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Projeto Integrador II Daia

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37
1.Introdução
Sempre pensei em como incluir é importante na vida das pessoas com necessidades especiais, quando adolescente minha mãe trabalhou na APAE da cidade de São José do Cedro SC, seguidamente ia visita-la o que proporcionou-me um olhar diferenciado sobre as capacidades de pessoas com necessidades especiais. 
Hoje como acadêmica da Faculdade Anhanguera polo de Caxias do Sul, futura professora fez com que eu refletisse sobre como é atuação dos professores em sala de aula, recentemente formei-me no Curso Normal “Magistério”, durante meu estágio tive a oportunidade de atuar na Escola de Ensino Fundamental Cônego Alberto Shwade na turma do 2º ano do Ensino Fundamental, na qual experiência foi maravilhosa haviam 24 alunos, um em especial portador do Transtorno de Espetro Autista. 
O que me motivou escolher este tema como eixo central da minha pesquisa, realizei leitura e análise da proposta da Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional (LDB 9394/96) para educação inclusiva, neste momento realizei uma autorreflexão sobre o meu atuar em sala de aula, quantas vezes realmente consegui incluir o aluno especial nas atividades propostas? 
Perguntei-me se realmente isso é incluir, ou é uma inclusão excludente mascarada na forma da lei, o que a sociedade ganha com isso? O que crianças como aluno ganham com uma inclusão? O que me levou ao estudo da história da inclusão escolar.
As pesquisas tiveram como objetivo analisar as teorias, leis e a realidade em sala de aula relatada por professores, que papel o professor tem na construção do desenvolvimento destas crianças, se isso é a inclusão que tanto pais como sociedade almejam, ou ainda esperam por melhorias principalmente no âmbito escolar.
1.1Justificativa
As pesquisas referentes ao assunto são de suma importância pois relatam as conquistas da inclusão e a igualdade das oportunidades de desenvolvimento cognitivo, psicomotor de todos, garantindo oportunidades para todos os indivíduos da sociedade em todas as esferas da vida, possibilitando a aceitação das diferenças. Incluir todos sem exceções, garantir educação de qualidade desconsiderando qualquer tipo de discriminação. A inclusão rompe as barreiras impostas pelo conservadorismo das escolas, principalmente em sala de aula, propõem aos professores transformações em seus conceitos, metodologias, planejamentos e atuação.
Inclusão escolar faz-se cada dia mais presente, trazendo consigo um desafio especialmente para os professores, que provoca indagações na maioria dos docentes, pois não conseguem atingir seus objetivos com educandos seja especial ou não, usufruírem uma educação de qualidade.
Existem muitas concepções teóricas das quais os professores utilizam em seus planejamentos e metodologias, que geram conflitos com a realidade da atualidade das salas de aula, o que favorece ainda mais as dificuldades do professor, no que se refere a prática metodológica, especialmente, em ministrar os mesmos conteúdos para alunos comuns e alunos inclusos. Percebe-se os professores estão despreparados para atuar com alunos especiais, mesmo quando estes veem participando das formações continuadas oferecidas pelas Secretarias de Educação 
É fato que a inclusão escolar traz em si um novo paradigma de educação, caminhos desconhecidos tanto para os professores como todas as escolas públicas ou privada não estão preparadas para a efetiva inclusão escolar de pessoas com necessidades educativas especiais, seja na estrutura ou documental com currículos tradicionais, com Projeto Político Pedagógico que não contemplam a educação inclusiva com as mudanças necessárias, que na prática fica engavetado, é apenas mais um arquivo.
Educação inclusiva sugere muitas mudanças na escola pública ou privada, tornando-se verdadeiramente inclusiva, em primeiro lugar rever o Projeto Político Pedagógico, as propostas curriculares e inclusivas, no que diz respeito à formação continuada dos professores, proporcionando não só um momento de formação, mas sim uma qualificação docente na qual o professor saiba como atuar perante ao aluno especial.
Ainda vivemos em uma sociedade repleta de preconceitos sobre a inclusão escolar, outra é estrutura física das escolas, falta de incentivo financeiro pelos órgãos responsáveis e da própria escola que não está preocupada em se adequar para a receber alunos especiais, desta forma é preciso que as escolas deem o primeiro passo para tornar a inclusão significativa na vida dos alunos com necessidades especiais. As escolas devem tronar a inclusão da forma mais tranquila possível, já que a inclusão está prevista em nossa Constituição, é um direito inalienável e como direito subjetivo que é, poderá se constituir um crime a escola que não receber alunos que tiver necessidades especiais.
A inclusão parte do princípio fundamental de aceitar as diferencias de todos, sendo assim todas as escolas devem aceitar crianças ou adultos independentes de suas limitações, os sistemas de ensino precisam encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças, inclusive às com deficiências graves. No que diz a respeito da formação continuada dos professores, devem ser orientadas em entender também, que é preciso desconstruir concepções tais como a ideia de que a escola inclusiva requer muito treinamento e só é possível concretizar com especialistas em educação especial, a ideia de que somente turmas homogêneas de alunos garantem o desenvolvimento de um bom trabalho.
O trabalho é de suma importância pois nos leva a refletir sobre o desafio que os professores encontram em sala de aula, quais as possíveis soluções para amenizar a problemática, em quanto escola democrática tendo em vista que a educação inclusiva beneficia não só o indivíduo, mas sim toda a sociedade. 
1.2 Problema 
.
Sabemos que toda história da humanidade se modificou conforme os anos passaram, estudos foram comprovados por meio de pesquisas, experimentos laboratoriais, não foi diferente com as conquistas dos direitos de portadores de necessidades especiais, eram uma minoria passam despercebidos, esquecidos, abandonados ou até mesmo mortos e determinadas comunidades, ou épocas. O marco mais importante das conquistas de direitos à igualdade foi “Conferência Mundial de Necessidades Educacionais e Especiais: acesso e qualidade”, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Salamanca - Espanha, em 1994. Desde então foi estabelecido que as escolas regulares devem acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais (ONU, 1994), assim a sociedade obteve conhecimento sobre o assunto, evitando a exclusão total ou parcial de todos que são portadores de deficiências físicas ou cognitivas.
O fato é que muitas coisas mudaram, nas Leis que garantem transformações na vida destas pessoas como cidadãos de direitos, ativos, mas observamos que principalmente nas escolas a inclusão ainda continua com caráter excludente, muitas são as fragmentações que levam aos professores, educadores, coordenação pedagógica ficarem impossibilitados de resolver os problemas da inclusão/excludente em sala de aula.
As escolas no Brasil inteiro estão lotadas, muitas não contam com material adequado, adaptado para crianças com necessidades especiais, os professores estão sobre carregados, sem auxilio em sala de aula tem que dar conta do conteúdo proposto na BNCC, e a cada dia que passa o índice de crianças com necessidades especiais aumentam nas escolas regulares. O que nos traz um problema já decorrente que só cresce.
As escolas estão preparadas? Os professores estão preparados para atender estes educandos? Os órgãos governamentais e não governamentais estão buscando solução para o problema que professores em todo o país enfrentam?
1.3 Objetivo Geral
· Analisar as dificuldades do trabalho docente em relação aos alunos especiais, se a formação continuada para professores tem auxiliado na inclusão, oferecendo assim uma educação de qualidade; 
1.4 Objetivos Específicos 
· Pesquisar momentos históricos da educação especial,seus direitos, desde o período imperial do Brasil e sua completa exclusão da sociedade até os processos inclusivos; 
· Apresentar alguns conceitos necessários à compreensão do que é educação especial;
· Conhecer as políticas educacionais referentes a educação especial, e sua adaptações no currículo;
1.5 Metodologia 
A proposta metodológica desta pesquisa se caracteriza como uma pesquisa descritiva, ou seja, qualitativa, onde houve uma interação efetiva entre pesquisador e pesquisados. Para iniciar a pesquisa foi realizado leituras sobre o tema inclusão escolar, algumas teorias sobre a interação do sujeito com o meio que auxiliam em seu desenvolvimento cognitivo, foram contatados vários professores e professoras da rede pública de ensino da cidade de Feliz, que atuam em diferentes escolas do município tanto de Ensino Fundamental e Infantil, e entrevista com uma psicopedagoga que atende alunos especiais na sala de AEE no Colégio Estadual Professor Jacob Milton Bennemann
A partir dos dados obtidos por meio do questionário, buscou-se a observação das reais condições que os professores convivem em relação ao processo de inclusão dos alunos especiais, observando o funcionamento das suas práticas inclusivas, se seus objetivos foram alcançados, suas dificuldades. 
As observações serão um instrumento de caráter exploratório, visando observar e avaliar as práticas pedagógicas dos professores entrevistados, se os alunos especiais interagem em sala de aula. As observações serão para identificar o problema a ser investigado, que somarão com riqueza os dados da pesquisa e compreensão do estudo realizado.
1.6 CRONOGRAMA 
	ATIVIDADES 
	MESES 
	
	Ago. 
	Set. 
	Out.
	Nov.
	Dez.
	
	Observar orientações 
	X
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica 
	
	X
	
	
	
	
	Pesquisa de campo
	
	X
	X
	
	
	
	Análise do material coletado 
	
	X
	X
	
	
	
	Redação do artigo
	
	
	X
	
	
	
	Finalização do artigo
	
	
	X
	
	
	
	Postagem do artigo
	
	
	X
	X
	
	
Referências
 BEYER, H.O. (1999). O fazer psicopedagógico: A abordagem de Reuven Feuerstein a partir de Piaget e Vygotsky. Porto Alegre: Mediação. 
 Meschiel Romilda (07/06/2016). https://www.sabernarede.com.br/jean-piaget-para-onde-vai-a-educacao-resenha-do-livro/
Siquera Albernaz Maria Lêda (2014). http://www.unitau.br/files/arquivos/category_154/MPH1015_1427392151.pdf BRASIL, Lei nº 4024/61. Diretrizes de Base da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1961. Disponível em: http://www.in.gov.br/mp. Leis/leis texto.asp. Acesso em 20/03/2019.
http://www.in.gov.br/mp. Leis/leis texto.asp. Acesso em 23/03/2019.
BRASIL, Lei nº 9394/96. Diretrizes de Base da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.in.gov.br/mp. Leis/leis texto.asp. Acesso em 08/04/2019.
PIAGET, J. Para onde vai a Educação. Rio De Janeiro: José Olímpio,1998.
Dedicatória
À minha família, pôr sua capacidade de acreditar em mіm е investir em mim. Mãe, pai se não fosse o empenho, sеυ cuidado е dedicação fоі que deram, em alguns momentos, а esperança para seguir. Pai, sυа presença significou segurança е certeza de qυе não estou sozinha nessa caminhada, se não fosse sua ajuda financeira não poderia ter continuado a estudar.
Agradeço a Deus por me presentear com ais maravilhosos como os que tenho, por ter me dado força, sabedoria para continuar esta caminhada tão importante.
Lista de tabela 
Tabela 01 – Opinião dos docentes sobre a Concepção de ensino aprendizagem.............................................................................................................40
Tabela 02 – Tipos de recursos que costumas utilizar para motivar seus alunos portadores de necessidades especiais quanto a participação na sala de aula.............................................................................................................................41
Tabela 03 – Tabela 03: Professor você tem conhecimento de Projetos que escola desenvolve oportunizando a participação dos alunos inclusos em igualdade de condições com os demais alunos..............................................................................43
Tabela 04- Entrevista com a psicopedagoga.............................................................44
 Resumo 
Sabemos que não é recente as conquistas dos direitos de inclusão na sociedade, porem nos últimos anos é que acontece um grande salto para melhorias na vida dos portadores de necessidades espécies, para ser mais exato foi a partir da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha) em junho de 1994, teve, como objeto específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais. 
Após a Conferencia várias mudanças aconteceram nas Leis que regem sobre a educação no Brasil, algumas alterações nas escolas começando pelo PPP, planejamento, práticas pedagógicas, formação continuada dos professores. Mas a educação tem um longo caminho pela frente no que diz a respeito sobre educação inclusiva, ainda vivenciamos a exclusão, mas de forma diferente que anos anteriores aos fatos já mencionados.
Palavras chave: Direitos, Inclusão, formação continuada
Sumário 
211. Introdução
231. Desenvolvimento
261.1 Diretos garantidos para educação inclusiva
311.2 Conceito de inclusão
341.3 Educação Especial nas Políticas Educacionais
371.4 Adaptações Curriculares para a Educação Especial
421.5 Formação de Professores para uma Educação Inclusiva
452. Procedimentos Metodologicos 
452.1 Tipo de Pesquisa
462.2 População da pesquisa
462.3 Instrumentos da pesquisa
462.4 Análise dos dados
472.5 Resultados da pesquisa
553.Conclusão
1. Introdução
O projeto mostra a realidade da inclusão nas escolas, tem por objetivo analisar a proposta da LDB para educação inclusiva, a realidade das escolas e a relação dos professores em sala de aula com este novo desafio, que traz vários problemas em sala de aula no que diz respeito a prática pedagógica, educação inclusiva foi vista, num primeiro momento, como uma inovação na Educação Especial, hoje percebe-se que está voltada uma tentativa de transparecer a sociedade que há uma educação de qualidade para todos inclusive para os indivíduos com necessidades especiais.
Falar em inclusão é de grande interesse político em nossa sociedade, por vivermos em uma época que o respeito à diversidade, a garantia do direito à participação social das pessoas, indiferente de suas etnias, preferencia religiosa, gênero, condições sociais e econômicas, físicas e psicológicas, aparecem como uma questão ética, que promovem reivindicações por uma sociedade mais justa e igualitária.
Sendo assim vimos que a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva dispõe que o público-alvo da educação especial é constituído por alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Para garantir um melhor entendimento do assunto nas escolas acontece a formação continuada dos professores, que tem sido apresentada pelas discussões como o tema central no processo de inclusão e atendimento de alunos com necessidades especiais, já que por lei está garantido sua matricula em escola regular, sendo assim hoje que deve se adequar a realidade do aluno é o professor. 
Oportunizando assim ao professor ver o aluno portador de necessidade especial de forma diferente, identificar conceitos que vêm sendo alterados permite ao docente identificar suas próprias limitações e pré-conceitos. Escola inclusiva é aquela que consegue trabalhar sem discriminar seus alunos, indiferente de suas limitações, proporcionando-lhe sucesso em sua aprendizagem. 
A educação especial é resultado de muitas conquistas, que levaram a sociedade mudar suas concepções sobre o diferente, ou seja, houve um avanço nas políticas públicas, o que levou os movimentos sociais pressionarem o Estado na viabilizaçãode seus direitos como sujeitos sociais e a formação de profissionais da educação, principalmente dos professores, que por consequência transforma a sociedade, o universo do trabalho e a economia do país. 
 Assim, este trabalho justifica-se por auxiliar os professores a analisarem e refletirem sobre os desafios e dificuldades quanto a educação especial e a educação inclusiva nas escolas. Neste sentido o trabalho irá referir-se sobre a temática de que a inclusão não deve estar voltada somente na presença do indivíduo com necessidades especiais na escola regular, e sim seja significativa está inclusão na vida destas crianças e futuros cidadãos.
Com o objetivo geral analisar as dificuldades do trabalho docente em relação aos alunos especiais, se a formação continuada dos professores tem auxiliado na inclusão para uma educação de qualidade, sendo assim que todos tenham possibilidade de progresso em suas vidas na sociedade. A pesquisa de campo foi realizada em uma escola municipal da cidade de Feliz RS, ainda realizamos uma entrevista com uma psicopedagoga que atente em uma sala de AEE do colégio Estadual da mesma cidade, com perguntas para os professores sobre quais são as realidades vivenciadas na sala de aula com tantas diferenças quanto perspectiva de inclusão, teve ainda como objetivos específicos, o propósito de abordar momentos históricos da educação especial, seus direitos, desde o período Imperial e sua completa exclusão da sociedade até os processos inclusivos, apresentar alguns conceitos da educação especial, conhecer as políticas educacionais referente a educação especial, suas adaptações curriculares, realizar uma pesquisa de campo, buscando conhecer as dificuldades do professor quanto o planejamento e a prática pedagógica em sala de aula, e assim, espera-se que esta reflexão, realizada por meio da presente pesquisa, em um todo venha auxiliar os professores a analisarem e refletirem sobre os desafios e dificuldades quanto a educação especial e a educação inclusiva nas escolas. 
1. Desenvolvimento
1.1.1
História da Educação Especial e alguns Direito previstos em Lei 
Em meados do XIX alguns brasileiros inspirados no sistema educacional na Europa e Estados Unidos, organizaram serviços para atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos. Por um século, estas medidas caracterizaram-se como iniciativas oficiais e particulares isoladas, ruminando o interesse de alguns educadores pelo atendimento educacional dos portadores de necessidades especiais. No final dos anos cinquenta e início da década de sessenta no século XX, a política educacional brasileira vem acontecer, inicialmente com pequenas medidas. 
Dedes o Brasil - Império, a Constituição de 1824, diz que a educação é um direito de todos os brasileiros. Tendo esse direito mantido nas Constituições de 1934, 1937 e 1946. Além da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual se afirma o princípio da não discriminação e proclama o direito de toda pessoa à educação, inclusive, do portador de necessidades especiais. 
No início da Republica uma grande massa de trabalhadores lutava para que direitos fossem garantidos na tentativa dê atenuar as desigualdades sociais. As escolas são criadas nesse sentido, na condição de ocupar o tempo livre das crianças, que foram também alvo das políticas sociais, então começa uma busca por igualdade oportunidade para todos sem restrições e discriminações. Partir de então a escolaridade ganha obrigatoriedade e a bandeira em favor da educação é levantada. 
A expansão escolar sofre impulso, surgem as campanhas nacionalistas e com elas as reformas educacionais. Revela-se o entusiasmo pela educação. O "otimismo pedagógico" se faz presente nas propostas educacionais, por intermédio do ideário escola novista que penetra nas escolas, incrementando técnicas e métodos de ensino.
A educação especial só vem acontecer a partir do final da Segunda Guerra Mundial, mediante a criação de entidades privadas, dos primeiros serviços de Educação Especial nas Secretarias Estaduais de Educação e das Campanhas Nacionais de Educação de Deficientes, ligadas ao Ministério da Educação e Cultura. 
Na década de 1970, houve crescimento de instituições privadas de Educação Especial e das redes públicas, com a criação de classes e escolas especiais em todo o território nacional. Até meados dessa mesma década, a questão da deficiência no Brasil sempre foi encaminhada pelos técnicos ou responsáveis, considerados “especialistas na área”. A tônica central de todas as reivindicações em torno do tema era o paternalismo, o assistencialismo e a tutela, defendendo a institucionalização (BRASIL, 1990, p. 40). 
O movimento denominado “ interação” foi a primeira atividade no Brasil voltado ao atendimento dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo o deficiente mental, e o respeito às condições e às possibilidades desse alunado. Durante os anos de 1970 e1980, surge então algumas normas que são expressas em termos, como: “sempre que possível”, “desde que capazes de se integrar”, tornando a inclusão limitada e restrita. Que por sua vez não deixa claro o direito de ir e vir, de saúde, de trabalho, de educação, de lazer, da forma como são implantados hoje, pois, para que tais direitos sejam respeitados, a sociedade precisa mudar seus conceitos, acolhendo todos indiferente de suas limitações.
Até o final da década de 60 do século passado, os métodos educacionais eram voltados para crianças e jovens, que por algum motivo foram impedidos de frequentar as escolas de ensino regular por causa de suas limitações tanto físicas como cognitivas. Houve uma campanha muito forte que seria melhor para o alunado frequentar escolas de ensino especial. 
 A Educação Especial foi, então, constituindo-se um sistema paralelo ao geral, até que, por motivos morais, lógicos, científicos, políticos, econômicos e legais, surgiram as bases para reivindicar e fundamentar as práticas de integração na escola regular (MENDES, 1996, p. 26). 
Em 1988 Constituição Federal que diz no artigo 208, que trata da Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, afirma que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Nos artigos 205 e 206, afirma-se, respectivamente, “a Educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho” e “a igualdade de condições de acesso e permanência na escola”. 
Um ano depois foi aprovada a Lei Nº 7.853, o texto dispõe sobre a integração social das pessoas com deficiência. Na área da Educação, por exemplo, obriga a inserção de escolas especiais, privadas e públicas, no sistema educacional e a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino. Também afirma que o poder público deve se responsabilizar pela “matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino”. Ou seja: excluía da lei uma grande parcela das crianças ao sugerir que elas não são capazes de se relacionar socialmente e, consequentemente, de aprender. O acesso a material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo também é garantido pelo texto.
Durante a década de 1990, constatou-se uma intensificação em debates sobre a temática acerca da integração, com novos questionamentos sobre qual deve ser o papel da escola frente à diferença, integrando à necessidade os sistemas especiais e regulares. Aconteceu a substituição da ideia de educação visando à homogeneidade para a educação voltada à diversidade e, no ensino especial, houve a mudança no foco da educação como categorial para a ênfase no conjunto de recursos/apoios/suportes a serem oferecidos aos alunos com deficiências. 
 Esse processo resultou nos encontros internacionais esses eventos foram a Conferência Mundial de Educaçãopara Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e a Conferência Mundial de Educação Especial realizada em 1994, em Salamanca, na Espanha, de onde se originou um importante documento, base e apoio, denominado de Declaração de Salamanca. 
A partir da Declaração de Salamanca, o Brasil implantou políticas de inclusão dos alunos com deficiências no ensino regular e sua consequente criação de serviços de apoio, por considerarem-na a forma mais democrática para a efetiva ampliação de oportunidades educacionais e serviços educacionais para essa população. As Políticas Nacionais de Educação Especial, do ano 2001, em termos de inclusão escolar, o texto é considerado um atraso, pois propõe a chamada “integração instrucional”, um processo que permite que ingressem em classes regulares de ensino apenas as crianças com deficiência que “(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos "normais” (atualmente, este termo está em desacordo com os direitos fundamentais das pessoas com deficiência). Ou seja, a política excluía grande parte dos alunos com deficiência do sistema regular de ensino, “empurrando-os” para a Educação Especial.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96 entra em vigor tem um capítulo específico para a Educação Especial. Nele, afirma-se que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de Educação Especial”. Também afirma que “o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a integração nas classes comuns de ensino regular”. Além disso, o texto trata da formação dos professores e de currículos, métodos, técnicas e recursos para atender às necessidades das crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. No 1999 – Decreto Nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e consolida as normas de proteção, além de dar outras providências. O objetivo principal é assegurar a plena integração da pessoa com deficiência no “contexto socioeconômico e cultural” do País. Sobre o acesso à Educação, o texto afirma que a Educação Especial é uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino e a destaca como complemento do ensino regular.
A maioria que à população percebe a importância da inclusão são feitas alterações na Lei, no ano de 2001 – Lei Nº 10.172: O Plano Nacional de Educação (PNE) anterior, criticado por ser muito extenso, tinha quase 30 metas e objetivos para as crianças e jovens com deficiência. Entre elas, afirmava que a Educação Especial, “como modalidade de Educação escolar”, deveria ser promovida em todos os diferentes níveis de ensino e que “a garantia de vagas no ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência” era uma medida importante. Nos anos seguintes foram realizadas várias alterações como Resolução CNE/CEB Nº 2”.2002 – Resolução CNE/CP Nº1/2002, 2002 – Lei Nº 10.436/02 reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Em 2006 é formulado Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), Ministério da Justiça, Unesco e Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Entre as metas está a inclusão de temas relacionados às pessoas com deficiência nos currículos das escolas. Em 2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). No âmbito da Educação Inclusiva, o PDE trabalha com a questão da infraestrutura das escolas, abordando a acessibilidade das edificações escolares, da formação docente e das salas de recursos multifuncionais. No mesmo ano o decreto que dispões sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação do MEC. Ao destacar o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência, o documento reforça a inclusão deles no sistema público de ensino. 
No ano seguinte Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que traça o histórico do processo de inclusão escolar no Brasil para embasar “políticas públicas promotoras de uma Educação de qualidade para todos os alunos”, e o Decreto Nº 6.571 Dispõe sobre o atendimento educacional especializado (AEE) na Educação Básica e o define como “o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular”. O decreto obriga a União a prestar apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino no oferecimento da modalidade. Além disso, reforça que o AEE deve estar integrado ao projeto pedagógico da escola. Sobre a s salas de AEE também foi aprovado o Decreto de Nº 4 CNE/CEB que orienta os estabelecimentos do atendimento educacional especializado (AEE) na Educação Básica, que deve ser realizado no contraturno e preferencialmente nas chamadas salas de recursos multifuncionais das escolas regulares. A resolução do CNE serve de orientação para os sistemas de ensino cumprirem o Decreto Nº 6.571.
 Em 2011 o Decreto Nº 7.611 revoga o decreto Nº 6.571 de 2008 e estabelece novas diretrizes para o dever do Estado com a Educação das pessoas público-alvo da Educação Especial. Entre elas, determina que sistema educacional seja inclusivo em todos os níveis, que o aprendizado seja ao longo de toda a vida, e impede a exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência. Também determina que o Ensino Fundamental seja gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais, que sejam adotadas medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena, e diz que a oferta de Educação Especial deve se dar preferencialmente na rede regular de ensino. Em 2012 – Lei nº 12.764 que institui a lei da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 na sua redação “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”. O entrave para a inclusão é a palavra “preferencialmente”, que, segundo especialistas, abre espaço para que as crianças com deficiência permaneçam matriculadas apenas em escolas especiais.
Decreto Nº 9.465, cria a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, extinguindo a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). A pasta é composta por três frentes: Diretoria de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência; Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos; e Diretoria de Políticas para Modalidades Especializadas de Educação e Tradições Culturais Brasileiras.
No que se trata de inclusão muitas foram as conquistas, desde os primórdios em nível nacional como internacional em 1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos neste documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), consta: “as necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à Educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo”. O texto ainda usava o termo “portador”, hoje não mais utilizado.
 A Declaração de Salamanca, já mencionado anteriormente, o texto trata de princípios,políticas e práticas das necessidades educativas especiais, e dá orientações para ações em níveis regionais, nacionais e internacionais sobre a estrutura de ação em Educação Especial. No que tange à escola, o documento aborda a administração, o recrutamento de educadores e o envolvimento comunitário, entre outros pontos. Em 1999 a Convenção da Guatemala A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, mais conhecida como Convenção da Guatemala, resultou, no Brasil, no Decreto nº 3.956/2001. O texto brasileiro afirma que as pessoas com deficiência têm “os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não ser submetidas a discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano.
No ano 2009 aconteceu a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: A convenção foi aprovada pela ONU e tem o Brasil como um de seus signatários. Ela afirma que os países são responsáveis por garantir um sistema de Educação Inclusiva em todos as etapas de ensino. Na Declaração de Incheon em 2015, o Brasil participou do Fórum Mundial de Educação, em Incheon, na Coréia do Sul, e assinou a sua declaração final, se comprometendo com uma agenda conjunta por uma Educação de qualidade e inclusiva. Nets mesmo anos são definidos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o documento da Unesco traz 17 objetivos que devem ser implementados até 2030. No 4º item, propõe como objetivo: assegurar a Educação Inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Não foram poucas as conquistas que indivíduos portadores de necessidades especiais alcançaram durante o último século, mas sabemos que não param por aí, temos muitas mudanças a serem feitas melhorando a educação e a vida destas pessoas.
1.2 Conceito de inclusão 
A inclusão escolar se caracteriza em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização de todos os indivíduos, respeito a diversidade humana. Entende-se por Inclusão escolar que todas as pessoas têm direito ao acesso, de modo igualitário, ao sistema de ensino, não é tolerado nenhum tipo de discriminação, seja de gênero, etnia, religião, classe social, condições físicas e psicológicas, etc. Historicamente este direito já estava garantidos na Constituição Brasileira de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida no processo de redemocratização, garantindo liberdade civis e deveres do Estado, também determina que o Estado brasileiro é laico, um princípio crucial para a manutenção da democracia e os direitos individuais e coletivos.
Atualmente, as intenções da inclusão de educação de qualidade está garantida na Constituição da República Federativa do Brasil (1988) que no inciso III do art.208 se refere ao atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, “preferencialmente na rede regular de ensino”, o que se reproduziu nos demais dispositivos e documentos norteadores, posteriormente, elaborados, sendo assim, inclusão escolar tem como prioridade as crianças e jovens portadores de necessidades educacionais especiais (NEE), que normalmente apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica.
A inclusão escolar prevê a integração de alunos com necessidades educacionais especiais em classes de aula regulares, compartilhando as mesmas experiências e aprendizados com os estudantes que não apresentam NEE. Entende-se por inclusão o direito, a todos, do alcance continuado ao lugar comum da vida em comunidade, comunidade essa que deve estar orientada por ações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida (Diretrizes Nacionais de Educação Especial para Educação Básica (BRASIL, 2001, p. 13).
Construir uma sociedade inclusiva é um processo árduo, que tem por missão quebrar paradigmas que foram constituídos na sociedade por muitos anos, missão está que não é fácil, mas escolas dia após dia veem trabalhando para a reconstrução destas concepções, mostrando que as deficiências não são impedimentos para aprender e ensinar.
Timidamente os alunos com deficiências começaram a frequentar escolas regulares nos anos 60, atualmente o número de crianças com algum tipo de deficiência que frequenta escolas regulares tem aumentado gradativamente.
 É o que afirma Omote (2004) para quem o paradigma da inclusão escolar se iniciou muito antes da década de 90 do século passado, pois as sociedades estão se tornando inclusivas há muitos séculos. A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) exerceu grande benefício nos debates acerca de algumas questões essenciais sobre a diversidade humana, preocupando-se com alternativas para uma proposta de ensino de qualidade para todos, independente das condições diferenciadas do aluno. 
Nesse sentido, Barby, (2005), explicita que as políticas educacionais em prol da inclusão representaram uma grande conquista, pois além de garantirem os direitos desse alunado, também impulsionaram o movimento, persuadindo os sistemas de ensino a se adequarem às novas orientações legais. 
As escolas têm buscado soluções para garantir uma escola de qualidade a todos os alunos, no entanto, devemos ter um olhar crítico na trajetória ou caminhos da inclusão escolar. 
 Para Omote (2004) “ é hora, portanto, de procedermos a uma rigorosa avaliação para que se dimensione com precisão a travessia que precisa ser feita entre a intenção e a realidade da inclusão escolar”. O autor faz uma observação importante sobre a inclusão escolar dizendo que a mesma traz mudanças na concepção de educação indo ao encontro das ideias de Ferreira (2004 p. 8).
 Mas levanta questões sobre a estrutura educacional, acreditando na necessidade de revisão dos objetivos da educação promovida por instituições escolares. Ainda para Omote (2004), a inserção indiscriminada de alunos com deficiências em contextos de ensino comum pode tirar do foco de atenção, o ensino de conteúdos específicos de disciplinas, visto como objetivo principal da educação escolar. Ele alerta para a discussão sobre o ensino de conteúdos de disciplinas específicas como o português e matemática; se estes se constituem objetivos principais da educação escolar, em nível de ensino fundamental, evidentemente os alunos que, em função da presença de alguma profunda alteração, não tem condições de realizar essas aprendizagens não podem frequentar classe de Ensino Fundamental. Se o objetivo principal não for o português e a matemática, é mais provável que os ganhos decorrentes do convívio com seus pares não deficientes possam justificar a sua colocação em classes de ensino fundamental.
Relacionando a temática da inclusão o autor aponta problemas que podem aparecer se a interpretação de inclusão for de maneira errada, e lembra do aluno com deficiência em classes comuns a título de inclusão; a migração de alunos deficientes no sentido inverso do que acontecia no movimento de integração; a institucionalização da normificação e o desvirtuamento de objetivos principais da educação escolar, ao contrário do que prega. Para Omote (2004) toda escola precisa ter caráter inclusivo nas suas características e no funcionamento, pois uma escola que só busca arranjo especial determinado pela presença de algum aluno com deficiência não pode ser considerada propriamente inclusiva.
Oliveira (2004) diz que a proposta de uma educação inclusiva pode caracterizar-se como uma nova possibilidade de reorganização dos elementos constituintes do cotidiano escolar, uma vez que, para tornar-se inclusiva e atender as diferenças de seus alunos, há de se pensar num novo projeto pedagógico: flexível, aberto e dinâmico. “Falar em uma educação inclusiva é, exatamente, tocar nesses aspectos nevrálgicos da organização, estrutura e funcionamento de todo o sistemaeducacional. ” (OLIVEIRA, 2004, p.80).
Portanto, é cada vez mais presente a necessidade de aprender a conviver com a diversidade e resta buscarmos os meios para que a inclusão ocorra de fato, sem perder de vista que, além das oportunidades, é preciso garantir a eficiência do processo, o que, talvez, seja o desafio ou a grande conquista do século XXI.
1.3 Educação Especial nas Políticas Educacionais
Nessa perspectiva, o estado-nação inicia uma reorganização na esfera administrativa, mudanças na representação e na forma de dar significado às necessidades básicas sociais, não se tratando apenas de uma reestruturação das esferas políticas e econômicas (GENTILI, 2015). Nesse cenário, as políticas educacionais são repensadas e com isso a EE/EI ganha um novo olhar, uma nova perspectiva para a Educação básica presente na LDBEN 9.394 (BRASIL, 1996). 
Neste momento as políticas educacionais e os objetivos se entrelaçam na tentativa de satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem valorizando as diferenças culturais, morais dos indivíduos, sendo assim, as sociedades encontram sua identidade e sua dignidade”.
A inclusão é embasada na abrangência a diferença de quaisquer grupos excluídos, o que busca através da inclusão favorecer uma pequena parcela da população, geralmente são desfavorecidos socialmente e economicamente. Na perspectiva da economia esses discursos são na intenção de minimizar as diferenças originalizadas pela centralização de poder aquisitivo. 
As políticas de EE/EI no Brasil se encontram amparadas na Carta Magna promulgada em 1988, tornando-se o marco legal, na perspectiva jurídica, para se discutir a Reforma da educação de 1996. Assim, a CF de 88 é anunciada com provisão para as políticas de EE/EI que, a partir desse ponto, vão aos poucos sendo reforçadas e convocadas a cumprirem os compromissos firmados em Jomtien (1990).
Conforme o acordo com o Plano Nacional de Educação – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, capítulo V da Educação Especial, artigo 58, define Educação Especial como “a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. (BRASIL, 1996). 
Conforme SASSAKI, a educação inclusiva tem como objetivo a construção de uma sociedade para todos, e, assim, sua prática repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação (SASSAKI, 1999, p. 42). 
Escola inclusiva é aquela cuja a comunidade escola tem por princípios incluir a todos seus alunos superando suas diferenças seja física, psicológicas, religiosa ou etnias culturais, partindo inicialmente do corpo docente, para que estes indivíduos tenham sucesso na aprendizagem.
 Em 1994, na Espanha, foi assinada a Declaração de Salamanca, quando muitos países, entre eles o Brasil, decidiram levantar a bandeira da inclusão, uma vez que a desigualdade é característica marcante na realidade mundial. Dois anos depois, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996 - Lei Federal 9.394/96) foi sancionada, sendo que as discussões para sua elaboração se iniciaram no período da aprovação da Constituição Federal. A LBD/96 incorpora orientações tanto da Declaração Mundial de Educação para Todos quanto da Declaração de Salamanca e assegura, na letra da Lei, a todas as crianças, o direito ao acesso e à permanência na escola. (BRASIL, 1996). 
Entende-se partindo das leis que todos os indivíduos têm direito de estar incluídos em escolas regulares, inclusive os portadores de necessidades especiais ou altas habilidades. Falar em incluir, em um sistema governamental que exclui, é, estranho, os movimentos sociais lutam para que a exclusão não mais aconteça, tendo por objetivo favorecer a grupos específicos (consideradas minorias sociais), garantindo seus direitos, como é o caso das pessoas com necessidades especiais. A educação especial favorece o acesso e a permanência desse grupo heterogêneo na escola, seja essa regular ou especial. A educação especial é uma modalidade de educação que perpassa todos os níveis de escolaridade e outras modalidades. Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, no âmbito da Educação Básica, tal modalidade está assim definida: 
Educação Especial: Modalidade da educação escolar; processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos ou serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, e modalidades da educação básica (BRASIL, 2001a, p. 39).
1.4 ADAPTAÇÕES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL
Todas as escolas devem organizar seu PPP, para que seja adequado aos educandos com necessidades especiais, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 3º inciso IV, vem "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação". Garante ainda, em seu capítulo III, artigo 205, a Educação como " direito de todos e dever do Estado," portanto, todos têm direito a Educação gratuita e de qualidade assegurada pelo inciso IV e VII do artigo 2006. Mas incluir os conteúdos e despenho de qualidade aos educandos principalmente os portadores de necessidades especiais é um grande desfio, de acordo com a Secretaria da Educação Especial do MEC, entende-se por necessidades educacionais especiais, os alunos que durante o processo educacional apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem que podem ser não vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências, abrangendo dificuldades de comunicação e sinalização dos demais alunos, bem como altas habilidades ou superdotação (SEESP, Conceitos da Educação Especial - senso escolar, 2005). O artigo 208 da constituição inciso III garante "atendimento educacional especializado na rede regular de ensino". 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96, considera em seu artigo 58 a Educação Especial como "Modalidade escolar" e assegura ainda, em seu parágrafo segundo do mesmo artigo que o "atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular". Integrar alunos especiais na escola regular, segundo Mantoan (2005), é inserir um aluno, ou um grupo de alunos, que já foi anteriormente excluído.
Analisando a temática sabemos que por muito tempo eram os indivíduos com necessidades especiais que se adaptavam as escolas e não a escola eles, pois estes devem ser capazes de acompanhar a escola comum existente nos moldes tradicionais. 
Nestas perspectivas as adaptações Curriculares as modificações que acontecem nas diferentes instâncias curriculares, tendo como finalidade proporcionar as condições que lhe são necessárias para que obtenha o máximo possível de aprendizagem, as Adaptações Curriculares são implementadas para atender às necessidades educacionais de cada aluno, proporcionando-lhe o acesso ao conhecimento e que o favoreça a sua vida como cidadão, e no processo de transformação da sociedade.
Na perspectiva de uma escola inclusiva o Currículo, portanto, não são apenas a adaptações feitas para proporcionar aos alunos com deficiências ou demais necessidades especiais acesso à escola regular. A escola inclusiva procura adaptar sua concepção curricular, que tem que conciliar todas as diversidades dos seus alunados. Ferreira (2003), utilizando-se da Declaração de Salamanca UNESCO (1994), considera escola inclusiva aquela que “reconhece e satisfaz as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmosde aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos...”.
Segundo Veiga (2004) a escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos. Sendo assim, a escola para todos, sem distinção, deve conter em seu Projeto Político Pedagógico ações que viabilizam a construção do conhecimento, da aprendizagem de todos os seus alunos inclusive os portadores de necessidades especiais.
De acordo com Veiga (2004), o projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas, mas sim vivenciado em todos os momentos e por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. O projeto busca uma direção, um caminho a ser seguido. Ele é uma ação intencional com um compromisso definido coletivamente, pela comunidade escolar na busca da sua identidade. Ele é compreendido como plano global da instituição ou o projeto educativo, um instrumento teórico-metodológico, cuja finalidade é construir para a organização do conhecimento escolar.
De acordo com Carvalho (2005), O fracasso na aprendizagem dos alunos, tem sido atribuído às suas deficiências. “[...] devemos remover barreiras para a aprendizagem e para a participação de qualquer aluno, independentemente de suas características orgânicas, psicossociais, culturais, étnicas ou econômicas” (CARVALHO, 2005, p. 113). 
As definições de currículo trazidas nos diversos dicionários da língua portuguesa muito se assemelham. No dicionário (MICHAELIS, 2016), currículo é “conjunto de matérias incluídas em um curso de uma escola”, entretanto, tal semelhança é própria dos dicionários. Atualmente o currículo é visto como uma construção social, pois está vinculado ao processo histórico e às relações com o conhecimento da sociedade em que ele se desenvolve.
O currículo, para Coll8 é construído a partir do Projeto Político Pedagógico, definido como:
[...] o projeto que preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ação adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis pela sua execução. Para isto, o currículo proporciona informações concretas sobre o que ensinar, quando ensinar, como ensinar e quando, como e o que avaliar. (COLL,1996, p. 45).
Do ponto de vista de Perrenoud (1999), a ideia que se tem acerca do currículo, está inicialmente associada a um conjunto de matérias que giram em torno de disciplinas, e que, segundo ele, não se pensa em um currículo vivo e aberto a ADAPTAÇÕES, ao contrário, confere-se ao currículo um caráter inerte, dado o seu conceito tradicional. Para o autor, a postura de alguns professores frente ao currículo, aponta para uma visão de que ele, sozinho garanta a aprendizagem.
Perrenoud (1999) considera que, apesar das dificuldades, a abordagem pedagógica com base nas competências, trará novos caminhos de luta diante das desigualdades sociais, uma vez que os currículos, geralmente, são montados com vistas a favorecer uma elite social em detrimento dos grupos menos favorecidos economicamente. O currículo não deve descuidar da especificidade das diferenças, a igualdade de tratamento na aula produz desigualdades nas aprendizagens.
Dentro do tema Currículo percebemos a existência de três formas de Currículo, que são eles: formal, real e oculto.
Currículo formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplina de estudo. 
Currículo real acontece dentro da sala de aula decorrente aos planos de ensino. 
O Currículo oculto por sua vez acontece quando o é conhecimento ensinado na escola, mas não consta em seus documentos. 
O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes [...] o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações [...]. (SILVA, 2010, p. 78).
A concepção de currículo inclui, portanto, desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. Relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação. Essas noções de projeto pedagógico da escola e de concepção curricular estão intimamente ligadas à educação para todos que se almeja conquistar. Em última instância, viabilizam a sua concretização. O projeto pedagógico tem um caráter político e cultural e reflete os interesses, as aspirações, as dúvidas e as expectativas da comunidade escolar. Devem encontrar reflexo na cultura escolar e na expressão dessa cultura, ou seja, no currículo. A escola para todos requer uma dinamicidade curricular que permita ajustar o fazer pedagógico às necessidades dos alunos.
Ver as necessidades especiais dos alunos atendidas no âmbito da escola regular requer que os sistemas educacionais modifiquem, não apenas as suas atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas, também, que se organizem para constituir uma real escola para todos, que dê conta dessas especificidades.
1.5 FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
São muitos os desafios encontrados no processo de implantação da política de educação inclusiva no Brasil, mas a falta de preparo dos professores ganha destaque, algumas medidas estão sendo tomadas referente a formação de professores, para que a inclusão escolar seja realizada de fato que o alunado possa realmente obter uma formação significativa. Estas exigências veem acontecendo juntamente com as transformações ocorridas na sociedade. A educação especial é fruto da mudança da forma de pensar de uma sociedade, ou seja, de suas concepções do progresso das políticas públicas e dos movimentos sociais que pressionam o Estado na consolidação de seus direitos como sujeitos sociais (ANACHE, 2011, p.53).
A formação inicial dos profissionais da educação básica deve ser responsabilidade principalmente das instituições de ensino superior, nos termos do art. 62 da LDB, onde a finalidade de pesquisa, ensino e extensão e a relação entre teoria e prática podem garantir o grau de qualidade social, política e pedagógica que se considera necessário (BRASIL, 2001b, p.143). Dentro da sala de aula inclusiva, o professor assume o papel de mediador dos conteúdos escolares que devem ser objetivos de aprendizagem garantindo o sucesso do seu alunado.
Avaliando a realidade escolar observa-se que a formação continuada para professores não traz uma formação que os qualifica para enfrentar as diversidades da sala de aula, respeitando as dificuldades de seus alunados, solucionando problemas simples como ministrar conteúdos, onde todos sem exceção iram obter uma aprendizagem de qualidade. Segundo Dermeval Saviani: “[...] ao adquirir competência o professor ganha também condições de perceber, dentro da escola, os obstáculos que se opõem à sua ação competente” (1995, p. 45). 
Todo o professor que tem em sala de aula alunos com necessidades especiais não pode se deter em planejamentos padrões, ao contrário devem criam a necessidade inovar suas práticas pedagógicas em sala de aula, assim o conteúdo será de fácil compreensão por parte desse aluno e dos demais. 
O professor tem, em sua realidade de sala de aula, alunos com necessidades específicas, sobre as quais pode não ter tido oportunidade de estudar ou de pesquisar. No artigo 59 da LDB/1996, a preparação de professores para atuarem com essas especificidades está, assim, preconizada: 
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: [...] III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos em classes comuns (BRASIL, 1997, p.27).
Espera-semuito da escola com seu compromisso social de educar a todos os alunos sem exceção, inclusive alunos com deficiência cujos princípios e diretrizes foram introduzidos com veemência, a partir da Declaração de Salamanca (1994).
Um dos principais aspectos a serem vistos pelos sistemas de ensino diz respeito à formação dos professores, especialmente aqueles das classes comuns, que além de necessitarem de capacitação e apoio precisa preparar-se para recepcionar o aluno com deficiência, que para muitos dos professores, até então, era totalmente desconhecido. Assim, faz-se necessário que o professor esteja preparado para receber o “novo aluno”, para que a inclusão não seja somente física, mas que haja uma aprendizagem significativa para todos os alunos. Para que se dê essa significativa aprendizagem é necessário saber o que o professor pensa, suas expectativas, suas ansiedades em relação ao diferente. É preciso saber, também, o que esse professor necessita e o que ele almeja (FREITAS; CASTRO, 2007). 
Vivenciando as necessidades de aprimoramento dos professores para uma educação inclusiva percebe-se a importância de se contar com professores que tenham sua prática pedagógica alicerçada nos princípios da pedagogia voltada para à criança e não para a deficiência, fundamentada na visão pró-ativa do sujeito, da diferença, como um direito humano, dos benefícios que um ambiente inclusivo pode trazer para todos os alunos, garantindo o acesso e a permanência com qualidade, e uma aprendizagem com muito sucesso.
1.1 2. Procedimentos /metodológicos 
2.1 Tipo de Pesquisa 
O trabalho foi realizado na uma primeira etapa em pesquisas e estudos descritiva sobre o tema, na segunda parte realizado uma pesquisa de campo nas escolas de municipais de Ensino Fundamental do município de Feliz RS, também foi realizado uma entrevista com uma psicopedagoga que realiza atendimento em uma sala de AEE do Colégio Estadual Professor Jacob Milton Bennnemann da mesma cidade, de como se dá a política de educação inclusiva é realizada nas escolas.
A pesquisa foi necessária pois somente assim pode se perceber a realidade das escolas frente a inclusão, as diversidades de alunos nas salas de aula. Segundo Trivinos (1987), “a pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade”. 
A pesquisa teve caráter qualitativa pois análise dos dados da pesquisa de campo buscou-se opiniões e informações referentes ao objetivo da pesquisa. Minayo (1994) as pesquisas qualitativas respondem as questões particulares do ponto de vista de um determinado assunto, preocupando-se com um âmbito da realidade que não pode ser quantificado pois:
[...] trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO, 1994, p.227
 Com base na importância do estudo por meio de pesquisa na construção e transformação da realidade da sociedade entendemos que faz parte das atualizações de uma determinada época. Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação. [...] (MINAYO, 1994, p. 17, grifos da autora). 
2.2 População da pesquisa 
A população da pesquisa foi definida como uma pesquisa censitária, por contemplar toda a população e não utilizar amostragem. A pesquisa foi aplicada em escolas do município de Feliz, Rio Grande do Sul, que possuem alunos com necessidades especiais. Contou com a participação de 9 professores do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e uma psicopedagoga, na intenção de conhecer a concepção do professor quanto à política inclusiva na escola, e algumas medidas que podem ser tomadas para melhorar o desempenho do alunado.
2.3 Instrumentos da pesquisa 
As informações da coleta de dados na pesquisa bibliográfica foram realizadas através de livros, documentos impressos e artigos. Os dados também foram coletados através de um questionário (Apêndice A) com o objetivo de conhecer a proposta de política inclusiva nas escolas. O questionário apresentou perguntas fechadas que indicam até cinco opções ou se limitam apenas a posição afirmativa ou negativa. Fez parte do questionário também, questões abertas visando estabelecer o perfil do docente bem como o desvelamento de sua concepção de ensino-aprendizagem.
2.4 Análise dos dados 
Os dados da pesquisa foram apresentados em forma de tabelas e analisados através da discussão e apresentação de pesquisa, analisando e justificando esses resultados.
2.5 Resultados da pesquisa 
Objetivo deste trabalho foi de analisar a realidade escolar frente a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, destacando alguns conceitos necessários à compreensão do que é educação especial, pesquisando como se dá o processo de formação dos professores, traçando assim, realizando pesquisa sobre a intervenção pedagógica dos professore em sala de aula na realidade vivenciada em escolas do município.
A pesquisa se deu por meio de questionário com perguntas abertas e fechadas, onde os professores que atuam nas escolas, sem identificar-se nos forneceram informações relevantes para o desvelamento desta pesquisa. Dos 17 professore que atuam nas escolas de Ensino Fundamental Séries Inicias somente 9 responderam o questionário.
 Dentro do quadro de docentes somente um é homem o qual atua como professor de Dança, as idades dos professores variam muito dentro delas está assim dividido 4 (quatro) professore têm entre 45 a 51 anos, estão atuando como professores a mais de 20 anos, 11 (onze) professor tem entre 30 a 35 anos, estão atuando como professores a mais de 10 ano, 2 (dois) professores tem 25 a 28 anos, estão atuando como professores menos de um ano. A carga horaria de trabalho de dois professores é de somente 25 horas semanais, sendo que somente um é concursado, os demais professores trabalham em duas escolas superando as 40 horas semanais pois o município tem sua carga horaria de 25 horas sendo que 5 horas fica reservado para reuniões pedagógicas, já em sala de aula sua carga horaria fica assim distribuída são 5 dias da semana sendo que três deles o município oferece oficina de alemão, inglês, dança, as aulas de educação física são ministradas pela professora formada em Licenciatura Educação Física, porem os professores devem permanecer na escola realizando seus planejamentos na sala de planejamento.
Na Lei Orgânica do município todos os professores devem ser formandos em Pedagogia Plena para poderem atuar como professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, são incentivados a realizar especializações como Pós-graduação, Mestrado, Doutorado ganhando aumento em seus salários de 50% para uma Pós, mais 10% para Mestrado e Doutorado, somando assim 70% de aumento para um concurso, caso o professor for concursado em dois ganhará aumento somente em um. Quase todos os professores têm especializações, somente os recém-formados em sua graduação que ainda não concluíram sua especialização que é o caso de dois professores.
De todos os 17 professores das escolas municipais somente 9 responderam adequadamente o questionário, mas mesmo assim os dados foram recolhidos e analisados não prejudicando a pesquisa. Para que não fossem identificados os professores que participaram da pesquisa foram denominados como Prof.01, Prof. 02, Prof.03, Prof.04, Prof.05, Prof.06, Prof.07, Prof.08, Prof.09.
Também realizei entrevista com uma psicopedagoga de uma escola estadual do município que realiza atendimento na sala de AEE, dando sua opinião sobre o assunto abordado na pesquisa, colaborando com seu conhecimento frente ao atendimento especializado.
Segue as tabelas com as perguntas e as respostas dos entrevistados.
Tabela 01: Opiniãodos docentes sobre a concepção de ensino aprendizagem
	Professores 
	Respostas 
	Prof. 01
	 Acontece através da interação e socialização.
	Prof. 02
	A aprendizagem ocorre continuamente, através da interação professor-aluno- ambiente- estímulo e outros fatores (sociais: escola – família).
	Prof. 03
	Atraves da interação e socialização 
	Prof. 04
	A aprendizagem acontece através da relação e socialização do conhecimento para o aluno adquirir um significado especial.
	Prof. 05
	Através da socialização professor aluno
	Prof. 06
	Acontece por meio das intervenções, intersocialização aluno professor 
	Prof. 07
	Através de intervenções, agrupamentos, relação professor/aluno 
	Prof. 08
	Através das atividades e interações, participação dos alunos
	Prof. 09
	A aprendizagem acontece de forma heterogênea, onde cada aluno tem o seu tempo para assimilar o conteúdo e cabe ao professor adequado conteúdo ao tempo necessário.
No geral os professores trabalham de forma que os alunos e professores devem interagir uns com os outro buscando soluções para as atividades propostas com a intenção de transformar a aprendizagem significativa para os seus alunados. Em algumas respostas percebemos que os professores acreditam que uma aprendizagem de qualidade só acontece quando realizada em conjunto com as famílias. 
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples registro de percepções e informações (empirismo): o conhecimento resulta das ações e interações do sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, por meio de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou do mundo cultural. O conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que conhece com objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p.7A escola deve proporcionar um ambiente positivo, que incentive o aluno.
A prática interdisciplinar é fundamental na atualidade, principalmente analisando as escolas com a enorme diversidade de alunos em sala de aula.
Tabela 02: Tipos de recursos que costuma utilizar para motivar seus alunos inclusos quanto à participação na sala de aula?
	Professores 
	Respostas 
	Prof. 01
	Algumas vezes, utilizo recursos tecnológicos, jogos lúdicos e procuro trabalhar sempre em agrupamentos
	Prof. 02
	Trabalho com atividades diferenciadas, levando o aluno a motivar-se pela aula”.
	Prof. 03
	Trabalho com diversas atividades diferenciadas, sempre buscando auxiliar os alunos, intervindo e também lhes transmitindo confiança. 
	Prof. 04
	Além do elogio autoestima, reconhecimento com honras e prêmios para os que alcançam os objetivos propostos, sendo reconhecidos pelos seus esforços.
	Prof. 05
	Antes de tudo fundamento meu trabalho conforme a necessidade dos alunos. A partir daí trabalho com pesquisas, leituras, trabalhos práticos e lúdicos e elogios verdadeiros.
	Prof. 06
	Recursos tecnológicos, pois acredito que isto motiva o aluno a aprender. Mas admito que muitas vezes tenho que improvisar pois falta tempo para buscar novas ideias, as escolas muitas vezes não têm material suficiente ou necessário para confecção de material de apoio.
	Prof. 07
	Trabalho em grupo, música, teatro e acima de tudo com a autoestima, mostrando aos alunos a capacidade de aprender de cada um. Ana maioria das vezes acabo repetindo recursos pois me falta tempo para buscar solução para meus problemas frente aos alunos inclusos.
	Prof. 08
	Procuro trabalhar com a uma diversidade de material concreto, pois acredito que o aluno que isso auxilia o aluno a construir seu conhecimento, levantando hipóteses e resolvendo problemas.
	Prof. 09
	Trabalhando a autoestima, motivando, sempre que sobra um tempinho entre um planejamento, busco algumas ideias de trabalhos mais motivadores e com atividades diferenciadas, mas dentro das salas de aula muitas são as ocasiões que minhas atividades ficam incompletas, devido a diversidade de alunos ali existentes. 
Motivar os alunos tem sido um desafio aos professores, a construção do conhecimento é algo que se conquista aos poucos principalmente em relação aos alunados inclusos, estes exigem muito mais dos professores tornando muitas vezes o processo de busca por diferentes materiais algo desgastante e cansativo.
Ainda sobre a motivação devemos lembrar que o ser humano é movido pelas suas emoções, então, o professor precisa por suas emoções nas suas práticas pedagógicas, buscando assim cativar seu alunado, para todos na sala de aula possam da mesma de forma clara e intensa tenham a percepção de que podem desenvolver sua capacidade intelectual, crítica e criativa.
De acordo com Neto (1996, p.111)
A ideia de que o ideal no ato educativo seria o professor ter em conta a multiplicidade de estilos motivacionais existentes na sala de aula e ser capaz de adaptar as características dos procedimentos didáticos a essa multiplicidade. Se existe grande preocupação face à forma como os conhecimentos prévios dos alunos influem na forma como aprendem e constroem conhecimento, também devem ser tidos em 
 conta as suas características motivacionais. (NETO 1996, p.111).
Tabela 03: Professor você tem conhecimento de Projetos que escola desenvolve oportunizando a participação dos alunos inclusos em igualdade de condições com os demais alunos.
	Professores 
	Respostas 
	Prof. 01
	Sim, temos o projeto “União faz a Vida”
	Prof. 02
	O projeto “União faz a Vida” e “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais”
	Prof. 03
	Temos dois projetos “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais” e “União faz a Vida”
	Prof. 04
	Temos convenio com a APE e mais dois projetos, sendo um desenvolvido pela Secretaria de Educação do município “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais” e projeto União faz a Vida”
	Prof. 05
	Sim, temos o projeto “União faz a Vida”
	Prof. 06
	O projeto O projeto “União faz a Vida” e “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais”
	Prof. 07
	A escola juntamente com a Secretaria de Educação tem dois projetos que são O projeto “União faz a Vida” e “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais”.
	Prof. 08
	Temos dois projetos que todos participam que são “O projeto “União faz a Vida” e “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais”, ainda contamos com uma equipe de profissionais da área que nos auxiliam com nossos projetos dentro da sala de aula, também contamos com a ajuda quando for o caso da APE que trabalha em conjunto com as escolas municipais.
	Prof. 09
	O projeto “União faz a Vida” e “Escola de Educação Especial Um Sorriso a Mais”, mais a ajuda da APE quando necessário e profissionais especializados em educação especial.
Tabela 04- Entrevista com a psicopedagoga 
	1) sua opinião como psicopedagoga, sobre a Concepção de aprendizagem?
	Aprendizagem é uma mudança de comportamento, é estar em um nível e avançar, essa aprendizagem não é linear, não acontece de igual maneira a todo mundo. Alguns possuem mais facilidade, outros nem tanto, alguns possuem potencialidades em alguma área, outros não. 
	2) quais os recursos que professores poderiam utilizar para motivar seus alunos inclusos, quanto à participação deles na sala de aula?
	O Recurso que mais aproxima é a adaptação curricular, pois quando o professor
proporciona ao aluno com deficiência uma adaptação curricular ele está fazendo uma aproximação com os demais colegas, isso tanto no acesso ao conteúdo como no pertencimento àquela turma.
	3) na sua opinião qual é a maior dificuldade que as escolas e corpo docente encontra ao receber o aluno incluso?
	São muitas as dificuldades, mas podemos citar:
Tempo reduzido de planejamento, o professor não tem tempo hábil, de no seu planejamento, planejar para 7 – 8 – 9 turmas, elaborar avaliações, fazer as correções e ainda fazer o planejamento da adaptação curricular... o professor sempre precisa fazer suas coisas em casa e isso traz um desgaste grande ao longo do ano.
Muitos professores não possuem empatia com osalunos com deficiência, o que causa um distanciamento entre eles.
Falta de estrutura financeira para compra de material, muitas vezes o professor tem boas ideias para trabalhar com os alunos, mas falta dinheiro para compra de material.
Não valorização por parte do governo, sem reposição salarial há 6 anos, salários atrasados e parcelados e sem perspectiva de melhora, isso traz um desgaste emocional muito grande.
	4) quanto aos direitos desses alunos estão realmente garantidos na escola?
	O direito é atendido, ou seja, esses alunos estão na escola regular, porém nem sempre esse direito é de qualidade.
	5) sua opinião sobre o que poderia ser mudado para que os alunos inclusos tenham uma educação de qualidade?
	O ideal seria que o professor pudesse escolher se quer dar aula em turmas com alunos com deficiência, mas isso seria um sonho.... Como isso não é possível, que ele tivesse mais tempo de planejamento, material didático sempre disponível e que o governo pudesse valorizar o professor com uma remuneração melhor.
	6) qual a importância das salas de AEE para alunos portadores de necessidades especiais?
	As salas de AEE são de extrema importância, elas auxiliam o aluno a avançar em sua aprendizagem, orientam os professores quanto ao manejo conteúdo, recursos e metodologia a serem usadas, e aproximam os pais da escola.
	7) o que precisa mudar para que todas as escolas tanto municipais e estaduais tenham salas de AEE?
	Atualmente, no RS, todas as escolas da rede estadual possuem sala de recursos e um professor especializado em AEE, os municípios ainda estão se adequando a essa realidade, os que tem maior condição financeira já criaram o espaço, e para os municípios com menos arrecadação falta verba, tanto para manter o professor como a sala e seus materiais.
A entrevista com a psicopedagoga orientou-nos sobre a importância das políticas públicas educacionais, norteou o entendimento das dificuldades enfrentadas pelos professores em sala de aula. Devemos lembrar que as salas de AEE são para o MEC/SEESP (2008), o serviço do AEE é voltado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e poderá ser ofertado em classes, escolas ou serviços especializados, sendo complementar ou suplementar a escolarização dos mesmos matriculados em classes comuns de ensino regular.
De acordo com Resolução nº4, AEE deve ser realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. (BRASIL, 2009, Art.5, p.2). 
Salas de AEE são : uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, graus e etapas do percurso escolar e tem como objetivos, entre outros, identificar as necessidades e possibilidades do aluno com deficiência, elaborar planos de atendimento, visando ao acesso e à participação no processo de escolarização em escolas comuns, atender o aluno com deficiências no turno oposto àquele em que ele frequenta a sala comum, produzir e/ou indicar materiais e recursos didáticos que garantam a acessibilidade do aluno com deficiência aos conteúdos curriculares, acompanhar o uso desses recursos em sala de aula, verificando sua funcionalidade, sua aplicabilidade e a necessidade de eventuais ajustes, e orientar as famílias e professores quanto aos recursos utilizados pelo aluno (SARTORETTO; SARTORETTO. 2010, p 2).
3.CONCLUSÃO
Ao término da pesquisa que deve como objetivo abordar e discutir quais são os desafios da inclusão nas escolas de ensino regular no processo de aprendizagem do alunado especial. 
As pesquisas bibliográficas, conhecemos a trajetória história da educação inclusiva, as leis que fizeram ou fazem parte do processo de inclusão, sua reorganização e ainda abordar a questão da importância da formação docente na busca de uma educação de qualidade. 
Já a pesquisa de campo, possibilidade de se conhecer a concepção dos professores que atuavam nas escolas observadas em relação a educação inclusiva.
Em relação ao quadro de professores entrevistados são profissionais que buscam constantemente aperfeiçoar-se, estão preocupados em relação aos seus alunos quanto sua aprendizagem de forma integral. Avaliamos as respostas dos entrevistados e percebemos que estão trabalhando de forma coerente, posicionando-se de forma interacionista, preocupados com a interação dos alunos com todos da escola, com a formação de seus conhecimentos, as aulas são ministradas com matérias didáticos, e estratégias diversificadas possibilitando participação de todos os alunos inclusive dos alunos inclusos, motivando-os em busca do conhecimento continuo. 
A entrevista com a psicopedagoga, foi de suma importância entendendo quais são as dificuldades encontradas pelas escolas e professores em relação a inclusão, entendemos a importância das salas de AEE na construção do conhecimento dos alunos especiais, percebemos que mesmo com tantas conquistas de direitos ainda poderia ser melhorando o trabalho educacional com alunos de inclusão, buscando proporcionar melhorias no trabalho dos docentes tornando-o assim menos cansativo e desgastante. 
Sabemos das dificuldades encontradas no dia-a-dia de uma escola e que trabalhar com alunos inclusos é um desafio, porém pode dizer que as escolas são comprometidas com a formação dessas crianças e prima pela qualidade na educação.
REFERENCIAS 
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