Buscar

funções do estado

Prévia do material em texto

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR SETO NOLO
TRABALHO DE DIREITO
PODER E FUNÇÃO DO ESTADO
ÓRGÃO DE SOBERANIA
TRABALHO EM GRUPO Nº 01 
CLASSE: 10ª
TURNO: TARDE
TURMA: 
SALA: 
CURSO: C.E.J
DOCENTE
 (
ANO LECTIVO 2019
) 
Lista dos Integrantes
1. 
Índice 
Introdução 
O que ocorre se homens praticarem justiças com as próprias mãos? Vimos constantemente os resultados através dos noticiários e jornais, que mostram atitudes violentas e precipitadas. Além do mais, o que acontece quando há grupos sem líderes definidos? Há sempre aquele que se auto-intitula o superior. Enfim, esses são alguns exemplos das consequências de um cenário sem ordem ou responsável. Entenda a importância do Estado neste contexto e seus 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Uma das definições mais simples para compreender a função do Estado, foi definida pelo intelectual Max Weber - também conhecido como um dos fundadores da Sociologia - que considerou o Estado como o real detentor de poder de uma sociedade, e que vem para proteger os interesses sociais e evitar atitudes descabidas por parte dos indivíduos na disputa pelo poder, ou então, na aplicação da força física. Weber, considerou assim, o Estado como soberano e que tem a autonomia em aplicar atividades que promovam os interesses coletivos. Em outras palavras, poderíamos dizer que este evita atos de ‘selvageria’ por ser superior e fornecer base para que a vida em sociedade aconteça de modo seguro. 
Detalhadamente iremos explicar sobre os poderes e funções do estado e ainda sobre o órgão de soberania.
As funções do Estado e seus poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário)
Através do passar dos anos as relações de comando, ou seja, governantes e governados, ou de uma forma mais objetiva, os controladores e os controlados, sofreram diversas modificações que influenciaram no surgimento da Teoria da Separação dos Poderes. Essa Teoria foi desenvolvida por Montesquieu, ele tinha a idéia de conter o Poder do Estado através da divisão de funções, e dar competência a diferentes órgãos.
As funções básicas do Estado permanecem desde a época de Aristóteles. Não se pode confundir função com objetivos estatais, as finalidades vão desde a natureza econômica e militar até a cultural. As funções básicas na antigüidade eram: a consultiva, a administrativa e a judiciária.
Com o passar dos anos foi havendo modificações que consolidaram os três poderes atuais: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
1) O Legislativo
Estabelece normas que regem a sociedade. Cabe a ele criar leis em cada uma das três esferas e fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo. O presidente da República também pode legislar, seu principal instrumento é a medida provisória.
Esse Poder é exercido pelo Congresso Nacional, que atua através do Senado Federal, composto por senadores, e da Câmara dos Deputados, formado por deputados. O Tribunal de contas também compõe esse órgão, ele auxilia o Congresso na fiscalização financeira, operacional, orçamentária, contábil e patrimonial da União e das entidades da administração pública direta e indireta, quanto à legitimidade, legalidade e economicidade.
2) O Executivo
É responsável pela administração dos interesses públicos, sempre de acordo com nossa carta magna e as ordenações legais. A Constituição regula-o através do artigo 76 até o 91. O executivo é distribuído no âmbito nacional, regional e municipal. No plano Federal é exercido pelo Presidente da República, que é escolhido pelo povo, em eleições de dois turnos, e substituído, quando necessário, pelo vice-presidente. Já no nível regional o executivo é representado pelo governador, substituído circunstancialmente pelo vice-governador e auxiliado pelos Secretários do Estado. No municipal quem o exerce é o Prefeito, substituído pelo vice-prefeito e auxiliado pelos Secretários Municipais.
3) Judiciário
Possui duas tarefas principais, a primeira é a de controle de constitucionalidade, ou seja, é a averiguação da compatibilidade das normas com a Constituição da República, pois só assim serão válidas. A segunda obrigação é justamente solucionar as controvérsias que podem surgir com a aplicação da lei.
Tal poder divide-se de três formas: quanto à matéria, que são chamados de órgãos de justiça comum e de especial, quanto ao número de julgadores, que são classificados como órgãos singulares e colegiados, e a respeito do ponto de vista federativo, que são os órgãos estaduais e federais.
A divisão desses Poderes é crucial para a formação de uma sociedade preocupada com as relações de comando, pois sem esse desligamento podem ocorrer situações de arbitrariedade. “Quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura, o Poder legislativo é reunido com o Poder Executivo não existe liberdade (...) tão pouco existe liberdade se o poder de julgar não fosse separado do Executivo e do Legislativo (...) tudo estaria perdido se o mesmo homem (...) exercesse os três poderes.” Montesquieu conclui que “só o poder freia o poder”, no chamado “Sistema de Freios e Contrapesos”, por essa razão cada poder deve manter-se autônomo e constituído por pessoas e grupos diferentes.
Não se pode esquecer que o Poder do Estado é uno e indivisível. Cada um desses órgãos, no exercício de suas funções, exercem suas atividades de formas diferenciadas, o que não quer dizer que são independentes, mas também não são subordinados entre si, ou seja, existe a independência orgânica, eles devem trabalhar de forma harmônica, mas autônoma. 
O importante é destacar que cada um desses Poderes necessita de liberdade, dentro dos limites, para agir.
Eles são, na realidade, controladores do Poder Público, que visam à proteção dos cidadãos, coíbem certos abusos dos agentes administrativos e buscam o aumento da eficiência do Estado, uma vez que cada órgão torna-se especialista em determinada função.
Essa especialidade não separa os poderes absolutamente, pois todos legislam, administram e julgam. O pensamento de que os órgãos possuem somente uma função específica é errado, claro que a tarefa maior de cada um deles é diretamente determinada, mas existem responsabilidades que se entrelaçam. 
Um exemplo é o “Poder Legislativo que tem como função principal legislar e fazer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo”, mas também deve, no âmbito do Poder Executivo: “ dispor sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licenças e servidores etc.”, já no âmbito jurisdicional: “ O Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I)”.
Os três Poderes são responsáveis pela implantação do Estado em si, uma vez que eles receberam finalidades específicas, que contribuíram para a formação de uma força coletiva organizada, pois estavam designados a atender os anseios da sociedade. 
Tais órgãos fazem parte da função social jurídica do Estado, mas não pode esquecer-se das não jurídicas. Essas são separadas em técnicas e políticas. A primeira está relacionada com a prestação de serviços e a produção de bens. A segunda diz respeito ao interesse geral e a conservação da sociedade política.
Para que possamos ter uma sociedade realmente organizada, tanto o poder político, quanto o judiciário devem caminhar lado a lado, pois os dois residem na busca pelo progresso social, que não está só relacionado ao bem-estar de poucos, mas sim da evolução da coletividade através da correta aplicação dos poderes inerentes do Estado. 
O objetivo principal deve ser a formação de uma sociedade equilibrada, em que os princípios constitucionais realmente são seguidos.
Orgãos de Soberania
Nos termos do artigo 105º da constituição, são órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia Nacional e os Tribunais, que devem respeitar a separação e interdependência de funções, cujo abaixo se descrevem:
Presidente da República
O Presidente da República é o Chefe de Estado, o titular do Poder Executivo e o Comandante-em-Chefedas Forças Armadas Angolanas. O Presidente da República exerce o poder executivo, auxiliado por um Vice-Presidente, Ministros de Estado e Ministros.
O Presidente da República promove e assegura a unidade nacional, a independência e a integridade territorial do País e representa a Nação no plano interno e internacional.
O Presidente da República respeita e defende a Constituição, assegura o cumprimento das leis e dos acordos e tratados internacionais, promove e garante o regular funcionamento dos órgãos do Estado.
A Assembleia Nacional
A Assembleia Nacional é o parlamento da República de Angola.
A Assembleia Nacional é um órgão unicamaral, representativo de todos os angolanos, que exprime a vontade soberana do povo e exerce o poder legislativo do Estado.
A Assembleia Nacional é composta por Deputados eleitos nos termos da Constituição e da lei.
Os Deputados são eleitos por sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico pelos cidadãos nacionais maiores de dezoito anos de idade residentes no território nacional, considerando-se igualmente como tal os cidadãos angolanos residentes no estrangeiro por razões de serviço, estudo, doença ou similares. Os Deputados são eleitos segundo o sistema de representação proporcional, para um mandato de cinco anos, nos termos da lei.
Os Deputados são eleitos por círculos eleitorais, existindo um círculo eleitoral nacional e círculos eleitorais correspondentes a cada uma das províncias.
Para a eleição dos Deputados pelos círculos eleitorais é fixado o seguinte critério:
· Um número de cento e trinta Deputados é eleito a nível nacional, considerando-se o País, para esse efeito, um círculo eleitoral nacional único;
· Um número de cinco Deputados é eleito em cada província, constituindo, para esse efeito, um círculo eleitoral provincial.
Os Tribunais
Os tribunais são o órgão de soberania com competência de administrar a justiça em nome do povo.
No exercício da função jurisdicional, os Tribunais são independentes e imparciais, estando apenas sujeitos à Constituição e à lei.
Os Tribunais superiores da República de Angola são o Tribunal Constitucional, o Tribunal Supremo, o Tribunal de Contas e o Supremo Tribunal Militar.
O sistema de organização e funcionamento dos Tribunais compreende o seguinte:
a) Uma jurisdição comum encabeçada pelo Tribunal Supremo e integrada igualmente por Tribunais da Relação e outros Tribunais;
b) Uma jurisdição militar encabeçada pelo Supremo Tribunal Militar e integrada igualmente por Tribunais Militares de Região.
Os tribunais garantem e asseguram a observância da Constituição, das leis e demais disposições normativas vigentes, a protecção dos direitos e interesses legítimos dos cidadãos e das instituições e decidem sobre a legalidade dos actos administrativos.
As decisões dos tribunais são de cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e demais pessoas jurídicas e prevalecem sobre as de quaisquer outras autoridades.
Os juízes são independentes no exercício das suas funções e apenas devem obediência à Constituição e à Lei.
Conclusão
Com base nas pesquisas feitas podemos concluir que os três poderes do estado foram formados com o objetivo de não permitir que exista soberania ou exacerbação na aplicação dos poderes aplicados pelo Estado,  assim visam promover o equilíbrio a favor da sociedade. E justamente por isso, cada um tem o poder de fiscalizar ‘indiretamente’ as atitudes do outro, e advertir se for preciso. 
Portanto, para que não haja confusão nos três poderes basta pensar que o primeiro tem a responsabilidade de criar as leis; o segundo tem que aplicar as leis; o terceiro tem que fiscalizar as leis. Todos eles compõem o Estado, o qual representa os interesses coletivos e não egoísticos, o que promove uma vida em sociedade possível e prazerosa. 
Referências Bibliográficas
https://alfonsoorlandi.jusbrasil.com.br/artigos/314224880/as-funcoes-do-estado-e-seus-tres-poderes
https://www.epdonline.com.br/noticias/quais-sao-as-funcoes-do-estado-e-seus-3-poderes/2039
http://nacaodemocratica.blogspot.com/2012/10/poder-do-estado-e-suas-funcoes.html
https://www.passeidireto.com/disciplina/teoria-geral-do-estado/?type=6&materialid=5293805
https://jus.com.br/artigos/25053/as-funcoes-do-estado-o-principio-da-legalidade-e-a-separacao-de-poderes-no-estado-democratico-de-direito
http://consuladogeraldeangolasp.net/crbst_13.html
http://www.embangola.at/dados.php?ref=orgaos-de-soberania

Continue navegando