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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ Disciplina: PORTUGUÊS III Coordenador: EDILA VIANNA DA SILVA AD1 – 2020.2 Aluno (a): Carine de Oliveira Araujo Polo: Nova Friburgo Matrícula: 17113120048 Nota: _______________ 1 - De acordo com Duarte (2007, p. 205), “a subordinação é uma forma de organização sintática segundo a qual um termo exerce função no outro”. Com base na conceituação de Duarte, dê exemplos de subordinação (um para cada item abaixo): a) em uma oração; b) em um período. (2,0) R: a) O carro atropelou o pedestre Neste exemplo temos uma oração: No exemplo acima, o termo pedestre está subordinado sintaticamente ao verbo atropelar, pois atropelar é verbo transitivo direto e pede um complemento. “ATROPELOU QUEM?” “O PEDESTRE” b) Espero que você consiga ir Neste exemplo temos duas orações: “Espero” e “que você consiga ir”. A segunda oração está completando o sentido do verbo transitivo direto “espero”, portanto esta oração exerce função sintática de objeto direito, ou seja, uma oração subordinada substantiva objetiva direta. 2. Para Mattoso Camara, “coordenação é o mecanismo por meio do qual elementos de mesmo nível se associam formando uma sequência”. apoiando-se nas palavras desse linguista, dê exemplos de coordenação (um para cada item abaixo) entre constituintes de: a) uma oração; b) um período. (2,0) R: a) Eu comprei macarrão, berinjela e chuchu. Os termos macarrão, berinjela e chuchu estão coordenados, pois a eles estão ligados em uma sequência. B) Mateus fez a pipoca, Andrei comprou refrigerante, Marcos escolheu o filme. Observe que os termos podem ser independentes sintaticamente, mas formam sequencias. 3. Rocha Lima (1996) adota um critério sintático, ao caracterizar a coordenação como uma “sucessão de orações gramaticalmente independentes” (p. 260) e a subordinação como “uma oração principal que traz presa a si, como dependente outra ou outras. Dependentes, porque cada uma tem seu papel como um dos termos da oração principal” (p. 261). Com base no fragmento de texto de R. Lima, a) Explique a relação de independência e de dependência a que se refere o autor; R: De acordo com R. Lima entendemos que, as coordenadas não são constituintes sintáticas de outras orações, assim não se subordinam a umas das outras que eu se ligam através do sentido. Pode existir independente das outras com ais quais se conectam no período. Já as orações subordinadas detêm, então, uma relação de integração com a oração principal. Portanto, elas são mais subordinadas e mais dependentes da oração principal. b) elabore períodos (um para cada mecanismo sintático) que exemplifiquem a sua explicação. (2,0) R: [Jorge comprou os balões], [Ana fez o bolo], [Jurema cozinhou o nhoque para a festa]. Observamos que as orações em destaque estão ligadas pelo sentido, mas não dependem sintaticamente uma das outras. [É possível] [que ela viaje outra vez]. “É possível” – Oração principal. Já a segunda oração está completada o sentido da primeira. Portanto elas estão ligadas através da conjunção “que” e são sintaticamente dependentes pois não podemos dizer “é possível” , porque pede um complemento. Essa oração é classificada como oração subordinada substantiva subjetiva. 4 – Justifique a afirmativa em itálico. Os adjuntos adverbiais sublinhados nas frases seguintes indicam circunstância de lugar, mas exercem papéis sintáticos diferenciados em relação aos verbos que modificam. 4.1 - Em função da pandemia tive de voltar de Friburgo antes do previsto. R: Os adjuntos adverbiais são termos acessórios. O termo em destaque de Friburgo integra ao verbo ter e voltar. O adjunto de Friburgo representa lugar demarcado e efetivo assim integrando o sentido o verbo transitivo indireto. 4.2 - Antes do retorno jantei em um restaurante famoso na região. (2,0) R: O Sprep em um restaurante atua como adjunto, uma vez que não participa da predicação verbal de forma direta, não se “Integra” ao verbo retornar de modo necessário e fundamental. 5 – A NGB classifica as orações adverbiais como subordinadas. Para os teóricos funcionalistas, essas orações são, na verdade, hipotáticas. Apresente os argumentos dos funcionalistas para justificar tal classificação e ilustre seus comentários com exemplificação (pelo menos dois períodos) (2,0) Em primeiro lugar as hipotáticas para os funcionalistas não ficam no grupo das subordinadas por não serem selecionadas pelo verbo da oração principal, mas por elas realçarem a informação expressa pela oração principal. Por exemplo: Castilho (2010) apresenta argumentos de abordagem da sintaxe funcionalista •As adverbiais podem estar em três grandes grupos: 1º (causalidade: causais, condicionais, concessivas e explicativas ou conclusivas) 2º (temporalidade, com a inclusão das proporcionais) 3º (finalidade) . •As adverbiais não podem ficar junto das substantivas e das adjetivas, por possuírem uma ligação mais fraca com a principal. • As adverbiais podem ser parafraseadas por um adjunto adverbial, mas, ao se combinarem numa sequência de sentenças, elas se afastam da classe dos adjuntos. Deveriam ser descritas como “combinação de orações”, já que elas se combinam mais do que as substantivas e as adjetivas. A sintaxe funcionalista trabalha com o estuda da gramática e é realizado em situação de uso. Textos que fazem parte do cotidiano do falante, quer de conversas informais, como também em contextos formais. Ex: As vendas, relativas ao setor de automóveis, permanecem em alta, embora o país esteja em crise. ( Concessiva) 1: As vendas do setor de cosméticos permanecem em alta. 2: O país está em crise. 2 que consiste em um argumento real, poderia impedir que 1 acontecesse: a crise, teoricamente, impede o crescimento do setor comercial. Porém, não o fez. EX: Saia daqui apenas / se eu chamar. O. Principal Essa oração pode ser considerada hipotática, pois ‘”se eu chamar” funciona como condição para a oração principal. Assim emoldura a informação contida na oração principal que o antecede. Referências CUNHA, Celso F. da & CINTRA, Lindley. Gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. CASTILHO, Ataliba. Nova gramática do português brasileira. São Paulo: Contexto, 2010. _______________. “Uma abordagem funcionalista da hipotaxe adverbial em português”. In: Descrição do português: abordagens funcionalistas. São Paulo: Unesp – Campus de Araraquara, 1999.
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