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Historia da Igreja Moderna e Contemporanea 4

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EA
D
4
Séculos 19 e 20: A Era do 
Totalitarismo
1. OBJETIVOS
•	 Analisar	e	compreender	a	questão	social	 	e	suas	conse-
quências.
•	 Compreender	a	Doutrina	Social	da	Igreja.
•	 Identificar	e	analisar	os	Acordos	de	Latrão.
2. CONTEÚDOS
•	 Igreja	e	questão	social.
•	 Doutrina	Social	da	Igreja.
•	 Questão	Romana.
•	 Acordos	de	Latrão.
© História da Igreja Moderna e Contemporânea106
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes	de	iniciar	o	estudo	desta	unidade,	leia	as	orientações	
a	seguir:
1)	 É	 importante	aprofundar	seus	conhecimentos	sobre	as	
estruturas	políticas	e	econômicas	do	fim	do	século	19,	
que	 conduziram	 o	 Catolicismo	 a	 elaborar	 a	 sua	 DSI	 –	
Doutrina	Social	da	Igreja,	com	ponto	de	apoio	ao	opera-
riado	e	crítica	ao	Liberalismo	excludente.
2)	 É	 interessante	 também	conhecer	os	 fatos	que	 levaram	
à	Unificação	Italiana	em	1870,	com	o	consequente	fim	
do	Estado	Pontifício.	Lembre-se	de	que	o	fruto	da	Uni-
ficação	Italiana	foram	os	conflitos	entre	o	Vaticano	e	o	
novo	governo	 italiano,	gerando	a	Questão	Romana,	 só	
solucionada	por	Benito	Mussolini	em	1929.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
A	unidade	anterior	mostrou-nos	o	Liberalismo	e	suas	conse-
quências,	dentre	as	quais	está	o	surgimento	do	estado	moderno.	
Juntamente	com	as	mudanças,	vieram	os	desafios,	e	um	de-
les	foi	a	questão	social.	Como	resolvê-la?	A	Igreja	também	tomou	
uma	posição	sobre	a	questão	social,	que	veremos	no	decorrer	do	
estudo	desta	unidade,	bem	como	a	questão	romana	e	os	tratados	
de	Latrão.	
Vamos	aos	estudos?
5. IGREJA E QUESTÃO SOCIAL
No	decorrer	do	século	18	e	 início	do	século	20,	dois	 fenô-
menos	complementares	caracterizaram	a	vida	técnico-econômico-
-social.	 Por	um	 lado,	assistiu-se	a	um	 imenso	progresso	 técnico,	
industrial	 e	 comercial	 nos	 países	 europeus	 inicialmente	 e,	mais	
tarde,	 em	 todos	 os	 continentes,	 com	 inumeráveis	 repercussões	
psicológicas	e	sociais.	O	homem	venceu,	em	grande	parte,	a	natu-
107© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
reza,	superou	distâncias	e	rompeu	muitos	dos	vínculos	materiais	
que,	 por	milênios,	 o	 haviam	 condicionado.	 Por	 outro	 lado,	 esse	
fortíssimo	incremento,	somente	depois	de	vários	decênios,	trou-
xe	o	bem-estar	geral	e	uma	elevação	de	vida	de	todas	as	classes	
(MARTINA,	1966,	p.	26).
A	indústria	nascente	em	todos	os	países	ocasionou	a	concen-
tração	de	riquezas	nas	mãos	de	um	pequeno	número	de	empreen-
dedores.	Com	o	tempo,	a	potência	do	capital	aumentou	e	poucos	
homens	tinham	em	suas	mãos	os	destinos	do	mundo.	Em	grande	
parte	do	século	18	e	nos	países	onde	o	desenvolvimento	veio	mais	
tarde,	o	proletariado,	quase	sempre	oprimido	pela	miséria	e	de-
gradado	pelo	trabalho,	vivia	em	condições	desumanas:
1)	 Horários	que,	no	 início,	alcançavam	14	a	17	horas,	du-
rante	as	quais	o	operário	devia	repetir	mecanicamente	
o	mesmo	gesto.	
2)	 Emprego	indiscriminado	de	mulheres	e	crianças	(às	ve-
zes,	abaixo	dos	seis	anos).	
3)	 Falta	 de	 toda	 segurança	diante	das	 doenças	 e	 infortú-
nios.
4)	 Salários	 apenas	 suficientes	 para	 manter	 o	 operário,	 e	
não	a	família.	
5)	 Subalimentação	e	habitações	insalubres.	
Eis	 as	 condições	 habituais	 de	 vida	 do	 proletariado	 urbano	
que	Marx,	 em	 sua	obra	Capital,	 e	 Charles	Dickens,	 nos	 seus	 ro-
mances,	retratam	com	muita	realidade.	Além	disso,	o	raquitismo,	
a	tuberculose	e	a	mortalidade	infantil	eram	largamente	difundidos	
no	meio	dessas	massas	 indefesas,	que	facilmente	caíam	no	vício	
do	alcoolismo	ou	na	prostituição.
Se	a	 sorte	dos	operários	era	dura,	a	dos	camponeses,	que	
ainda	não	tinham	contato	com	a	industrialização,	não	era	diferen-
te:	a	subalimentação	multiplicava	muitas	doenças	e	o	problema	da	
promiscuidade	era	bastante	grande.	A	esse	proletariado	industrial	
ou	agrícola,	as	classes	dirigentes	não	sabiam	oferecer	outro	remé-
dio	senão	a	paciência	e	a	resignação.	
© História da Igreja Moderna e Contemporânea108
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
Dois fatores essenciais da questão social
Vejamos,	a	seguir,	os	dois	fatores	essências	da	questão	so-
cial:
•	 A	Revolução	Industrial,	que	substituiu	em	grande	escala	
a	máquina	pelo	homem.	Atualmente,	fala-se	de	uma	se-
gunda	 revolução	 (a	 informatização),	 devido	 à	 crescente	
automatização	da	 indústria,	 que	 torna	 sempre	mais	 su-
pérfluo	o	trabalho	do	homem.
•	 O	 Liberalismo	 econômico	 com	os	 quatro	 elementos	 re-
cordados:	 amoralismo	 econômico,	 livre	 concorrência,	
absenteísmo	estatal	e	 individualismo.	Recorda-se,	nesse	
sentido,	a	Lei	Le	Chapelier	(Código	penal	francês	de	1810,	
Arts.	414	e	416)	e	seu	significado	histórico,	 isto	é,	o	fim	
das	antigas	corporações	medievais	que	se	transformaram	
em	castas	fechadas,	interessadas	na	defesa	dos	próprios	
interesses:	 a	 lei	 rompeu	 esse	 fechamento;	 contudo,	 ao	
proibir	toda	associação	operária,	acabava	por	abandonar	
os	operários	a	si	próprios.	Recorda-se,	ainda,	o	significado	
do	termo	"liberalismo",	 isto	é,	"aplicação	dos	princípios	
liberais	na	economia".	Este	provocou	um	forte	desenvol-
vimento	da	economia	e	explica-se,	assim,	o	entusiasmo	
provocado	 por	 ele.	 Todavia,	 o	 progresso	 deu	 vantagem	
somente	aos	capitalistas,	e	não	aos	operários.	
Diante	de	situação	 tão	desafiadora,	 surgiram	tentativas	de	
solucionar	a	questão	social:	o	socialismo	puro,	o	sindicalismo	e	o	
socialismo	científico	(comunismo).	O	socialismo	puro	não	saiu	da	
teoria;	o	sindicalismo	apresentou-se	como	solução	em	muitos	paí-
ses	e	passou	por	três	fases	distintas:	a	fase	de	sua	clandestinidade;	
a	fase	em	que	foi	tolerado	e,	por	último,	a	em	que	era	reconhecido	
juridicamente.	Já	o	comunismo	(socialismo	científico)	fora	adota-
do	por	alguns	países	do	leste	europeu	no	século	20.
Em	1848,	Karl	Marx	e	Engels	elaboraram	o	 livro	Manifesto 
do partido comunista,	que	se	tornou	referência	aos	movimentos	
109© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
sociais,	uma	vez	que	traz	uma	síntese	da	história	da	humanidade	
segundo	o	esquema	de	 luta	de	classes,	que,	na	 Idade	Moderna,	
justamente	pelo	sucesso	da	burguesia,	com	o	desenvolvimento	in-
dustrial	e	o	aumento	do	proletariado	esmagado,	tendia	a	lutar	de	
modo	sempre	mais	organizado	contra	a	burguesia,	antes	de	modo	
disperso,	depois	organizando-se	em	um	partido	político.	
Vale	dizer,	ainda,	que	o	escopo	dos	comunistas	é	a	formação	
do	proletariado	em	classe,	de	modo	a	destruir	o	domínio	burguês	
e	a	conquistar	o	poder	político.	É	bem	conhecido	o	apelo	final	do	
livro:	"proletários	de	todos	os	países,	uni-vos".	
O acordar dos católicos diante dos problemas sociais
Com	relação	aos	problemas	sociais,	houve,	na	 Igreja,	a	co-
existência	de	duas	tendências.	A	primeira,	caritativa-assistencial,	
reconheceu	justa	(isto	é,	respondeu	às	exigências	objetivas	da	rea-
lidade	e	da	justiça)	a	situação	econômico-social	do	proletariado	do	
século	18	e	pensava	poder	resolver	os	inconvenientes	até	muito	vi-
síveis	e	inegáveis	com	a	ajuda	dada	a	título	de	"caridade",	e	não	de	
"justiça".	Esse	posicionamento	prevaleceu	de	modo	determinante	
na	primeira	metade	do	século	18,	mas	não	se	extinguiu	nem	mes-
mo	 depois.	 A	 segunda	 tendência	 propriamente	 social	 procurou	
uma	solução	superando	o	plano	caritativo,	seja	evitando	sempre	
a	luta	sistemática	e	a	revolução,	seja	respeitando	a	propriedade.	
Essa	linha	se	fez	sempre	mais	forte,	enquanto	a	primeira	se	torna-
va	mais	fraca.
Dentro	 da	 Igreja,	 a	 linha	mais	 conservadora	 preocupou-se	
em	defender	o	direito	de	propriedade,	de	condenar	em	bloco	o	
socialismo	e	o	comunismo,	sem	aprofundar	o	exame	das	questões	
persuadidas	de	que	tudo	se	resolveria	com	a	generosidade	dos	ri-
cos.	Essa	mentalidade	apareceu	em	vários	documentos	pontifícios	
como:	Qui pluribus	(1846);	Quanta cura	e	Sillabo	(1864),	entre	ou-
tros	que	recordavam	e	condenavam,	também,	o	amoralismo	eco-
nômico.	
© História da Igreja Moderna e Contemporânea110
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
Vale	 ressaltar	 que	 todos	 esses	 documentos	 tinham	 como	
tema	principala	defesa	do	direito	de	propriedade.	Já	os	católicos	
que	estavam	 inseridos	dentro	de	uma	 linha	propriamente	social	
surgiram	como	o	prolongamento	da	 linha	conservadora;	concre-
tamente,	o	desenvolvimento	da	ação	caritativa	que,	num	primeiro	
momento,	não	 foi	desvalorizada.	Podemos	citar,	nesse	contexto,	
as	Conferências	de	São	Vicente	de	Paulo,	nascidas	em	1833	por	
obra	de	Frederico	Ozanam,	morto	em	1853	 com	40	anos;	 essas	
conferências	 foram	 o	 instrumento	 de	 formação	 social	 de	 vários	
futuros	dirigentes	católicos.	Houve,	depois,	uma	larga	série	de	ini-
ciativas	caritativas	de	Cotolengo	com	o	seu	hospital	e	as	escolas	
profissionais	de	Dom	Bosco.
Sobre	o	tema	do	"catolicismo	social",	Gutierrez	(2005,	p.	16-
17)	afirma	que:	
[...]	é	impossível	compreender	a	gênese	e	a	evolução	da	Doutrina	
social	da	Igreja	sem	evocar	toda	uma	geração	de	católicos	sociais,	
cardeais,	bispos,	sacerdotes	e	leigos	europeus	e	norte-americanos.	
Estes,	mediante	uma	rica	reflexão	teórica	e	uma	multiforme	ação	
social,	iniciaram	o	processo	de	reencontro		da	Igreja	com	os	assa-
lariados	industriais	e	tornaram	possível	a	formulação	da	Doutrina	
Social	da	Igreja.	É	muito	provável	que	sem	a	sua	contribuição	não	
teríamos	tido	a	Rerum	Novarum.
Sob	o	plano	propriamente	social,	podemos	mencionar,	entre	
os	primeiros	estudos,	as	primeiras	denúncias	e	as	primeiras	inicia-
tivas,	as	pregações	do	bispo	Von	Ketteler,	em	Magonza,	em	1848,	
o	 qual	 reivindicava	 a	 competência	 da	 Igreja	 na	 questão	 social	 e	
propunha	 cooperativas	 de	 produção.	 As	 intervenções	 de	 vários	
bispos,	que	apontavam	as	 injustiças	do	sistema	e	procuravam	as	
causas	últimas,	eram	o	amoralismo	econômico,	a	negação	da	fun-
ção	social	da	propriedade,	o	absenteísmo	estatal	e	o	individualis-
mo,	que,	com	a	supressão	das	corporações,	privou	os	operários	do	
meio	mais	eficaz	para	se	defenderem.	
Vale	ressaltar	que	a	lista	das	lideranças	católicas	que	inicia-
ram	a	reflexão	da	questão	social	é	imensa:	
111© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
[...]	Vogelsang	na	Áustria,	La	Tour	Du	Pin	e	León	Harmel	na	França;	
Giuseppe	Toniolo	na	 Itália;	o	Cadeal	Mermillod	na	Suíça;	Monse-
nhor	Doutreloux	na	Bélgica;	o	Cardeal	Arcebispo	de	Westminster,	
Henri	Manning	 na	 Inglaterra,	 e	 o	 Cardeal	Gibbons,	 arcebispo	de	
Baltimore,	nos	Estados	Unidos	(GUTIERREZ,	2005,	p.	18).	
Estes	e	outros	personagens	constriubuiram	para	o	amadu-
recimento	da	Doutrina	Social	da	Igreja.	Mas	quais	foram	os	princi-
pais	temas	tratados	por	eles?	Gutierrez	(2005,	p.	18)	esclarece-nos	
e	aprofunda	o	tema	afirmando	o	seguinte:	
Em	primeiro	lugar,	a	sua	denûncia	da	"miséria	imerecida"	dos	pro-
letários.	Em	seguida,	a	convicção	de	que	a	referida	miséria	não	é	
produto	de	um	fatalismo	histórico	nem	vontade	de	Deus,	mas	pro-
duto	de	um	sistema	econômico	capitalista	rígido.	E	finalmente,	à	
diferença	dos	socialistas	da	época,	elaboraram	a	tese	de	que	não	é	
necessário	destruir	o	sistema	capitalista	mediante	a	luta	de	classes	
e	a	revolução.	É	preciso,	sim,	aproximar	as	classes	sociais	e	abrir	
espaços	de	participação	dos	trabalhadores	por	meio	de	reformas	
adequadas	que	humanizariam	o	sistema.	É	verdade	que	a	maioria	
dos	católicos	sociais	tendia	para	o	corporativismo	ou	corporatismo	
como	solução	para	os	problemas	dos	trabalhadores.	Esta	proposta,	
que	não	foi	acolhida	por	Leão	XIII,	emergirá	com	força	na	Quadra-
gésimo	Anno.
Questão social – desafios e documentos do magistério
Com	a	questão	social,	surgiram	alguns	problemas,	os	quais	
veremos	a	seguir:	
•	 Salário:	 era	 determinado	 pela	 Lei	 da	 Oferta	 e	 Procura	
(como	queria	a	economia	clássica,	liberal,	que	considera-
va	o	salário	uma	mercadoria	como	as	outras),	ou	dirigido	
por	considerações	morais,	isto	é,	respondia	às	necessida-
des	de	satisfazer	às	exigências	mínimas	do	operário.
•	 Intervenção do Estado:	o	Estado	aparecia,	muitas	vezes,	
em	vários	países,	como	um	"inimigo"	a	ser	combatido.
•	 Sindicatos ou corporações:	pergunta-se:	por	que	a	ideia	
de	muitos	católicos	com	relação	ao	sindicato	parecia	ina-
ceitável?	A	solução	corporativa	mostrou-se,	também,	in-
suficiente	historicamente.
© História da Igreja Moderna e Contemporânea112
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
Rerum Novarum e seu significado histórico
Para	alguns,	o	Rerum Novarum	 foi	o	nascimento	do	movi-
mento	 social	 católico.	 Essa	 acepção	 pode	 ser	 caracterizada	 por	
uma	certa	ingenuidade,	uma	vez	que	se	ignoram	as	tentativas	pre-
cedentes	e,	também,	porque	não	se	leva	em	conta	que	a	encíclica	
e,	definitivamente,	o	magistério	pontifício	intervêm	para	orientar	
discussões	da	época	e	que	têm	uma	função	de	equilíbrio,	e	não	
tanto	de	estímulo.
Para	outros,	tal	documento	é	essencialmente	antissocialista	
e	tendeu	a	reforçar	o	poder	da	burguesia	à	qual	a	Igreja	sempre	
foi	mais	ligada.	Essa	foi	a	interpretação	que	fizeram,	sobretudo,	os	
marxistas.
Outra	corrente	de	historiadores	tende,	hoje,	a	redimensio-
nar	a	Rerum Novarum,	vendo	nela	a	tentativa	de	frear	as	pontas	
avançadas	 do	movimento	 católico.	 Certo	 é	 que	 toda	 encíclica	 é	
uma	obra	de	mediação,	e	essa	primeira	grande	encíclica	social	foi	
promulgada	por	Leão	XIII,	em	1891.	Nela,	examinou-se	a	condição	
dos	 trabalhadores	 assalariados,	 particularmente	 penosa	 para	 os	
operários	das	indústrias,	afligidos	pela	miséria.
A	encíclica	enumerou	os	erros	que	provocavam	o	mal	social,	
excluiu	o	socialismo	e	expôs	a	doutrina	católica	acerca	do	trabalho,	
do	direito	de	propriedade,	do	princípio	de	colaboração	contrapos-
to	à	luta	de	classes	como	meio	fundamental	para	a	mudança	social,	
sobre	o	direito	dos	fracos,	sobre	a	dignidade	dos	pobres,	sobre	as	
obrigações	dos	ricos,	sobre	o	aperfeiçoamento	da	justiça	mediante	
a	caridade	e	sobre	o	direito	a	ter	associações	profissionais.	Tornou-
-se,	assim,	uma	espécie	de	"Carta	Magna"	da	atividade	cristã	no	
campo	social.	A	encíclica	defendeu,	dessa	forma,	a	instauração	de	
uma	ordem	social	justa.
É	importante	sabermos	que	Gutierrez	escreveu	sobre	o	cen-
tenário	da	encíclica,	e	ele	afirmava	que:	
[...]	podemos	dizer	que	nem	o	Papa	nem	seus	sucessores	estavam	
bem	informados	de	alguns	temas	capitais	da	encíclica,	como	o	li-
113© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
beralismo	e	sua	expressão	econômica,	o	capitalismo	do	século	XIX.	
Com	relação	ao	 socialismo,	 também	não	está	 claro	qual	de	 suas	
vertentes	 tinham	em	mente.	Um	especialista	nestas	matérias,	G.	
Jarlot,	s.j.,	afirma	que	o	socialismo,	ao	qual	os	redatores	da	encíclica	
se	referem	não	é	o	socialismo	de	Marx,	uma	vez	que	não	toma	em	
questão	a	grande	propriedade	industrial	nem	dá	a	ela	o	maior	valor.	
O	ponto	de	referência	seria	o	socialismo	agrário	do	americano	Hen-
ry	George,	autor	da	obra	"Progress	and	Poverty".	É	claro,	contudo,	
que	o	socialismo	que	a	encíclica	rejeita	por	considerar	o	´remédio	
pior	que	a	doença´,	é	o	que	propicia	a	luta	de	classes	e	nega	o	di-
reito	da	propriedade	privada.	Seguindo	a	lógica	tomista,	a	encíclica	
oferece	uma	concepção	de	sociedade	distinta	do	liberalismo.	Ela´e	
vista	como	uma	entidade	viva,como	um	organismo	humano,	com	
cabeça	e	membros	interligados,	cooperando	de	forma	ordenada	e	
pacífica	para	o	bem-estar	do	conjunto.	A	sociedade	não	é,	então,	o	
resultado	de	um	´contrato	social´,	como	afirma	o	racionalismo	do	
século	XVIII.	Não	são	as	pessoas	que	criam	a	sociedade,	é	Deus	que	
a	cria	e	a	ordena	mediante	a	lei	natural.	Nesta	sociedade	existem	
classes	chamadas	não	para	se	enfrentar,	mas	para	colaborar.	E	a	
igualdade	dos	seres	humanos,	pretendida	pelos	socialistas,	é	uma	
utopia.	Cada	um	deve	reconhecer	o	lugar	correspondente	dentro	
de	uma	hierarquia	que	dever	ser	respeitada	(Cf.	GUTIERREZ,	2005,	
p.	24-25).	
Os	 princípios	 afirmados	 por	 Leão	 XIII	 foram	 retomados	 e	
aprofundados	não	só	pelas	encíclicas	sucessivas,	mas	também	ser-
viram	de	inspiração	para	inúmeros	escritos	de	caráter	social.	Toda	
doutrina	social	da	Igreja	pode	ser	entendida	como	uma	atualiza-
ção,	um	aprofundamento	e	uma	expansão	do	núcleo	originalde	
princípios	expostos	na	Rerum Novarum.	Com	o	texto	de	Leão	XIII,	
confere-se	à	 Igreja	quase	um	estatuto de cidadania,	 como	 lem-
brou	João	Paulo	II	na	carta	encíclica	Centesimus annus.	
Quadragesimo anno
No	início	dos	anos	1930,	logo	depois	da	grave	crise	econômi-
ca	de	1929,	o	papa	Pio	XI	publicou	a	encíclica	Quadragesimo anno,	
em	1931.	Nessa	data,	comemoravam-se	os	40	anos	da	Rerum no-
varum.	
Nessa	encíclica,	o	papa	releu	o	passado	à	luz	de	uma	situa-
ção	econômico-social	em	que	à	industrialização	se	ajuntara	a	ex-
© História da Igreja Moderna e Contemporânea114
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pansão	 do	 poder	 dos	 grupos	 financeiros,	 em	 âmbito	 nacional	 e	
internacional.	Era	o	período	pós-bélico,	em	que	se	iam	formando,	
na	Europa,	os	regimes	totalitários,	e	a	luta	de	classe	crescia	mais	
e	mais.	Além	disso,	a	encíclica	advertiu	sobre	a	falta	de	respeito	à	
liberdade	de	associação	e	reafirmou	os	princípios	de	solidarieda-
de	e	de	colaboração	para	superar	as	desigualdades	sociais;	assim,	
as	relações	entre	capital	e	trabalho	deviam	dar-se	sob	o	signo	da	
colaboração.	 Indicou,	 também,	vários	pontos	concretos,	 como	o	
salário	familiar:	"[...]	ao	trabalhador	se	deve	pagar	um	salário	que	
baste	ao	seu	sustento	e	de	sua	família",	sendo	esse	um	progres-
so	nítido	com	relação	à	Rerum Novarum.	Defendeu,	ainda,	certa	
estabilidade	quanto	ao	emprego:	 "[...]	 achamos	prudente	que	o	
contrato	de	trabalho	venha	temperado	como	outros	contratos	da	
sociedade"	(PIO	XI,	1951,	n.	63).
Foi	também	Pio	XI	quem	introduziu	a	Justiça	Social	como	ca-
tegoria	central	da	Doutrina	Social	da	Igreja,	de	modo	que	praticar	
a	justiça	social	passou	a	ser	a	"conditio sine qua non"	de	um	amor	
cristão	genuíno	e	sua	verificação	histórica.	Quadragesimo	Anno	re-
fere	a	ela	nos	seguintes	termos:	
A	justiça	social	é	um	princípio	regulador	de	uma	justa	distribuição	
(n.	57).	
É	sinônimo	de	Bem	Comum	(n.	58).	
Junto	com	a	caridade	social,	é	um	princípio	regulador	da	atividade	
econômica	que	não	pode	 ser	entregue	nem	à	 livre	 concorrência	
(livre	mercado)	nem	à	ditadura	econômica	(monopólios)	(GUTIER-
REZ,	2005,	p.	37).	
Outros documentos sociais 
Os	 anos	 1960	 irromperam	promissores,	 com	 o	 reinício	 no	
pós-guerra,	 a	 descolonização	 da	África	 e	 os	 primeiros	 e	 tímidos	
sinais	de	um	degelo	nas	relações	entre	os	blocos	americano	e	so-
viético.	
Nesse	sentido,	João	XIII,	sensível	aos	sinais	dos	tempos,	en-
tendeu	que	a	questão	social	estava	se	universalizando	e	abarcava	
115© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
todos	os	países:	ao	lado	da	questão	operária	e	da	Revolução	Indus-
trial,	delineavam-se	os	problemas	da	agricultura,	das	áreas	em	via	
de	desenvolvimento,	do	incremento	demográfico	e	os	referentes	
à	necessidade	de	cooperação	econômica	mundial.	As	desigualda-
des,	antes	advertidas	no	interior	das	nações,	apareciam	no	âmbito	
internacional	e	faziam	emergir,	cada	vez	mais,	a	situação	dramáti-
ca	em	que	estava	o	Terceiro	Mundo.	
Com	a	encíclica	Mater et magistra,	João	XXIII	pretendeu	atu-
alizar	os	documentos	já	conhecidos	e	avançar	no	sentido	de	com-
prometer	toda	a	comunidade	cristã.	As	palavras-chave	da	carta	são	
"comunidade"	e	"socialização":	a	Igreja	é	chamada	na	verdade,	na	
justiça	e	no	amor	a	colaborar	com	todos	os	homens	para	construir	
uma	autêntica	 comunhão.	Por	 tal	 via,	o	 crescimento	econômico	
não	se	limitaria	somente	a	satisfazer	às	necessidades	dos	homens,	
mas	poderia	promover,	também,	a	sua	dignidade.
No	 início	dos	anos	1970,	sob	um	turbulento	clima	de	con-
testação	ideológica,	Paulo	VI	retomou	a	mensagem	social	de	Leão	
XIII	e	atualizou-a,	por	ocasião	do	octogésimo	aniversário	da	Rerum 
novarum,	 com	a	carta	apostólica	Octogesima adveniens.	Nela,	o	
papa	refletiu	sobre	a	sociedade	pós-industrial	com	todos	os	seus	
complexos	 problemas,	 salientando	 a	 insuficiência	 das	 ideologias	
para	 responder	 a	 alguns	 desafios:	 a	 urbanização,	 a	 condição	 ju-
venil,	a	condição	da	mulher,	o	desemprego,	as	discriminações,	a	
emigração,	o	incremento	demográfico,	o	influxo	dos	meios	de	co-
municação	social	e	o	ambiente	rural.	
Já	a	encíclica	Laborem exercens,	 lançada	noventa	anos	de-
pois	da	Rerum novarum,	por	João	Paulo	II,	foi	dedicada	ao	traba-
lho,	que	é	visto	como	bem	fundamental	para	a	pessoa,	fator	pri-
mário	da	atividade	econômica	e	chave	de	toda	a	questão	social.	
A	Laborem exercens	delineou	uma	espiritualidade	e	uma	ética	do	
trabalho	no	contexto	de	uma	profunda	 reflexão	 teológica	e	 filo-
sófica.	O	trabalho	não	deveria	ser	entendido,	então,	somente	em	
sentido	objetivo	e	material,	mas	também	se	levando	em	conta	a	
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sua	 dimensão	 subjetiva	 como	 atividade,	 que	 exprime	 sempre	 a	
pessoa.	Além	de	ser	o	paradigma	decisivo	da	vida	social,	o	traba-
lho	tem	toda	a	dignidade	de	um	âmbito	no	qual	deve	encontrar	
realização	e	vocação	natural	e	sobrenatural	da	pessoa.
Comemorando	 o	 vigésimo	 aniversário	 da	 Populorum pro-
gressio,	João	Paulo	II,	com	a	encíclica	Sollicitudo rei socialis,	abor-
dou,	novamente,	o	tema	do	desenvolvimento	para	sublinhar	dois	
dados	fundamentais:
Por	um	lado,	a	situação	dramática	do	mundo	contemporâneo,	sob	
o	aspecto	do	desenvolvimento	que	falta	no	Terceiro	Mundo	e,	por	
outro	lado,	o	sentido,	as	condições	e	as	exigências	de	um	desen-
volvimento	digno	do	homem	(CONGREGAÇÃO	PARA	A	EDUCAÇÃO	
CATÓLICA, 1988,	p.	30).	
Essa	encíclica	introduziu,	ainda,	a	diferença	entre	progresso	
e	desenvolvimento,	afirmando	que:	
O	verdadeiro	desenvolvimento	não	pode	limitar-se	à	multiplicação	
dos	bens	e	dos	serviços,	isto	é,	àquilo	que	se	possui,	mas	deve	contri-
buir	para	a	plenitude	do	ser	do	homem.	Deste	modo	pretende-se	de-
linear	com	clareza	a	natureza	moral	do	verdadeiro	desenvolvimento	
(CONGREGAÇÃO	PARA	A	EDUCAÇÃO	CATÓLICA,	1988,	p.	30).
No	centésimo	aniversário	da	Rerum Novarum,	João	Paulo	II	
promulgou	a	sua	terceira	encíclica	social,	a	Centesimus annus,	da	
qual	emergiu	a	continuidade	doutrinal	de	cem	anos	de	magistério	
social	da	Igreja.	Retomando	um	dos	princípios	basilares	da	concep-
ção	cristã	da	organização	social	e	política,	que	fora	o	tema	central	
da	encíclica	precedente,	o	papa	escreveu:	
O	princípio,	que	hoje	designamos	de	solidariedade	[...],	várias	vezes	
Leão	XIII	o	enuncia	com	o	nome	amizade	[...];	desde	Pio	IX	é	de-
signado	pela	expressão	mais	significativa	caridade	social,	enquanto	
Paulo	VI,	ampliando	o	conceito	na	linha	das	múltiplas	dimensões	
atuais	da	questão	social,	falava	de	civilização	do	amor	(JOÃO	PAULO	
II,	Carta Encíclica Centesimus annus,	10,	1991).	
João	Paulo	II	realçou,	também,	como	o	ensinamento	social	
da	Igreja	correu	ao	longo	do	eixo	da	reciprocidade	entre	Deus	e	o	
homem:	reconhecer	a	Deus	em	cada	homem	e	cada	homem	em	
Deus	é	a	condição	de	um	autêntico	desenvolvimento	humano.
117© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
Os	 documentos	 que	 aqui	 foram	 lembrados	 constituem	 as	
pedras	fundamentais	do	caminho	da	doutrina	social	da	Igreja	des-
de	Leão	XIII	até	os	dias	atuais.	Na	elaboração	e	no	ensinamento	
dessa	doutrina,	a	Igreja	foi	e	é	animada	por	intentos	não	teóricos,	
mas	pastorais,	 quando	 se	encontra	diante	das	 repercussões	das	
mutações	sociais	sobre	os	seres	humanos	individualmente	toma-
dos,	 sobre	multidões	de	homens	e	mulheres	e	 sobre	a	 sua	pró-
pria	dignidade	humana.	A	doutrina	social	da	Igreja	desenvolveu-se	
como	um	corpo	doutrinal	atualizado,	que	se	articula	à	medida	que	
a	 Igreja	vai	 lendo	os	acontecimentos,	enquanto	eles	se	desenro-
lam	no	decurso	da	história.
6. QUESTÃO ROMANA
A	questão	romana	não	foi	somente	uma	questão	jurisdicio-
nal	e	um	problema	territorial,	mas	também	um	problema	religioso.	
Tal	problema	se	tornou	claro	a	partir	do	ano	de	1848,	em	que	o	an-
tagonismo	entre	Cúria	Romana	e	o	Reino	de	Sardenha	era	devido	
à	política	de	Vitor	Emanuel	II,	que	pretendia	"libertar"	o	país	dos	
velhos	privilégios	para	dar-lhe	uma	estrutura	moderna.	Tal	intento,	
ao	menos	emteoria,	 terminaria	por	 reduzir,	necessariamente,	o	
prestígio	e	a	influência	da	Igreja;	contudo,	isso	nem	passava	pelas	
ideias	da	Cúria.
Você	deve	estar	se	perguntando:	como	surgiram	os	Estados	
Pontifícios?	O	 surgimento	e	o	desenvolvimento	do	Patrimonium 
Petri,	ou	seja,	a	soberania	temporal	dos	romanos	pontífices,	com	
o	paulatino	crescimento	de	bens	e	possessões,	deveram-se	a	mui-
tos	fatores	de	ordem	política,	econômica	e	social	no	decorrer	na	
história.	
O	Estado Pontifício,	do	ponto	de	vista	jurídico,	apareceu	em	
754,	com	o	Pacto	de	Quiercy entre	o	papa	Estevão	II	(752-757)	e	
o	rei	dos	francos,	Pepino,	o	Breve	(714-768),	pai	de	Carlos	Magno,	
quando	 foram	 restituídos	 ao	Pontífice	 os	 territórios	 que	 tinham	
sido	ocupados	pelos	 longobardos,	na	região	centro-norte	da	pe-
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nínsula	itálica.	Foi	dessa	maneira	que	se	consolidou,	oficialmente,	
uma	evolução	em	curso	há	anos:	a	constituição	da	Sancta Ecclesiae 
Respublica,	isto	é,	os	Estados	Eclesiásticos.
O	movimento	pela	unificação	da	Itália,	iniciado	em	meados	
do	século	19,	concluiu-se	com	a	ocupação	de	Roma	em	20	de	se-
tembro	de	1870.	No	dia	13	de	maio	de	1871,	promulgou-se	a	fa-
mosa	Lei das Garantias	–	o	acordo	unilateral	que	Pio	IX	refutou.	
Estava	aberta,	então,	a	questão romana.	
Conflitos
O	primeiro	motivo	de	conflito	entre	a	Igreja	e	o	Estado	ita-
liano	que	se	formava	ocorreu	em	torno	das	Leis	Siccardi,	em	feve-
reiro	de	1850.	Siccardi,	parlamentar	italiano,	apresentou	à	Câmara	
leis	que,	em	seu	conjunto,	davam	um	caráter	laico	e	liberal	ao	novo	
Estado	Italiano.	O	rei	sancionou-as	em	abril	do	mesmo	ano.	As	leis	
eram:	
•	 Abolição	do	foro	eclesiástico,	das	imunidades	dos	religio-
sos	e	do	direito	de	asilo	nas	igrejas	e	conventos.
•	 Abolição	das	penalidades	aplicadas,	no	reino	saboiano,	a	
quem	não	observasse	as	principais	festividades	religiosas.
Essas	leis	encarregavam	o	governo	de	preparar	um	projeto	
destinado	 a	 regular	 o	 contrato	 de	 casamento	 em	 suas	 relações	
com	a	lei	civil,	a	capacidade	dos	contraentes,	a	forma	e	os	efeitos	
desse	 contrato.	 Além	disso,	 tais	 leis	 preparavam	a	 laicização	 do	
casamento,	que	veio	a	ocorrer	em	25	de	junho	de	1865,	com	a	pro-
mulgação	do	Código	Civil	da	Itália	Unida,	no	qual	estava	previsto	o	
casamento	civil	obrigatório	para	todos	os	cidadãos,	tirando,	assim,	
a	eficácia	e	o	efeito	legal	do	matrimônio	religioso.	Posteriormente,	
outras	disposições	afastaram	os	eclesiásticos	de	 cargos	e	ofícios	
públicos,	tais	como	os	cargos	de	prefeito,	conselheiro	municipal	e	
provincial,	escrivão,	jurado	e	parlamento.	A	Santa	Sé,	interpretan-
do	essas	leis	como	uma	violação	unilateral	da	Concordata	de	1841,	
rompeu,	então,	as	relações	diplomáticas.
119© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
O	segundo	motivo	de	conflito	residia	nas	leis	de	1855	con-
tra	as	ordens	religiosas,	que	negavam	reconhecimento	jurídico	às	
ordens	não	dedicadas	à	pregação,	à	educação	dos	jovens,	e	à	as-
sistência	aos	enfermos,	bem	como	estabeleciam	o	sequestro	dos	
seus	bens,	destinando-os	às	necessidades	do	clero	secular.	A	Santa	
Sé	 reagiu	 aplicando	a	excomunhão	ao	 rei	 e	 ao	parlamento;	 isso	
exasperou,	no	seio	do	Reino	da	Sardenha,	o	dissenso	entre	católi-
cos	e	liberais.
Se,	por	um	lado,	essa	legislação	repressiva	penalizava	pesa-
damente	 algumas	 ordens	 religiosas	 tradicionais	 que	 estavam	 se	
reconstruindo	depois	das	supressões	revolucionárias	e	napoleôni-
cas,	por	outro	lado,	favoreceu	de	maneira	surpreendente,	o	nasci-
mento	e	o	desenvolvimento	de	congregações	e	ordens	religiosas	e	
leigas	dedicadas	a	atender	às	necessidades	do	povo:	cuidado	com	
as	crianças,	assistência	aos	doentes,	instrução	popular,	formas	no-
vas	de	solidariedade	social.	Essa	legislação	antirreligiosa,	somada	
aos	problemas	territoriais,	acarretou	uma	situação	de	intenso	an-
tagonismo	entre	Estado	e	Igreja,	que	duraria	muito	tempo.
Na	unificação	do	Estado	Italiano,	dois	momentos	foram	sig-
nificativos:	a	proclamação	do	Reino	da	República	Italiana,	no	dia	
17	de	março	de	1861,	e	a	tomada	de	Roma,	no	dia	20	de	setembro	
de	1870.	Isso	representou	o	fim	do	poder	temporal	dos	papas,	dei-
xando	isolada	a	Santa	Sé	no	plano	internacional.	
Em	vão,	Pio	IX	apelou	para	outros	governos,	expondo	a	in-
compatibilidade	dos	dois	poderes	em	Roma.	O	papa	não	reconhe-
ceu	o	Reino	da	Itália	nem	aceitou	as	anexações	de	1861	e	de	1870.	
O	problema	só	foi	resolvido,	da	parte	do	Estado,	com	a	Lei	das	Ga-
rantias,	de	13	de	maio	de	1871.	Essa	lei,	um	ato	unilateral	e	irrevo-
gável	a	juízo	do	Estado,	concedia	ao	papa	as	honras	de	soberano,	
uma	renda	anual	e	o	direito	de	 legação	ativa	e	passiva.	Não	ga-
rantia,	porém,	plena	liberdade	à	Igreja;	poderia	continuar	usando	
os	palácios	apostólicos,	mas	sem	definir-se	como	proprietário	ou	
usufrutuário.	Pio	IX	declarou,	ainda,	nula	a	lei,	recusou	a	pensão	
© História da Igreja Moderna e Contemporânea120
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
oferecida	e	prescreveu	aos	fiéis	que	se	abstivessem	de	participar	
das	eleições	políticas.
O	isolamento	do	ex-Estado	Pontifício	tornou-se	ainda	maior	
quando	 a	 capital	 foi	 transferida	 de	 Florença	 para	 Roma	 com	 as	
representações	diplomáticas,	o	que,	na	prática,	era	o	reconheci-
mento	da	nova	situação	italiana.	Disso	também	tomou	consciência	
a	Santa	Sé,	quando,	na	abertura	do	Parlamento,	ao	escrever	aos	
núncios	Pio	IX	dizia	que	se	sentia	abandonado	por	todas	as	potên-
cias,	confiando	atualmente	só	na	misericórdia	divina	para	apressar	
o	triunfo	da	Igreja	e	atender	aos	votos	de	todos	os	homens	bons.
7. TRATADO DE LATRÃO
O	Tratado	de	Latrão	foi	um	acordo	entre	a	 Igreja	de	Roma	
e	o	governo	italiano	que	resolveu	a	questão romana.	No	dia	6	de	
fevereiro	de	1922,	o	Cardeal	Achille	Ratti,	arcebispo	de	Milão,	foi	
eleito	papa,	concedendo	sua	primeira	benção	às	Igrejas	do	mundo	
inteiro,	do	balcão	exterior	de	São	Pedro.	Era	a	primeira	vez,	desde	
1870,	que	um	papa	abençoava	a	multidão	romana;	o	gesto	foi	logo	
interpretado	como	desejo	de	reconciliação	com	o	Estado	italiano.	
Pio	XI	assume	o	papado	disposto	a	solucionar	o	problema	da	Ques-
tão	Romana.	
Este	difícil	assunto	vinha	se	arrastando	desde	1870,	quando	as	tro-
pas	italianas	tomaram	posse	da	cidade	de	Roma.	A	partir	de	então,	
os	papas	se	consideravam	prisioneiros	do	Vaticano	e	reclamavam	
ao	governo	italiano	a	devolução	dos	Estados	Pontifícios	e,	em	par-
ticular,	da	cidade	de	Roma.	Mediante	o	Tratado	de	Latrão,	de	1929,	
e	a	concordata	que	o	acompanhou,	Pio	XI	e	Mussolini	colocaram	
fim	a	uma	inimizade	de	quase	60	anos.	O	ideal	de	Camilo	Cavour	
"Chiesa	liberta	in	Stato	libero"	(Igreja	liberta	num	Estado	livre),	tão	
combatido	pela	corrente	conservadora	católica,	encontrou	na	con-
cordata	uma	expressão	adequada	(GUTIERREZ,	2005,	p.	28-29).	
Longas	e	penosas	discussões	aconteceram	para	que	se	che-
gasse	à	solução	da	questão	romana.	Os	personagens	importantes	
nas	conversações	 foram	o	advogado	Francesco	Pacelli,	 irmão	do	
futuro	Pio	XII,	por	parte	do	Vaticano,	e	o	professor	Domenico	Baro-
121© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
ne,	Conselheiro	de	Estado,	por	parte	do	Estado.	Estabeleceram-se	
as	bases	mínimas	para	um	acordo	a	partir	do	dia	4	de	outubro	de	
1926,	acontecendo	entre	os	dois	nada	mais,	nada	menos	que	110	
conversações.
Em	22	de	novembro,	o	rei	Vitor	Emanuel	deu	ao	Chefe	do	
Governo,	 Benito	Mussolini,	 os	 poderes	 necessários	 para	 condu-
zir	negociações	oficiais,	tendo	em	vista	uma	solução	definitiva	da	
questão	romana;	uma	delegação	idêntica	foi	concedida	ao	Cardeal	
Gasparri,	da	parte	de	Pio	XI.	No	dia	7	de	fevereiro	de	1929,	o	Car-
deal	de	Estado	fez	um	histórico	pronunciamento,	no	qual	resumiu,	
em	poucas	palavras,	os	dois	anos	em	que	representantes	da	Santa	
Sé	e	do	Estado	Italiano	estiveram	reunidos	para	estudos,	tratativas	
e,	finalmente,	selaram	um	acordo.	O	Cardeal	do	Estado	lembrou	
que	a	Igreja	tinha	plena	liberdade	e	independência	no	governo	da	
Igreja	universal	e	quea	concordata	regulamenta,	suficientemente,	
as	condições	da	religião	e	da	Igreja	na	Itália.	Disse,	ainda,	que	os	
governos	que	quisessem	ser	 representados	pela	 Santa	 Sé	pode-
riam	fazê-lo	quando	o	Pontífice	Romano	estivesse	no	seu	pequeno	
Estado	soberano,	livre	e	independente.
Após	 essa	 histórica	 comunicação,	 Magalhães	 de	 Azevedo,	
embaixador	do	Brasil,	na	qualidade	de	decano	do	Corpo	Diplomá-
tico,	externou,	em	nome	dos	presentes,	as	felicitações	e	votos	de	
prosperidade	à	Santa	Sé.
Vejamos,	 a	 seguir,	 o	 resumo	do	 conteúdo	dos	Acordos	 do	
Latrão:
•	 Tratado político:	compõe-se	de	um	preâmbulo	e	27	arti-
gos.	O	tratado	afirmava	que	a	religião	católica,	apostólica	
e	romana	era	a	única	religião	do	Estado.	Ainda	nesse	tra-
tado,	reconheceram-se	a	plena	propriedade,	a	autoridade	
exclusiva	e	absoluta,	bem	como	a	jurisdição	soberana	da	
Santa	Sé	sobre	o	Vaticano,	tal	como	era	então	constituído	
e,	com	isso,	criou-se	a	Cidade do Vaticano,	declarando-
-se	 que,	 nela,	 nenhuma	 ingerência	 do	 governo	 italiano	
© História da Igreja Moderna e Contemporânea122
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poderia	produzir-se	e	não	haveria,	nessa	cidade,	nenhu-
ma	outra	 autoridade,	 a	 não	 ser	 a	 da	 Santa	 Sé.	 A	Praça 
de São Pedro	continuou	normalmente	aberta	ao	público	
e	sujeita	aos	poderes	da	polícia	 italiana.	Os	"limites"	do	
Estado	da	Cidade	do	Vaticano	abrangem	uma	área	de	44	
hectares.	Enumeraram-se	todos	os	serviços públicos	de	
que	seria	dotado	o	novo	Estado	pelos	cuidados	do	Reino	
da	 Itália;	notadamente,	uma	 linha	e	estação	de	estrada	
de	ferro,	conexões	telegráficas,	 telefônicas,	postais	e	de	
rádio.	Regulou-se	a	admissão,	no	 território	 italiano,	dos	
meios de transporte,	por	terra	e	por	ar,	pertencentes	ao	
Vaticano.	Uma	cláusula	precisou	as	categorias	de	pesso-
as	sujeitas	à	soberania da Santa Sé,	ou	seja,	pessoas	que	
tinham	residência	estável	na	Cidade	do	Vaticano	e	outras	
que,	embora	não	residindo	lá,	possuíam	certas	franquias.	
Foram	estabelecidas,	também,	as	imunidades territoriais	
das	basílicas	patriarcais	e	de	alguns	outros	edifícios.	Rela-
ções diplomáticas	foram	estabelecidas	entre	o	Reino	da	
Itália	e	a	Santa	Sé,	e	os	tesouros artísticos e científicos,	
existentes	na	Cidade	do	Vaticano	e	no	palácio	de	Latrão,	
continuaram	a	ser	acessíveis	aos	estudiosos	e	aos	visitan-
tes.	A	 Itália	 também	assegurou,	no	 seu	 território,	a	pu-
nição dos delitos	que,	porventura,	fossem	cometidos	na	
Cidade	do	Vaticano.	Assim,	o	Vaticano	reconheceria	o	Rei-
no	da	Itália,	com	Roma	por	capital,	e	a	Itália	reconheceria	
o	Estado	do	Vaticano	sob	a	soberania	do	Sumo	Pontífice.	
Foi	revogada,	ainda,	a	lei	de	13	de	maio	de	1871	(Lei	das	
Garantias)	e	qualquer	outra	disposição	contrária	ao	tra-
tado.
•	 Concordata:	é	mais	longa	que	o	tratado,	com	45	artigos.	
O	governo	italiano	teve	o	cuidado	de	 impedir	em	Roma	
tudo	o	que	podia	ser	contrário	ao	caráter	sagrado	da	Ci-
dade	de	Roma	em	razão	de	a	Sé	Episcopal	e	o	Sumo	Pon-
tífice	serem	o	centro	do	mundo	católico.	Ela	segue	cláusu-
123© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
las	concernentes	ao	livre	exercício	do	ministério	pastoral,	
ao	serviço	religioso,	com	as	Forças	Armadas	e	com	a	re-
visão	das	dioceses.	Além	disso,	nela	foram	reconhecidas	
as	personalidades	jurídicas	de	Congregações	Religiosas	e	
a	liberdade	de	gestão	dos	bens	da	Igreja.	O	artigo	relativo	
ao	casamento	é	particularmente	significativo,	porque	foi	
reconhecido	como	sacramento,	conforme	as	tradições	ca-
tólicas	do	povo,	e	disciplinado	pelo	direito	canônico.	O	Es-
tado	também	admitiu	que	o	ensino religioso,	então	dado	
nas	escolas	oficiais,	tivesse	um	desenvolvimento	ulterior	
nas	escolas	médias,	conforme	conteúdos	programáticos	a	
serem	estabelecidos	posteriormente,	do	acordo	feito	en-
tre	a	Santa	Sé	e	o	Estado.	Na	concordata,	é	mencionado,	
por	 fim,	que,	se	surgirem	dificuldades	em	relação	à	sua	
interpretação	no	futuro,	a	Santa	Sé	e	a	Itália	procurariam,	
de	comum	acordo,	uma	solução	amigável.
•	 Convenção financeira:	
"[...]	a	 Itália	comprometeu-se	a	pagar	a	soma	de	750	milhões	de	
liras	em	espécie	e	títulos	do	Consolidado	 italiano	a	5%,	em	valor	
nominal	de	um	milhão	de	liras,	e	a	Santa	Sé	declarou	aceitar	esse	
valor	(No	dia	7	de	junho	de	1930	houve	a	ratificação	dos	acordos	
(MARTINA,	1996,	p.	153).	
Após	a	assinatura	dos	acordos,	muitas	discussões	foram	le-
vantadas,	principalmente	nos	meios	católicos.	
Os	principais	argumentos	aduzidos	contra	os	Pactos	Laterenenses	
eram	de	que	a	Igreja	aproximara-se	de	um	regime	antiliberal	que	
estava	em	nítida	contraposição	ao	cristianismo,	pois	o	fascismo	es-
tava	comprometido	com	a	violência,	o	ódio,	a	estatolatria,	o	impe-
rialismo;	de	que	isso	havia	levado	a	uma	recíproca	instrumentaliza-
ção:	a	igreja	queria	servir-se	do	fascismo	para	´rebatizar´	a	Itália,	e	
o	fascismo	queria	servir-se	da	Igreja	para	consolidar	o	seu	prestígio	
interna	e	externamente;	de	que	a	insistência	do	´Estado	católico´,	
na	metade	do	século	XX	com	todas	as	mudanças	que	ocorreram	e	
as	perspectivas	que	se	abriram,	era	pelo	menos	ambígua.	Os	aspec-
tos	positivos	postos	em	evidência	por	numerosos	católicos	eram	
de	que	os	Pactos	Lateranenses	haviam	resolvido	definitivamente	a	
Questão	Romana,	de	maneira	satisfatória	para	ambos	os	lados;	as-
seguravam	a	plena	e	visível	independência	do	chefe	da	Igreja;	ofe-
receram	à	 Igreja	 italiana	 instrumentos	de	 influência	 social,	 como	
© História da Igreja Moderna e Contemporânea124
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o	 reconhecimento	 civil	 do	 sacramento	 do	matrimônio,	 o	 ensino	
religioso	nas	escolas	primárias	e	 secundárias	 (ZAGHENI,	1999,	p.	
280-281).
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira,	na	sequência,	as	questões	propostas	para	verificar	
seu	desempenho	no	estudo	desta	unidade:
1)	 Que	juízo	você	faz	da	Doutrina	Social	da	Igreja?
2)	 Você	pensa	que	a	Igreja	deve	se	ingerir	nas	questões	econômicas	e	políticas?
3)	 Como	você	analisa	a	questão	do	fim	do	Estado	Pontifício	e	Unificação	Ita-
liana?
4)	 Como	você	imagina	que	deve	ser	a	relação	entre	Igreja	e	Estado?
9. CONSIDERAÇÕES
Nesta	unidade,	estudamos	a	era	do	Totalitarismo,	bem	como	
a	questão	social	da	Igreja	e	suas	consequências,	a	Questão	Roma-
na	e	os	Tratados	de	Latrão.
Em	nossa	última	unidade,	estudaremos	os	 fatos	do	 século	
20,	o	pontificado	de	Pio	X	e	a	história	do	Vaticano	II.	
Até	lá!
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZZI,	R.	O trono unido ao altar.	São	Paulo:	Paulinas,	1992.
CECHINATO,	L.	Os 20 séculos de caminhada da Igreja.	Petrópolis:	Vozes,	2000.
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Almeida.	Rio	de	Janeiro:	Zahar,	1982.
CONGREGAÇÃO	PARA	A	EDUCAÇÃO	CATÓLICA.	Orientações para o estudo e o ensino da 
Doutrina social da Igreja na formação sacerdotal,	26,	Cidade	do	Vaticano,	1988.	
FALCON,	F.	J.	C.	Iluminismo.	São	Paulo:	Ática,	1986.
FORTES,	L.	R.	S.	Iluminismo	e os reis filosóficos.	3.	ed.	São	Paulo:	Brasiliense,	1985.
125© Séculos 19 e 20: A Era do Totalitarismo
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1991.	
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Paulo:	Paulus,	2005.
MARTINA,	G.	História da Igreja de Lutero a nossos dias	 IV:	a	era	contemporânea.	São	
Paulo:	Loyola,	1996.
MATOS,	O.	C.	F.	A escola de Frankfurt:	luzes	e	sombras	do	iluminismo.	3.	ed.	São	Paulo:	
Moderna,	1993.
PIERINI,	F.	A Idade Média:	curso	de	história	da	Igreja	II.	São	Paulo:	Paulus,	1997.
PIO	XI. Quadragesimo Anno: Documentos	Pontifícios. Petrópolis:	Vozes,	1951.
PONTIFÍCIO	 CONSELHO	 JUSTIÇA	 E	 PAZ.	 Compêndio da doutrina social da Igreja.	 São	
Paulo:	Paulinas,	2006.
RICHARD,	P.	Morte das cristandades e nascimento da Igreja.	São	Paulo:	Paulinas,	1982.
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VV.	AA.	Nova história da Igreja.	Petrópolis:	Vozes,	1973.
ZAGHENI,	G.	A Idade Contemporânea:	curso	de	história	da	Igreja	IV.	São	Paulo:	Paulus,	
1999.
______.	A Idade Moderna:	curso	de	história	da	Igreja	III.	São	Paulo:	Paulus,	1999.
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