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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 CURSO DE PEDAGOGIA
BRUNA FERREIRA DA SILVA
PROCESSO EVOLUTIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E SEUS REFLEXOS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
ARAÇARIGUAMA
2020
 BRUNA FERREIRA DA SILVA
 
 Trabalho de conclusão de curso
 
	 Orientador : Marilia Cammarosano
PROCESSO EVOLUTIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E SEUS REFLEXOS ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
 
						 Bruna Ferreira da Silva
RESUMO: O Tecido da compreensão não se trama apenas com os fios do conhecimento cientifico. Alguns movimentos a favor da educação inclusiva, vem se fortalecendo a partir das últimas década, proporcionando mais oportunidades e sociabilidade a essas crianças com deficiência
PALAVRA-CHAVE: Inclusão e Atendimento Educacional Especializado
INTRODUÇÃO
Como era e como está a inclusão de crianças com deficiências, nas instituições de ensino regular?
Este artigo mostra um pouco sobre a inclusão de alunos em salas de aulas comuns, nos anos 70,80,90 até o ano atual, visando o progresso relacionado a inclusão decorrente em cada década e os reflexos nas salas de atendimentos educacionais especializados inseridas nas escolas comuns, especificando o público alvo para serem atendidos por esses especialistas de ensino inclusivo.
Os reflexos causados na vida dessas pessoas com deficiências em relação a educação; E algumas ideias de autores colaboradores para uma melhor ênfase e entendimento sobre o assunto.
A Escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças e o progresso de todos, adotando novas pratícas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas novas praticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. (ROPOLI, 2010).
Em ambientes escolares excludentes, a identidade normal é tida sempre como natural, generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas.
Ainda assim, concordando com (Ropoli), a autora do livro “O Desafio das diferenças nas escolas”, Maria Tereza Eglér Mantoan fala sobre o direito de todos á educação dentro e fora das escolas, e afirma que:
“ Embora já o progresso a caminho em direção de uma escola para todos seja grande, há muitas barreiras a serem transportadas, e que cada vez mais percebesse que precisa-se aprender de novo a pensar sobre inclusão e rever os conceitos sobre as praticas educativas, ainda que para isso seja necessário abandonar a segurança em relação ao saber, dos métodos e das linguagens que já possuímos e que também nos possuem! “ (Mantoan, 2011). 
Educação é um direito de todos, então porque a exclusão de crianças com deficiências de salas de aulas comum? 
 	Quando se fala em pessoas com deficiência e do direito á educação, surge, de imediato, a noção de que se fala de uma educação especial, diferenciada, talvez em ambientes segregados, de tão acostumados que todos estão a identificar tais pessoas como titulares apenas do direito a um ensino especial. Entretanto, esse costume de associar pessoas com deficiência a um ensino diferente e apartado vem sendo colocado em xeque. Há uma crescente constatação de que elas devem ter acesso á mesma escola e á mesma sala de aula que qualquer outro aluno. ( Mantoan, 2011). 
Mas para identificar a evolução que o mundo teve em relação aos deficientes e viabilizar a participação dos alunos que necessitam de um apoio escolar para seu melhor desenvolvimento, como uma proposta educacional diferenciada para acrescentar o que faltava para eles, oferecendo um ambiente que facilite o acompanhamento com os demais em sala de aula, adequando-os ao currículo normal, foi preciso passar por longos períodos de debates, processos, bom censo, estudos, estatísticas...e um longo trabalho psicológico com os familiares dessas pessoas com deficiência para que eles pudessem acreditar no desenvolvimento dos mesmos.
Antigamente as família escondiam essas crianças com deficiência, por acharem que elas eram incapazes de aprender ou trabalhar, essas famílias consideravam essas crianças inúteis ao ver da sociedade e sentiam vergonha em apresentar essas crianças a sociedade.
Porém, hoje essa visão que os familiares tinham dessas crianças, mudaram muito, pois eles conseguem ver o progresso na aprendizagem e no desenvolvimento desses deficientes. 
Na década de 70 foi quando se iniciou o trabalho de inclusão de alunos com deficiência em algumas escolas, desde que o alunos adequassem ao plano de estudos daquela instituição, essa adaptação do alunos poucas vezes acontecia.
Em meados dos anos 80, foi quando ocorreu os primeiros movimentos em direção da educação inclusiva no Brasil, com o ‘’Convenção de Direitos da Criança (1988), onde foi decretado por lei que haveria apenas um tipo de educação, e que a educação era um direito de todos, sem exclusão de classe social, raça ou cor, assim como sita ROPOLI em ‘’ A educação especial na perspectiva da inclusão escolar’’ mostra:
‘’Ambientes escolares inclusivos são fundamentados em uma concepção de identidades e diferenças, em que as relações entre ambas não se ordenam em torno de oposições binárias ( normal/especial, branco/negro, masculino/feminino, pobre/ rico). Neles não se elege uma identidade como norma privilegiada em relação ás demais’’. ( ROPOLI, 2011).
Mas até que as instituições viessem a aceitar essas crianças com alguma deficiência, precisou surgir leis para que esses alunos pudessem ser aceitos e pudessem conviver em sociedade, sem serem julgados ou descriminados ou serem tratados com diferença.
Antes de surgir a lei mais importante sobre a inclusão educacional, algumas escolas regulares começaram a aceitar alunos com deficiências em sala de aula comuns, mais eles precisavam se adequar as regras de ensino daquela instituição, caso contrário esses alunos não poderiam estudar naquela escola. Essas escolas apenas aceitavam esses alunos pelo simples fato de caridade, mais nada que fosse obrigatório, como sita Paulo Freire:
‘’ A educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante ‘’ (FREIRE, 2002, p. 58).
Leis essas que surgiram para mudar e ajudar essas crianças que tanto necessitavam ser inclusas na sociedade e na escola, mesmo aquelas instituições que não pretendiam adotar esse método de trabalho, muitas vezes por pré-conceito por parte das entidades de ensino e por seus funcionários mau formados, e por não terem muitas vezes suporte para agregar essas crianças, tiveram que incluir essas crianças a suas listas de matriculados para obedecer a lei a todos propostos.
Por volta dos anos 90 foi elaborado na Conferência Mundial sobre Educação Especial em Salamanca (uma cidade da Espanha) um documento chamado de Declaração de Salamanca’’. 
A Declaração de Salamanca ( Espanha,1994), foi o documento de origem e referência para a educação inclusiva no mundo. (1994, p.15).
 A Expressão ‘’necessidades educacionais especiais’’ refere-se a todas as crianças e jovens cujas carências se relacionam a deficiências ou dificuldades escolares. Neste conceito, terão que se incluir crianças com deficiência ou superdotados, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de população remota ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais. 
A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão social, ao lado da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração sobre Educação para Todos de 1990, ela é o resultado de uma tendênciamundial que consolidou a educação inclusiva.
A Declaração de Salamanca ampliou o conceito de necessidades educacionais especiais, incluindo todas as crianças que não estejam conseguindo se beneficiar com a escola.
Uma das implicações educacionais orientadas a partir da Declaração de Salamanca refere-se à inclusão na educação. Segundo o documento, “o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.
No Brasil, a educação inclusiva que visa inserir as crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular:
 Fundamenta-se na constituição federal de 1988, a qual garante a todos o direito a igualdade (art.5°). No seu artigo 205, trata do direito de todos á educação, visando ao ‘’ pleno desenvolvimento da pessoa. Seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho ‘’ (BRASIL.2004). No artigo 206, Inciso1, coloca como um dos princípios para o ensino a ‘’ igualdade de condições de acesso e permanência na escola ‘’ (BRASIL, 2004). Em conformidade com tal constituição o congresso nacional, por meio do decreto legislativo n° 198, de 13 de junho de 2001, aprovou nova lei baseada no disposto da Convenção de Guatemala, que trata de eliminação de todas as formas de discriminação contra a pessoa portadora de deficiência e deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual aos deficientes (BRASIL,2004). Paralelamente a estes documentos, declarações internacionais, como a Declaração Mundial sobre Educação para todos e a Declaração de Salamanca, reforçam movimentos me favor de uma educação inclusiva, afirmando uma situação de igualdade de direitos entre os cidadãos (OLIVEIRA, 2004).
No ano de 1990 foi lançado o Estatuto da Criança e do Adolescente, defendeu os direitos e fortaleceu os direitos da criança com deficiência a receber atendimento especializado em instituições de ensino regular pública ou particular. Segundo Fernandes (202, p.50):
	‘’ Pode-se comprovar esse direito ao verificar o capitulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente que diz: Capitulo IV – Direito a Educação, á cultura, ao Lazer 3 a 6 de novembro de 2009 – Londrina – Pr – ISSN 2175-960X 220 Art. 53. A criança e o adolescente tem direito a educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho assegurando-lhes: II – igualdade e condições para o acesso e permanência na escola; - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, preferencialmente nas redes regulares de ensino’’.
	 A Partir dessa década foi que realmente decretado por lei, que as escolas deveriam aceitar a inclusão de alunos com deficiência em sala de aulas comuns, e através de métodos especial essas escolas deveriam alfabetizar esses alunos onde eles passariam a estudar em series de seu nível de idades.
Até os anos atuais essas crianças com deficiência, recebem por lei, esse tipo de estudo, e tem seus direitos de estudo priorizados tanto quando estão na instituição quanto não podem frequenta-las. Alunos que tem muita dificuldade em ser frequente na escola regular de ensino, tem o direito de receber atendimento domiciliar por um profissional da educação.
‘’ O Tempo que levamos dizendo para que haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo e o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria. Paulo Freire (1993, p.10).’’
Esses documentos serviram de excelência mudanças da vida dessas crianças que antes não teriam chances de viver uma vida normal, e seriam excluídos da sociedade, e hoje conseguem ter uma vida normal de aprendizagem, e convivência social.
A questão da família ser presente nessa adaptação escolar é muito importante, porque a parceria escola e família ajuda muito a criança se socializar junto a outras crianças nesse começo.
A integração e socialização dessas crianças com deficiência junto a crianças ‘’normais’’, se faz necessária para o desenvolvimento psicomotor e social de cada uma delas, por isso a inclusão foi a melhor ideia a ser acatada por estudiosos.
Carvalho (2002, p.22),’’ ressaltou o objetivo principal da Declaração de Salamanca: A escola é o lugar onde todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter’’.
A Constituição não garante apenas o direito a educação, mas a Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (de janeiro de 2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o Atendimento Educacional Especializado ás necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Por muito tempo a Educação Especial organizou seus serviços de forma substitutiva ao ensino comum, ou seja atuou como um sistema paralelo de ensino. A atual Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008, reafirma o direito de todos os alunos á educação no ensino regular, recebendo, quando necessário, o Atendimento Educacional Especializado.
‘’ A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva define a Educação Especial da seguinte forma: a educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem comum do ensino regular’’ (secretaria de Educação Especial, 2008, p. 15)
Esse fragmento do texto da Política Nacional evidencia alguns pontos que devem ser destacados. O primeiro deles é que a Educação Especial é uma modalidade de ensino e não um sistema substitutivo de ensino. Portanto, a Educação Espacial não deve ser substitutiva ao ensino regular e sim, complementar e/ou suplementar a educação. Sendo oferecida de forma substitutiva, ela é incompatível com o princípio de igualdade referido acima, porém, sendo ofertado de forma complementar e/ou suplementar, a educação especial não impede que o alunos frequente o ensino regular. Em termos mais simples, quer dizer que não deve haver sistemas paralelos de ensino especial, como por exemplo, escolas especiais com séries ou anos funcionando conforme o ensino regular, mas se destinando exclusivamente ao ensino de alunos com necessidades educacionais especiais.
Outro ponto que merece destaque é a Transversalidade da Educação Especial. Dessa forma a educação especial, atua de forma complementar ou suplementar \o sistema regular de ensino, tanto na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino médio) quanto no Ensino Superior.
Assim como o atendimento educacional especializado, os professores não substituem as funções do professor responsável pela sala de aula das escolas comuns que tem alunos com deficiência incluídos.
A Tecnologia assistida constitui uma área de conhecimento de fundamental importância para as praticas de AEE. A partir da TA, é possível alcançar um dos maiores objetivos do AEE: garantir participação dos alunos com deficiência nas atividades da educação escolar.
O Ministério de Educação tem investido técnica e financeiramente para a implementação da TA na escola comum, por meio do espaço destinado a realização do AEE: as salas de recursos multifuncionais.
As salas de recursos multifuncionais (SRM) são espaços localizados em escolas de educação básica onde se realiza o atendimento educacional especializado (AEE) para os alunos identificados como público-alvo da educação especial. As SRM contam com equipamentos, recursos de acessibilidade e materiais pedagógicos capazes de potencializar o processo de escolarização desses estudantes. É importante ressaltar que tais dispositivos podem ser construídos pela própria equipe pedagógica, com o objetivo de eliminar as barreiras para a plena participação dos alunos no ambiente escolar e demais espaços de sociabilidade.
NasDiretrizes Operacionais da educação especial para o atendimento educacional especializado na educação básica instituída com base na Constituição Federal de 1988; na política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva de janeiro de 2008; no decreto legislativo n° 186de julho de 2008 e no decreto n° 6571 de 18 de setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, consta o seguinte acerca do público-alvo desse atendimento:
- Alunos com deficiência física, intelectual, mental ou sensorial.
- Alunos com transtornos globais de desenvolvimento.
- Alunos com altas habilidades/superlotação.
Podemos perceber através dessas definições que as políticas nacionais de educação especial deixam claro quais alunos serão atendidos por essas modalidades de ensino.
É importante esclarecer que:
- esse atendimento refere-se ao que e necessariamente diferente da educação em escolas comuns e que é necessário para melhorar atender as especificidades dos alunos com deficiência, completando a educação escolar e devendo estar disponível em todos os níveis de ensino.
- é um direito de todos os alunos com deficiência que necessitaram dessa complementação e precisa ser aceito por seus pais ou responsáveis e/ou pelo próprio aluno.
- o ‘’ preferencialmente’’ na rede regular de ensino significa que esse atendimento deve acontecer prioritariamente nas unidades escolares, sejam elas comuns ou especiais devidamente autorizadas e regidas pela nossa lei educacional. A Constituição admite ainda que o atendimento educacional especializado possa ser oferecido fora da rede regular de ensino, já que um completo e não um substantivo do ensino ministrado na escola comum para todos os alunos.
- o atendimento educacional especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas comuns, com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais.
- as ações do Atendimento Educacional são definidas conforme o tipo de deficiência que se propõe a tender. Como exemplo, para os alunos com deficiência auditiva o ensino da linguagem brasileira de sinais – LIBRAS, de português como segunda língua, ou para os alunos cegos, o ensino do código ‘’ Braille’’, de mobilidade locomoção, ou o uso de recursos de informática, e outros.
- os professores que atuam no atendimento educacional especializado, além da formação básica em pedagogia, devem ter uma formação especifica para atuar com a deficiência a que se põe a atender.
A grande maioria dos professores ainda tem inúmeros questionamentos e duvidas de como trabalhar com o aluno de inclusão, as expectativas são muitas e ás vezes causam até frustações, pois os resultados não são imediatos e o despreparo angustia o professor, com isso o professor se sente impotente diante da situação causando uma sensação de impotência e desconforto, dificultando assim a proposta de inclusão.
Por um lado os professores julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, frente a essa realidade que é agravada pela falta de capacitação para trabalhar com esses alunos. A grande dificuldade dos professores pode ser sentida nos comentários, ‘’eu não estou preparado para trabalhar com inclusão’’.
Uma grande proposta e de importante valor para que o trabalho de inclusão seja de excelência seria a ‘’ Formação Continuada’’ de professores, porque seria através dessa proposta que os professores teriam todas as respostas para suas duvidas. 
A formação continuada é um recurso em prol da educação, no qual os educadores devem se apropriar para fazer a diferença na sociedade inclusiva, pois a mesma desempenha um papel importantíssimo e uma visão crítica do educador acerca do contexto escolar e da inclusão social, com vistas a buscar procedimentos e métodos educativos na reabilitação dos alunos com necessidades educacionais especiais, onde, aos poucos, pode-se, desenvolver as habilidades cognitiva, motora, reflexiva e artística dos educandos com limitações. Na educação especial e inclusiva, a formação docente é parte fundamental na inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Destaca-se a seguir o fragmento do texto que trata dessa linha de ação (BRASIL 2004):
A formação deve se assentar num processo contínuo, que garanta a todos os professores os conhecimentos e competências necessários para educarem todos os alunos da forma mais eficaz, possibilitando que alguns professores assegurem
ações de apoio junto aos colegas e dos alunos com necessidades educativas mais comuns e especializem outros para o atendimento dos alunos com problemas de maior complexidade e de baixa incidência.
	O objetivo é viabilizar a participação de alunos que necessitam de um apoio escolar, uma proposta educacional diferenciada, oferecendo um ambiente que facilite o acompanhamento com os demais em sala de aula, adequando-se ao currículo normal.
 
APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA UTILIZADA 
A Pesquisa qualitativa que foi realizada neste projeto, tem extensão em pesquisa e estudos especificos realizados em sites confiáveis e livros baseados em bibliografias de autores que entendem do assunto e nos transmite com clareza seus conhecimentos, livros esses, indicados por pessoas que tem conhecimento adquiridos formação acadêmica na área de educação inclusiva. Essa pesquisa, toma como base a educação inclusiva e para que a mesma pudesse ser concluída com clareza foi aprofundado estudos através de pesquisas concertas e saberes conclusivos em relação ao assunto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mudanças são fundamentais para a inclusão, mas exige esforço de todos para que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento e diversidade. Para isso, os processos de inclusão precisam serem revistos, capacitações são urgentes e necessárias para que o aluno seja favorecido na construção do conhecimento ao longo da vida e todos independentes das dificuldades, possam se beneficiar de maneira eficiente, com oportunidades idênticas independente de suas eficiências ou deficiências, isso exige da escola em um todo uma mudança de postura, além da redefinição de papeis que possam assim favorecer o processo de inclusão.
A autora Edilene Ropoli em sua publicação ‘’A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão’’, traz a importância da inclusão escolar na vida da criança com deficiência rompendo com o paradigma de que a deficiência as fazem diferentes.
‘’A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Ela questiona a fixação de modelos ideais, a normalização de perfis específicos de alunos e a seleção dos eleitos para freqüentar as escolas, produzindo, com isso, identidades e diferenças, inserção e/ou exclusão’’.( Ropoli, 2010)
A autora enfatiza que acabou a época da ditatura, onde nada se ‘’poderia’’, mostra um pensamento democrático onde não apenas o ‘’comum é normal’’, que o normal é aceitar as diferenças e respeita-las cada qual á sua maneira.
Fala que todos tem sua identidade própria e suas diferenças, onde ninguém nasceu perfeito e que deficiência não significa empecilho, traz a ideia de que tudo se consegue e se constrói com muito esforço e dedicação independente das limitações físicas, e afirma que a diversidade e a multiplicidade são coisas muito diferentes :
 A educação inclusiva questiona a artificialidade das identidades normais e entende as diferenças como resultantes da multiplicidade, e não da diversidade, como comumente se proclama. Trata-se de uma educação que garante o direito à diferença e não à diversidade, pois assegurar o direito à diversidade é continuar na mesma, ou seja, é seguir reafirmando o idêntico. (ROPOLI, 2010).
Explica que a diversidade reafirma o idêntico, ou seja continua da mesma maneira limita-se ao que já se tem, e a multiplicidade traz a diferença, ou seja o novo, apresenta novas maneiras e oportunidades, se multiplica... 
Ela enfatiza que o direito a educação é por Lei, de todos. E dever da família, sociedade e escola a socialização dessas crianças, e que o caminha a aprendizagem e desenvolvimento será muita mais curto tendo em vista a inclusão.A educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas idéias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferença (ROPOLI, 2010).
 Concordando com o entendimento de ROPOLI, a autora MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN, pedagoga, especialista em educação de pessoas com deficiência mental e mestre, doutora em psicologia e pioneira e na defesa do direito a todos a educação, em sua publicação ‘’O Desafio das diferenças nas escolas”, fala que:
Não podemos, contudo, negar que o nosso tempo é o tempo das diferenças e que a globalização tem sido, mais do que uniformizadora, pluralizante, contestando as antigas identidades essencializadas, temos o direito de ser , sendo diferentes ( MANTOAN p.30).
Transparece que novos tempos estão chegando a cada momento e que as diferenças no novo hoje já são universal como um todo, que todos são iguais independente de limitações.
Os caminhos educacionais estão se abrindo á custa de muito esforço e da perseverança de alguns diante da resistência de muitos. Estamos sempre travados por uma ou outra situação que impede o desenvolvimento de iniciativas visando á adoção de posições/medidas inovadoras para a escolarização de alunos com e sem deficiência, nas escolas comuns de ensino regulare nas que ofercem serviço educacionais especializados (MANTOAN, 2011)
A autora enfatiza que o caminho pela igualdade não é um caminha curto e fácil a ser percorrido, embora, a exista leis que precisam ser seguidas, existe a descriminação por parte de pessoas leigas, mais a luta é diária e o andar é lento mas positivo.
Já o autor Filósofo e Politico RAWLS, vai um pouco em desencontro aos pensamentos das autoras ROPOLI E MANTOAN, afirmando que:
‘’ Assim, somos levados ao princípio das diferenças, se desejarmos montar o sistema social de modo que ninguém ganhe ou perca devido ao seu lugar arbitrário na distribuição de dotes naturais ou á sua posição inicial na sociedade sem dar ou receber benefícios compensatórios em troca’’ (2002, p 108).
Em sua obra ‘’Teoria da justiça’’, Rawls (2002) opõe-se as declarações do direito do mundo moderno, caminhando em direção das propostas escolares inclusivas, o referido autor defende que a distribuição natural de talentos ou a posição social que cada individuo ocupa não são justas, nem injustas. Oque se torna justo ou não são as maneiras pelas quais as instituições (no caso, as educacionais) fazem uso delas. Ele sugere, então uma igualdade democrática, que combina o princípio da igualdade d oportunidade com o princípio da diferença.( RAWLS, 2002, P. 79)
Um pensamento egoísta onde combinando esses dois princípios ele reconhece que as desigualdades naturais e sociais são imerecidas e precisam serem reparadas e compensadas, e o princípio a diferença é oque garante essa reparação, visando a igualdade.
Enfatizando a percepção e conhecimento de PAULO FREIRE onde ele mostra que a educação é um item essencial para a vida e nos deixando também o pensamento de que todos temos direitos a aprendizagem e ao conhecimento, que ele tem toda a razão quando diz que:
‘’ Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar’’ (PAULO FREIRE).
O Direito ao ensino deve ser dado a todos, não apenas a alguns membros da sociedade, e a diferença está no modo em que vemos as coisas, na maneira que enxergamos o próximo. O deficiente aprende a sua maneira, permitindo que ele faça coisas por si mesmo, porque ele é sim capaz.
Mais um motivo para se afirmar a necessidade de repensar e de romper com o modelo educacional elitista de nossas escolas e de reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida, e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao decorrer das décadas, muito grande foi as mudanças em relação a educação inclusiva, Nas décadas de 70 e 80 percebe-se que a inclusão de alunos com deficiência em instituições escolares, ainda não era uma lei totalmente concreta, onde as escolas eram obrigadas a receber e alfabetizar os alunos, mais já era um início para que a inclusão acontecesse apesar do caminhar ser muito lento, o progresso e sucesso esta sendo garantido e positivamente.
O desenvolvimento de leis a favor da educação inclundente, a favor de alunos com deficiência, tem ajudado demais no desenvolvimento cognitivo de aprendizagem dessas crianças, pelo simples motivo dessas crianças poderem conviver com crianças comuns e por elas terem o direito de levar uma vida normal como qualquer outra criança, sem ser excluída da sociedade em geral
É um direito de todas as crianças com deficiência serem matriculadas em escolas regulares e em sala de aulas comuns. É de obrigação dessas escolas fazerem a inclusão desses alunos com deficiência no âmbito escolar dessas instituições de ensino, para que essas crianças possam conviver em sociedade e desenvolver seus conhecimento com mais facilidade.
A sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns. Essa sala deve proporcionar situações de aprendizagem através de vivencias grupais, com recursos diversos e valores que tornem os alunos integráveis, sociaveis, capazes de conviverem em sala de aula comum.
Deve-se ficar claro que, o atendimento educacional especializado, não se trata de uma aula de recuperação e nem de uma aula particular, e sim que esta voltado para a aprendizagem de habilidades, valores e conceitos que promovem a condição para que os alunos com deficiência possam construir suas inteligências dentro do quadro de recursos intelectuais.
Para que a inclusão seja eficiente, será necessário rever uma serie de conceitos, pré-conceitos, e novas praticas pedagógicas. É necessário conhecer e utilizar novas tecnologias e investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda a comunidade escolar e focar na formação profissional do professor.
 
 REFERÊNCIAS 
<http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/3512/1/FPF_PTPF_01_0435.pdf>06 de outubro de 2019
<http://cape.edunet.sp.gov.br/cape_arquivos/LegislacaoEstaduual/B1_4_21_LEGISLACAO_ESTADUAL_RESOLUCOESL_ATEND_ESCOLAR_DOMICILIAR_Resolucao_SE_25_01_04_2016.pdf>05 de outubro de 2019
<https://www.educabrasil.com.br/declaracao-de-salamanca/>acesso em 02 de outubro de 2019
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0065.html>acesso em 01 de outubro de 2019
< http://portal.mec.gov.br/acessibilidade-sp-940674614/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12656-saberes-e-praticas-da-inclusao-ensino-fundamental> acesso em 23 de março de 2020
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=424-cartilha-c&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192>acesso 23 de março de 2020
<http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2009/029.pdf>acesso em 01 de outubro de 2019
GOMES, Adriana L. Verde. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência intelectual, Ceará: Univ. Fed. Ceará, 2010.
MANTOAN, Maria T. INCLUSÃO ESCOLAR: O que é? Por quê? Como fazer? - 1ª ed São Paulo: Moderna, 2003.
ROPOLIN, MANTOAN, DOS SANTOS, MACHADO. A ESCOLA COMUM INCLUSIVA. – coleção ( A Educação Especial na Perspectiva da inclusão Escolar ) – Brasília, 2010: ministério da educação.
 
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/25849/1/A_Escola_Comum_Inclusiva.pdf<acesso em 05 de outubro de 2020>
https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/politicas-publicas/<acesso em 06 de outubro de 2020>
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