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Direito do Comércio Internacional IV

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22/09/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/25
DIREITO DO COMÉRCIODIREITO DO COMÉRCIO
INTERNACIONALINTERNACIONAL
Me. Piterson Balmat Gonçalves
IN IC IAR
22/09/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/25
introdução
Introdução
Nesta unidade, iremos estudar as formas de resolução alternativa de disputas no
Comércio Internacional, explicando como a negociação, a conciliação, a mediação e a
arbitragem aparecem como as principais formas de resolução de controvérsias,
considerando a inexistência de uma competência internacional plena para
julgamento de disputas comerciais.
Iremos estudar como se formou e a maneira de atuar da Câmara de Comércio
Internacional, compreendendo o seu funcionamento e seus principais institutos.
Vamos analisar as formas de diplomacia que podem ser aplicadas às relações
comerciais e como elas são importantes para a solução de conflitos internacionais -
considerando a inter-relação clara que existe entre política e mercado, dentro de
nossa estrutura de Estado - estudando também a chamada paradiplomacia.
Por fim, vamos traçar um panorama dos principais desafios do Comércio
Internacional para o Brasil, como ele pode fazer uso do Mercosul para a solução de
discussões, bem como verificar os maiores entraves às negociações diretas para o
Brasil sem atuação do Mercosul.
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A ideia geral dos contratos é de que eles sejam cumpridos. Existe um claro interesse
econômico de que os negócios firmados não passem por rupturas, ainda que parciais,
justamente porque o comércio funciona sempre em cadeia, de tal modo que um
mercado se afeta por completo quando há perdas econômicas, atingindo também
outros mercados a médio e longo prazos.
Assim, caso um produtor de laranjas sofra perdas pela ruptura de contratos - que
podem decorrer, dentre outros, de motivos naturais, financeiros ou mesmo políticos
-, isso pode estressar, em um primeiro momento, todo o mercado da commodity em
questão e as instituições financeiras que porventura investiram no negócio; em um
segundo momento, quem sofre é todo o agronegócio, de maneira que, a depender do
tamanho da perda e o período que ela dura, são afetados os trabalhadores, eventuais
investidores que atuaram sobre a securitização do negócio, todo o mercado de
venda de máquinas agrícolas etc.
Cientes disso, os contratantes acabam por geralmente estressar a relação firmada,
fazendo surgir um conflito, que nada mais é do que o interesse individual que
aparece para apurar responsabilidades e diminuir o prejuízo.
Meios Alternativos deMeios Alternativos de
Resolução de DisputasResolução de Disputas
Comerciais InternacionaisComerciais Internacionais
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Essa problemática, porém, ganha mais contornos no âmbito do Comércio
Internacional, principalmente porque, além de trazer problemas econômicos
semelhantes ao mercado de cada país, afetando, por vezes, o desenvolvimento
comercial do setor, provoca rupturas que, muitas vezes, atingem a credibilidade de
um país diante do outro e impactam a política externa, colocando em xeque as
condições de negociação futura entre as nações.
Por esse motivo, há um grande esforço, no cenário internacional, de impedir que as
relações comerciais passem por situações de estresse, fomentando a cooperação e a
solução amigável de conflitos e, numa situação extrema, que a solução contenciosa
seja resolvida pelos mais competentes sem que haja ou exista o mínimo de
intervenção de poder político de um agente sobre o outro.
O primeiro meio de resolução de conflitos internacionais é, assim, a negociação
direta do problema. Ela é utilizada em larga escala justamente porque há uma
pressão externa, de organizações internacionais, para que as partes, antes de levar o
problema à competência dessas organizações, busquem encontrar um denominador
comum.
Como exemplo, podemos citar a Carta das Nações Unidas promulgada em território
nacional pelo Decreto nº 19.841, estabelecendo em seu artigo 33 que “[...] as partes
em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança
internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação,
inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou
acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha” (BRASIL, 1945).
O cumprimento desse artigo é pressuposto para ter acesso às formas de resolução
de controvérsias da própria ONU - a respeito das quais falaremos mais adiante.
A solução de controvérsias através de negociação direta pode ocorrer entre os
agentes por meio de um sistema de consultas, que pode ser utilizado quando os
países, de onde as partes decorrem, se encontram em âmbito político para tratar de
interesse comum - ou por meio de outros países.
A controvérsia também pode ser resolvida através de um sistema de conciliação a
fim de se eliminar a disputa. Nas palavras de Bacellar (2012, p. 86):
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De�nimos a conciliação (nossa posição) como um processo técnico (não
intuitivo), desenvolvido pelo método consensual, na forma
autocompositiva, em que terceiro imparcial, após ouvir as partes, orienta-
as, auxilia, com perguntas, propostas e sugestões a encontrar soluções (a
partir da lide) que possam atender aos seus interesses e as materializa em
um acordo que conduz à extinção do processo judicial.
Dessa maneira, a conciliação destaca-se pela presença de um terceiro que não
participa diretamente da discussão e busca encontrar os pontos de convergência
existente entre as partes para dar fim ao conflito. É possível que as partes
estabeleçam contratualmente a necessidade de se constituir, no início da
controvérsia, um terceiro conciliador, ou estabelecer que um julgador constituído
pelas partes (como no caso da arbitragem) atue antes como conciliador.
Atuando de maneira semelhante, há a mediação - constituída por um mediador, que
resolve a controvérsia. Em suma, existem quatro formas de mediação, conforme nos
ensina Bacellar (2012):
a mediação da escola de Harvard, ou mediação linear ou mediação
tradicional/clássica. Ela tem como objetivo principal a renegociação para
identificar os interesses encobertos pelas posições para com isso alcançar
um acordo;
a mediação circular-narrativa, ou modelo de Sara Cobb, que foca nas partes
do conflito para resolvê-lo: suas histórias, relações sociais de pertinência,
quando no conflito;
a mediação transformativa, ou modelo de Bush e Folger, com a qual se
busca transformar a postura adversarial nas relações pela identificação das
necessidades das pessoas e suas capacidades de decisão e escolha;
a mediação avaliativa, em que o mediador apresenta, de maneira clara, a
sua opinião.
Cumpre salientar que, apesar da conciliação e da mediação se aproximarem,
principalmente no que diz respeito ao terceiro imparcial, a mediação é um processo
em que o mediador aparece mais atuante, enquanto o conciliador não quer
diretamente sobrepor as barreiras existentes entre as partes.
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Bem tradicional no Comércio Internacional, há também a possibilidade de fazer uso
da arbitragem. Na definição de Bacellar (2012, p. 121):
A arbitragem, de forma ampla, é uma técnica para solução de
controvérsias por meio da intervenção de uma ou mais pessoas que
recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base
nesta convenção, sem intervenção do Estado, sendo a decisão destinada a
assumir e�cácia de sentença judicial.
Para que tenhavalidade em âmbito interno, a arbitragem depende de cláusula
contratual que estabeleça um pacto comissório de resolução do conflito por esse
meio. Essa máxima também se aplica, em linhas gerais, aos contratos de Comércio
Internacional.
praticarVamos Praticar
Apesar da conciliação e da mediação se aproximarem, principalmente no que diz respeito
ao terceiro imparcial, a mediação é um processo em que o mediador aparece mais atuante,
enquanto o conciliador não quer diretamente sobrepor as barreiras existentes entre as
partes.
Quais são os quatro modelos de mediação mais conhecidos?
a) Harvard, Cobb, Bush e transformativo.
b) Harvard, Cobb, Bush e Folger.
c) Harvard, tradicional, clássico e narrativo.
d) Tradicional, clássica, narrativo e transformativo.
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e) Linear, narrativo, transformativo e avaliativo.
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A Câmara de Comércio Internacional, ou International Chamber of Commerce (ICC)
em inglês, foi fundada em 1919, logo após o final da Primeira Guerra Mundial. A
intenção da organização foi estabelecer uma maneira de regular as relações
comerciais internacionais, o financiamento de operações e os aspectos financeiros
ligados a eles. Seu espírito se encontra imbuído da ideia de que uma melhoria nas
formas de se estabelecer as relações comerciais internacionais evitaria novos
conflitos armados.
Ela se organiza como uma forma de corte internacional, operando através da
arbitragem, a partir de 1923. A partir de 1927, a Câmara de Comércio Internacional
passou a integrar diversos peritos, de diversas áreas, no intuito de diminuir as
barreiras tarifárias entre mercadorias, comercializadas em âmbito internacional -
que levou ao General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), cujas Rodadas
possibilitaram a fundação da Organização Mundial do Comércio.
Câmara de ComércioCâmara de Comércio
InternacionalInternacional
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Atuando diretamente nos interesses de conciliação do comércio mundial, por meio
de Comitês, em diversos países, em 1950, esteve presente na redação da Convenção
de Nova Iorque, pela qual a ONU estabeleceu regras sólidas de arbitragem
internacional.
Temos, assim, que o objetivo da Câmara é mais amplo que servir como ferramenta
para a solução de conflitos comerciais internacionais. Busca, na verdade, promover
um desenvolvimento aberto da economia mundial com acordos comerciais de trocas
capazes de gerar prosperidade global e paz entre as nações. Como o Comitê
Brasileiro da Câmara informa, são seguintes os seus objetivos (INTERNATIONAL
CHAMBER OF COMMERCE, 2019):
atuar como a voz das empresas nas Nações Unidas, na OMC e no G20, e
influenciando no desenvolvimento de políticas nacionais em questões de
importância vital para os negócios internacionais;
criar regras globais e padrões universalmente utilizados nas transações do
comércio internacional, como os Incoterms e os modelos de contratos;
estabelecer a Corte Internacional de Arbitragem, a instituição líder
mundial em resolução de disputas para negócios.
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Assim, trata-se de fazer os negócios funcionarem para todos, em todo tempo e todos
os lugares. O desafio da Câmara atualmente é acompanhar o desenvolvimento
sustentável das formas de tecnologia, explorando novas oportunidades de negócios.
A Câmara atua hoje em mais de 100 países, intermediando relações de mais de 45
milhões de empresas e aproximadamente 1 bilhão de trabalhadores em todo o
mundo. São mais de 90 os comitês nacionais, dos quais foi constituído um Comitê em
São Paulo no ano de 2017 - restabelecendo diretamente as atividades da Câmara no
Brasil.
A Câmara atua, assim, em algumas frentes, seja por meio de suas Comissões, pela
Resolução de Litígios, por Serviços e Ferramentas, ou ainda, Eventos e
Treinamentos.
São 12 as suas Comissões, que orientam e traçam estratégias entre diversos
executivos para o desenvolvimento do mercado. No Brasil, há as Comissões de
Anticorrupção e Responsabilidade Corporativa, Arbitragem e Mediação,
Concorrência, Direito e Prática Comercial, Economia Digital, Meio Ambiente e
Energia, Políticas de Comércio e Investimentos, Propriedade Intelectual e Trade
Finance. Além dessas, a Câmara conta com Comissões de Aduanas e Facilitação de
Comércio, Bancos e Financiamento de Comércio e Publicidade e Marketing.
A Resolução de Conflitos inclui ações voltadas à arbitragem, à mediação e aos
chamados Dispute Boards.
A arbitragem se realiza por meio da Corte Internacional de Arbitragem, estabelecida
em 1923. Procura dar às partes de um conflito uma solução estruturada e ao mesmo
tempo adaptável às necessidades práticas de cada uma delas. Ela é composta por
árbitros independentes, inclusive a Corte é responsável pela total supervisão do
processo arbitral.
A mediação se efetiva através do Amicable Dispute Resolution, ou Resolução Amigável
de Disputas, o Centro Internacional ADR. Para tanto, a mediação segue o chamado
Regulamento de Mediação da própria Câmara, revisado, pela última vez, em 2014.
Nessa forma de resolução de conflitos, o mediador não tem competência para impor
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uma decisão para as partes nem de efetuar uma composição amigável. Cabe-lhe
apenas a função de facilitação entre os negociantes.
Os Dispute Boards são órgãos que contêm entre um a três componentes que auxiliam
as partes de um contrato de longo prazo a evitar ou superar divergências relativas à
sua execução. Esses Boards são controlados pelas normas de seu Regulamento,
revisado, pela última vez, em 2015.
Os Serviços e Ferramentas estão ligados à atuação das Câmaras, que disponibilizam
modelos de Contratos, analisam e revisam eventualmente padrões da
Incoterms/2010 e estabelecem cursos e certificações por meio de sua academia.
De maneira semelhante, a Câmara realiza eventos e treinamentos periódicos para
capacitação dos envolvidos.
Cumpre salientar que, em 2017, a ONU concedeu à Câmara a condição de
Observador Permanente, diante do seu importante papel no desenvolvimento de
soluções de problemas no Comércio Internacional.
Além disso, cumpre destacar o papel da Câmara no combate à corrupção,
justamente para impedir a proliferação de entraves na economia mundial.
Recentemente, o Comitê da Câmara, no Brasil, atuou diretamente no acordo
firmado entre Mercosul e União Europeia, com o qual se pretende diminuir as
barreiras existentes entre os países que compõem ambos os blocos. Essa informação
foi divulgada pela própria Câmara:
Após duas décadas de longas negociações, União Europeia e Mercosul
�nalmente chegaram a um acordo, em uma grande vitória para todos os
países envolvidos, que juntos representam 25% do PIB mundial. De acordo
com previsões, nos próximos 15 anos, as exportações brasileiras para UE
teriam um aumento US$ 100 bilhões e nosso PIB um aumento de US$
87,5 bilhões. Investimentos estrangeiros ainda cresceriam em US$ 113
bilhões. (INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE, 2019, on-line).
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praticarVamos Praticar
A Câmara atua hoje em mais de 100 países, intermediando relações de mais de 45 milhões
de empresas e aproximadamente 1 bilhão de trabalhadores em todo o mundo. São mais de
90 os comitês nacionais, dos quais foi constituído também um comitê em São Paulo.
Em que ano foi constituída o Comitê da CCI em São Paulo?
a) 1997.
b) 2013.
c) 2011.
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d) 2017
e) 1967.
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Dentro das formas de diplomacia, a diplomacia comercial aparece como a forma de
articular interesses comerciais através de representantes políticos.
Compreende, nesse sentido, agentes públicos de diversas nações se coordenando de
maneira a encontrar uma solução pacífica para os conflitos econômicos que surgem
entre seus países.
Tal necessidade é imperiosa, na medida em que, sendo a economia a base do Estado
moderno, a política precisa ser, antes de tudo, a defesa dos interesses de agentes
econômicos internos, capazes de gerar o seu desenvolvimento. Assim, são os
diplomatas também representantes do comércio de seu país.
A atividade visa a fortalecer o desenvolvimento comercial por meio de uma série de
promoções de negócios e facilitação de atividades. O objetivo dos governos com a
promoção comercial é, em termos gerais, criar empregos, aumentar as receitas
fiscais e o crescimento econômico.
O fato é que a relação entre política e comércio favorece a todos. Trata-se de uma
melhora dos fatores produtivos, ao mesmo tempo em que um país que sabe negociar
Diplomacia ComercialDiplomacia Comercial
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aparece mais bem situado no cenário internacional.
Dessa forma, uma importante função dos agentes diplomáticos é o desenvolvimento
e a promoção das relações de seu país de origem com os demais países de seu
relacionamento:
No Brasil, a diplomacia comercial passou a ser reconhecida pelo Governo e
pelas empresas privadas com a necessidade de buscar mais espaço nos
mercados externos. A redemocratização, processo iniciado em 1985, e a
posterior abertura da economia na década de 1990, durante o Governo
Fernando Collor de Mello, introduziram mudanças na economia e na
política domésticas. Essas mudanças, além de gerar mais espaço de
atuação para a sociedade civil, �zeram com que o Brasil passasse a
diversi�car sua diplomacia, incorporando novos atores e desenvolvendo
estratégias mais efetivas no mundo dos negócios. (SIMON, 2018, on-line).
Por outro lado, a paradiplomacia pode ser definida como a atividade de um ente de
um Estado na consecução de objetivos diplomáticos. Trata-se da hipótese de existir
acordos regionais - para desenvolvimento, por exemplo, do comércio em uma
fronteira - sem que a administração pública central das nações envolvidas atue
diretamente na realização desses objetivos. Nas palavras de PRADO (2011, p. 15):
Os processos de integração regional foram se renovando à luz da nova
realidade internacional. A integração nasce com o intuito de estabelecer
uma rede de interdependência entre os Estados nacionais, visando criar
mecanismos de contenção dos prejuízos gerados pela globalização.
Assim, ela tende a colaborar com o desenvolvimento regional de forma muito mais
ampla que as relações diplomáticas da administração central dos países faria.
Encontra claras barreiras jurídicas para realizar esse objetivo, mas é capaz de
abordar, em grau mais acurado, questões relativas à segurança entre as fronteiras, a
colaboração comercial para a região e até mesmo abordar questões relativas a
direitos humanos, evitando a formação de ideias xenofóbicas e conflitos armados.
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praticarVamos Praticar
Dentro das formas da diplomacia, a diplomacia comercial aparece como a forma de
articular interesses comerciais através de representantes políticos. Compreende, nesse
sentido, agentes públicos de diversas nações se coordenando de maneira a encontrar uma
solução pacífica para os conflitos econômicos que surgem entre seus países.
A diplomacia internacional comercial de um Estado apenas não se verifica quando:
a) Existem a realização de discussões para a formação de novos acordos sobre
tributação a produtos externos.
b) Existem a realização de discussões para a formação de novos acordos sobre
tarifas aduaneiras.
c) Aborda discussões a respeito da relação entre diversos blocos econômicos e
possíveis negociações.
d) Aborda uma discussão de desenvolvimento transfronteiriço, realizado apenas
pelos entes daquela região.
e) Nenhuma das alternativas.
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Dentro do sistema de Comércio Internacional dos dias de hoje, o Brasil se coloca em
uma tímida situação no que tange à exportação de tecnologias, encontrando, por
outro lado, diversos desafios a serem superados, no que diz respeito aos seus
principais produtos - em sua maioria, grandes commodities, isto é, bens de consumo
que sofrem pouca ou nenhuma alteração como a soja, a laranja ou o café.
Com relação à tecnologia, a grande deficiência do país tem origens históricas e
econômicas, como baixo desenvolvimento em educação e dependência de valores
externos, para constituição de alicerces sólidos a sua constituição.
Para os bens de consumo, as dificuldades estão relacionadas, em primeiro lugar, ao
alto nível burocrático para realizar exportações. Não há, exceto poucas exceções,
uma tradição de comércio exterior no Brasil que gera problemas tanto com relação à
desinformação daquele que pretende ser exportador - seja acerca das formas que
deve adotar como a quem pode vender -, como não traz possibilidades de efetiva
circulação de bens.
De outro lado, existe uma grande carga tributária interna que faz o produto
encarecer frente ao mercado estrangeiro, criando situações de dumping que
Desa�os atuais noDesa�os atuais no
Comércio InternacionalComércio Internacional
para o Brasilpara o Brasil
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diminuem a margem do produtor que procura exportar.
O comércio brasileiro também é deficiente com relação à sua infraestrutura, que
encarece a mercadoria nacional, principalmente pelo perecimento de bens durante
o seu processo produtivo.
Falta ademais mão de obra qualificada, criando dificuldades desde a administração
da empresa até o trabalhador que realiza a função, existindo, também uma grande
disparidade entre o custo de produção e o valor da mercadoria a ser produzida.
Como solução, a atuação em bloco tem se mostrado uma alternativa, que, no
entanto, acaba encontrando obstáculos diante das dificuldades que o país encontra
dentro do seu principal bloco que é o Mercosul.
O Mercosul, de fato, procura aparecer no mercado mundial como um sistema
específico de circulação de bens e serviços. Isso porque a sua capacidade produtiva,
ligada diretamente à integração dos países membros do bloco, representa mercados
diferentes do que considerados individualmente. No entanto, os membros do
Mercosul não conseguem estabelecer um Mercado Comum efetivo, o que dificulta a
captação de investimentos externos, mitigando a sua exportação como um todo.
Nos termos do Tratado - recepcionado pelo ordenamento jurídico brasileiro por
meio do Decreto nº 350, de 21 de novembro de 1991 -, o que se constituiu foi um
Mercado Comum, considerando, dentre outras coisas, a necessidade de “[...]
ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através da integração.”
Em face da “[...] evolução dos acontecimentos internacionais, em especial a
consolidação de grandes espaços econômicos, e a importância de lograr uma
adequada inserção internacional para seus países.” (BRASIL, 1991, on-line). Esse
Mercado Comum, a ser constituído até 31 de dezembro de 1994, alcançaria o seu
objetivo de integração mediante “[...] o aproveitamento mais eficaz dos recursos
disponíveis, a preservação do meio ambiente, o melhoramento das interconexões
físicas, a coordenação de políticas macroeconômicas e a complementação dos
diferentes setores daeconomia, com base nos princípios de gradualidade,
flexibilidade e equilíbrio.” (BRASIL, 1991, on-line).
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Em essência, o Mercado Comum firmado concretizou três mudanças importantes
entre os mercados desses países, como previsto no próprio Tratado (BRASIL, 1991):
i. a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, por
meio de outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não
tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito
equivalente;
ii. o estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política
comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de
Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais
regionais e internacionais;
iii. a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados
Partes de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e
de capitais, de serviços, alfandegárias, de transporte e comunicações e
outras que se acordem a fim de assegurar condições adequadas de
concorrência entre os Estados Partes.
Para alcançar esses objetivos, cada um dos países membros deveriam ir adaptando
suas legislações internas até o momento de alcançar, em nível normativo, a mesma
realidade.
Por isso, é importante a adoção e a integração nacional em tratados internacionais,
relativos ao Comércio Internacional, que facilitam o diálogo do país com outras
nações, aumentando a sua capacidade de produção.
praticarVamos Praticar
22/09/2020 Ead.br
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Dentre as diversas formas de solução de controvérsias no Comércio Internacional,
podemos citar o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, que é regulado pelo Dispute
Settlement Understanding (DSU), constante no Anexo 2 do Tratado de Marrakesh.
Em que consistem as formas autorizadas de resolução de conflitos, na OMC?
a) Consultas, Painéis e Apelações.
b) Relatórios preliminares, Apelações e Arbitragem.
c) Arbitragem, Consultas e Painéis.
d) Arbitragem, Consultas e Apelações.
e) Nenhuma das alternativas.
22/09/2020 Ead.br
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indicações
Material
Complementar
L IVRO
Curso de Comércio Exterior: visão e
experiência brasileira
Ricardo Faro e Fátima Faro
Editora: Atlas
ISBN: 852-24-6752-8
Comentário: Livro indispensável para se compreender, sob
um ponto de vista econômico, as nuances do comércio
exterior diante da economia internacional, apto a situar o
Brasil dentro das mudanças do Comércio Exterior.
22/09/2020 Ead.br
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FILME
Batalha de Seattle
Ano: 2007
Comentário: O filme trata de problemas ambientais
relacionados ao aumento do comércio, atingindo a OMC,
diante das tensões que se concretizam a partir desses
problemas.
TRAILER
22/09/2020 Ead.br
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conclusão
Conclusão
Vimos, nesta unidade, como a negociação, a conciliação, a mediação e a arbitragem
aparecem como as principais formas de resolução de controvérsias. Diante da sua
evolução histórica, percebe-se como essas formas de solução vêm se amoldando às
necessidades de estabilidade do próprio comércio, que, em âmbito internacional,
dependem atualmente dessas formas pacíficas de resolução de conflitos.
Aliado a isso, vimos como a Câmara de Comércio Internacional, em sua atuação
centenária, colaborou para a articulação de diversos institutos de Direito do
Comércio Internacional, facilitando o diálogo e a circulação de bens.
Paralelamente, verificamos como o Estado continua a ser parte atuante das relações
internacionais, colaborando com a formação de alianças entre países para o sucesso
de sua interação internacional.
Por fim, apontamos, em linhas gerais, quais as dificuldades que o Brasil enfrenta no
cenário internacional e quais os caminhos que ele é capaz de projetar para si com
relação ao futuro de seu comércio com outras nações.
referências
Referências
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