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INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NAS ESCOLAS
 Aluno: NAIARA OLIVEIRA CRUZ BORGES
 Pró.(Orientador): Monica Silva Ferreira
RESUMO
 O Transtorno do Espectro Autista por apresentar diversas dificuldades do desenvolvimento humano, necessita do trabalho comprometido de todos os empenhos dos seus familiares. A escola inclusiva é um importante fator para o relacionamento social e desenvolvimento das habilidades de todos os educandos que contemplam a mesma. Logo, das necessidades educativas especiais apresentadas pelo autismo também, pois o mesmo é considerado deficiência por profissionais envolvidos com a educação e principalmente da dedicação e lei, onde tem direito de fazer uso de todos os benefícios que a inclusão oferece na rede regular de ensino. A inclusão da criança com deficiência tem sido discutida em uma diversidade de contextos e a escola é o melhor local para promover a inclusão social e educacional dessas crianças, onde a relação professor-aluno é muito importante.
Palavras Chave: inclusão educacional; autismo; interação professor-aluno; mediação.
 INTRODUÇÂO
 A educação de uma criança portadora de autismo representa, sem dúvida, um desafio para todos os profissionais da Educação. A inclusão de crianças com deficiência tem sido discutida em uma diversidade de contextos e a escola é o melhor local para promover a inclusão social e educacional dessas crianças, onde a relação professor-aluno é muito importante.
 A singularidade e a insuficiência de conhecimento sobre a síndrome nos faz percorrer caminhos ainda desconhecidos e incertos sobre a melhor forma de educar essas crianças e sobre o que podemos esperar de nossas intervenções. 
 De acordo com Bosa (2006), o planejamento do atendimento à criança com autismo deve ser estruturado de acordo com o desenvolvimento dela. Por exemplo, em crianças pequenas as prioridades devem ser a fala, a interação social/linguagem e a educação, entre outros, que podem ser considerados ferramentas importantes para promoção da inclusão da criança com autismo.
 Os objetivos principais do tratamento e da educação de uma criança com autismo são reduzir os comportamentos mal adaptativos e promover o aprendizado, principalmente a aquisição da linguagem, do autocuidado e habilidades sociais (Martins, 2003). Para tanto, faz-se necessário que seu atendimento seja o mais intensivo e precoce possível, realizada por uma equipe multidisciplinar, que inclua psiquiatra, psicólogo, neurologista, pediatra, professor, psicopedagogo, fonoaudiólogo, entre outros. A referência a profissionais da educação no modelo de intervenção nos faz pensar na necessidade de levar as crianças com autismo até a escola, para que em ambientes inclusivos ou não, estas crianças possam desenvolver do ponto de vista educacional. No entanto, a inclusão escolar de crianças especiais de um modo geral e dos portadores de autismo em particular, ainda caminha lentamente, provavelmente porque carregamos as marcas da história do processo de exclusão educacional.
 A escola inclusiva deve estar disposta a adaptar seu currículo e seu ambiente físico às necessidades de todos os alunos, propondo-se a realizar uma mudança de paradigma dentro do próprio contexto educacional como vistas a atingir a sociedade como um todo. Neste espaço, a relação professor-aluno com deficiência deve influenciar a autoimagem desse aluno e o modo como os demais o vêem, trazendo benefícios tanto para ele quanto para o seu grupo com base em um suporte que facilita a todos obter sucesso no processo educacional.
 APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA.
Porque iniciar a inclusão do autista na escola ainda na educação infantil?
 A inclusão educacional escolar, no Brasil, é uma ação política, cultural, social e pedagógica que visa garantir o direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando (BRASIL, 2007). A Educação Especial vem sendo discutida apesar da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional propor que as pessoas com deficiência deveriam ser inseridas, preferencialmente, no ensino regular, foi apenas a partir da Constituição de 1988 e sob a influência da Declaração de Jomtien (1990) e da Declaração de Salamanca (1994), que, em nosso país, começou a ser discutida a universalização da Educação, e a ser implementadas nas escolas regulares uma política de Educação Inclusiva, culminando com a Política Nacional de Educação Especial da Educação Inclusiva (2008).
 Como afirma Kupfer (2004), deve-se promover uma mudança na representação social sobre a criança com autismo, sendo importante que escola e o professor baseiem sua prática a partir da compreensão dos diferentes aspectos relacionados a esse tipo de transtorno, além de suas características e as consequências para o desenvolvimento infantil.
 Atualmente existe um movimento natural de reinserção dessas crianças em escolas regulares e cada vez mais a escola deve se adequar para proporcionar a criança com autismo habilidades siciais que melhorem seu desempenho no âmbito educacional, social e ocupacional (Stainback; Stainback, 1999). Assim, Kupfer (2004) ressalta a importância da inclusão educacional, como principal instrumento de inserção social e objetivo de todo e qualquer tratamento para a criança com transtorno autista.
 Um processo de inclusão escolar consciente e responsável não acontece somente no âmbito escolar e deve seguir alguns critérios. A família do indivíduo portador de autismo possui um papel decisivo no sucesso da inclusão. Sabemos que se trata de famílias que experimentam dores psíquicas em diversas faces da vida, desde o momento da notícia da deficiência e durante as fases do desenvolvimento, quando a comparação com demais crianças é frequente.
 A inclusão escolar da criança portadora de autismo pode trazer alterações no seio familiar, na medida em que a criança está frequentando mais um grupo social e tendo oportunidade de conviver com outras crianças. Os pais, por sua vez, passam a conviver com outros pais nesse novo universo, e a acreditar nas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem sistemática de seus filhos. Os prognósticos quanto ao futuro de filho autista podem ficar menos obscuro e a ideia que o filho nada pode realizar pode ser substituída esperanças conscientes e investimentos no desenvolvimento da criança. A escola é o único espaço que divide com a família a responsabilidade de educar e que, de certa forma, trabalha a unidade de coletividade.
 Especialmente nas famílias de portadores de autismo, a ausência da troca afetiva e da comunicação costuma ser a maior dificuldade. Os autistas têm dificuldades especificas para entender vários dos sentimentos humanos. Eles aparentam não ter sentimentos, mas na verdade, esse comportamento parece ser resultante de inabilidade cognitiva (Peteers, 1998).
OBJETIVOS
· Objetivo geral:
O objetivo desse estudo foi investigar a inclusão escolar de crianças portadoras de autismo.
· Objetivos específicos:
- Refletir sobre a importância da inclusão da criança autista na rede escolar o mais precoce possível; 
- Possibilitar uma reflexão sobre a importância da família da criança autista junto com a escola.
METODOLOGIA 
Para a formação desse trabalho primeiramente fez-se a escolha do tema de interesse e a delimitação do problema a ser pesquisado. Em seguida foi organizado um plano de pesquisa e a pesquisa propriamente dita em livros relacionados ao assunto, trabalhos científicos já publicados, reportagem em revistas e sites da internet.
REFERENCIAL TEÓRICO
 Conforme Tezzari e Baptista (2002), a possibilidade de inclusão de crianças deficientes lamentavelmente ainda está associada aquelas que não implicam uma forte reestruturação e adaptação da escola. Nesse sentido, crianças com prejuízos e déficits cognitivos acentuados, como psicóticos e autistas, não são considerados em suas habilidades educativas(Baptista & Oliveira, 2002). O fato de existirem poucos estudos sobre inclusão de crianças autistas na rede comum de ensino parece refletir essa realidade, isto é, a de que existem poucas crianças incluídas, se comparadas aquelas com outras deficiências. 
 Desse modo, Karagiannis, Stainback e Stainback (1999) referem que, diante de uma inclusão adequada, mesmo que uma criança apresente deficiências cognitivas importantes e apresente dificuldades em relação aos conteúdos do currículo da educação comum, como pode ser o caso do autismo, ela pode beneficiar-se das experiências sociais. O objetivo do aprendizado de coisas simples do dia-a-dia seria o de as tornarem mais autônomas e independentes possíveis, podendo conquistar seu lugar na família, na escola e na sociedade.
 Chamberlaim (2002), ao investigar a rede social e o envolvimento de crianças com autismo de alto funcionamento cognitivo e suas pares na escola, considerou apenas uma amostra de crianças de segunda a quarta séries. Portanto, como essa realidade ocorre em crianças menores (pré-escolares) e com deficiência mental associada, que representa a maioria dos casos de autismo, ainda é desconhecida. Percebe-se, sobretudo na área da psicologia, a carência de estudos relacionados à inclusão dessas crianças com as demais e a caracterização de suas possíveis potencialidades interativas.
 Os pais são fundamentais para inclusão social desses alunos, acreditando e auxiliando o professor, Facion (2008), explica que esses passam por algumas fases. Inicialmente acontece o impacto da notícia, em seguida sofrem porque não teve o filho ideal, ai vem à revolta, medos, angústias, pessimismo, e que normalmente são superados pelo amor que sentem pela criança e o desejo de lutar pela mesma. E que alguns pais vencem as dificuldades com mais rapidez, e outros não conseguem dominar essa situação. Facion alerta que, “os profissionais não devem julgar os pais, mas ajudá-los, entende-los e respeitá-los”. (FACION, 2008, p.206).
REFERÊNCIAS
BATISTA, C. R & OLIVEIRA, A. C. (2002). Lobos e médicos: primórdios na educação do “diferentes”. In: C. A. Baptista & C. A. Bosa (Orgs.), Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção (pp. 93-109). Porto Alegre: Artmed.
BOSA, C. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Revista Brasileira de Psiquiatria. V.28. São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462006000500007&script=sci arttext.
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos; plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007.
CHAMBERLAIN, B. O. (2002). Isolation or involvement? The social networks of children with Austim included in regular classes. Dissertation Abstracts International,62(8-A), 2680. (UMINO.AA13024149)
______. Decreto 7.611, de 17 de nov. de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm. 
______. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994
FACION, José Raimundo (org). Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba: IBREX,2008.
KARAGIANNIS, A., STRAINBACK, S., & STRAINBACK, W. (1999). Fundamentos de ensino exclusivo. In: S. Strainback & W. Strainback (Orgs.), Inclusão - Um guia para educadores (M. Lopes, Trad., pp. 21-34). Porto Alegre: Artmed.
KUPFER, M. Pré-escola terapêutica Lugar e Vida: um dispositivo para o tratamento de crianças com distúrbios globais do desenvolvimento. In: Machado, A.; Sousa, M. (Org.). Psicologia Escolar: em busca de novos rumos. 4. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
MARTINS, L.A.R. (2003). A inclusão escolar do portador da síndrome de Down: o que pensam os educadores? Natal: Edit. Da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
PETEERS, T. Autismo: Entendimento teórico e intervenção educacional. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1998.
STRAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
TEZZARI, M. & OLIVEIRA, A. C. (2002). Vamos brincar de Giovani? A integração escolar e o desafio da psicose. In: C.R. Baptista & C. A. Bosa (Orgs.), Autismo e educação: reflexões e proposta de intervenção (pp. 145-156). Porto Alegre: Artmed.

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