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22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/25 DIREITO DO COMÉRCIODIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONALINTERNACIONAL Me. Piterson Balmat Gonçalves IN IC IAR 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/25 introdução Introdução Nesta unidade, iremos estudar as formas de resolução alternativa de disputas no Comércio Internacional, explicando como a negociação, a conciliação, a mediação e a arbitragem aparecem como as principais formas de resolução de controvérsias, considerando a inexistência de uma competência internacional plena para julgamento de disputas comerciais. Iremos estudar como se formou e a maneira de atuar da Câmara de Comércio Internacional, compreendendo o seu funcionamento e seus principais institutos. Vamos analisar as formas de diplomacia que podem ser aplicadas às relações comerciais e como elas são importantes para a solução de conflitos internacionais - considerando a inter-relação clara que existe entre política e mercado, dentro de nossa estrutura de Estado - estudando também a chamada paradiplomacia. Por fim, vamos traçar um panorama dos principais desafios do Comércio Internacional para o Brasil, como ele pode fazer uso do Mercosul para a solução de discussões, bem como verificar os maiores entraves às negociações diretas para o Brasil sem atuação do Mercosul. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/25 A ideia geral dos contratos é de que eles sejam cumpridos. Existe um claro interesse econômico de que os negócios firmados não passem por rupturas, ainda que parciais, justamente porque o comércio funciona sempre em cadeia, de tal modo que um mercado se afeta por completo quando há perdas econômicas, atingindo também outros mercados a médio e longo prazos. Assim, caso um produtor de laranjas sofra perdas pela ruptura de contratos - que podem decorrer, dentre outros, de motivos naturais, financeiros ou mesmo políticos -, isso pode estressar, em um primeiro momento, todo o mercado da commodity em questão e as instituições financeiras que porventura investiram no negócio; em um segundo momento, quem sofre é todo o agronegócio, de maneira que, a depender do tamanho da perda e o período que ela dura, são afetados os trabalhadores, eventuais investidores que atuaram sobre a securitização do negócio, todo o mercado de venda de máquinas agrícolas etc. Cientes disso, os contratantes acabam por geralmente estressar a relação firmada, fazendo surgir um conflito, que nada mais é do que o interesse individual que aparece para apurar responsabilidades e diminuir o prejuízo. Meios Alternativos deMeios Alternativos de Resolução de DisputasResolução de Disputas Comerciais InternacionaisComerciais Internacionais 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/25 Essa problemática, porém, ganha mais contornos no âmbito do Comércio Internacional, principalmente porque, além de trazer problemas econômicos semelhantes ao mercado de cada país, afetando, por vezes, o desenvolvimento comercial do setor, provoca rupturas que, muitas vezes, atingem a credibilidade de um país diante do outro e impactam a política externa, colocando em xeque as condições de negociação futura entre as nações. Por esse motivo, há um grande esforço, no cenário internacional, de impedir que as relações comerciais passem por situações de estresse, fomentando a cooperação e a solução amigável de conflitos e, numa situação extrema, que a solução contenciosa seja resolvida pelos mais competentes sem que haja ou exista o mínimo de intervenção de poder político de um agente sobre o outro. O primeiro meio de resolução de conflitos internacionais é, assim, a negociação direta do problema. Ela é utilizada em larga escala justamente porque há uma pressão externa, de organizações internacionais, para que as partes, antes de levar o problema à competência dessas organizações, busquem encontrar um denominador comum. Como exemplo, podemos citar a Carta das Nações Unidas promulgada em território nacional pelo Decreto nº 19.841, estabelecendo em seu artigo 33 que “[...] as partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha” (BRASIL, 1945). O cumprimento desse artigo é pressuposto para ter acesso às formas de resolução de controvérsias da própria ONU - a respeito das quais falaremos mais adiante. A solução de controvérsias através de negociação direta pode ocorrer entre os agentes por meio de um sistema de consultas, que pode ser utilizado quando os países, de onde as partes decorrem, se encontram em âmbito político para tratar de interesse comum - ou por meio de outros países. A controvérsia também pode ser resolvida através de um sistema de conciliação a fim de se eliminar a disputa. Nas palavras de Bacellar (2012, p. 86): 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/25 De�nimos a conciliação (nossa posição) como um processo técnico (não intuitivo), desenvolvido pelo método consensual, na forma autocompositiva, em que terceiro imparcial, após ouvir as partes, orienta- as, auxilia, com perguntas, propostas e sugestões a encontrar soluções (a partir da lide) que possam atender aos seus interesses e as materializa em um acordo que conduz à extinção do processo judicial. Dessa maneira, a conciliação destaca-se pela presença de um terceiro que não participa diretamente da discussão e busca encontrar os pontos de convergência existente entre as partes para dar fim ao conflito. É possível que as partes estabeleçam contratualmente a necessidade de se constituir, no início da controvérsia, um terceiro conciliador, ou estabelecer que um julgador constituído pelas partes (como no caso da arbitragem) atue antes como conciliador. Atuando de maneira semelhante, há a mediação - constituída por um mediador, que resolve a controvérsia. Em suma, existem quatro formas de mediação, conforme nos ensina Bacellar (2012): a mediação da escola de Harvard, ou mediação linear ou mediação tradicional/clássica. Ela tem como objetivo principal a renegociação para identificar os interesses encobertos pelas posições para com isso alcançar um acordo; a mediação circular-narrativa, ou modelo de Sara Cobb, que foca nas partes do conflito para resolvê-lo: suas histórias, relações sociais de pertinência, quando no conflito; a mediação transformativa, ou modelo de Bush e Folger, com a qual se busca transformar a postura adversarial nas relações pela identificação das necessidades das pessoas e suas capacidades de decisão e escolha; a mediação avaliativa, em que o mediador apresenta, de maneira clara, a sua opinião. Cumpre salientar que, apesar da conciliação e da mediação se aproximarem, principalmente no que diz respeito ao terceiro imparcial, a mediação é um processo em que o mediador aparece mais atuante, enquanto o conciliador não quer diretamente sobrepor as barreiras existentes entre as partes. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/25 Bem tradicional no Comércio Internacional, há também a possibilidade de fazer uso da arbitragem. Na definição de Bacellar (2012, p. 121): A arbitragem, de forma ampla, é uma técnica para solução de controvérsias por meio da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nesta convenção, sem intervenção do Estado, sendo a decisão destinada a assumir e�cácia de sentença judicial. Para que tenhavalidade em âmbito interno, a arbitragem depende de cláusula contratual que estabeleça um pacto comissório de resolução do conflito por esse meio. Essa máxima também se aplica, em linhas gerais, aos contratos de Comércio Internacional. praticarVamos Praticar Apesar da conciliação e da mediação se aproximarem, principalmente no que diz respeito ao terceiro imparcial, a mediação é um processo em que o mediador aparece mais atuante, enquanto o conciliador não quer diretamente sobrepor as barreiras existentes entre as partes. Quais são os quatro modelos de mediação mais conhecidos? a) Harvard, Cobb, Bush e transformativo. b) Harvard, Cobb, Bush e Folger. c) Harvard, tradicional, clássico e narrativo. d) Tradicional, clássica, narrativo e transformativo. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/25 e) Linear, narrativo, transformativo e avaliativo. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/25 A Câmara de Comércio Internacional, ou International Chamber of Commerce (ICC) em inglês, foi fundada em 1919, logo após o final da Primeira Guerra Mundial. A intenção da organização foi estabelecer uma maneira de regular as relações comerciais internacionais, o financiamento de operações e os aspectos financeiros ligados a eles. Seu espírito se encontra imbuído da ideia de que uma melhoria nas formas de se estabelecer as relações comerciais internacionais evitaria novos conflitos armados. Ela se organiza como uma forma de corte internacional, operando através da arbitragem, a partir de 1923. A partir de 1927, a Câmara de Comércio Internacional passou a integrar diversos peritos, de diversas áreas, no intuito de diminuir as barreiras tarifárias entre mercadorias, comercializadas em âmbito internacional - que levou ao General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), cujas Rodadas possibilitaram a fundação da Organização Mundial do Comércio. Câmara de ComércioCâmara de Comércio InternacionalInternacional 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/25 Atuando diretamente nos interesses de conciliação do comércio mundial, por meio de Comitês, em diversos países, em 1950, esteve presente na redação da Convenção de Nova Iorque, pela qual a ONU estabeleceu regras sólidas de arbitragem internacional. Temos, assim, que o objetivo da Câmara é mais amplo que servir como ferramenta para a solução de conflitos comerciais internacionais. Busca, na verdade, promover um desenvolvimento aberto da economia mundial com acordos comerciais de trocas capazes de gerar prosperidade global e paz entre as nações. Como o Comitê Brasileiro da Câmara informa, são seguintes os seus objetivos (INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE, 2019): atuar como a voz das empresas nas Nações Unidas, na OMC e no G20, e influenciando no desenvolvimento de políticas nacionais em questões de importância vital para os negócios internacionais; criar regras globais e padrões universalmente utilizados nas transações do comércio internacional, como os Incoterms e os modelos de contratos; estabelecer a Corte Internacional de Arbitragem, a instituição líder mundial em resolução de disputas para negócios. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/25 Assim, trata-se de fazer os negócios funcionarem para todos, em todo tempo e todos os lugares. O desafio da Câmara atualmente é acompanhar o desenvolvimento sustentável das formas de tecnologia, explorando novas oportunidades de negócios. A Câmara atua hoje em mais de 100 países, intermediando relações de mais de 45 milhões de empresas e aproximadamente 1 bilhão de trabalhadores em todo o mundo. São mais de 90 os comitês nacionais, dos quais foi constituído um Comitê em São Paulo no ano de 2017 - restabelecendo diretamente as atividades da Câmara no Brasil. A Câmara atua, assim, em algumas frentes, seja por meio de suas Comissões, pela Resolução de Litígios, por Serviços e Ferramentas, ou ainda, Eventos e Treinamentos. São 12 as suas Comissões, que orientam e traçam estratégias entre diversos executivos para o desenvolvimento do mercado. No Brasil, há as Comissões de Anticorrupção e Responsabilidade Corporativa, Arbitragem e Mediação, Concorrência, Direito e Prática Comercial, Economia Digital, Meio Ambiente e Energia, Políticas de Comércio e Investimentos, Propriedade Intelectual e Trade Finance. Além dessas, a Câmara conta com Comissões de Aduanas e Facilitação de Comércio, Bancos e Financiamento de Comércio e Publicidade e Marketing. A Resolução de Conflitos inclui ações voltadas à arbitragem, à mediação e aos chamados Dispute Boards. A arbitragem se realiza por meio da Corte Internacional de Arbitragem, estabelecida em 1923. Procura dar às partes de um conflito uma solução estruturada e ao mesmo tempo adaptável às necessidades práticas de cada uma delas. Ela é composta por árbitros independentes, inclusive a Corte é responsável pela total supervisão do processo arbitral. A mediação se efetiva através do Amicable Dispute Resolution, ou Resolução Amigável de Disputas, o Centro Internacional ADR. Para tanto, a mediação segue o chamado Regulamento de Mediação da própria Câmara, revisado, pela última vez, em 2014. Nessa forma de resolução de conflitos, o mediador não tem competência para impor 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/25 uma decisão para as partes nem de efetuar uma composição amigável. Cabe-lhe apenas a função de facilitação entre os negociantes. Os Dispute Boards são órgãos que contêm entre um a três componentes que auxiliam as partes de um contrato de longo prazo a evitar ou superar divergências relativas à sua execução. Esses Boards são controlados pelas normas de seu Regulamento, revisado, pela última vez, em 2015. Os Serviços e Ferramentas estão ligados à atuação das Câmaras, que disponibilizam modelos de Contratos, analisam e revisam eventualmente padrões da Incoterms/2010 e estabelecem cursos e certificações por meio de sua academia. De maneira semelhante, a Câmara realiza eventos e treinamentos periódicos para capacitação dos envolvidos. Cumpre salientar que, em 2017, a ONU concedeu à Câmara a condição de Observador Permanente, diante do seu importante papel no desenvolvimento de soluções de problemas no Comércio Internacional. Além disso, cumpre destacar o papel da Câmara no combate à corrupção, justamente para impedir a proliferação de entraves na economia mundial. Recentemente, o Comitê da Câmara, no Brasil, atuou diretamente no acordo firmado entre Mercosul e União Europeia, com o qual se pretende diminuir as barreiras existentes entre os países que compõem ambos os blocos. Essa informação foi divulgada pela própria Câmara: Após duas décadas de longas negociações, União Europeia e Mercosul �nalmente chegaram a um acordo, em uma grande vitória para todos os países envolvidos, que juntos representam 25% do PIB mundial. De acordo com previsões, nos próximos 15 anos, as exportações brasileiras para UE teriam um aumento US$ 100 bilhões e nosso PIB um aumento de US$ 87,5 bilhões. Investimentos estrangeiros ainda cresceriam em US$ 113 bilhões. (INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE, 2019, on-line). 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/25 praticarVamos Praticar A Câmara atua hoje em mais de 100 países, intermediando relações de mais de 45 milhões de empresas e aproximadamente 1 bilhão de trabalhadores em todo o mundo. São mais de 90 os comitês nacionais, dos quais foi constituído também um comitê em São Paulo. Em que ano foi constituída o Comitê da CCI em São Paulo? a) 1997. b) 2013. c) 2011. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller13/25 d) 2017 e) 1967. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/25 Dentro das formas de diplomacia, a diplomacia comercial aparece como a forma de articular interesses comerciais através de representantes políticos. Compreende, nesse sentido, agentes públicos de diversas nações se coordenando de maneira a encontrar uma solução pacífica para os conflitos econômicos que surgem entre seus países. Tal necessidade é imperiosa, na medida em que, sendo a economia a base do Estado moderno, a política precisa ser, antes de tudo, a defesa dos interesses de agentes econômicos internos, capazes de gerar o seu desenvolvimento. Assim, são os diplomatas também representantes do comércio de seu país. A atividade visa a fortalecer o desenvolvimento comercial por meio de uma série de promoções de negócios e facilitação de atividades. O objetivo dos governos com a promoção comercial é, em termos gerais, criar empregos, aumentar as receitas fiscais e o crescimento econômico. O fato é que a relação entre política e comércio favorece a todos. Trata-se de uma melhora dos fatores produtivos, ao mesmo tempo em que um país que sabe negociar Diplomacia ComercialDiplomacia Comercial 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/25 aparece mais bem situado no cenário internacional. Dessa forma, uma importante função dos agentes diplomáticos é o desenvolvimento e a promoção das relações de seu país de origem com os demais países de seu relacionamento: No Brasil, a diplomacia comercial passou a ser reconhecida pelo Governo e pelas empresas privadas com a necessidade de buscar mais espaço nos mercados externos. A redemocratização, processo iniciado em 1985, e a posterior abertura da economia na década de 1990, durante o Governo Fernando Collor de Mello, introduziram mudanças na economia e na política domésticas. Essas mudanças, além de gerar mais espaço de atuação para a sociedade civil, �zeram com que o Brasil passasse a diversi�car sua diplomacia, incorporando novos atores e desenvolvendo estratégias mais efetivas no mundo dos negócios. (SIMON, 2018, on-line). Por outro lado, a paradiplomacia pode ser definida como a atividade de um ente de um Estado na consecução de objetivos diplomáticos. Trata-se da hipótese de existir acordos regionais - para desenvolvimento, por exemplo, do comércio em uma fronteira - sem que a administração pública central das nações envolvidas atue diretamente na realização desses objetivos. Nas palavras de PRADO (2011, p. 15): Os processos de integração regional foram se renovando à luz da nova realidade internacional. A integração nasce com o intuito de estabelecer uma rede de interdependência entre os Estados nacionais, visando criar mecanismos de contenção dos prejuízos gerados pela globalização. Assim, ela tende a colaborar com o desenvolvimento regional de forma muito mais ampla que as relações diplomáticas da administração central dos países faria. Encontra claras barreiras jurídicas para realizar esse objetivo, mas é capaz de abordar, em grau mais acurado, questões relativas à segurança entre as fronteiras, a colaboração comercial para a região e até mesmo abordar questões relativas a direitos humanos, evitando a formação de ideias xenofóbicas e conflitos armados. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/25 praticarVamos Praticar Dentro das formas da diplomacia, a diplomacia comercial aparece como a forma de articular interesses comerciais através de representantes políticos. Compreende, nesse sentido, agentes públicos de diversas nações se coordenando de maneira a encontrar uma solução pacífica para os conflitos econômicos que surgem entre seus países. A diplomacia internacional comercial de um Estado apenas não se verifica quando: a) Existem a realização de discussões para a formação de novos acordos sobre tributação a produtos externos. b) Existem a realização de discussões para a formação de novos acordos sobre tarifas aduaneiras. c) Aborda discussões a respeito da relação entre diversos blocos econômicos e possíveis negociações. d) Aborda uma discussão de desenvolvimento transfronteiriço, realizado apenas pelos entes daquela região. e) Nenhuma das alternativas. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/25 Dentro do sistema de Comércio Internacional dos dias de hoje, o Brasil se coloca em uma tímida situação no que tange à exportação de tecnologias, encontrando, por outro lado, diversos desafios a serem superados, no que diz respeito aos seus principais produtos - em sua maioria, grandes commodities, isto é, bens de consumo que sofrem pouca ou nenhuma alteração como a soja, a laranja ou o café. Com relação à tecnologia, a grande deficiência do país tem origens históricas e econômicas, como baixo desenvolvimento em educação e dependência de valores externos, para constituição de alicerces sólidos a sua constituição. Para os bens de consumo, as dificuldades estão relacionadas, em primeiro lugar, ao alto nível burocrático para realizar exportações. Não há, exceto poucas exceções, uma tradição de comércio exterior no Brasil que gera problemas tanto com relação à desinformação daquele que pretende ser exportador - seja acerca das formas que deve adotar como a quem pode vender -, como não traz possibilidades de efetiva circulação de bens. De outro lado, existe uma grande carga tributária interna que faz o produto encarecer frente ao mercado estrangeiro, criando situações de dumping que Desa�os atuais noDesa�os atuais no Comércio InternacionalComércio Internacional para o Brasilpara o Brasil 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/25 diminuem a margem do produtor que procura exportar. O comércio brasileiro também é deficiente com relação à sua infraestrutura, que encarece a mercadoria nacional, principalmente pelo perecimento de bens durante o seu processo produtivo. Falta ademais mão de obra qualificada, criando dificuldades desde a administração da empresa até o trabalhador que realiza a função, existindo, também uma grande disparidade entre o custo de produção e o valor da mercadoria a ser produzida. Como solução, a atuação em bloco tem se mostrado uma alternativa, que, no entanto, acaba encontrando obstáculos diante das dificuldades que o país encontra dentro do seu principal bloco que é o Mercosul. O Mercosul, de fato, procura aparecer no mercado mundial como um sistema específico de circulação de bens e serviços. Isso porque a sua capacidade produtiva, ligada diretamente à integração dos países membros do bloco, representa mercados diferentes do que considerados individualmente. No entanto, os membros do Mercosul não conseguem estabelecer um Mercado Comum efetivo, o que dificulta a captação de investimentos externos, mitigando a sua exportação como um todo. Nos termos do Tratado - recepcionado pelo ordenamento jurídico brasileiro por meio do Decreto nº 350, de 21 de novembro de 1991 -, o que se constituiu foi um Mercado Comum, considerando, dentre outras coisas, a necessidade de “[...] ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através da integração.” Em face da “[...] evolução dos acontecimentos internacionais, em especial a consolidação de grandes espaços econômicos, e a importância de lograr uma adequada inserção internacional para seus países.” (BRASIL, 1991, on-line). Esse Mercado Comum, a ser constituído até 31 de dezembro de 1994, alcançaria o seu objetivo de integração mediante “[...] o aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis, a preservação do meio ambiente, o melhoramento das interconexões físicas, a coordenação de políticas macroeconômicas e a complementação dos diferentes setores daeconomia, com base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio.” (BRASIL, 1991, on-line). 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/25 Em essência, o Mercado Comum firmado concretizou três mudanças importantes entre os mercados desses países, como previsto no próprio Tratado (BRASIL, 1991): i. a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, por meio de outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente; ii. o estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e internacionais; iii. a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegárias, de transporte e comunicações e outras que se acordem a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes. Para alcançar esses objetivos, cada um dos países membros deveriam ir adaptando suas legislações internas até o momento de alcançar, em nível normativo, a mesma realidade. Por isso, é importante a adoção e a integração nacional em tratados internacionais, relativos ao Comércio Internacional, que facilitam o diálogo do país com outras nações, aumentando a sua capacidade de produção. praticarVamos Praticar 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/25 Dentre as diversas formas de solução de controvérsias no Comércio Internacional, podemos citar o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, que é regulado pelo Dispute Settlement Understanding (DSU), constante no Anexo 2 do Tratado de Marrakesh. Em que consistem as formas autorizadas de resolução de conflitos, na OMC? a) Consultas, Painéis e Apelações. b) Relatórios preliminares, Apelações e Arbitragem. c) Arbitragem, Consultas e Painéis. d) Arbitragem, Consultas e Apelações. e) Nenhuma das alternativas. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/25 indicações Material Complementar L IVRO Curso de Comércio Exterior: visão e experiência brasileira Ricardo Faro e Fátima Faro Editora: Atlas ISBN: 852-24-6752-8 Comentário: Livro indispensável para se compreender, sob um ponto de vista econômico, as nuances do comércio exterior diante da economia internacional, apto a situar o Brasil dentro das mudanças do Comércio Exterior. 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/25 FILME Batalha de Seattle Ano: 2007 Comentário: O filme trata de problemas ambientais relacionados ao aumento do comércio, atingindo a OMC, diante das tensões que se concretizam a partir desses problemas. TRAILER 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/25 conclusão Conclusão Vimos, nesta unidade, como a negociação, a conciliação, a mediação e a arbitragem aparecem como as principais formas de resolução de controvérsias. Diante da sua evolução histórica, percebe-se como essas formas de solução vêm se amoldando às necessidades de estabilidade do próprio comércio, que, em âmbito internacional, dependem atualmente dessas formas pacíficas de resolução de conflitos. Aliado a isso, vimos como a Câmara de Comércio Internacional, em sua atuação centenária, colaborou para a articulação de diversos institutos de Direito do Comércio Internacional, facilitando o diálogo e a circulação de bens. Paralelamente, verificamos como o Estado continua a ser parte atuante das relações internacionais, colaborando com a formação de alianças entre países para o sucesso de sua interação internacional. Por fim, apontamos, em linhas gerais, quais as dificuldades que o Brasil enfrenta no cenário internacional e quais os caminhos que ele é capaz de projetar para si com relação ao futuro de seu comércio com outras nações. referências Referências Bibliográ�cas 22/09/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/25 AMARAL JÚNIOR, Alberto. A solução de controvérsias na OMC. São Paulo: Atlas, 2008. BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2012. BRASIL. Lei nº 556, de 25 de junho de 1850. Estabelece o Código Comercial. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LIM/LIM556.htm, acessado em 17 jun. 2019. BRASIL. Decreto nº 19.841, de 22 de outubro de 1945. Promulga a Carta das Nações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, por ocasião da Conferência de Organização Internacional das Nações Unidas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 out. 1945. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm>. Acesso em: 3 jul. 2019. ______. Decreto nº 350, de 21 de novembro de 1991. Promulga o Tratado para a Constituição de um Mercado Comum entre a República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai (TRATADO MERCOSUL). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 nov. 1991. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0350.htm>. Acesso em: 3 jul. 2019. INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE. ICC Brasil. [2019?]. Disponível em: <http://www.iccbrasil.org/quem-somos/icc-brasil/>. 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