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RESUMÃO DE EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS INFECÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR IVAS: tudo que acomete via aérea superior · Fossas nasais: Rinofaringite (resfriado comum/gripe) · Nasofaringe: Nasofaringite · Orofaringe Faringite/Faringoamigdalite · Hipofaringe · Laringe: Laringite · Traqueia: Laringotraqueobronquite, Laringotraqueíte O que caracteriza IVAS: ausência de taquipneia, sibilo, estridor e tiragem. Agente etiológico mais comum: · Rinovírus e coronavírus · Mais comuns · não acomete VAI · não tem lesão epitelial · quadro brando NASOFARINGITE = Resfriado Comum · Duração: 5-14 dias; sendo benigna e autolimitada · Contágio: contato direto com secreção (mão-nariz-olho) – exceção influenza · Agente mais comum: Rinovírus · Fisiopatologia: inflamação do nariz, seios paranasais e faringe por vírus que gera inflamação · vasodilatação + edema congestão dos cornetos (obstrução nasal) aumento da produção de muco extravasamento capilar edema que dá os sintomas de coriza · O que caracteriza: Obstrução Nasal, Espirro, Coriza, Garganta “Arranhando”, Calafrio, Febre. (obs: tosse noturna residual) · Complicações: OMA, sinusite, pneumonia, exacerbação de asma. · Período de incubação: 2-5 dias · Período de contágio: algumas horas antes até 2 dias após início dos sintomas. GRIPE · O que caracteriza: Tosse, Febre Alta, Dor Muscular, Mal Estar, Fraqueza, Falta de Apetite DD: · Rinite Alérgica (diferenciar pela mucosa nasal) · Corpo estranho: secreção unilateral e fétida (pode ter sangue) · Sinusite: Febre, Cefaleia, Edema periorbitário, rinorreia e tosse >14 dias. · Coqueluche: tosse persistente e ladrante · Rinite sifilítica: rinorreira serosanguinolenta (1-3 meses) : pedimos VDRL da mãe&filho DIAGNÓSTICO: · Clínico TRATAMENTO: · Hidratação · Febre e Dor: Paracetamol, Dipirona, Ibuprofeno · Coriza a Obstrução Nasal: Lavagem nasal com solução fisiológica isotônica pelo menos 6x dia/5-10mlSF OBS: Casos de influenza Oseltamivir e Zanamivir (antivirais) FARINGOTONSILITE/FARINGOAMIGDALITE AGUDA · O que é: inflamação de mucosa e tecido linfócito da faringe e tonsilas · Transmissão: Secreção Nasal e Saliva (Apenas pelos sintomáticos) · Agentes Etiológicos: Mesmo da Rinofaringite · Epidemiologia: incidência maior dos 4-7 anos, sendo raro em adolescentes e adultos jovens. OBS: A maioria é viral (PP<3ANOS), mas 70% recebe ATB! OBS: Rinovírus e Adenovírus podem fazer febre faringoconjuntival (amigdalite + exsudato + conjuntive + sintomas respiratórios) OBS: STREPTOCOCCUS PYOGENES BETAHEMOLITICO-A: 5-15 anos DD: · Mononucleose Infecciosa: esplenomoegalia, linfonodomegalia, rash pós atb · PFAPA: episódios periódicos de febre, faringite, lesão aftosa que melhora com única dose de atb. · Neoplasias · Difteria DIAGNÓSTICO: · Clínico: febre, s/ tosse, exsudato tonsilar, adenopatia cervical dolorosa · Laboratorial: · Teste Rápido com Swab de orofaringe: se duvidar do diagnostico · Cultura: Padrão Ouro TRATAMENTO · Resolução espontânea em 4-5 dias · Sempre usar ATB · Sintomático · Analgésico e Antitérmico · AINES OBS: CORTICÓIDE apenas se estiver com abcesso periamigdaliano obstruindo via aérea · Específico · Penicilina Benzatina – dose única · Amoxicilina – 10 dias COMPLICAÇÕES · Supurativas · Retrofaríngeos · Periamigdalianos · Não supurativas · Glomerulonefrite · Febre Reumática RINOSSINUSITE AGUDA · Fisiopatologia: Inflamação dos Seios Paranasais (pp. Maxilar) · resfriado comum→ inflamação de mucosa → obstrução dos ostios + vírus nos seios → aumento de muco e movimento ciliar prejudicado → acumulo de muco nos seios paranasais+ refluxo de bactérias patogênicas colonizadoras do nariz (assoar o nariz faz com que tenha um alto refluxo no nariz e nos ouvidos – tem que lavar e secar; e não assoar) → sinusite bacteriana · Etiologia: vírus (pp), bacteriana ou alérgica · Sinusite aguda: até 1 mês; crônica: >3 meses · Rinossinusite bacteriana aguda · Sintomas: resfriado comum com duração >10-14 dias · Pico da doença: após o 5 dia · Sintomas graves iniciais: febre alta, edema, dor facial · Principal agente: Pnemumococco(pp), moraxella, haemophilus OBS: IVAS é o principal fator que predispõe DIAGNÓSTICO · Clínico: sintoma persistente e grave desde o início ou piora após o 5 dia. · Obstrução nasal · Secreção nasal purulenta · Gotejamento na garganta · Tosse noturna ou de manhã cedo · Halitose · Cefaleia (só em crianças maiores) · Edema periorbitário · Náuseas / vômitos · Perda do olfato com gosto metálico – devido gotejamento COMPLICAÇÕES · Celulite Periorbitária já é indicação de internar + atb venoso (etmoidal) TRATAMENTO · Lavagem Nasal · Corticoide nasal: se rinite associada usa tópico, se não, usa sistêmico se casos mais graves. · Antibiótico · Amoxicilina 50-90mg/kg/dia. Mas 90mg/kg/dia geralmente é melhor (é a tal da dose dobrada) · Clavulanato se resistência por moraxella ou haemoplhilus (usou atb e não melhorou) · Cefuroxima e Claritromicina se alergia à penicilina OBS: TRATAMENTO POR NO MINIMO 10 DIAS. INTERROMPE SE TEM NO MINIMO 7 DIAS DE SINTOMAS OTITE MÉDIA AGUDA · Fisiopatologia: inflamação aguda da mucosa de revestimento do ouvido médio · Duração: < 3 semanas · Sintomas: inespecíficos · Infecção de VAS nas últimas 3 semanas · Dificuldade para dormir · Hipoatividade · Irritabilidade · Febre · Otalgia · Etiologia: mais comum em meninos e em lactentes · Diminui sua prevalência em maiores de 3 anos · Agente etiológico: 70% bacteriano (S. Pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis) · Vacinação: reduziu os casos · Fator de risco: dá mamadeira deitada OBS: NÃO USO ATB SEMPRE EM OMA DIAGNÓSTICO · Clínico · Moderado a severo abaulamento de MT COMPLICAÇÕES · Perfuração de MT · Efusão e acumulo de liquido com disfunção tubaria – perda auditiva TRATAMENTO I · < 6 meses : sempre trata · > 6 meses: conduta expectante (doença leve, BEG, boa resposta ao antitérmico, febre baixa, otalgia leve = NÃO USA ATB) · Conduta: observar por 24-48h + reavaliação (inclusive do SNC) + receita de ATB para os pais caso vejam piora. · 6m – 2 anos: se tem certeza de Otite (otorreia + sintomas severos) = trata com atb · Diagnostico provável sem sintoma severo e otorreia · Menores = trata · Maiores = observa TRATAMENTO II: · Medidas Gerais · Soro fisiológico · Analgésico/antitérmico · Antibioticoterapia de 10 dias · Amoxicilina · Amoxicilina + clavulanato se usou amoxicilina no ultimo mês e não melhorou, se conjuntivite associada, OMA recorrente com uso de amoxicilina · Cefuroxima/Ceftriaxone/Macrolides = alérgicos à penicilina INTERNAR QUANDO: 1. Mastoidite 2. Abcesso periamigdaliano/retrofaríngeo 3. Sinusite complicada OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR CRUPE VIRAL · Principais causas de obstrução de via aérea superior: · Crupe Viral · Aspiração de corpo estranho · Principal sinal de obstrução de via aérea superior: · Estridor · Outros sintomas: · Tosse ladrante, rouquidão ,aumento do trabalho respiratório, tiragem, aleto nasal, desconforto respiratório, taquipneia. · Esses sintomas são divididos de acordo com a área acometida: · Laringite: tosse metálica+rouquidão · Laringotraqueite: estridor+desconforto respiratório · Laringotraqueobronquite: sibilos + aumento do tempo expiratório · Etiologia: · Parainfluenza pp OBS: >5 ANOS = Mycoplasma pneumoniae · Epidemiologia: · Mais comum entre 3m-6 anos · Mais comum em meninos · Fisiopatologia: · Infecção no nariz/faringe disseminação pelo epitélio respiratórioinflamação, edema, eritema, baixa mobilidade das cordas vocais(rouquidão)ESTRIDOR INSPIRATÓRIO que pode colabar o pulmão. · Quadro Clínico · Pródromo viral de 1-3 dias que depois tem tosse ladrante, rouquidão e estridor (pp de madrugada) · Duração · 5-10 dias DD · Laringite Estridulosa ou crupe espasmódico · Não tem pródromo viral · Pode ter antecedente de DRGE ou atopia · Dificuldade respiratória de início súbito · TTO: NBZ com adrenalina e corticoide · Laringotraqueíte bacteriana · Secundária a IVAS · S. aureus · Febre alta + toxemia + secreção purulenta + refratário ao tratamento · Aspiração de corpo estranho· Tosse · Engasgo súbito · Angioedema · Edema laríngeo · Difteria · Intensa disfagia · Pouca febre · Corynebaterium diphteriae DIAGNÓSTICO · Clínico · Raio-x apenas em casos duvidosos · Sinal de ponta de lápis ou torre de igreja (não é patognomônico) · Escore de Westley TRATAMENTO · Corticóide · NBZ com adrenalina · Oxigenoterapia Crupe leve · Estridor quando agitado · consciência preservada · choroso · sem cianose, sem desconforto respiratório · satO2 boa CONDUTA: Dexametasona dose única + orientações Crupe Moderada-Grave · desconforto respiratório em repouso · cianótico · alteração no NC · ausculta pulmonar normal · estridor CONDUTA: Dexametasona dose única + adrenalina inalatória na NBZ observar por 2h melhorou: libera 4-6h depois · não melhorou: repete adrenalina e UTI OBS: Nunca usar ATB, ANTITUSSIGENO, SEDATIVO, DESCONGESTIONANTES OBS: ESTRIDOR AUDÍVEL ADRENALINA OBS: IRRITADO = ALTERAÇÃO NO NC Quando dar alta? · Sem estridor em repouso · Boa satO2 e oximetria de pulso normal · Aceita líquidos · NC normal · Pais compreensíveis Quando internar? · Toxemia · Desidratação · Não aceita líquidos · Estridor acentuado/retração em repouso · s/ resposta ao tto / piora 2h pós-adrenalina · necessidade de O2 suplementar · suspeita de infecção bacteriana secundária · <6m · Pais incompreensíveis
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