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Prova trib II

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PROVA TRIB II
1) Questão 01 – (2,0 pontos): O Código Tributário Nacional contém normas jurídicas atinentes ao lançamento e ao crédito tributário. De acordo com esse código, quais são as formas de lançamento possíveis? Como ocorrem? Explique e fundamente.
RESPOSTA:
O Código Tributário Nacional dispõe a respeito das modalidades de lançamento, acolhendo três espécies, que são: lançamento por declaração, lançamento de ofício ou direto e lançamento por homologação.
Lançamento por declaração: é aquele que é feito pela autoridade administrativa em face de uma declaração fornecida pelo contribuinte ou responsável, que anteriormente ao recolhimento, prestou uma declaração com informações a respeito da matéria tributável. 
Está previsto no artigo: 147, do CTN, é visto como a modalidade de lançamento segundo a qual o sujeito passivo ou terceiro possuem a obrigação acessória de prestar à autoridade Administrativa informações sobre a matéria fática, indispensáveis para a consagração do lançamento.
Lançamento de ofício ou direto: é aquele realizado pela autoridade fazendária. Realizados os procedimentos formais, a autoridade notifica o sujeito passivo para pagamento, com o que se completa o processo de constituição do crédito tributário. 
E independe da conduta do contribuinte para a constituição do crédito tributário. Isso só ocorre em relação às situações nas quais todas as informações necessárias ao lançamento já estão em poder da autoridade administrativa, como é o caso do imposto predial e territorial urbano.
Está previsto no artigo:149 do CTN em seus nove incisos. Nesta modalidade de lançamento o sujeito passivo não participa, ou quase não participa da atividade. Basicamente, os nove incisos tratam de duas hipóteses: lançamento de ofício propriamente dito, previsto no inciso I e; e lançamento em face da revisão efetuada pelo Fisco, incisos II a IX.
Lançamento por homologação: é aquele em que o contribuinte auxilia ostensivamente a Fazenda Pública na atividade do lançamento, cabendo ao Fisco, no entanto, realizá-lo de modo privativo, homologando-o, isto é, conferindo sua exatidão.
Está previsto no artigo 150 do CTN, no qual também é chamado de “autolançamento”, sob a ótica de que o próprio contribuinte procederia com o lançamento. Contudo, ao ser denominado de “autolançamento”, interpreta-se que o sujeito passivo lançaria o tributo contra ele próprio, o que não concilia com a definição de que o lançamento tributário é privativo da autoridade administrativa. Os tributos sujeitos a esta modalidade não são extintos pelo pagamento, mas somente após a homologação feita pela autoridade administrativa. 
Não havendo a homologação, hipótese que pode ocorrer quando a autoridade administrativa não concordar com o valor recolhido pelo contribuinte, esta poderá lançar, de ofício, a diferença.
2) Questão 02 – (2,0 pontos): Num determinado ano, em razão de severa crise econômica provocada por uma pandemia, o Governo Federal se viu obrigado a tabelar o preço do arroz nos supermercados, fazendo com que tais estabelecimentos não conseguissem repassar o ICMS daquele produto para os consumidores finais. Posteriormente, os supermercados contestaram a alíquota do referido ICMS na Justiça, logrando êxito na declaração de sua inconstitucionalidade. Pergunta-se: o tributo pode ser devolvido? Caberia alguma ação para isto? Quem pode figurar no polo ativo da demanda? E no polo passivo? Explique e fundamente.
RESPOSTA: 
O ICMS (sigla para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um imposto estadual que incide sobre a venda e transporte dos mais diversos produtos comercializados no país ou mesmo importados, previsto no artigo: 150, §7º da CF/88.
Sim. O tributo pode ser devolvido. Previsto no artigo: 165 do CTN, os contribuintes têm o direito de, independentemente de prévio protesto, solicitar, junto ao ente tributante, a restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento.
Cabendo a ação Procedimento de Restituição do Indébito Tributário que tem início com o pedido formulado por sujeito passivo ou por pessoa autorizada. 
No requerimento deve constar a informação de que o requerente é contribuinte do Imposto. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la artigo: 166 do CTN.
Tendo como sujeito ativo: o Governo Federal. 
Sujeito Ativo da obrigação, conforme o determinado no artigo: 119 do CTN, é “a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento”. Ou seja, é aquele que tem, garantido por lei, o direito de cobrar prestação pecuniária ao Sujeito Passivo.
E sujeito Passivo: o estabelecimento supermercado.
Sujeito Passivo da obrigação é, de acordo com os artigos: 121 e 122 do CTN, subdividido em dois: o da obrigação acessória e o da obrigação principal, que por sua vez se divide em direto e indireto. 
3) Questão 03 – (2,0 pontos): Em março de 2020, face à urgente necessidade de recursos para o pagamento do auxílio emergencial relativo à pandemia de COVID-19, o Governo Federal instituiu, por meio de decreto, novo imposto federal. O referido imposto teria sua cobrança iniciada em já em abril do mencionado ano, incidindo sobre operações financeiras em geral, incluindo-se as operações de crédito, câmbio e seguro. Comente sobre a viabilidade jurídica das ações do Governo Federal, à luz do Sistema Tributário existente na Constituição Federal de 1988. Explique e fundamente.
RESPOSTA: 
A capacidade contributiva dos cidadãos, deverá vir a contribuir nessa crise que foi equiparada a uma guerra o Governo, quando possível deve trazer em proporção às suas respectivas capacidades. Tendo como o princípio da equidade, inclui como a característica da justiça social que todo sistema tributário deve buscar, dividindo-a em equidade vertical e equidade horizontal.
Vindo a ser instituído pela União os impostos extraordinários, em caráter temporário, na iminência ou no caso de guerra externa. Pode estar compreendido ou não entre os referidos no Código Tributário Nacional e suprimidos, pode ainda criar novos impostos desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos já discriminados na Constituição. E também pode criar impostos extraordinários na iminência ou em caso de guerra externa. 
Está previsto no artigo: 154 da CF/88; A União poderá instituir:
 I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
 II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
O IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto é pago por pessoas físicas e jurídicas empresas que efetuarem operações de crédito empréstimos, câmbio, seguro ou operações relativas a títulos ou valores mobiliários. 
A porcentagem do imposto sobre o valor depende do tipo de operação.
4) Questão 04 – (1,0 pontos): A Construtora Grenal Ltda. teve contra si lavrada, há poucos dias, uma Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) em razão da falta de declaração e pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A sociedade empresária precisa, com urgência, suspender a exigibilidade do crédito tributário, ante seu interesse em participar de licitação que ocorrerá em breve. De que maneira a sociedade poderá suspender a exigibilidade do crédito? Explique e fundamente.
RESPOSTA:
Considerando o exposto pelo enunciado da questão, a principal conduta que melhor irá atender à necessidade da construtora é o parcelamento.
Uma sociedade empresária necessita, de forma urgente, que faça a suspensão da exigibilidadedo crédito tributário, anteriormente ao seu interesse de ter participação na licitação que irá ocorrer. Visto que foi lavrada uma Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) contra a mesma, devido a ausência de declaração e pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
5) Questão 05 – (1,0 pontos): A sociedade Leva e Traz Ltda. teve contra si lavrado, há poucos dias, um Auto de Infração em razão da falta de declaração e pagamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tendo ocorrido também apreensão de algumas mercadorias da empresa. O advogado da pessoa jurídica, de pronto, manejou um Mandado de Segurança contra a viciosa autuação, todavia, o Juiz, em seu primeiro despacho, exigiu que fosse realizado o depósito-garantia da quantia supostamente devida pela sociedade. Comente sobre a viabilidade da determinação do Juiz neste caso.
RESPOSTA: 
Ao receber a manifestação do devedor sobre o cálculo como se fosse impugnação ao cumprimento de sentença, o Juiz abreviou a fase do procedimento destinada ao pagamento voluntário, forçando o devedor a garantir o juízo.
No caso de penhora de bens, a substituição se torna simples. É o que deixa claro, por exemplo, o artigo 15 da LEF. O texto afirma que em qualquer fase do processo pode ser realizada a substituição da penhora de bens, seja por dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia.
Mais uma vez, pesa na decisão o princípio da menor onerosidade. Isso também demonstra como o Seguro Garantia tem consolidado como alternativa, sendo incluído na legislação como forma autêntica e legal de depósito judicial.
O Judiciário geralmente decide pela aplicabilidade imediata da Súmula 323 STF, que afirma que "É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos". Tal ensinamento é “no sentido de que a liberdade do cidadão de exercer uma atividade econômica lícita não pode ser tolhida como forma indireta de cobrança de tributos”.
Pela necessidade de proteção da arrecadação de receita decorrente da obrigação dos contribuintes perante o Estado, encontramos no sistema legislativo brasileiro diversas previsões de infrações que repercutem no âmbito fiscal e tributário, com intuito de assegurar o adimplemento do valor devido, aplicando penalidades.
O lançamento tributário é o ato jurídico que formaliza o vínculo obrigacional entre o contribuinte e o Fisco. Da inserção de uma "norma individual e concreta", pela qual a Fazenda Pública tem o poder-dever de exigir o crédito tributário. 
A dívida ativa é seguida pelo ajuizamento de execução fiscal, oportunidade em que, garantindo a dívida tributária, o contribuinte pode discutir judicialmente o débito, cuja exigibilidade se encontrará suspensa com a aceitação da garantia.

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