é	nossa	Páscoa).
“Ó	Deus,	 que	pela	humilhação	do	vosso	Filho	 reerguestes	o	mundo	decaído,	
enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do 
pecado	o	gozo	das	alegrias	eternas”	(Oração	do	dia	do	14º	domingo	comum).	
A	citação	anterior	apresenta	o	tema	da	kénosis	do	Verbo,	que	se	encarna	e	dá	
sua vida por nossa salvação e libertação dos pecados, na qual participamos pela eucaristia 
a cada domingo.
Lecionário
Para que a palavra de Deus fosse aberta a todos os fiéis, sobretudo nas celebrações 
litúrgicas,	o	tempo	comum	possui	o	lecionário,	organizado	segundo	a	tradição	litúrgica	da	
leitura	semi-contínua	e	temática	da	sagrada	escritura,	com	o	seguinte	resultado: 
Lecionário dominicala) :	organizado	em	três	ciclos:	A	(Mateus),	B	(Marcos)	
e	C	(Lucas),	nos	quais	se	lêem,	respectivamente,	de	maneira	semi-contínua	
os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Nesses ciclos, a primeira leitura 
será	tirada	do	Antigo	Testamento,	de	forma	temática	em	relação	ao	tema	
do	Evangelho	do	dia.	O	mesmo	se	dá	com	o	salmo	responsorial.	A	segunda	
leitura	será	tirada	do	Novo	Testamento	e	será	feita	de	maneira	semi-continua,	
mas	sem	uma	referência	direta	ao	Evangelho	do	dia.
Lecionário ferialb) :	para	as	missas	durante	a	semana,	o	lecionário	apresenta	
dois ciclos: I e II, ou ímpar e par, os quais serão seguidos conforme o ano 
em	que	se	está.	Cada	um	dos	ciclos	trará	os	Evangelhos	de	Mateus,	Marcos	
e	Lucas,	lidos	de	maneira	semi-contínua.	A	primeira	leitura	seguirá,	variando	
durante o ano, leituras semi-contínuas de livros do Antigo e Novo Testamento 
divididos em dois ciclos, de modo que ao longo de dois anos serão lidos duas 
vezes	os	Evangelhos	sinóticos.	Assim,	se	 terá	uma	visão	global	dos	 livros	
bíblicos de ambos os testamentos.
Observe, como exemplo, o esquema do ordenamento da segunda leitura e do 
Evangelho nos domingos do tempo comum:
ATENÇÃO!
Para ampliar seus 
conhecimentos, confira a 
Unidade 2 da disciplina 
Introdução à Liturgia.
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Batatais – Claretiano 43
UNIDADE 3
 
Quadro 3 Esquema do ordenamento da segunda leitura e do Evangelho nos domingos do 
tempo comum.
Fonte: BERGAMINI, A. Cristo, festa da igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano litúrgico. São Paulo: 
Paulinas,	1994.	p.	418.	(Coleção	liturgia	e	participação).	
Observe, agora, o ordenamento das leituras nos dias da semana do tempo 
comum:
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Claretiano – Batatais44
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Quadro 4 Ordenamento das leituras nos dias da semana do tempo comum.
Fonte: BERGAMINI, A. Cristo, festa da igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano litúrgico. São Paulo: 
Paulinas,	1994.	p.	420.	(Coleção	liturgia	e	participação).
5 SANTORAL
Durante o Ano Litúrgico, celebra-se o mistério de Cristo, tanto na sua totalidade 
(tempo comum) como em seus aspectos especiais (tempo pascal e tempo da manifestação). 
Há,	 contudo,	 outra	 organização	 (ou	 esquema/	 estrutura)	 ou	 ciclo	 celebrativo	
referente ao mistério pascal, centro do Ano Litúrgico, o qual recebe o nome de santoral. 
Este nome deriva do termo santo, considerando que esse ciclo envolve todas as festas do 
Senhor, de Maria e dos Santos que a liturgia celebra durante o Ano Litúrgico.
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Batatais – Claretiano 45
UNIDADE 3
 
Solenidades do Senhor
Ainda	que	a	liturgia	considere	“a	existência	histórica	de	Cristo	na	sua	unidade	
e na sua dimensão oikonomica11, a saber, na sua tensão rumo ao evento pascal e em 
ordem	à	nossa	salvação”	(AUGÉ,	1991,	p.	233),	encontramos	no	calendário	litúrgico	uma	
série	de	celebrações	referentes	a	Cristo	e	que	não	têm	como	objeto	de	celebração	um	
aspecto	particular	do	seu	mistério,	ou	um	conteúdo	novo,	particular,	que	já	não	esteja	
presente nas outras celebrações do Ano Litúrgico. 
Desse modo, as solenidades celebradas em datas móveis são: 
Santíssima Trindade. a) 
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. b) 
Sacratíssimo Coração de Jesus e cristo. c) 
Rei do Universo. d) 
Já	as	festas	fixas	são:	
Apresentação	do	senhor	(2	de	fevereiro).	a) 
Anunciação	do	senhor	(25	de	março).	b) 
Transfiguração do senhor (6 de agosto). c) 
Exaltação	da	santa	cruz	(14	de	setembro).d) 
Essas celebrações não são propriamente memoriais (mistéricas) e por isso são 
chamadas	festas	de	“idéia”	(ideológicas)	ou	de	“devoção”.	Por	essa	razão,	nem	sempre	é	
fácil	sua	articulação	dentro	do	Ano	Litúrgico,	ainda	que	a	reforma	do	Vaticano	II	tenha-
as revisto, dando-lhes novos textos bíblicos e eucológicos, o que, no entanto, não lhes 
modificou seu conteúdo essencial.
Tais	solenidades	do	Senhor	surgiram	na	sua	maioria	ao	redor	do	ano	1000	e	são	
fruto	de	idéias	devocionais	fundadas	na	compreensão	dogmática	da	época.	São	elas : 
Santíssima Trindadea) :	sua	celebração	teve	início	ao	redor	do	ano	800,	após	
longa	e	contrastada	pré-história,	sendo	 introduzida	no	calendário	 litúrgico	
em	1334	pelo	Papa	João	XXII.	Essa	solenidade	traz	como	conteúdo	o	louvor,	
a adoração e a confissão da Trindade Divina. No entanto, a Trindade é 
considerada	mais	na	sua	imanência	do	que	na	sua	economia	de	salvação,	ou	
seja,	enfatiza-se	mais	o	aspecto	do	dogma	trinitário	do	que	o	modo	como	o	
Pai,	o	Filho	e	o	Espírito	Santo	se	revelaram	por	sua	ação	ao	longo	da	história	
da salvação, a qual culminou no mistério pascal. Apesar dos novos textos 
bíblicos e mudanças na eucologia, o seu conteúdo apóia-se numa concepção 
tradicional	e	devocional,	ou	seja,	mantém-se	conceitual	e	temática.
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristob) : esta solenidade, celebrada na 
quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade, nasceu a partir do 
despertar	da	devoção	eucarística,	a	qual	se	desenvolveu	do	século	12	em	
diante, acentuando particularmente a presença real de Cristo no sacramento 
—	portanto,	sua	adoração.	Ela	foi	prescrita	para	toda	a	igreja	em	1264	por	
Urbano	IV,	após	a	forte	influência	de	Juliana	de	Cornillon,	monja	de	Liège,	e	
suas visões. Vale ressaltar que essa festa acaba sendo uma duplicata, pois 
a	eucaristia	encontra	seu	significado	no	mistério	pascal,	do	qual	ela	 faz	a	
memória. Tal celebração tem seu ponto alto a cada domingo e na solenidade 
da	 Páscoa	 anual.	 Os	 textos	 eucológicos	 espelham	 uma	 “impostação	
devocionalista	e	grande	distância	com	respeito	aos	temas	bíblicos	e	exigências	
celebrativas	da	eucaristia”	(GONZALEZ,	2000,	p.	189).
(11) Oikonomica: quer dizer a 
História da Salvação, na qual 
Deus dispôs seus desígnios 
salvíficos, que tiveram na Páscoa 
de Cristo sua plena realização.
ATENÇÃO!
Amplie seus conhecimentos 
sobre as solenidades do Senhor, 
consulte as obras: 
a) AUGÉ, M. As festas do senhor, 
da mãe de Deus e dos santos. 
In: AUGÉ, M. et al. O ano 
litúrgico: história, teologia e 
celebração. Anámnesis 5. 
São Paulo: Paulinas, 1991. p. 
233–238. 
b) BERGAMINI, A. Cristo, 
festa da igreja: história, 
teologia, espiritualidade e 
pastoral do ano litúrgico. São 
Paulo: Paulinas, 1994. p. 
427–438 (Coleção liturgia e 
participação). 
c) GONZALEZ, R. Outras festas 
do Senhor. In: BOROBIO, 
D. (org.). A celebração na 
igreja: ritmos e tempos da 
celebração. São Paulo: 
Edições Loyola, 2000. v. 3. p. 
185–198.
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Claretiano – Batatais46
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
O Sacratíssimo Coração de Jesusc) : esta solenidade brota da devoção ao 
Coração de Cristo crucificado, transpassado pela lança nascida na piedade 
dos	séculos	12	e	13.	Ela	se	propagou	pela	ação	da	devotio moderna (século 
16),	de	São	João	Eudes	e	de	Santa	Margarida	Maria	Alacoque	(século	17).	O	
conteúdo	desta	festa	é	devocional,	uma	vez	que	não	celebra	particularmente	
um	 evento	 salvífico,	 mas	 enfatiza	 oCoração	 de	 Jesus	 como	 símbolo	 da	
revelação do amor de Deus, o que pode ser encontrado, sobretudo, na sua 
entrega	na	morte	de	cruz.
Cristo, Rei do Universod) : esta solenidade tem origem muito recente. Ela 
foi	instituída	pelo	papa	Pio	XI	em	1925,	por	meio	da	encíclica	Quas primas, 
na	qual	o	pontífice	declara	que	essa	festividade	deseja	afirmar	a	soberana	
autoridade de Cristo sobre os homens, e sobre as instituições, diante dos 
progressos	do	 laicismo	na	sociedade	moderna.	Como	se	vê,	uma	festa	de	
cunho	ideológico,	uma	vez	que	não	celebra	um	mistério	particular	de	Cristo,	
mas	que,	por	razões	apologéticas,	faz	com	que	seja	colocado	como	oposição	
à	modernidade.	Na	verdade,	Cristo	é	o	Senhor,	mas	seu	soberano	senhorio	é	
celebrado	a	cada	domingo	(o	dia	do	Senhor),	quando	se	atualiza	sua	páscoa	
redentora,	 assim	 como	 está	 presente	 em	 outras	 festas	 do	 Ano	 Litúrgico,	
como	Páscoa,	Epifania	e	Ascensão.
Maria na celebração do mistério de Cristo 
 A	igreja	celebra	os	mistérios	da	redenção	no	decorrer	do	Ano	Litúrgico,	como	temos	
visto	até	agora	e,	ao	fazê-lo,	venera	os	“santos”	por	sua	participação	no	mistério	de	Jesus.	
Dentre	os	“santos”	sobressai	como	primeira,	pela	sua	comunhão	e	participação	
no	mistério	 salvífico	de	 Jesus,	 sua	mãe	Maria.	Assim,	ao	venerar	os	 “santos”,	a	 igreja	
venera antes de tudo a memória de santa Maria, a virgem mãe de Deus.
Nesta	 celebração	 anual	 dos	mistérios	 de	 Cristo,	 a	 Santa	 Igreja	 venera	 com	
especial amor a Bem-aventurada Mãe de Deus Maria, que por um vínculo 
indissolúvel	está	unida	à	obra	salvífica	de	seu	Filho;	nela	admira	e	exalta	o	mais	
excelente fruto da Redenção e a contempla com alegria como uma puríssima 
imagem	daquilo	que	ela	mesma	anseia	e	espera	ser	(SC	103). 
“No	ciclo	anual,	a	Igreja,	celebrando	o	mistério	de	Cristo,	venera	também	com	
particular	 amor	 a	Santa	Virgem	Maria,	Mãe	 de	Deus,	 e	 propõe	 à	 piedade	 dos	 fiéis	 as	
memórias	dos	Mártires	e	outros	Santos”	(NUALC	nº	8).
Nota-se,	nesses	textos,	o	sentido	teológico-litúrgico	do	culto	mariano.	Aliás,	o	
próprio	termo	“culto”	merece	esclarecimento,	pois,	neste	caso,	ele	só	pode	ser	entendido	
em analogia ao culto devido a Deus. No caso de Maria e dos santos fala-se de veneração, 
pois a adoração cabe somente a Deus.
Um pouco da história
O sentido do culto mariano se expressa no reconhecimento de sua participação 
no mistério de Cristo e não em sua pessoa, considerada individualmente com suas 
características e virtudes. 
Ainda	hoje	os	estudiosos	não	chegaram	a	um	consenso	em	relação	à	origem	
oficial do culto mariano, mas reconhecem sua antiguidade e, sobretudo, o fato de que o 
“sensus fidelium”12 precedeu a instituição desse culto. 
Encontram-se	 já	 nos	 textos	 neotestamentários,	 e	 da	 antiga	 literatura	 cristã,	
citações em que Maria é considerada como uma testemunha privilegiada e ao mesmo 
tempo	protagonista	importante	na	economia	da	salvação	(Lc	1,	38.46-55).
ATENÇÃO!
Entre os conceitos relacionados à 
Maria na celebração do ministério 
de Cristo, merecem destaque as 
seguintes referências, pelo seu 
conteúdo histórico, teológico-
litúrgico e pastoral: 
a) BEINERT, W. (ed.). O culto 
à Maria hoje. São Paulo: 
Paulinas, 1979. (Coleção 
teologia hoje). 
b) MAGGIONI, C. Maria na igreja 
em oração: solenidades, festa 
e memórias marianas no ano 
litúrgico. São Paulo: Paulus, 
1998.
INFORMAÇÃO:
Maria é vista como a mãe 
e a imagem da igreja. Para 
compreender um pouco mais 
você pode conferir todo o 
capítulo VIII da Constituição 
Dogmática Lumen Gentium: a 
bem-aventurada virgem Maria 
mãe de Deus no mistério de 
Cristo e da Igreja (n. 52–69). 
Sobre o culto mariano em 
particular: LG 66 – 67.
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre o culto 
mariano, consulte as obras: 
a) AUGÉ, M. As festas do senhor, 
da mãe de Deus e dos santos. 
In: AUGÉ, M. et al. O ano 
litúrgico: história, teologia e 
celebração. Anámnesis 5. 
São Paulo: Paulinas, 1991. p. 
239-259.
b) BERGAMINI, A. Cristo, 
festa da igreja: história, 
teologia, espiritualidade e 
pastoral do ano litúrgico. São 
Paulo: Paulinas, 1994. p. 
447–479; (Coleção liturgia e 
participação). 
c) LLABRÉS, P. O culto a 
santa Maria, mãe de Deus. 
In: BOROBIO, D. (org.) A 
celebração na igreja: ritmos 
e tempos da celebração. 
São Paulo: Loyola, 2000. p. 
199–221.
(12) Sensus fidelium: o senso 
(sentidos) dos fiéis – os fiéis 
desde o início reconheceram 
Maria como exemplo pela sua 
participação no mistério de 
Cristo.
Bacharelado em Teologia
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Batatais – Claretiano 47
UNIDADE 3
 
A	presença	de	Maria	pode	ser	encontrada	na	oração	da	Igreja	antiga	e	no	século	
3º.	Ela	é	citada	na	Tradição	Apostólica	de	Hipólito	de	Roma	e	no	antigo	Cânon	Romano.	
Assim, merece destaque a oração Sub tuum praesidium	(século	3º),	considerada	
a	mais	antiga	oração	à	Nossa	Senhora,	a	qual	já	traz	o	conceito	da	Maternidade	divina	com	
o termo técnico Theotokos13. 
Outra	 remota	 oração	 é	 o	 hino	 litúrgico	 da	 igreja	 grega	 antiga,	 chamado	
Akáthistos14, o qual é uma longa composição poética que celebra o mistério da Mãe de Deus.
O culto mariano se expressa nas festas em sua honra e quase todas as primeiras 
festividades	mariana	têm	sua	origem	no	oriente,	de	onde	se	propagam	para	o	ocidente.	
Interessante	notar	que	as	primeiras	festividades	marianas	surgem	em	Jerusalém	(séculos	5º	
e	6º)	como	memória	dos	eventos	bíblicos,	e	nos	lugares	que	viram	a	presença	de	Maria.	
Em	relação	às	origens	do	culto	mariano,	vale	ressaltar	que	teve	grande	importância	
o Concílio de Éfeso, em 431, no qual se proclamou a maternidade divina de Maria.
Logo em seguida, apareceu no oriente a celebração da memória de Santa Maria, em 
15	de	agosto,	na	qual	se	comemora	a	koimesis ou dormitio	(dormição)	de	Maria,	ou	seja,	o	seu	
dies natalis15,	que	é	celebrado	de	maneira	análoga	dos	mártires	e	dos	santos	em	geral.	
Na origem dessa e demais festas marianas estão presentes, na maioria das 
vezes,	os	escritos	apócrifos	que	trazem	as	narrativas	de	vários	acontecimentos	da	vida	de	
Maria, de José, de Jesus etc.
Desse modo, surgiram em seguida outras festas marianas: 
a	 natividade	 de	 Maria	 (8	 de	 setembro),	 que	 marca	 o	 início	 do	 litúrgico	a) 
bizantino;	
a apresentação de Maria no templo, b) 
a	apresentação	do	Senhor,	na	qual	a	presença	de	Maria	se	destaca	e	que	hoje	c) 
é	celebrada	em	2	de	fevereiro;	
a anunciação do Senhor, que possui estreita relação com o Natal.d) 
Vale ressaltar que o ocidente acolheu e celebrou todas estas festas marianas, de 
origem	oriental,	por	volta	do	século	7º.	Antes,	porém,	já	era	celebrada	na	oitava	do	Natal	
a	festa	de	Maria,	mãe	de	Jesus,	como	acontece	ainda	hoje.
Além dessas festas mais antigas, o culto mariano também teve grande propagação 
e se desenvolveu com o aparecimento de uma grande quantidade de outras festas, as 
quais tinham, sobretudo, a partir do século 11, um conteúdo devocional privilegiando uma 
visão	subjetiva	sobre	a	visão	histórico-bíblica	das	origens.	
Essas festas tardias enfocaram a pessoa de Maria de modo autônomo, exaltando 
suas virtudes e privilégios ou até mesmo suas aparições e revelações. A partir daí, criou-
se	um	“ciclo	mariano”,	quase	independente	do	cristológico:	a	celebração	semanal	de	Maria	
nos	sábados,	os	meses	de	maio,	outubro	dedicado	a	Maria	etc.
A celebração do culto mariano hoje
O sentido do culto mariano na atualidade pode ser visto nas citações da 
Sacrosanctum Concilium	e	do	calendário,	 transcritas	anteriormente	e	que	expressam	a	
recuperação, na reforma litúrgica do Vaticano II, do seu significado original – Maria é 
venerada pela sua participação no mistério de Cristo. 
(13) Theotokos: termo técnico 
que significa mãe de Deus.
INFORMAÇÃO:
A oração Sub tuum praesidium 
é usada ainda hoje: “À vossa 
proteção recorremos Mãe de 
Deus...”
(14) Este hino é usado ainda 
hoje nas liturgias orientais. Há, 
inclusive, no tempo quaresmal o 
sábado do Akathistos. O termoakathistos significa em grego 
– não (a) – sentado (kathistos), 
pois é um hino que se entoa 
em pé.
(15) O dies natalis é o dia da 
morte, o qual é considerado o dia 
do verdadeiro nascimento.
ATENÇÃO!
Para saber mais sobre o culto 
mariano hoje, consulte as obras 
a seguir: 
a) PAULO VI. O culto da virgem 
Maria: apresentação didática. 
São Paulo: Loyola, 1974. 
b) JOÃO PAULO II. Carta 
encíclica redemptoris mater. 
São Paulo: Paulinas, 1987.
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Claretiano – Batatais48
Bacharelado em Teologia
UNIDADE 3
Por	isso	que	no	calendário	litúrgico	as	festas	marianas	foram	revistas	segundo	
sua	 importância	 em	 relação	 ao	mistério	 pascal	 e	 à	 história	 da	 salvação,	 considerando	
sempre	os	eventos	histórico-salvíficos	e	não	a	pessoa	de	Maria	e	suas	virtudes.	Foram	
revistos,	segundo	tal	perspectiva,	o	lecionário	e	a	eucologia	das	festas	marianas.
Atualmente	 o	 calendário	 litúrgico	 apresenta	 as	 seguintes	 celebrações	
marianas:
Solenidadesa) : 
Imaculada	Conceição	da	bem-aventurada	virgem	Maria	(8	de	dezembro).	•	
Maria	santíssima,	mãe	de	Deus	(1	de	janeiro).	•	
Assunção	da	bem-aventurada	virgem	Maria	(15	de	agosto)•	 . 
Festasb) :
Natividade	da	bem-aventurada	virgem	Maria	(8	de	setembro).•	
Visitação da bem-aventurada virgem Maria.•	
Memórias obrigatóriasc) :
Nossa	Senhora	Rainha	(22	de	agosto).	•	
Nossa	Senhora	das	Dores	(15	de	setembro).	•	
Nossa	Senhora	do	Rosário	(7	de	outubro).	•	
Apresentação	de	Maria	(21	de	novembro).	•	
Imaculado	Coração	de	Maria	(sábado	após	o	segundo	domingo	depois	de	•	
Pentecostes).
Memórias facultativasd) :
Nossa Senhora de Lourdes (11 de fevereiro). •	
Nossa	Senhora	do	Carmo	(16	de	julho).	•	
Dedicação	da	Basílica	de	Santa	Maria	Maior	(5	de	agosto).•	
6 CULTO AOS SANTOS 
Além	das	festas	do	Senhor	e	do	culto	mariano,	o	calendário	litúrgico	contempla	
o culto aos santos sobre o qual a Sacrosanctum Concilium afirma:
No	 decorrer	 do	 ano	 a	 Igreja	 inseriu	 ainda	 as	memórias	 dos	Mártires	 e	 dos	
outros	Santos	que,	conduzidos	à	perfeição	pela	multiforme	graça	de	Deus	e	
recompensados com a salvação eterna, cantam nos céus o perfeito louvor 
de Deus e intercedem em nosso favor. Pois nos natalícios dos Santos prega 
o mistério pascal vividos pelos Santos que com Cristo sofreram e foram 
glorificados e propõe seu exemplo aos fiéis, para que atraia por Cristo todos ao 
Pai	e	por	seus	méritos	impetre	os	benefícios	de	Deus	(SC	104).
Os	 Santos	 sejam	 cultuados	 na	 Igreja	 segundo	 a	 tradição.	 Suas	 relíquias	
autênticas	 e	 imagens	 sejam	 tidas	 em	 veneração.	 Pois	 as	 festas	 dos	 Santos	
proclamam as maravilhas de Cristo operadas em Seus servos e mostram aos 
fiéis os exemplos oportunos a serem imitados. Que as festas dos Santos não 
prevaleçam sobre as que recordam os mistérios da salvação. Muitas destas 
festas	sejam	deixadas	à	celebração	de	alguma	Igreja	particular,	Nação	ou	Família	
Religiosa,	estendendo-se	somente	à	Igreja	toda	aquelas	que	comemoram	os	
Santos que manifestam de fato importância universal (SC 111).
INFORMAÇÃO:
As solenidades marianas 
apresentam o ponto alto da 
participação de Maria na 
história da Salvação, que é a 
sua maternidade divina e para 
a qual ela foi preparada, desde 
sua concepção, por Ana. Maria 
mereceu ser a primeira a estar 
na glória (Assunção).
ATENÇÃO!
Merecem destaque neste tópico, 
pelo seu conteúdo histórico, 
teológico-litúrgico e pastoral, as 
seguintes referências: 
a) BEINERT, W. O culto aos 
santos hoje: estudo teológico-
pastoral. São Paulo: Paulinas, 
1990. (Coleção teologia e 
liturgia).
b) LODI, E. Os santos do 
calendário romano: rezar com 
os santos na liturgia. São 
Paulo: Paulus, 2001.
Bacharelado em Teologia
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Batatais – Claretiano 49
UNIDADE 3
 
Tais	números	trazem	em	síntese	o	sentido	teológico-litúrgico	do	culto	dos	santos	
na atualidade, no qual se recuperou o sentido original desse culto, que é a consideração 
do santo como participante do mistério pascal de Cristo e, portanto, exemplo para a 
comunidade cristã. 
Por	isso	que	a	origem	do	culto	aos	santos	está	no	culto	aos	mártires16, os quais 
davam sua vida por Cristo e, por isso, eram sepultados com a honra de heróis da fé.
Desse	modo,	aparece	o	sepultamento	de	Estevão,	o	primeiro	mártir	(At	8,2),	
e	no	século	2º	temos	o	primeiro	documento	que	testemunha	o	culto	aos	mártires,	numa	
carta	da	Igreja	de	Esmirna	à	Igreja	de	Filomélio	e	a	todas	as	comunidades	cristãs	sobre	o	
martírio	de	seu	bispo	Policarpo	(em	156).
O	culto	aos	mártires	deriva	do	culto	aos	defuntos,	no	qual	os	cristãos	honravam	
seus mortos por meio da sepultura (inumação) e de cerimônias fúnebres (eucaristia), 
junto	à	sepultura,	tanto	no	momento	do	sepultamento	como	em	datas	posteriores,	em	
particular,	no	aniversário	de	morte.	
Assim, com o término das perseguições e martírios, começaram a ser honrados 
outros fiéis ilustres, como os confessores da fé, as grandes figuras de bispos, virgens, 
ascetas	etc.	Desse	modo,	passa-se	do	culto	aos	mártires	ao	culto	aos	santos.
Tal	culto,	que	inicialmente	estava	ligado	à	comunidade	na	qual	o	mártir	ou	santo	
viveu	e	testemunhou	sua	fé,	propagou-se	com	a	partilha	das	Atas	dos	Mártires	e	suas	
relíquias,	entre	as	comunidades	que	passaram	a	construir	igrejas,	nas	quais	se	fazem	a	
memória desses santos. 
Posteriormente,	esse	processo	assumiu	características	alheias	ao	seu	objetivo	
inicial, sendo marcado por abusos, como o comércio de relíquias.
Aos poucos, o culto aos santos atingiu proporções desmedidas e surpreendentes, 
como	se	vê	nos	séculos	12	e	14.	Apesar	da	tentativa	tridentina	de	reformar	o	calendário	
santoral, para que o culto dos santos não predominasse sobre o ciclo cristológico, esse 
objetivo	só	foi	atingido	na	reforma	litúrgica	do	Vaticano	II.
O resultado dessa reforma aparece nas citações apresentadas anteriormente, 
nas quais se expressa o sentido teológico-litúrgico do culto dos santos – eles são venerados 
pela sua participação no mistério de Cristo, de acordo com as orientações para a elaboração 
do	calendário	santoral,	dentro	do	Ano	Litúrgico.
O centro do Ano Litúrgico é o mistério de Cristo, que não pode ser substituído pelo 
santoral,	considerando	que	constam	no	calendário	litúrgico	somente	os	santos	que	tenham	
importância	para	a	igreja	universal,	os	outros	são	celebrados	em	suas	igrejas	locais.
Assim,	a	organização	do	santoral	irá	privilegiar	esse	critério.	Além	disso,	também	
será	feita	a	revisão	do	lecionário	e	das	orações	de	cada	uma	das	solenidades,	festas	ou	
memórias dos santos, para que nelas transpareça sua participação no mistério pascal de 
Cristo e não sua pessoa, considerada de modo autônomo.
ATENÇÃO!
Para aprofundar seus 
conhecimentos sobre o culto aos 
santos consulte as obras:
a) AUGÉ, M. As festas do senhor, 
da mãe de Deus e dos santos. 
In: AUGÉ, M. et al. O ano 
litúrgico: história, teologia e 
celebração. Anámnesis 5. 
São Paulo: Paulinas, 1991. p. 
260-275.
b) BERGAMINI, A. Cristo, 
festa da igreja: história, 
teologia, espiritualidade e 
pastoral do ano litúrgico. São 
Paulo: Paulinas, 1994. p. 
480–485. (Coleção liturgia e 
participação). 
c) LLABRÉS, P. O culto à 
santa Maria, mãe de Deus. 
In: BOROBIO, D. (org.) A 
celebração na igreja: ritmos 
e tempos da celebração. 
São Paulo: Loyola, 2000. p. 
223–252.
(16) O termo martyr na língua 
grega significa testemunha. Os 
mártires são as testemunhas da 
fé em Cristo.
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UNIDADE 3
7 CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da exposição sobre o Ano Litúrgico como celebração do mistério 
de Cristo no tempo. Assim, pudemos analisar suas origens e desdobramentos e a centralidade 
da	Páscoa,	a	qual	é	celebrada	semanalmente	no	domingo	e	anualmente	no	tríduo	pascal.
Além disso, no decorrer desta unidade, estudamos a Quaresma como tempo de 
preparação	para	a	Páscoa	e	a	Qüinquagésimapascal	como	um	grande	domingo	de	Páscoa,	
assim como o ciclo da Manifestação do Senhor (Advento, Natal-Epifania) e o tempo comum 
como tempo da celebração do mistério de Cristo em sua plenitude.
Para	finalizar	a	unidade,	estudamos	também	as	festas	do	senhor,	o	culto	mariano	
e culto dos santos, os quais foram contemplados como expressões de particularidades do 
mistério	de	Cristo	manifestadas	ao	longo	da	história	na	vida	da	igreja.
Na	próxima	unidade	você	será	convidado	a	estudar	a	celebração	da	Liturgia	
das Horas. 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUGÉ, M. As festas do senhor, da mãe de Deus e dos santos. In: AUGÉ, M. et al. O ano litúrgico: 
história,	teologia	e	celebração.	Anámnesis	5.	São	Paulo:	Paulinas,	1991.	p.	233–275.
BERGAMINI, A. Cristo, festa da igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano 
litúrgico. São Paulo: Paulinas, 1994. (Coleção liturgia e participação).
CHUPUNGCO, A. Adaptação. In: SARTORI, D. TRIACCA, A. M. (org.). Dicionário de liturgia. 
São	Paulo/	Lisboa:	Paulinas/	Paulistas.	1992.	p.	1-12.
GAITÁN, J. D. La celebración del tiempo ordinário. Barcelona: Centre de Pastoral Litúrgica. 
1994.	(Biblioteca	litúrgica	2).
GONZALEZ,	R.	Outras	festas	do	senhor.	In: BOROBIO, D. (org.) A celebração na igreja: 
ritmos	e	tempos	da	celebração.	São	Paulo:	Loyola,	2000.	p.	185–198.
LLABRÉS,	P.	O	culto	à	santa	Maria,	mãe	de	Deus.	In:	BOROBIO,	D.	(org.).	A celebração na 
igreja:	ritmos	e	tempos	da	celebração.	São	Paulo:	Loyola,	2000.	p.	199–221.
______. O culto aos santos. In: BOROBIO, D. (org.) A celebração na igreja: ritmos e 
tempos	da	celebração.	São	Paulo:	Loyola,	2000.	p.	223–252.
VATICANO	 II.	 Constituição	 “Sacrosanctum	 Concilium”	 sobre	 a	 sagrada	 liturgia.	 In:	
Compêndio do Vaticano II.	11.	ed.	Petrópolis:	Vozes,	1977.	p.	259-306.