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AÇÃO DE TAXA DE COBRANÇA CONDOMINIAL

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO.
CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO RESIDENCIAL XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 51.007.201/0001-56, estabelecido na Avenida Centernada, nº 789, Bairro Pinheiros, em Campinhas-SP, CEP 10.009-515, por seu procurador constituído, advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 13.580, com escritório profissional em Alamedas do Retiro, na Rua Central, nº 717, Bairro Paraisópolis, onde recebe intimações, nos termos do mandato anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 12 da Lei 4.591/64 e no art. 318, do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS DE CONDOMÍNIO
Em face de Gilbelândio Nogueira, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade nº 11.639.206-97 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 358.753.525-30, residente e domiciliado na Avenida Centernada, nº 789, AP- 87, BLOCO C, Bairro Pinheiros, em Campinhas-SP, CEP 10.009-515, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O Ré é proprietário da unidade condominial representada pelo apartamento de nº 87, bloco C, do Condomínio do Edifício Residencial XYZ, não possuindo matrícula do imóvel, pois documentação encontra-se lavrada, mas não em registro. Porém atentando-se ao fato de que, segundo o NCPC, quem possui um contrato de promessa ou de compra e venda, ainda que não levado ao registro, também é equiparado pela Lei ao legítimo proprietário do imóvel, podendo exercer os mesmos direitos de posse, assim como participar de assembleias, votar e ser votado.
Ocorre, no entanto, que a respectiva unidade condominial de propriedade da Ré, encontra-se em atraso com as taxas mensais, para manutenção das despesas do condomínio de competência dos meses de Julho a Setembro de 2020, consoante recibos anexos, cujo valor atualizado monetariamente e acrescido de juros de mora de 1% ao mês e da multa de 2% (dois por cento), nos termos do § 1º, do art. 1.336 do Código Civil, totaliza nesta data a importância de R$ 2.200,00 conforme demonstrativo que ora junta.
	Considerando que o Condomínio autor utilizou-se de todos meios suasórios para o recebimento dos devidos débitos existentes do Sr. Gilbelândio, não há de restar outro meio, senão recorrer juridicamente para reaver os valores do condômino que está em aberto, através da proposição da seguinte ação. 
Salientando, que a ausência de pagamento do Réu, ocasiona numa instabilidade das obrigações do condomínio, sendo que depende puramente da arrecadação das taxas para a manutenção das despesas. 
Como é sabido, o pagamento das cotas condominiais é obrigação do proprietário de imóvel situado em condomínio, conforme disposto no artigo 1.336, I do CC e artigo 12 da Lei 4.591/64.
É fato que o não pagamento por parte do Réu impõe aos demais condôminos o ônus de sua inadimplência, tendo em vista que a cota condominial é apenas o rateio de despesas relativas à manutenção das áreas comuns. Por este motivo e diante do insucesso com medidas extrajudiciais para satisfação do débito, o Requerente ajuíza a presente demanda.
Ademais, é importante ressaltar que o Novo Código de Processo Civil conferiu às cotas condominiais a condição de título executivo extrajudicial, propiciando, no entanto, ao condomínio credor a faculdade de ajuizar a ação de cobrança pelo rito comum, nos termos do artigo 785, a fim de obter título executivo judicial.
Por fim, é importante salientar que a taxa condominial é obrigação de trato sucessivo (artigo 323 do CPC), devendo ser inclusas na condenação as taxas que vierem a vencer durante a tramitação dessa ação até a efetiva satisfação do débito, visando a celeridade e economia processual.
Assim, fica evidenciado o direito da parte Autora pleitear o recebimento dos valores acima descritos.
II – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, requer:
a) Seja dispensada a audiência de conciliação nos termos do artigo 334, § 5º do CPC, por desinteresse na composição consensual, pois já foram tentados diversos contatos amigáveis sem retorno do Réu;
b) A procedência do pedido para condenar a Ré no pagamento das taxas de condomínio em atraso, no valor de R$ 2.200,00 bem como daquelas que se vencerem até a liquidação final do débito, atualizadas monetariamente, acrescidas de juros de mora de 1,00% ao mês a contar de cada vencimento, da multa de 2% (dois por cento) na forma do § 1º do art. 1.336 do CC, bem como dos honorários advocatícios, que espera sejam arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, custas processuais e demais cominações legais.
c) Sejam as intimações efetuadas em nome de Brian Vênicio, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de 536, sob o nº 13.580, com escritório profissional na Rua Central, nº 717, Bairro Paraisópolis, nº 888,CEP 10.008-459, em São Paulo - SP, sob pena de nulidade.
Dá-se à causa o valor de R$ 2.200,00.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
SÃO PAULO, 20 Outubro de 2020.
OAB/13.580

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