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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso de pedagogia/licenciatura em: Química Disciplina: Filosofia da Educação Professor (a) tutor (a): Débora Raquel Alves Barreiros Título do relatório: Educação é: conhecer o passado, entender o presente e se preparar para o futuro. Nome do aluno: Marcelly Ariane Barcelos N° da matrícula: 202001656626 Data: 08 de Junho de 2020 Objetivo O objetivo do trabalho a seguir é proporcionar uma visão teórica e resumida da trajetória da Educação até chegar à forma como a conhecemos, gostaria de conseguir por meio da linha do tempo e das entrevistas mostrar a diversificação de educação e ensino/aprendizagem, conseguir o respeito pela profissão de Professor e a valorização do privilégio de estudar como é hoje, a valorização da oportunidade de crescer intelectualmente e abandonar a visão crítica de que escola é chata e os ensinamentos são desnecessários, quero que consigam ver o todo da relação, não apenas em partes, que o aluno, o professor, diretor, funcionários, a sociedade, os pais, veteranos são todos peças do todo, juntos eles caminham para a evolução e resolução dos problemas sociais, mas separados criam jovens cegos para o mundo, sem senso crítico e algumas vezes hipócritas e ignorantes aos problemas vividos pela sociedade. Meu trabalho tem como principal objetivo conseguir explicar de forma clara e resumida a importância do aprendizado. A utilização das entrevistas é uma forma de mostrar que a educação não é um quadrado sistemático, mas sim um conjunto de profissionais especializados prontos para todos os obstáculos e dificuldades das etapas de ensino, o fato de serem de áreas diferentes também ajuda a entender que conforme o público será abordado uma maneira ou outra de ser criativo e influenciá-los a querer aprender cada vez mais. O trabalho foi realizado com base em tudo que considero importante para uma difusão do pensamento tradicionalista com o contemporâneo para ajudar a criar pessoas críticas e prontas para as dificuldades da vida. Introdução Teórica Infelizmente as vezes não conseguimos escapar de erros antepassados, mas a educação tem dado sentido ao futuro e justifica o presente, também explica e decifra o passado. 2 Sabemos que o conceito de educação tem influência do nativismo e do empirismo. Sendo o primeiro toda ação que procure valorizar a cultura de um lugar, em reação à imposição de uma cultura externa, em geral dominante, ou seja, desenvolvimento das potencialidades interiores do homem, cabendo ao educador apenas exteriorizá-las, e o segundo era todo o conhecimento adquirido através da experiência. Mas a educação não é exclusiva das instituições de ensino, afinal tudo aquilo que pode ser feito para o desenvolvimento do ser humano é representação da educação. A mesma possui uma dimensão maior do que propriamente ensinar a instruir e nem se esgota nas previsões legislativas. Se fôssemos colocar a educação em uma linha do tempo, ela começaria por volta de 5000 a.C. no período neolítico, onde os ensinamentos sobre agricultura, caça e domesticação começaram a surgir. Então aqueles mais velhos que conheciam as táticas ensinavam os mais novos e assim por diante, isso foi o primeiro conceito de Educação. Avançando um pouco, na antiguidade (4000 a.C. - 476 d.C.) com a invenção da escrita, que surge, mais especificamente, pela primeira vez entre os sumérios, a cerca de 3.000 a.C. (5.000 ap.) na Mesopotâmia. Posteriormente, em torno de 1.500 a.C., há o surgimento da escrita na China e a cerca de 300 a.C. na Mesoamérica. Nesse período houve uma divisão, a Antiguidade Oriental e a Antiguidade Clássica. A primeira não tinha propostas propriamente pedagógicas, seus ensinamentos eram de livros sagrados com regras ideais de conduta. "(...) As sociedades tradicionalistas, por serem conservadoras, pretendem perpetuar os costumes e evitar a transgressão das normas (...)". (ARANHA, 2006, p. 33). Nessas civilizações a população composta por lavradores, comerciantes, e artesãos, não tinham direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. Assim, houve um dualismo escolar, onde o ensino para o povo era um e para os filhos dos funcionários era outro. A grande massa foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal. Hoje o pensamento deles é uma tentativa de aproximação à críticas contemporâneas às consequências da extrema e unilateral valorização da razão "(...) o desenvolvimento da ciência e da técnica trouxe a ilusão de que fora delas não haveria saber ou poder possíveis. Da mesma forma, o capitalismo desenfreado tudo submeteu aos valores do lucro e da competição. Daí resultaram o cientificismo, a tecnocracia, a sobreposição do mundo dos negócios à vida afetiva. Por isso, o homem contemporâneo se acha mal consigo mesmo. Dono de um saber que vem da ciência e de um imenso poder sobre a natureza, na verdade lhe escapa o sentido de sua 3 própria existência. Sabe muito bem como fazer, mas nem sempre para que e por quê (...)". (ARANHA, 2006, p.36). E isso levou alguns jovens de países mais abastados a iniciarem movimentos contracultura. Já a segunda, era focada nos gregos e romanos. A civilização grega pode ser considerada o "berço da pedagogia". Pois, foram eles que criaram a palavra Paidéia, que significa criação de meninos. Na Grécia a educação tinha como objetivo o aperfeiçoamento de aspectos físico, social, emocional e cultural dos indivíduos, antes da escrita, sua educação era ministrada pela própria família, com tradições religiosas. A cultura deles também era transmitida através de festivais, banquetes, reuniões e afins. As escolas eram centradas para aqueles que possuíam riquezas ou status sociais, como os filhos da nobreza. O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para ser essencial, pois a princípio, o foco era mais a formação esportiva que a intelectual. A chegada da democracia o poder sai das mãos da aristocracia e esse conceito de educação vai caindo, dando lugar a uma educação mais intelectual e para suprir essa reforma, surgem os sofistas (sábios, professor da sabedoria), esses não tinham um local ao certo de onde vieram e foram os primeiros filósofos do Período Clássico, em síntese, eles surgem por razões políticas e filosóficas, entretanto, mais por funções políticas. Em Esparta, as crianças do sexo masculino aos sete anos eram mandadas para escolas-ginásios, onde até os 16 eram ensinados a ser guerreiros da força militar, e em Atenas, eles aprendem o alfabeto iônico, totalmente fonético, foi ali que houve um imenso florescimento dos campos da poesia ao teatro, da história à filosofia. No século V, Atenas tinha foco em conhecimento da oratória, filosofia e literatura, desprezando o trabalho manual e comercial. As escolas de Platão e Aristóteles tinham um papel essencial na definição e na interpretação das teorias de seus fundadores. Já o estoicismo, o epicurismo e o pirronismo possuíam um pensamento diverso dessas escolas, buscando uma visão diferenciada da ética e, portanto, da educação ou Paidéia, pois se baseiam em repassar para seus discípulos fundamentos teóricos que pudessem estabelecer princípios que instruíram uma vida moralmente correta e, essencialmente, uma vida feliz. Em Roma, foram os primeiros a promover um sistema de ensino oficial, sob responsabilidade do Estado e de um organismo centralizado. Mas isso não quer dizer que a educação era a mesma para todas as crianças, pois ela era um privilégio de poucos. Em suas escolas, o ensino era baseado no medo, ofensas e erros eram tratados com castigos violentos e físicos. É importante também ressaltar que no decorrer, a Igreja utilizou diversos meios para evangelizar, desde convite para a aceitação da fé até as conversões forçadas. Nos primeiros 4 séculos, os principais meios de realizar a missão foram: o anúncio explícitodos evangelizadores e a evangelização por “contágio”: formavam-se pequenas comunidades que atraíam discípulos pelo estilo de vida que levavam. Esse se dava pela admiração, pelo desejo de começar o mesmo caminho. Não havia a preocupação em cristianizar multidões e sim, o desejo de formar comunidades de testemunho, de discipulado. Agora vamos evoluir um pouco mais, Idade média (476 - 1000 a.C.), aqui a educação era apenas para os filhos de nobres, por isso grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros. A educação era distribuída exclusivamente pela igreja, esses ensinavam o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. As escolas que funcionavam eram anexas às catedrais ou a escolas monásticas que funcionavam nos mosteiros e seu papel foi preponderante para o nosso legado educacional contemporâneo. Nesse período, a escola era dirigida por um cônego, ao qual chamavam de scholarius ou scholasticus. Os professores eram clérigos de ordens menores e lecionavam: gramática, retórica, lógica, aritmética, geografia, astronomia e música, que mais tarde constituíram a grade de muitas universidades. Para aprender era necessário uma autorização dos bispos e pelos diretores das escolas eclesiásticas que, com medo de perderem a influência, dificultavam ao máximo essa concessão. Reagindo contra essas limitações, professores e alunos organizaram-se em associações denominadas universitas, que mais tarde originou a palavra universidades. As universidades eram compostas por quatro divisões ou faculdades. A faculdade de Artes era o lugar onde a educação acontecia de forma mais geral, as faculdades de Direito, Medicina e Teologia trabalhavam o conhecimento de forma mais específica. Os diretores das faculdades eram chamados de decanos e eleitos pelos professores; o decano da Faculdade de Artes era o reitor e representava oficialmente a universidade. Os cursos oferecidos eram em latim e com isso exigia-se do estudante muito empenho e dedicação. O estudo das sete artes liberais era dividido em dois ciclos: o trivium e o quadrivium. O primeiro compreendia a gramática, a retórica e a lógica; o segundo compunha- se do estudo da aritmética, geografia, astronomia e música. Conforme o grau de afinidade distribuem-se então os estudantes pelos cursos de Direito, Medicina e Teologia. Os estudantes viviam em um ritmo frenético e as calorosas discussões com a população eram rotineiras. De uma forma geral os estudantes eram de origem humilde e muitos viviam internos em colégios ou internatos que contavam com rígidas formas disciplinadoras estudantis. Com o tempo esses colégios passaram a constituir campos de estudos autônomos, 5 sendo que alguns deles ainda existem, e são renomados mundialmente, como os de Oxford, Cambridge e o de Sorbonne, fundado em 1257 por Rogério de Sorbonne, na França. A metodologia de ensino baseava-se na leitura de textos e na exposição de ideias feitas pelos professores, com muitos debates sobre um tema determinado, essas aulas foram denominadas de scholastica disputattio. Na idade moderna (1453 - 1789 d.C.), nesse período a família e a escola sofreram uma profunda redefinição e reorganização, ambas as instituições chegaram a cobrir todo o arco da infância/adolescência, como “locais” destinados à formação das jovens gerações, segundo um modelo socialmente aprovado e definido. Os pais não se contentavam mais em apenas pôr filhos no mundo. A moral da época impõe que se dê a todos os filhos, não só ao primogênito, e no fim dos anos seiscentos também as filhas, uma preparação para a vida. A tarefa de assegurar tal afirmação é atribuída à escola. No século XVI houve uma especificação de instituição de ensino, denominada colégio, essa deu início a um processo de reorganização disciplinar da escola e de racionalização e controle de ensino, isso se deu através da elaboração de métodos de ensino/educação – o mais famoso foi a Ratio studiorum dos jesuítas – que fixava um programa minucioso de estudo e de comportamento, com foco central na disciplina, no internato e nas “classes de idade”, além da graduação do ensino/aprendizagem. Também é dessa época a descoberta da disciplina: uma disciplina constante e orgânica, muito diferente da violência e autoridade não respeitada. A disciplina escolar teve raízes na disciplina religiosa; era menos instrumento de exercício que de aperfeiçoamento moral e espiritual, era buscada pela sua eficácia, como condição necessária do trabalho em comum. Por fim, vamos para a Idade Contemporânea (desde 1789), a educação desse período leva em consideração os aspectos sociais, a fim de superar os desafios e aprimorar o aprendizado. É possível fugir de uma visão exclusivamente conteudista e modelada para ser rígida, ela tem gerado pilares e perspectivas que superam o tradicionalismo para beneficiar toda a plenitude do ensino. Primeiro é preciso abandonar a ideia de que o modelo educacional é resumido em um conjunto de pessoas dentro de salas, pois esse cenário priva-as do pensamento crítico, gerando pessoas mecanizadas e alienadas parecido com o comportamento das linhas de montagem de uma indústria. Sua principal característica é encarar esses desafios da sociedade conversando, descobrindo e desafiando, e não dando respostas prontas sem nenhum tipo de questionamento. 6 Propõe a compreensão do sistema educacional como um todo, avaliando os processos adotados dentro da instituição de ensino e oferecendo uma nova roupagem de habilidades e competências para os estudantes. Engloba todos os atores sociais (escolas, familiares e professores) no mesmo processo. Para o estudante, a parceria entre colégio e família é essencial. Por outro lado, com o passar do tempo, os pais deixaram a responsabilidade da educação exclusivamente às escolas. Dessa forma, eles passaram a enxergar os professores como responsáveis pelas dificuldades de seus filhos, pouco cooperando para o processo educacional. Atualmente, muitos estudantes percebem a ida à escola como uma penalidade. Perde-se o prazer em conhecer novas questões, pois há pouca reflexão sobre o que é ensinado. O modelo tradicional é focado não na produção, mas no acúmulo do conhecimento. O padrão conteudista do processo de aprendizagem promove a repetição, não o rompimento. Sem a interação entre a escola e a cidade, valores como a cidadania e a ética ficam abstratos. Para conseguir superar esses desafios e proporcionar uma aprendizagem empática e abrangente, a educação contemporânea propõe alguns pilares. *Coragem: enfrentar o desafio, arriscar, ter iniciativa e atitude. *Testes: É mais fácil chegar à sala de aula com tudo aquilo que precisa ser passado para os alunos. A educação contemporânea exige dedicação e uma quebra desse paradigma, é preciso estar preparado para receber as dúvidas e os questionamentos dos estudantes, a fim de proporcionar o debate — mesmo que essa discussão saia do plano inicial da aula. *Tecnologia: Esse é o poder de escalar o conhecimento e alcançar o máximo de pessoas possível. Rompe-se a estrutura física da escola, não deixando mais a instituição de ensino como um agente isolado do meio. A intenção é desenvolver os estudantes para além de resultados, como entrar em uma faculdade, escolher a profissão, trabalhar e ganhar um salário. O desafio da educação contemporânea é a vontade de querer criar alguma coisa que deixe uma espécie de herança para a sociedade. Ela vai do individual para o coletivo, sendo possível desenvolver habilidades como a empatia, o respeito, a autonomia, a autoestima e a compreensão de diversos valores sociais. No Brasil, processo de expansão da escolarização básica no país começou em meados do século XX e no fim dos anos 1970 e início de 1980 foi quando se deu o ensino de rede pública. Entrevistas 7 Agora que já temos a base da educação como conhecemos hoje,vamos falar com alguns Educadores. A primeira pessoa entrevistada foi uma Professora de sociologia no ensino médio público e a segunda um Professor de sociologia que leciona em faculdade particular. As perguntas utilizadas foram às mesmas, mas as respostas são diferentes, com base em onde ensinam, estudaram e também por motivos pessoais. As entrevistas foram realizadas por meio da internet, um recurso muito utilizado atualmente para alcançar pessoas que de outra forma não seria possível. Vamos começar com a Professora J. do ensino médio. Começo com uma pergunta pessoal, Por que escolheu ser professor (a)? -No princípio, caí de gaiato. Tentei o concurso quando estava no segundo ano na universidade e me chamaram um dia depois da minha formatura. É meu primeiro emprego fixo da vida. Foi um começo bem complicado, pois me cobro bastante e sou ansiosa, mas com o tempo me descobri apaixonada pelo ofício e não consigo me imaginar em outra área. Amo o que faço, sou recebida com muito carinho pela maioria de meus alunos e alunas, me sinto feliz em ver que o que ensino tem relevância para eles e os ajuda para compreender suas vidas (é o que dizem). Após conhecer o motivo pelo qual ela escolheu sua profissão, decidi perguntar sobre o que é ensinar para a mesma: - Ensinar é buscar transformar o conhecimento acadêmico e empírico em algo que dê sentido às questões cotidianas da vida social. Agora que eu já tinha a base pessoal de sua profissão eu decidi questionar sobre os métodos utilizados. Como é escolhido seus procedimentos de ensino? - De acordo com o público com o qual irei trabalhar adoto um approach específico. Não acho adequado, por exemplo, usar de linguajar rebuscado para um público mais humilde; isso, para mim, é afetação e demonstração de mesquinhez. Depois questionei a base, se havia algum teórico em específico, se sim, qual e como ela utilizava: - Gosto muito de Paulo Freire sua visão humanista sobre a educação, infelizmente as pessoas desinformadas o tomam como um "comunista vagabundo" sendo que sua obra é reconhecida em todo o mundo. Pedagogia da autonomia marcou minha trajetória como professora. Por fim eu perguntei sobre as relações interpessoais na sala de aula e como ela trabalha os conflitos: 8 - Eu amo a sala de aula, adoro rir com os alunos e vejo que me tornar próxima deles e me importar com o que tem a dizer só faz com que eles respeitem mais o meu trabalho. Conflitos são bem raros, mas busco sempre mostrar ao aluno/grupo que as consequências de seus atos afeta todo o coletivo. Procuro não expor alunos em frente à turma, pois não gostaria de ser tratada assim. Evito - quase que totalmente - chamar direção ou setor pedagógico, pois isso acaba enfraquecendo a autoridade perante a turma. Acredito que as respostas são bem interessantes, eu mesma estudei com a mesma e posso dizer que J. gosta do que faz e isso é bem explícito em suas aulas, assim como o carinho pelos alunos e a dedicação em sempre ajudar aqueles com dificuldades, tanto na sala de aula como fora, sempre que estiver em seu alcance. Agora vamos falar sobre a entrevista realizada com o Professor T. Resolvi utilizar outra ordem de perguntas, comecei perguntando a ele, como lidava com as relações interpessoais em sua sala de aula e como trabalha os conflitos: -Eu tento me colocar numa postura muito dialogal com os alunos, respeitando suas histórias e posicionamento. Acho que isso traz uma prática docente atravessada muito pelo afeto, o que acho importantíssimo para o processo de ensino-aprendizagem. Sobre os conflitos: então, kkk, é sempre uma questão delicada. Mas creio que minha forma de abordar a questão vai depender muito do conflito que se apresenta. Acho que eu tento entender qual a demanda que gerou o conflito, num primeiro momento, acalmando o pessoal. Depois disso eu tendo implicar as pessoas que estão em conflito no que está acontecendo, porque é importante que cada parte olhe para si para compreender como está contribuindo para o conflito. Acho que esse movimento de olhar para si ajuda a resolver. E depois, em conjunto com as pessoas, tento achar uma solução em conjunto para a demanda. Essa foi uma resposta realmente interessante, pois vemos aqui um modo diferente do primeiro de abordar os alunos em sala. Então resolvi questionar sobre o que é ensinar para ele, sua resposta foi: - Para mim, ensinar é um ato ético e político. Ético porque problematiza nossa forma de viver, e político porque de nada adianta, no meu entendimento, um processo de ensino- aprendizagem se não para ajudar a pensarmos um mundo mais justo e equânime para todos. Após ler sua resposta acredito que a próxima pergunta seria interessante ser sobre como escolher seus procedimentos de ensino e depois se ele se baseava em algum teórico em específico, se sim qual? E como? - Nesse caso, depende muito do tema da aula e das características da turma. Não tenho algo definido a priori em relação ao contexto. 9 - Então, eu uso muito teórico. Os que mais gosto são: Baruch Espinosa, Friedrich Nietzsche, Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Jacques Rancière. Por fim eu terminei perguntando sobre o motivo pessoal que o levou a escolher ser professor: - Eu escolhi ser professor porque tenho muito gosto pelo conhecimento. Também porque acho uma profissão potente para criarmos uma existência mais justa para toda a população. É minha primeira vez estudando com o professor, mas já posso concluir que ele é muito atencioso com seus alunos, sempre ajudando e tirando as dúvidas, dando muita atenção e procurando sempre meios de deixar as aulas mais fáceis de entender para todos, ele é super dedicado e adora o que faz, isso está bem explícito no seu modo de ensinar. Após as entrevistas eu concluí que cada educador, mesmo que seja a mesma matéria, leva seus motivos pessoais para a sala de aula e isso acarreta em formas distintas e inteligentes de ensinar, tratar e lidar com seus alunos. Conclusão Todo o conhecimento obtido através das pesquisas e das aulas, também o resumo sobre a história da educação, e principalmente sobre a educação contemporânea, foi essencial nesse trabalho, que me trouxe uma nova visão do aprendizado e dos meios utilizados hoje em dia. Antes desse trabalho e das aulas, eu era mais um estudante que acreditava que a escola era chata e eu não usaria 70% do que aprendi em menos de 20 anos, mas agora consigo visualizar a importância do meios utilizados, da grade curricular e da divisão do ensino, acredito que tudo isso cria, desde a infância até a vida adulta, jovens críticos preparados para o futuro. Esse método ajuda na formação de profissionais adeptos às novas tecnologias e dispostos sempre a aprender um pouco mais, prontos para as transformações inesperadas da vida, da educação, do mercado de trabalho e outras áreas. Ao deixarmos de lado aquele ensino a base do medo e da memorização, foi possível abrir caminho para novas formas de ensinar, meios de prender a atenção dos alunos e influenciá- los a criticar, questionar, aprender, ensinar e evoluir intelectualmente todos os dias, anos e em diversas áreas; o mais interessante da educação contemporânea é não fragmentar o conhecimento e sim utilizar de projetos, é estar pronto para os debates e desafios não planejados, é abranger o conhecimento, é usar de outras matérias para explicar a sua, é saber que humanas, biológicas e exatas andam juntas e não separadas, é saber que cada aluno tem sua dificuldade pessoal, seus problemas que afetam na aprendizagem e estar pronto para conseguir ajudá-lo assim como ajuda aqueles com mais facilidade, é conseguir meios criativos e inovadores de ensinar, é estar sempre disposta a mudar as consequências do 10 passado, ser justo com todos independente da cor da pele, da classe social, do gênero e da idade (como aqueles que reprovaram e estão estudandocom pessoas mais novas). "Scientia sit potentia", em latim quer dizer "Conhecimento é poder". Por fim as entrevistas realizadas são de importância para que possamos conhecer as diferentes formas de ensinar, as diversas visões, isso também me mostrou que querendo ou não, a visão pessoal sobre o assunto influência na maneira como é repassado o conteúdo, ela influencia no modo que o educador aborda os temas e lida com cada obstáculo educacional, seus motivos e gostos para estarem ali dizem muito sobre quem você será perante a uma turma de alunos, de qualquer idade. Como eu já citei, conhecimento é poder, aprender é privilégio, estar sempre disposto a sempre estudar e aumentar seus conhecimentos é direito de todos. "A coisa bonita sobre a aprendizagem é que ninguém pode tirar isso de você." -B. B. King (Músico). A Educação não é exclusiva das instituições de ensino, ela começa em casa, sofre interferência da sociedade e do local onde o aluno vive, a Educação hoje é um conjunto de instituições, mas a Escola deverá estar sempre à disposição dos alunos com vontade de aprender e conhecer o passado, o presente e se preparar para o futuro. Espero que esse trabalho possa ajudar a abrir sua mente e seus olhos para uma educação criativa e diversificada respeitando sempre todos como igual, mas ajudando cada um em suas diferenças individuais. “Aquele que negligencia a aprendizagem em sua juventude, perde o passado e está morto para o futuro." -Eurípides Referências bibliográficas LEITE, Gisele. A história do conceito da educação. Jusbrasil, 2016. Consultado em 06/06/2020, às 23:34hrs. Disponível na internet em: https://giseleleite2.jusbrasil.com.br/artigos/342619676/a-historia-do-conceito-da-educacao SILVA, Daniel Neves. Idade Antiga. Mundo Educação, 2010-2020. Consultado em 07/06/2020 às 19:54hrs. 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Disponível na internet em: http://avelina.derpiracicaba.com.br/alunos/ensino-fundamental Também como referência de citações, utilizei a série "When Calls the Heart" (Chamado do coração). https://certus.com.br/blog/destaque/educacao-contemporanea-vencendo-os-limites-do-ensino-tradicional/ https://certus.com.br/blog/destaque/educacao-contemporanea-vencendo-os-limites-do-ensino-tradicional/ https://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2011/03/02/entrevista-e-preciso-romper-com-a-educacao-fragmentada-paty-fonte/ https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2011/03/02/entrevista-e-preciso-romper-com-a-educacao-fragmentada-paty-fonte/ http://avelina.derpiracicaba.com.br/alunos/ensino-fundamental
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