Buscar

CASO _CRETO 5

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019
Título
Estudo de Caso 5
Descrição
Discursiva: Conhecida loja do ramo alimentício estabelece norma interna determinando 
que todos os funcionários devem passar pela revista íntima no final do expediente laboral. 
Ronald Andrade, funcionário da loja e estudante de direito, questiona ao seu gerente que 
o referido procedimento viola o Princípio da Dignidade Humana que está protegido no 
art. 1º, III da CF/88. Alfredo Rodrigues, gerente da loja, argumenta que, em nenhuma 
hipótese, os Direitos Fundamentais da Constituição Federal de 1988 se aplicam nas 
relações de emprego, foram criados somente para proteção do indivíduo contra o abuso 
de poder dos órgãos do Estado e não de empresas privadas. Tomando como base a 
teoria geral dos direitos fundamentais, podemos concordar com a fundamentação 
do gerente da loja? Justifique a sua resposta.
FreeText
Resposta:
 Não,o princípio da Dignidade Humana que está protegido no art. 1º, III da CF/88, para todos os cidadão ,não há exclusão de classes. O gerente nas suas alegações mostra total desconhecimento da leis trabalhista ou de qualquer outro instituto ,aduz o Art . 373-A. da CLT “Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999) 
 Art. 5º - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999”. Portanto, não é tolerado qualquer situação que desrespeite ou afronte a integridade psíquica e moral ou que traga algum prejuízo à dignidade no ambiente de trabalho.
 
 JURISPRUDÊNCIA:
Tribunal Regional do Trabalho 13ª Região TRT-13 - Recurso Ordinário : RO 0135500-78.2013.5.13.0007 0135500-78.2013.5.13.0007
 Ementa
REVISTA ÍNTIMA DE EMPREGADO. DANO MORAL.
A revista íntima realizada nos pertences do empregado representa ofensa à sua intimidade e caracteriza ato ilícito, por dispor o empregador de outros meios para garantir a segurança do seu patrimônio. Torna-se injustificável a realização de revistas nos empregados, sob pena de afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana. Recurso do reclamado a que se dá parcial provimento, em consonância com o Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº 00461.2012.008.13.00-7.
 DOUTRINA:
Francisco Ferreira Jorge Neto
Jouberto de Quadros Pessoa Cavalcante
 SITUAÇÕES SOBRE ASSEDIO MORAL E SEXUAL NO DIREITO TRABALHISTA VIOLANDO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:
 Recentemente um supermercado de Minas Gerais foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 por realizar uma revista abusiva de funcionário na frente de outros colegas. 
No caso, o funcionário era revistado diariamente, na frente de outros colegas e até mesmo de clientes do estabelecimento, o que evidentemente gerava muito constrangimento.
 
 O chefe assentiu e ela acreditou que o recado havia sido compreendido. Só que as investidas não pararam. “Quando estávamos no carro, ele costumava encostar na minha coxa se queria chamar minha atenção”.
 O comportamento piorou durante uma viagem de cinco dias, entre março e abril de 2017, para Lima, no Peru. Ali, o chefe extrapolou os limites. Uma das investidas aconteceu no banco traseiro de um táxi que os levava de volta ao hotel após um jantar de negócios.
 Aluno:Pedro Brasil

Continue navegando