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Adesão parte 1

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Faculdade Multivix 
 @odontoquerida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A maior dificuldade da Dentística 
Restauradora era a falta de adesão dos 
materiais restauradores às estruturas 
dentárias, a qual permitia uma infiltração 
marginal, que leva à descoloração marginal, 
fraturas marginais, reincidência de cárie, 
sensibilidade pós-operatória e reações 
pulpares. 
 Adesão 
O princípio de adesão aplicado em Odontologia 
parte do pressuposto que substratos totalmente 
diferentes precisam ser unidos de forma bastante 
eficiente para resistirem, sobretudo, aos esforços 
mastigatórios, às variações de temperatura e aos 
diferentes fluídos presentes na cavidade oral, bem 
como apresentar uma grande longevidade. O 
grande desafio é o de se ter um material adesivo 
que seja de fácil e rápida aplicação, e que tenha 
afinidade aos tecidos duros dentais, esmalte e 
dentina; e aos materiais restauradores, resina 
composta, ligas metálicas em geral e cerâmicas. 
Cada substrato dental, bem como cada material 
restaurador, tem suas particularidades de 
superfície. Aí reside o maior obstáculo a ser 
superado, ou seja, o de se obter um material adesivo 
que proporcione união forte, estável e de fácil 
aplicação, independentemente das superfícies 
envolvidas. Na Odontologia, este material 
denomina-se sistema adesivo universal. 
 
Odontologia adesiva 
O maior problema da Dentística Restauradora era a 
falta de adesão dos materiais restauradores às 
estruturas dentárias, a qual permitia uma infiltração 
marginal, que leva à descoloração marginal, 
fraturas marginais, reincidência de cárie, 
sensibilidade pós-operatória e reações pulpares. No 
entanto, através da introdução da técnica do 
condicionamento ácido do esmalte por Buonocore, 
em 1955, criou-se uma nova perspectiva nos 
procedimentos restauradores dando início à 
Odontologia Adesiva. 
O condicionamento ácido do esmalte cria uma 
descalcificação seletiva, formando poros. Esses 
poros na superfície do esmalte aumentam o 
embricamento mecânico pela penetração da resina 
formando o que se chama de “tags” permitindo a 
adesão. A adesão ao esmalte é um processo 
universalmente aceito e de efetividade 
comprovada, entretanto, nem sempre as margens 
de uma restauração estão exclusivamente em 
esmalte. 
Condicionamento Ácido do Esmalte 
O condicionamento ácido remove 
aproximadamente 10 µm da superfície de esmalte 
e cria poros de 5 à 50 µm de profundidade. Assim 
quando o adesivo é aplicado, ele flui nos 
microporos criando uma retenção micromecânica 
com o esmalte. Ainda o condicionamento aumenta 
o molhamento e a área de superfície do esmalte. 
Gwinnett e Silvertone descreveram os três padrões 
de condicionamento ácido do esmalte. O mais 
comum ou o tipo I, o padrão de condicionamento 
envolve a remoção preferencialmente do núcleo 
dos prismas de esmalte; os prismas periféricos 
permanecem relativamente intactos. O tipo II de 
padrão de condicionamento é o contrário do 
O termo “sistema” se deve ao 
fato do material adesivo ser 
formado por um conjunto de 
componentes básicos: um ácido, 
um modificador de superfície, 
doravante chamado de primer; e 
um adesivo propriamente dito, 
denominado bond. 
 
 Faculdade Multivix 
 @odontoquerida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
anterior, ou seja, a periferia é removida e o núcleo 
mantém-se intacto. E o tipo III inclui áreas 
alternadas de cada tipo de padrão de 
condicionamento. 
 Tipo I 
 Tipo II 
 Tipo III 
→ Os protocolos de adesão podem, 
atualmente, ser facilmente conseguidos 
através do simples condicionamento ácido 
do esmalte, transformando a sua superfície 
suave e lisa numa superfície altamente 
irregular, aumentando sua energia de 
superfície. Quando um material resinoso é 
aplicado na superfície do esmalte, 
condicionada com ácido, os monómeros 
são levados para dentro das irregularidades 
por atração capilar, estabelecendo assim, a 
adesão. 
→ O fluxo de penetração dos adesivos nas 
áreas porosas resulta na formação de "tags" 
de resina que se unem mecanicamente a 
resina composta e ao esmalte previamente 
condicionado. Estes "tags" de resina podem 
penetrar de dez a vinte micrometros na 
porosidade do esmalte, porém seu 
comprimento dependerá do tempo de 
condicionamento. 
 
 
 
 
 
 
Fatores que interferem no Condicionamento 
Ácido do Esmalte: 
→ Tipo de ácido usado 
→ Concentração do ácido 
→ Tempo de aplicação 
→ Apresentação do ácido 
→ Tempo de lavagem 
→ Composição química e condição do esmalte 
→ Dente decíduo ou permanente 
→ Esmalte flouretado/ manchado/ 
desmineralizado. 
 
Condicionamento ácido em dentina 
Com o sucesso do condicionamento ácido no 
esmalte, os pesquisadores começaram a realizar o 
condicionamento ácido em dentina, que até hoje 
não se encontrou uma maneira efetiva para obter 
uma melhor adesão. Recentemente os sistemas 
adesivos estão apresentando um melhor 
desempenho aumentando o nível de sucesso 
clínico. 
→ Vários fatores contribuem para essa 
diferença de adesão entre esmalte e dentina; 
suas diferenças de composição são o 
primeiro fator. O esmalte é 
predominantemente, composto de mineral 
(hidroxiapatita), enquanto a dentina contém 
Tags: É a união das 
fibras colágenas 
expostas ao sistema 
adesivo formando o 
prolongamento. 
 
 Faculdade Multivix 
 @odontoquerida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
maior percentagem de água e material 
orgânico. 
→ Trata-se de um tecido complexo pela 
presença de umidade, sua estrutura tubular 
e por apresentar prolongamentos 
odontoblásticos. Todos esses fatores 
dificultam o processo de adesão. 
→ Quando o ácido é aplicado, ocorre uma 
desmineralização da dentina peri e 
intertubular expondo a rede de fibrilas e 
removendo a camada de esfregaço (smear 
layer). Isso propicia a penetração do 
monômero resinoso nas fibras colágenas, 
criando assim a camada híbrida. A 
aplicação do condicionamento ácido tem 
influência direta na resistência de união do 
material resinoso e o substrato dental. 
 
Esquema do mecanismo de adesão ao esmalte 
(A) e à dentina (B). No primeiro caso, após a 
secagem total da superfície, uma retenção 
micromecânica entre adesivo e esmalte é 
formada; no segundo caso, a secagem deve ser 
moderada (com papel absorvente), mantendo as 
fibras em expansão. Assim, as ligações 
químicas e retenções micromecânicas entre 
adesivo e dentina são estabelecidas. 
 
Smear Layer ou lama dentária 
Uma vez que a superfície dentinária é cortada ou 
desgastada com instrumentos rotatórios ou 
manuais, formam-se macro e micropartículas 
semelhantes ao pó produzido pela serragem da 
madeira. O termo “smear layer” é mais usado para 
descrever os microfragmentos ou microdetritos 
deixados sobre a dentina durante o preparo 
cavitário. O termo também se aplica a qualquer tipo 
de fragmento produzido iatrogenicamente pelo 
corte ou desgaste, não somente da dentina mas 
também do esmalte, cemento e mesmo da dentina 
do canal radicular. 
→ A expressão inglesa, foi referida em 
português como camada agregada, barro ou 
lama dentinária, é um substrato dinâmico, 
produzido clinicamente e consiste de duas 
camadas: a camada externa superficial e 
amorfa (“smear on”), agregada sobre 
superfície dentinária, e a interna (“smear 
in” ou “plug”) , formada por 
micropartículas que forçadamente 
penetram por alguns micrômetros no 
interior do complexo tubular da dentina. 
 
→ O diâmetro ou tamanho das partículas da 
camada agregada variade 50 a menos de 
2mm. As partículas pequenas (com menos 
de 2mm) obstruem e selam parcialmente os 
túbulos dentinários seccionados, formando 
os “plugs” que diminuem a permeabilidade 
dentinária, enquanto as partículas maiores 
que 20mm repousam sobre a superfície 
dentinária e poderiam interferir na 
adaptação de materiais restauradores ou de 
cimentação. 
 
 
 Faculdade Multivix 
 @odontoquerida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A smear layer é composta de pequenas 
partículas de matriz colágena mineralizada, 
bem como partículas dentinárias 
inorgânicas, saliva, sangue e numerosos 
microorganismos. 
 
Vantagens da Smear Layer 
→ Redução da permeabilidade a fluídos bucais 
e produtos tóxicos, como toxinas 
bacterianas e ácidos presentes em certos 
materiais. 
→ Redução da difusão (movimento dos 
fluídos dentinários em direção à polpa). 
→ Prevenção da penetração bacteriana nos 
túbulos dentinários. 
Desvantagens 
A pesar de ter sido demonstrado que a “smear 
layer” é uma proteção contra a penetração de 
bactérias, diversos autores acreditam que ela é 
permeável a produtos bacterianos, que podem 
resultar em resposta inflamatória pulpar e mostram 
que remanescentes bacterianos nesta camada 
podem sobreviver e se multiplicar. 
→ PASHLEYl em 1984, demonstrou de 
maneira objetiva o problema da remoção ou 
manutenção da camada agregada. De 
acordo com o autor, o aspecto benéfico da 
não remoção da lama dentinária, é que ela 
constitui um forrador cavitário iatrogênico 
que reduz a permeabilidade dentinária mais 
efetivamente que qualquer selante 
cavitário. Por outro lado, ela interfere com 
a adesão de alguns materiais odontológicos 
com a dentina ao mesmo tempo que pode 
servir como depósito de bactérias ou de 
seus produtos. A “smear layer” pode 
permanecer quando o clínico pretende usar 
materiais restauradores convencionais não 
adesivos sujeitos à infiltração marginal.

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