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Fatos jurídicos lato sensu são acontecimentos naturais ou ações humanas que produzem efeitos jurídicos

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1. Fatos jurídicos lato sensu são acontecimentos naturais ou ações humanas que produzem efeitos jurídicos.
2. Os fatos jurídicos Stricto Sensu podem ser admitidos como fatos provindos de acontecimentos naturais ao qual não há ação humana e sendo assim independe da vontade humana se tornando assim fatos extraordinários por não serem comuns e serem incontroláveis como a mudança de curso de um rio, terremoto, erupção vulcânica, inundação, seca, passagem do tempo, nascimento, morte e alguns outros casos.
3. Os fatos jurídicos que decorrem de comportamento humano ou da manifestação da vontade denominam-se atos jurídicos lato sensu.
4. A exemplo do direito Francês o Código Civil Brasileiro adotou a teoria monista, sendo assim, não fez qualquer segmentação dos atos jurídicos, assim os considerou englobadamente, todos os que produzem efeitos jurídicos em decorrência da ação humana, de comportamento do homem, ou da vontade do agente.
5. O ato jurídico em sentido estrito é fruto da ação humana, de uma atitude, de um comportamento, da manifestação da vontade. Porém, apesar disso, as consequências do ato fogem do controle do agente. embora precise da ação humana para existir, os efeitos do ato ocorrem independentemente de terem sido ou não queridos pelo autor do ato. Conclui-se então que a vontade é imprescindível para o ato acontecer, mas a consequência do ato decorre da lei, ou seja, a ação do indivíduo é simplesmente um pressuposto de efeitos preordenados pela lei. Exemplos: reconhecimento de filiação, quitação, confissão, notificação, emancipação, adoção e alguns outros.
6. O negócio jurídico é caracterizado pela manifestação da vontade de maneira mais intensa e clara, em que a pessoa declara a própria vontade, vontade esta que tem força para além de criar o fato jurídico venha a estabelecer termos, encargos, condições e outros... essas características dão ao fato jurídico um caráter construído pelos próprios negociantes, provocando objetivos e interesses, há uma busca pelo resultado. Este ato pode ser unilateral ou bilateral. A manifestação da vontade qualificada se destina a produzir efeitos jurídicos. Exemplos de negócio jurídico: Contratos, testamentos.
7. Bom, na verdade ele não assume esta categoria ao afirmar fazer parte do seu raciocínio que todo comportamento é considerado como ação, sendo assim, ele entende o “fato-ato” um ato jurídico de sentido estrito.
8. Ato jurídico de sentido estrito! Zeno segue a doutrina de que todo comportamento humano deve ser considerado um ato, sem que se tenha de adentrar num campo nebuloso, numa investigação difícil, quanto a de saber se o agente praticante do ato, que materializou a conduta, teve ou não consciência dos efeitos que geraria ou interesse neles. A manifestação de vontade se presume pelo comportamento, deduz-se pela atitude do agente. O direito considera e valoriza a atitude em si, sem exigir uma correspondente vontade de resultado.
9. No ato jurídico em sentido estrito a manifestação da vontade é mero pressuposto de efeitos jurídicos necessários, impostos pela lei. É evidente que para haver a ação é demandada a tomada de partida do agente, porém, as consequências do ato são advindas da lei e o agente não tem mais poder sobre os tramites. Há uma transferência de patamar, algo que foi iniciado pela vontade humana para algo no domínio da lei, e cabe ao agente cumprir com o que a lei prevê. Já o negócio jurídico também decorre da vontade do declarante e este buscam este contato com a lei que permite eles fazerem ou não o que pretendem, mas de modo geral agem provocando objetivos e interesses, há uma busca pelo resultado e as consequências decorrem da vontade da pessoa e não da lei, esta somente autoriza, é claro que se os objetivos destas pessoas forem lícitos.
10. Sem dúvidas, no negócio jurídico. pois a vontade é levada em conta e acaba ditando os rumos que todo “processo” irá tomar, podendo se modelar de acordo com as vontades. Já no ato jurídico em sentido estrito a vontade só importa no inicio do ato seja ele o de reconhecer a paternidade, por exemplo, depois de reconhecida, a vontade não é mais levada em conta, a lei é levada em conta. Os rumos que tudo irá tomar com determinado ato está totalmente ligado à lei e não mais à vontade, tudo isso no ato estrito.
11. Não se justifica quando ele afirma que o chamado “ato-fato” é na verdade um ato jurídico de sentido estrito, porém, sendo assim ele inclui os atos reais, materiais ou atos-fatos jurídicos dentre os atos jurídicos stricto sensu, não criando assim uma nova categoria. Por ele seguir esta doutrina de que todo comportamento humano deve ser considerado um ato fica desnecessária a criação de uma nova categoria que se ele admitisse esta categoria de ato-fato também a julgaria errônea por não coadunar com a doutrina adotada por ele mesmo.
12. Zeno não integra a corrente que considera o ato ilícito como um ato jurídico só porque ele produz efeitos jurídicos, a argumentação de Zeno é que a lei ao definir o ato jurídico exige que ele seja lícito (Código Civil,art.81). Outro motivo para rejeitar esta corrente é os efeitos do ato ilícito não deriva da vontade do agente, na verdade o que ele faz é gerar obrigação para o responsável. As correntes são as duas implícitas na resposta, os que consideram como ato jurídico por produzir efeito jurídico e os que não consideram ato jurídico pelo fato de o ato não buscar produzir consequência de direito nem esse fim jurídico e contrariar a máxima de que o ato jurídico tem de ser lícito, o ilícito está incluído no domínio jurídico o que não implica que ele seja um ato jurídico.
13. As normas de ordem pública são normas que visam garantir e proteger interesses fundamentais da coletividade. São ordens públicas aquelas que definem o estado e a capacidade das pessoas , que estruturam a família, protegem as crianças e adolescentes, as que organizam a propriedade e que estabelecem os direitos dos consumidores.
14. Não. Creio que assim como na repulsa do direito civil em admitir normas de outro país que venham a ferir a ordem pública também se faz nos negócios jurídicos. A violação de lei congente (ordem pública) implica, na nulidade absoluta do ato praticado não sendo possível afastar a incidência destas leis, cujos preceitos são inderrogáveis.
15. O contrato de adesão é basicamente um regulamento, pois há uma parte sobressaindo e comandando o contrato de forma absoluta, pois o oferecedor do serviço é mais forte e detém o capital e predetermina o conteúdo do contrato. Aos interessados fica a missão de aceitar ou não, de assumir sem alterações pois este já esta determinado e assim o contratante só poderá fazer o que esta proposto.
16. Há de se fazer um adendo para o caráter dualista do “contrato” de adesão. Por um lado o caráter normativo caracterizado pela impessoalidade, uniformidade e cogência das condições gerais. Por outro lado, a natureza contratual se evidenciaria pelo fato de aceitação, da adesão, inferindo-se o consentimento, o acordo de vontades. Para Zeno há as duas questões convivendo no âmbito tratado, e não há um contrato em sentido clássico do termo. Concluo assim que deve-se buscar uma categoria jurídica para os contratos de adesão e enquanto isso a questão permanece indefinida.

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