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PCC filosofia da educação 2020

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1 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de pedagogia/licenciatura em: Química 
Disciplina: Filosofia da Educação 
Professor (a) tutor (a): Débora Raquel Alves Barreiros 
Título do relatório: 
Educação é: conhecer o passado, entender o presente e se preparar para o futuro. 
Nome do aluno: Marcelly Ariane Barcelos 
N° da matrícula: 202001656626 
Data: 08 de Junho de 2020 
 
Objetivo 
O objetivo do trabalho a seguir é proporcionar uma visão teórica e resumida da trajetória da 
Educação até chegar à forma como a conhecemos, gostaria de conseguir por meio da linha do 
tempo e das entrevistas mostrar a diversificação de educação e ensino/aprendizagem, 
conseguir o respeito pela profissão de Professor e a valorização do privilégio de estudar como 
é hoje, a valorização da oportunidade de crescer intelectualmente e abandonar a visão crítica 
de que escola é chata e os ensinamentos são desnecessários, quero que consigam ver o todo 
da relação, não apenas em partes, que o aluno, o professor, diretor, funcionários, a sociedade, 
os pais, veteranos são todos peças do todo, juntos eles caminham para a evolução e resolução 
dos problemas sociais, mas separados criam jovens cegos para o mundo, sem senso crítico e 
algumas vezes hipócritas e ignorantes aos problemas vividos pela sociedade. 
Meu trabalho tem como principal objetivo conseguir explicar de forma clara e resumida a 
importância do aprendizado. A utilização das entrevistas é uma forma de mostrar que a 
educação não é um quadrado sistemático, mas sim um conjunto de profissionais 
especializados prontos para todos os obstáculos e dificuldades das etapas de ensino, o fato de 
serem de áreas diferentes também ajuda a entender que conforme o público será abordado 
uma maneira ou outra de ser criativo e influenciá-los a querer aprender cada vez mais. 
O trabalho foi realizado com base em tudo que considero importante para uma difusão do 
pensamento tradicionalista com o contemporâneo para ajudar a criar pessoas críticas e 
prontas para as dificuldades da vida. 
 
Introdução Teórica 
Infelizmente as vezes não conseguimos escapar de erros antepassados, mas a educação tem 
dado sentido ao futuro e justifica o presente, também explica e decifra o passado. 
2 
 
Sabemos que o conceito de educação tem influência do nativismo e do empirismo. Sendo o 
primeiro toda ação que procure valorizar a cultura de um lugar, em reação à imposição de 
uma cultura externa, em geral dominante, ou seja, desenvolvimento das potencialidades 
interiores do homem, cabendo ao educador apenas exteriorizá-las, e o segundo era todo o 
conhecimento adquirido através da experiência. 
Mas a educação não é exclusiva das instituições de ensino, afinal tudo aquilo que pode ser 
feito para o desenvolvimento do ser humano é representação da educação. A mesma possui 
uma dimensão maior do que propriamente ensinar a instruir e nem se esgota nas previsões 
legislativas. 
Se fôssemos colocar a educação em uma linha do tempo, ela começaria por volta de 5000 
a.C. no período neolítico, onde os ensinamentos sobre agricultura, caça e domesticação 
começaram a surgir. Então aqueles mais velhos que conheciam as táticas ensinavam os mais 
novos e assim por diante, isso foi o primeiro conceito de Educação. Avançando um pouco, na 
antiguidade (4000 a.C. - 476 d.C.) com a invenção da escrita, que surge, mais 
especificamente, pela primeira vez entre os sumérios, a cerca de 3.000 a.C. (5.000 ap.) na 
Mesopotâmia. Posteriormente, em torno de 1.500 a.C., há o surgimento da escrita na China e 
a cerca de 300 a.C. na Mesoamérica. Nesse período houve uma divisão, a Antiguidade 
Oriental e a Antiguidade Clássica. 
A primeira não tinha propostas propriamente pedagógicas, seus ensinamentos eram de livros 
sagrados com regras ideais de conduta. 
"(...) As sociedades tradicionalistas, por serem conservadoras, pretendem perpetuar os 
costumes e evitar a transgressão das normas (...)". (ARANHA, 2006, p. 33). 
Nessas civilizações a população composta por lavradores, comerciantes, e artesãos, não 
tinham direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. Assim, houve um 
dualismo escolar, onde o ensino para o povo era um e para os filhos dos funcionários era 
outro. A grande massa foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal. Hoje 
o pensamento deles é uma tentativa de aproximação à críticas contemporâneas às 
consequências da extrema e unilateral valorização da razão 
"(...) o desenvolvimento da ciência e da técnica trouxe a ilusão de que fora delas não haveria 
saber ou poder possíveis. Da mesma forma, o capitalismo desenfreado tudo submeteu aos 
valores do lucro e da competição. Daí resultaram o cientificismo, a tecnocracia, a 
sobreposição do mundo dos negócios à vida afetiva. 
Por isso, o homem contemporâneo se acha mal consigo mesmo. Dono de um saber que vem 
da ciência e de um imenso poder sobre a natureza, na verdade lhe escapa o sentido de sua 
3 
 
própria existência. Sabe muito bem como fazer, mas nem sempre para que e por quê (...)". 
(ARANHA, 2006, p.36). 
E isso levou alguns jovens de países mais abastados a iniciarem movimentos contracultura. 
Já a segunda, era focada nos gregos e romanos. A civilização grega pode ser considerada o 
"berço da pedagogia". Pois, foram eles que criaram a palavra Paidéia, que significa criação 
de meninos. Na Grécia a educação tinha como objetivo o aperfeiçoamento de aspectos físico, 
social, emocional e cultural dos indivíduos, antes da escrita, sua educação era ministrada pela 
própria família, com tradições religiosas. A cultura deles também era transmitida através de 
festivais, banquetes, reuniões e afins. As escolas eram centradas para aqueles que possuíam 
riquezas ou status sociais, como os filhos da nobreza. O ensino das letras e dos cálculos 
demorou um pouco mais para ser essencial, pois a princípio, o foco era mais a formação 
esportiva que a intelectual. 
A chegada da democracia o poder sai das mãos da aristocracia e esse conceito de educação 
vai caindo, dando lugar a uma educação mais intelectual e para suprir essa reforma, surgem 
os sofistas (sábios, professor da sabedoria), esses não tinham um local ao certo de onde 
vieram e foram os primeiros filósofos do Período Clássico, em síntese, eles surgem por 
razões políticas e filosóficas, entretanto, mais por funções políticas. Em Esparta, as crianças 
do sexo masculino aos sete anos eram mandadas para escolas-ginásios, onde até os 16 eram 
ensinados a ser guerreiros da força militar, e em Atenas, eles aprendem o alfabeto iônico, 
totalmente fonético, foi ali que houve um imenso florescimento dos campos da poesia ao 
teatro, da história à filosofia. No século V, Atenas tinha foco em conhecimento da oratória, 
filosofia e literatura, desprezando o trabalho manual e comercial. 
As escolas de Platão e Aristóteles tinham um papel essencial na definição e na interpretação 
das teorias de seus fundadores. Já o estoicismo, o epicurismo e o pirronismo possuíam um 
pensamento diverso dessas escolas, buscando uma visão diferenciada da ética e, portanto, da 
educação ou Paidéia, pois se baseiam em repassar para seus discípulos fundamentos teóricos 
que pudessem estabelecer princípios que instruíram uma vida moralmente correta e, 
essencialmente, uma vida feliz. 
Em Roma, foram os primeiros a promover um sistema de ensino oficial, sob responsabilidade 
do Estado e de um organismo centralizado. Mas isso não quer dizer que a educação era a 
mesma para todas as crianças, pois ela era um privilégio de poucos. Em suas escolas, o 
ensino era baseado no medo, ofensas e erros eram tratados com castigos violentos e físicos. 
É importante também ressaltar que no decorrer, a Igreja utilizou diversos meios para 
evangelizar, desde convite para a aceitação da fé até as conversões forçadas. Nos primeiros 
4 
 
séculos, os principais meios de realizar a missão foram: o anúncio explícitodos 
evangelizadores e a evangelização por “contágio”: formavam-se pequenas comunidades que 
atraíam discípulos pelo estilo de vida que levavam. Esse se dava pela admiração, pelo desejo 
de começar o mesmo caminho. Não havia a preocupação em cristianizar multidões e sim, o 
desejo de formar comunidades de testemunho, de discipulado. 
Agora vamos evoluir um pouco mais, Idade média (476 - 1000 a.C.), aqui a educação era 
apenas para os filhos de nobres, por isso grande parte da população medieval era analfabeta e 
não tinha acesso aos livros. A educação era distribuída exclusivamente pela igreja, esses 
ensinavam o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. As escolas que funcionavam 
eram anexas às catedrais ou a escolas monásticas que funcionavam nos mosteiros e seu papel 
foi preponderante para o nosso legado educacional contemporâneo. 
Nesse período, a escola era dirigida por um cônego, ao qual chamavam de scholarius ou 
scholasticus. Os professores eram clérigos de ordens menores e lecionavam: gramática, 
retórica, lógica, aritmética, geografia, astronomia e música, que mais tarde constituíram a 
grade de muitas universidades. Para aprender era necessário uma autorização dos bispos e 
pelos diretores das escolas eclesiásticas que, com medo de perderem a influência, 
dificultavam ao máximo essa concessão. 
Reagindo contra essas limitações, professores e alunos organizaram-se em associações 
denominadas universitas, que mais tarde originou a palavra universidades. As universidades 
eram compostas por quatro divisões ou faculdades. A faculdade de Artes era o lugar onde a 
educação acontecia de forma mais geral, as faculdades de Direito, Medicina e Teologia 
trabalhavam o conhecimento de forma mais específica. Os diretores das faculdades eram 
chamados de decanos e eleitos pelos professores; o decano da Faculdade de Artes era o reitor 
e representava oficialmente a universidade. 
Os cursos oferecidos eram em latim e com isso exigia-se do estudante muito empenho e 
dedicação. O estudo das sete artes liberais era dividido em dois ciclos: o trivium e o 
quadrivium. O primeiro compreendia a gramática, a retórica e a lógica; o segundo compunha-
se do estudo da aritmética, geografia, astronomia e música. Conforme o grau de afinidade 
distribuem-se então os estudantes pelos cursos de Direito, Medicina e Teologia. Os 
estudantes viviam em um ritmo frenético e as calorosas discussões com a população eram 
rotineiras. De uma forma geral os estudantes eram de origem humilde e muitos viviam 
internos em colégios ou internatos que contavam com rígidas formas disciplinadoras 
estudantis. Com o tempo esses colégios passaram a constituir campos de estudos autônomos, 
5 
 
sendo que alguns deles ainda existem, e são renomados mundialmente, como os de Oxford, 
Cambridge e o de Sorbonne, fundado em 1257 por Rogério de Sorbonne, na França. 
A metodologia de ensino baseava-se na leitura de textos e na exposição de ideias feitas pelos 
professores, com muitos debates sobre um tema determinado, essas aulas foram denominadas 
de scholastica disputattio. 
Na idade moderna (1453 - 1789 d.C.), nesse período a família e a escola sofreram uma 
profunda redefinição e reorganização, ambas as instituições chegaram a cobrir todo o arco da 
infância/adolescência, como “locais” destinados à formação das jovens gerações, segundo um 
modelo socialmente aprovado e definido. 
Os pais não se contentavam mais em apenas pôr filhos no mundo. A moral da época impõe 
que se dê a todos os filhos, não só ao primogênito, e no fim dos anos seiscentos também as 
filhas, uma preparação para a vida. A tarefa de assegurar tal afirmação é atribuída à escola. 
No século XVI houve uma especificação de instituição de ensino, denominada colégio, essa 
deu início a um processo de reorganização disciplinar da escola e de racionalização e controle 
de ensino, isso se deu através da elaboração de métodos de ensino/educação – o mais famoso 
foi a Ratio studiorum dos jesuítas – que fixava um programa minucioso de estudo e de 
comportamento, com foco central na disciplina, no internato e nas “classes de idade”, além da 
graduação do ensino/aprendizagem. 
Também é dessa época a descoberta da disciplina: uma disciplina constante e orgânica, muito 
diferente da violência e autoridade não respeitada. A disciplina escolar teve raízes na 
disciplina religiosa; era menos instrumento de exercício que de aperfeiçoamento moral e 
espiritual, era buscada pela sua eficácia, como condição necessária do trabalho em comum. 
Por fim, vamos para a Idade Contemporânea (desde 1789), a educação desse período leva em 
consideração os aspectos sociais, a fim de superar os desafios e aprimorar o aprendizado. É 
possível fugir de uma visão exclusivamente conteudista e modelada para ser rígida, ela tem 
gerado pilares e perspectivas que superam o tradicionalismo para beneficiar toda a plenitude 
do ensino. 
Primeiro é preciso abandonar a ideia de que o modelo educacional é resumido em um 
conjunto de pessoas dentro de salas, pois esse cenário priva-as do pensamento crítico, 
gerando pessoas mecanizadas e alienadas parecido com o comportamento das linhas de 
montagem de uma indústria. Sua principal característica é encarar esses desafios da sociedade 
conversando, descobrindo e desafiando, e não dando respostas prontas sem nenhum tipo de 
questionamento. 
6 
 
Propõe a compreensão do sistema educacional como um todo, avaliando os processos 
adotados dentro da instituição de ensino e oferecendo uma nova roupagem de habilidades e 
competências para os estudantes. Engloba todos os atores sociais (escolas, familiares e 
professores) no mesmo processo. 
Para o estudante, a parceria entre colégio e família é essencial. Por outro lado, com o passar 
do tempo, os pais deixaram a responsabilidade da educação exclusivamente às escolas. Dessa 
forma, eles passaram a enxergar os professores como responsáveis pelas dificuldades de seus 
filhos, pouco cooperando para o processo educacional. 
Atualmente, muitos estudantes percebem a ida à escola como uma penalidade. Perde-se o 
prazer em conhecer novas questões, pois há pouca reflexão sobre o que é ensinado. O modelo 
tradicional é focado não na produção, mas no acúmulo do conhecimento. O padrão 
conteudista do processo de aprendizagem promove a repetição, não o rompimento. 
Sem a interação entre a escola e a cidade, valores como a cidadania e a ética ficam abstratos. 
Para conseguir superar esses desafios e proporcionar uma aprendizagem empática e 
abrangente, a educação contemporânea propõe alguns pilares. 
*Coragem: enfrentar o desafio, arriscar, ter iniciativa e atitude. 
*Testes: É mais fácil chegar à sala de aula com tudo aquilo que precisa ser passado para os 
alunos. A educação contemporânea exige dedicação e uma quebra desse paradigma, é preciso 
estar preparado para receber as dúvidas e os questionamentos dos estudantes, a fim de 
proporcionar o debate — mesmo que essa discussão saia do plano inicial da aula. 
*Tecnologia: Esse é o poder de escalar o conhecimento e alcançar o máximo de pessoas 
possível. Rompe-se a estrutura física da escola, não deixando mais a instituição de ensino 
como um agente isolado do meio. 
A intenção é desenvolver os estudantes para além de resultados, como entrar em uma 
faculdade, escolher a profissão, trabalhar e ganhar um salário. O desafio da educação 
contemporânea é a vontade de querer criar alguma coisa que deixe uma espécie de herança 
para a sociedade. Ela vai do individual para o coletivo, sendo possível desenvolver 
habilidades como a empatia, o respeito, a autonomia, a autoestima e a compreensão de 
diversos valores sociais. 
No Brasil, processo de expansão da escolarização básica no país começou em meados do 
século XX e no fim dos anos 1970 e início de 1980 foi quando se deu o ensino de rede 
pública. 
 
Entrevistas 
7 
 
Agora que já temos a base da educação como conhecemos hoje,vamos falar com alguns 
Educadores. 
A primeira pessoa entrevistada foi uma Professora de sociologia no ensino médio público e a 
segunda um Professor de sociologia que leciona em faculdade particular. As perguntas 
utilizadas foram às mesmas, mas as respostas são diferentes, com base em onde ensinam, 
estudaram e também por motivos pessoais. As entrevistas foram realizadas por meio da 
internet, um recurso muito utilizado atualmente para alcançar pessoas que de outra forma não 
seria possível. 
Vamos começar com a Professora J. do ensino médio. Começo com uma pergunta pessoal, 
Por que escolheu ser professor (a)? 
-No princípio, caí de gaiato. Tentei o concurso quando estava no segundo ano na 
universidade e me chamaram um dia depois da minha formatura. É meu primeiro emprego 
fixo da vida. Foi um começo bem complicado, pois me cobro bastante e sou ansiosa, mas 
com o tempo me descobri apaixonada pelo ofício e não consigo me imaginar em outra área. 
Amo o que faço, sou recebida com muito carinho pela maioria de meus alunos e alunas, me 
sinto feliz em ver que o que ensino tem relevância para eles e os ajuda para compreender suas 
vidas (é o que dizem). 
Após conhecer o motivo pelo qual ela escolheu sua profissão, decidi perguntar sobre o que é 
ensinar para a mesma: 
- Ensinar é buscar transformar o conhecimento acadêmico e empírico em algo que dê sentido 
às questões cotidianas da vida social. 
Agora que eu já tinha a base pessoal de sua profissão eu decidi questionar sobre os métodos 
utilizados. Como é escolhido seus procedimentos de ensino? 
- De acordo com o público com o qual irei trabalhar adoto um approach específico. Não acho 
adequado, por exemplo, usar de linguajar rebuscado para um público mais humilde; isso, para 
mim, é afetação e demonstração de mesquinhez. 
Depois questionei a base, se havia algum teórico em específico, se sim, qual e como ela 
utilizava: 
- Gosto muito de Paulo Freire sua visão humanista sobre a educação, infelizmente as pessoas 
desinformadas o tomam como um "comunista vagabundo" sendo que sua obra é reconhecida 
em todo o mundo. Pedagogia da autonomia marcou minha trajetória como professora. 
Por fim eu perguntei sobre as relações interpessoais na sala de aula e como ela trabalha os 
conflitos: 
8 
 
- Eu amo a sala de aula, adoro rir com os alunos e vejo que me tornar próxima deles e me 
importar com o que tem a dizer só faz com que eles respeitem mais o meu trabalho. Conflitos 
são bem raros, mas busco sempre mostrar ao aluno/grupo que as consequências de seus atos 
afeta todo o coletivo. Procuro não expor alunos em frente à turma, pois não gostaria de ser 
tratada assim. Evito - quase que totalmente - chamar direção ou setor pedagógico, pois isso 
acaba enfraquecendo a autoridade perante a turma. 
Acredito que as respostas são bem interessantes, eu mesma estudei com a mesma e posso 
dizer que J. gosta do que faz e isso é bem explícito em suas aulas, assim como o carinho 
pelos alunos e a dedicação em sempre ajudar aqueles com dificuldades, tanto na sala de aula 
como fora, sempre que estiver em seu alcance. 
Agora vamos falar sobre a entrevista realizada com o Professor T. Resolvi utilizar outra 
ordem de perguntas, comecei perguntando a ele, como lidava com as relações interpessoais 
em sua sala de aula e como trabalha os conflitos: 
-Eu tento me colocar numa postura muito dialogal com os alunos, respeitando suas histórias e 
posicionamento. Acho que isso traz uma prática docente atravessada muito pelo afeto, o que 
acho importantíssimo para o processo de ensino-aprendizagem. Sobre os conflitos: então, 
kkk, é sempre uma questão delicada. Mas creio que minha forma de abordar a questão vai 
depender muito do conflito que se apresenta. Acho que eu tento entender qual a demanda que 
gerou o conflito, num primeiro momento, acalmando o pessoal. Depois disso eu tendo 
implicar as pessoas que estão em conflito no que está acontecendo, porque é importante que 
cada parte olhe para si para compreender como está contribuindo para o conflito. Acho que 
esse movimento de olhar para si ajuda a resolver. E depois, em conjunto com as pessoas, 
tento achar uma solução em conjunto para a demanda. 
Essa foi uma resposta realmente interessante, pois vemos aqui um modo diferente do 
primeiro de abordar os alunos em sala. Então resolvi questionar sobre o que é ensinar para 
ele, sua resposta foi: 
- Para mim, ensinar é um ato ético e político. Ético porque problematiza nossa forma de 
viver, e político porque de nada adianta, no meu entendimento, um processo de ensino-
aprendizagem se não para ajudar a pensarmos um mundo mais justo e equânime para todos. 
Após ler sua resposta acredito que a próxima pergunta seria interessante ser sobre como 
escolher seus procedimentos de ensino e depois se ele se baseava em algum teórico em 
específico, se sim qual? E como? 
- Nesse caso, depende muito do tema da aula e das características da turma. Não tenho algo 
definido a priori em relação ao contexto. 
9 
 
- Então, eu uso muito teórico. Os que mais gosto são: Baruch Espinosa, Friedrich Nietzsche, 
Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Jacques Rancière. 
Por fim eu terminei perguntando sobre o motivo pessoal que o levou a escolher ser professor: 
- Eu escolhi ser professor porque tenho muito gosto pelo conhecimento. Também porque 
acho uma profissão potente para criarmos uma existência mais justa para toda a população. 
É minha primeira vez estudando com o professor, mas já posso concluir que ele é muito 
atencioso com seus alunos, sempre ajudando e tirando as dúvidas, dando muita atenção e 
procurando sempre meios de deixar as aulas mais fáceis de entender para todos, ele é super 
dedicado e adora o que faz, isso está bem explícito no seu modo de ensinar. 
Após as entrevistas eu concluí que cada educador, mesmo que seja a mesma matéria, leva 
seus motivos pessoais para a sala de aula e isso acarreta em formas distintas e inteligentes de 
ensinar, tratar e lidar com seus alunos. 
 
Conclusão 
Todo o conhecimento obtido através das pesquisas e das aulas, também o resumo sobre a 
história da educação, e principalmente sobre a educação contemporânea, foi essencial nesse 
trabalho, que me trouxe uma nova visão do aprendizado e dos meios utilizados hoje em dia. 
Antes desse trabalho e das aulas, eu era mais um estudante que acreditava que a escola era 
chata e eu não usaria 70% do que aprendi em menos de 20 anos, mas agora consigo visualizar 
a importância do meios utilizados, da grade curricular e da divisão do ensino, acredito que 
tudo isso cria, desde a infância até a vida adulta, jovens críticos preparados para o futuro. 
Esse método ajuda na formação de profissionais adeptos às novas tecnologias e dispostos 
sempre a aprender um pouco mais, prontos para as transformações inesperadas da vida, da 
educação, do mercado de trabalho e outras áreas. 
Ao deixarmos de lado aquele ensino a base do medo e da memorização, foi possível abrir 
caminho para novas formas de ensinar, meios de prender a atenção dos alunos e influenciá-
los a criticar, questionar, aprender, ensinar e evoluir intelectualmente todos os dias, anos e em 
diversas áreas; o mais interessante da educação contemporânea é não fragmentar o 
conhecimento e sim utilizar de projetos, é estar pronto para os debates e desafios não 
planejados, é abranger o conhecimento, é usar de outras matérias para explicar a sua, é saber 
que humanas, biológicas e exatas andam juntas e não separadas, é saber que cada aluno tem 
sua dificuldade pessoal, seus problemas que afetam na aprendizagem e estar pronto para 
conseguir ajudá-lo assim como ajuda aqueles com mais facilidade, é conseguir meios 
criativos e inovadores de ensinar, é estar sempre disposta a mudar as consequências do 
10 
 
passado, ser justo com todos independente da cor da pele, da classe social, do gênero e da 
idade (como aqueles que reprovaram e estão estudandocom pessoas mais novas). "Scientia 
sit potentia", em latim quer dizer "Conhecimento é poder". 
Por fim as entrevistas realizadas são de importância para que possamos conhecer as 
diferentes formas de ensinar, as diversas visões, isso também me mostrou que querendo ou 
não, a visão pessoal sobre o assunto influência na maneira como é repassado o conteúdo, ela 
influencia no modo que o educador aborda os temas e lida com cada obstáculo educacional, 
seus motivos e gostos para estarem ali dizem muito sobre quem você será perante a uma 
turma de alunos, de qualquer idade. Como eu já citei, conhecimento é poder, aprender é 
privilégio, estar sempre disposto a sempre estudar e aumentar seus conhecimentos é direito de 
todos. 
"A coisa bonita sobre a aprendizagem é que ninguém 
pode tirar isso de você." 
-B. B. King (Músico). 
A Educação não é exclusiva das instituições de ensino, ela começa em casa, sofre 
interferência da sociedade e do local onde o aluno vive, a Educação hoje é um conjunto de 
instituições, mas a Escola deverá estar sempre à disposição dos alunos com vontade de 
aprender e conhecer o passado, o presente e se preparar para o futuro. 
Espero que esse trabalho possa ajudar a abrir sua mente e seus olhos para uma educação 
criativa e diversificada respeitando sempre todos como igual, mas ajudando cada um em suas 
diferenças individuais. 
 “Aquele que negligencia a aprendizagem em sua 
juventude, perde o passado e está morto para o 
futuro." 
-Eurípides 
Referências bibliográficas 
 
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2020. Consultado em 08/06/2020 às 13:46hrs. Disponível na internet em: 
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http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/06/historia-da-educacao-na-antiguidade.html?m=1
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https://certus.com.br/blog/destaque/educacao-contemporanea-vencendo-os-limites-do-ensino-
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BRUINI, Eliane da Costa. Educação no Brasil. Brasil Escola, 2010-2020. Consultado em 
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Instituto Crescer. Entrevista: “É preciso romper com a educação fragmentada”. Instituto 
crescer, aprender com projetos, 2011. Consultado em 08/07/2020 às 16:24hrs. Disponível na 
internet em: https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2011/03/02/entrevista-e-preciso-
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E. E. Prof.ª Avelina Palma Losso. Citações finais. Consultado em 08/07/2020 às 17:28hrs. 
Disponível na internet em: http://avelina.derpiracicaba.com.br/alunos/ensino-fundamental 
 
Também como referência de citações, utilizei a série "When Calls the Heart" (Chamado do 
coração). 
https://certus.com.br/blog/destaque/educacao-contemporanea-vencendo-os-limites-do-ensino-tradicional/
https://certus.com.br/blog/destaque/educacao-contemporanea-vencendo-os-limites-do-ensino-tradicional/
https://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm
https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2011/03/02/entrevista-e-preciso-romper-com-a-educacao-fragmentada-paty-fonte/
https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2011/03/02/entrevista-e-preciso-romper-com-a-educacao-fragmentada-paty-fonte/
http://avelina.derpiracicaba.com.br/alunos/ensino-fundamental

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