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Casos clínicos de Farmacologia - antibióticos

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CASO 1 
Um proprietário chega ao hospital veterinário trazendo seu cão de 10 anos de idade. 
Sua queixa está relacionada à forte halitose. Ele refere que o animal come apenas 
ração comercial e que nunca adotou medidas de higiene oral nesse animal. Ao exame 
clínico da cavidade oral você percebeu um acúmulo de placa bacteriana, grave 
doença periodontal e intensa gengivite. Esse animal terá que ser submetido a uma 
cirurgia para remoção do tártaro. Quais as medidas devem ser adotadas no período 
pré-cirúrgico, transcirúrgico e pós-cirúrgico nesse paciente? 
(Peso = 25 kg) 
 
Pré-cirúrgico: Deve-se usar Clorexidina para limpeza da cavidade oral, para diminuir a 
carga bacteriana, a halitose e hemorragia durante o procedimento cirúrgico. Utiliza-se o 
Periovet, deve-se usar de modo a atingir as superfícies dentárias e gengivais. Utilizar 
especialmente antes, durante e após avaliações e procedimento na cavidade oral. Valor: 
37,90. 
 
Transcirúrgico: Deve-se aplicar um anestésico, para isso, pode-se utilizar o Anestésico L, 
sendo esse indicado em anestesia de infiltração e tópica. A administração deve ser feito por 
via subcutânea. A dosagem é de 2,5 ml no cão. Valor: 12,69. 
 
Pós-cirúrgico: ​Periodontil (espiramicina + metronidazol) 
INDICAÇÕES 
Como coadjuvante nas cirurgias periodontais, tais como: gengivectomias e operações de 
retalho, nas afecções estomatológicas agudas (abscessos gengivais), localizadas ou 
generalizadas, acompanhadas de fenômenos 
infecciosos. Estomatites, gengivites, periodontites. 
recomendada é de 4 a 6 comprimidos por dia, durante 5 a 10 dias. A dose diária poderá ser 
fracionada 
em 3 ou 4 tomadas, de preferência às refeições. Valor: 83,62. 
 
 
 
CASO 2 
Um felino, com duas semanas de idade, chega ao seu consultório com amplas lesões 
na parte posterior da coxa esquerda caracterizada por erupção pustulosa com 
crostas e hiperemia ao redor dessas lesões. O proprietário não sabe o que causou 
tais lesões. Qual o tratamento mais adequado, tópico ou sistêmico? Por que? E se 
esse animal, passasse por uma cirurgia eletiva não contaminada, o que você 
recomendaria para o tratamento da incisão na pele? Além do cuidado com a “ferida” 
cirúrgica, você prescreveria algo para uso sistêmico? (Peso = 5 kg) 
 
O tratamento das piodermites pode ser tópico, sistêmico, cirúrgico ou ainda ser realizado 
pela associação de duas ou mais destas modalidades 
terapêuticas. O tratamento tópico quase sempre está indicado e possui várias propriedades 
benéficas, como promover a drenagem e a reepitelização por exemplo. No entanto, essa 
forma de tratamento é insuficiente, necessitando de apoio sistêmico na maioria das 
infecções cutâneas, mesmo porque a profundidade e extensão das lesões, bem como a 
cooperação e entendimento do proprietário constituem, não raramente, condições 
limitantes. 
Como o felino apresenta amplas lesões, o tratamento mais adequado é o uso de 
antibióticos sistêmico. 
Sulfa + trimetoprim - Tridoxin 40 
Cães e Gatos 
0,5 - 1 mL / kg 
Dose recomendada para 5 kg: 2.5 - 5ml 
Preço: R$ 14,90 
 
Para o tratamento da incisão da pele o rifocina spray é um dos mais indicados, pois vai 
impedir que uma infecção se instale. 
intervenções cirúrgicas classificadas como limpas, ou seja não contaminadas não há 
necessidade de utilização de antibiotico-profilaxia, pela baixa probabilidade de ocorrência 
de infecção 
Preço 
R$ 29,53 
 
CASO 3 
Você recebe, no setor de Grande Animais do Hospital Veterinário onde trabalha, uma 
vaca cujo histórico referido pelo proprietário é que há 4 dias o animal entrou em 
trabalho de parto, apresentou distocia, mas após algumas horas o parto ocorreu, 
porém, os anexos placentários não foram expulsos. No dia seguinte, ele percebeu 
que o animal estava apático, com febre, além de um odor pútrido oriundo da região 
genital e nenhum indício de eliminação da placenta. Ele, por conta própria, 
administrou Tribrissen, Terramicina LA e ECP. 2 dias depois ele percebeu que o 
animal começou a apresentar um quadro forte de diarreia com debilidade progressiva 
e, como o animal não consegue mais levantar-se, ele aplicou cálcio intravenoso e, 
mesmo assim, não obteve sucesso na recuperação do animal. Então, resolveu 
trazê-la ao hospital. Existe correlação entre o histórico e os sinais clínicos que esse 
animal apresenta no momento? Como você trataria esse animal? (Peso = 400 kg) 
 
Medicamentos aplicados pelo proprietário 
 
Tribrissen:​ Combate infecções pós-parto 
*A segurança do medicamento veterinário durante a gravidez e a lactação não foi 
confirmada. Estudos laboratoriais em roedores mostraram evidência de efeitos 
teratogênicos. 
Terramicina LA: ​*aconselha- se evitar o uso concomitante de tetraciclinas e penicilinas. 
*Pode causar diarreia *Não usar durante gestação. 
ECP: Para expelir pus do útero e estimular a expulsão uterina de placentas retidas e de 
fetos mumificados. 
Cálcio intravenoso: ​Previne a hipocalcemia pós-parto, porém a utilização de cálcio 
injetável não é recomendado, pois aumenta rapidamente a concentração de cálcio 
sanguíneo. Podendo causar complicações cardíacas, além de inativar a habilidade da vaca, 
mobilizar o cálcio dos ossos resultando em redução drástica da concentração de cálcio nos 
ossos. 12 a 18 horas após a administração causando efeito rebote. 
 
… 
A retenção parcial ou total da placenta, por período maior que 12 horas, deve ser 
considerado como patológica (GRUNERT, 
1984). Retenção de placenta tem como um dos principais sinais clínicos a febre e a perda 
de apetite. 
Portanto, é coerente que o histórico do animal tenha relação com seu estado clínico 
apresentado. 
 
 
Não se deve efetuar a extração manual forçada da placenta por causa de possíveis 
injúrias ao endométrio. E não usar antibióticos intra-uterino. 
Portanto, é recomendado que a vaca seja monitorada e tratada com antibióticos 
sistêmicos, pois cerca de 80% das vacas desenvolve febre. 
A oxitetraciclina (13,2 a 15,4 mg/kg, administrada por via intravenosa, s.i.d. ou b.i.d.), a 
ampicilina (11 a 22 mg/kg s.i.d. ou b.i.d.), a gentamicina (4,4 mg/kg, b.i.d. ou t.i.d.), a 
terramicina®/LA (20 mg/kg, por via intramuscular) e as sulfas são todas usadas para o 
tratamento sistêmico (ELLIOT et al., 1968). 
Ampicilina= R$31,67 
Gentamicina= R$9,93 
*Oxitetraciclina = R$17,50 devem ser evitadas durante a gestação e lactação. 
 
Medicamento escolhido *Tribrissen= R$14,50 
A dose diária recomendada é de 15 mL para animais de 300 a 450 Kg, por via Via 
intramuscular. 
 
“Recomenda-se a continuidade do tratamento por um período não inferior a 48 horas após o 
desaparecimento dos sintomas observados." 
 
 ​… 
 
Considerações 
*Lembrar da importância do manejo e conforto da vaca no período periparto, visando 
diminuir, dentro do possível, todos os fatores potencialmente estressantes como: estresse 
térmico, balanço energético negativo, presença de micotoxinas na dieta e suprir com 
segurança os minerais e vitaminas que fortalecem o sistema imunológico (Vit. E, Selênio, 
Cobre, Zinco), visando diminuir o número de animais com infecções aos 35 dias pós-parto. 
 
*Alguns médicos veterinários recomendam não aplicar Oxitetraciclina e/ou ECP nos 
primeiros dias pós-parto, alegando que seriamais interessante esperar a decomposição do 
conteúdo uterino pós parto para melhores resultados via antibioticoterapia e expulsão 
induzida de conteúdo (ECP). 
 
 
CASO 4 
Um equino com abdome agudo foi submetido a uma cirurgia urgente de cólica e ao 
incidir a cavidade abdominal, os cirurgiões perceberam que havia uma ruptura de 
ceco com extravasamento do conteúdo cecal. Segundo o residente, que acompanhou 
a cirurgia, foi utilizada uma “substância antibiótica” para lavagem da cavidade 
peritoneal. A cirurgia foi concluída com sucesso e o animal está bem, por enquanto. 
Que complicações esse animal pode ter, no pós-cirúrgico, devido esse 
extravasamento de conteúdo cecal para a cavidade peritoneal? Qual a terapia 
adequada para esse paciente pós-cirúrgico? Baseado em seus conhecimentos de 
farmacologia, o que você acha que foi utilizado para lavagem do peritônio? (Peso = 
350 kg) 
Esse animal pode desenvolver uma peritonite devido ao extravasamento do conteúdo cecal, 
pois os equinos possuem a cavidade peritoneal bastante sensível. A peritonite consiste na 
inflamação do peritônio visceral e/ou parietal e pode ocorrer em resposta a diversos 
estímulos, sejam eles infecciosos ou não infecciosos. Nesse caso, a peritonite que esse 
animal pode desenvolver é classificada como secundária pois ocorreu a ruptura do ceco e o 
extravasamento do conteúdo cecal, resultando na liberação de microrganismos, 
principalmente bactérias, na cavidade peritoneal. A terapia adequada para o paciente no 
pós-operatório é fazer uso de antibióticos de largo espectro, como a associação de 
Sulfadiazina e Trimetoprim, considerada uma das combinações de maior sucesso no 
combate às infecções bacterianas. Juntos, apresentam amplo espectro de ação bactericida, 
atuando em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Outra vantagem desta associação 
é a menor incidência de resistência bacteriana. Esse medicamento (Tridiazin) tem como via 
de administração a intramuscular profunda, sendo cada aplicação de 15 mL ao dia, o 
tratamento deve ser mantido por 48 horas após o desaparecimento dos sintomas e não 
exceder a 5 dias consecutivos. Um frasco desse medicamento tem 50 mL, então é 
necessário apenas um para esse tratamento. Para a lavagem do peritônio foi utilizado 
ringer lactato aquecido, metronidazol injetável (infecções causadas por bactérias 
anaeróbicas e também por protozoários) e heparina sódica (prevenção da formação de 
trombos). 
Valor: R$ 21,53 
 
CASO 5 
Você atende um cão em sua clínica que apresenta anorexia, letargia, febre, dor 
abdominal caudal, corrimento uretral hemorrágico, esforço para micção e defecação, 
polaciúria, andar enrijecido, edema de escroto e prepúcio. Ao exame clínico 
detecta-se dor ao exame de toque retal, desconforto abdominal, vesícula urinária 
parcialmente repleta e fezes endurecidas no cólon. Ao perceber que o animal tem 12 
anos de idade e não é castrado, você desconfia de uma afecção em específico e 
solicita exames complementares para elucidação do caso. Segundo as informações 
acima, o que provavelmente está acometendo esse animal? Que exames você 
solicitaria para fechar o diagnóstico? Que tratamento instituiria? (Peso = 15 kg) 
 
Provavelmente o cão encontra-se com prostatite, que é definida como uma infecção da 
próstata, com ou sem a formação de abscessos. A prostatite bacteriana acomete 
principalmente cães adultos e não castrados, como é o caso desse animal. A Escherichia 
coli é o organismo mais frequentemente isolado. Os microrganismos rotineiramente 
envolvidos na prostatite são os mesmos presentes em infecções do trato urinário, o que 
sugere que a infecção ocorra de forma ascendente. 
Os exames feitos podem ser exame radiográfico para verificar as bordas prostáticas e 
mineralização do tecido; na ultrassonografia também podem ser observadas as mesmas 
alterações, assim como espaços intraparenquimatosos hiperecóicos e preenchidos de fluido 
(Smith, 2008). Os exames laboratoriais complementares, podem ser hemograma, podendo 
apresentar leucocitose neutrofílica com desvio à esquerda, neutrófilos tóxicos e 
degenerados; hematúria, piúria e bacteriúria são comuns na urinálise; também pode ser 
observada a elevação das concentrações séricas da fosfatase alcalina, alanina 
transaminase e creatinina. Também pode ser feito uma citologia do tecido prostático. No 
exame citológico do lavado prostático, podem-se evidenciar grandes quantidades de 
neutrófilos degenerados com núcleos túrgidos e presença de bactérias livres ou dentro do 
citoplasma, podendo ser encontrado aumento do número de neutrófilos hipersegmentados 
com cromatina basofílica (picnose) nos casos de prostatite não bacteriana. 
O tratamento da prostatite bacteriana baseia-se na administração de antibióticos, sendo de 
difícil cura, devido à dificuldade de penetração dos antibióticos no tecido prostático. Os 
antibióticos devem ser selecionados de acordo com a cultura e antibiograma do lavado 
prostático, bem como a capacidade de penetração do fármaco de escolha na membrana 
lipídica do epitélio prostático. A estreptomicina, a sulfa trimetropim, o cloranfenicol, a 
enrofloxacina, o ciprofloxacino e a clindamicina são fármacos de escolha. A trimetropina 
com sulfonamida, a eritromicina e as fluoroquinolonas (enrofloxacinas) são as drogas 
utilizadas com mais frequência. Não convém administrar penicilinas, cefalosporinas, 
oxitetraciclinas e aminoglicosídeos, pois não penetram facilmente no líquido prostático. Os 
antibióticos devem ser utilizados de forma contínua por um período mínimo de quatro a seis 
semanas (Hedlund, 1997; Kutzler e Yeager, 2005; Smith, 2008). Barsanti e Finco (1992) 
recomendam que o tratamento deva ser monitorado semanalmente pela citologia do fluido 
prostático, bem como pela urinálise, para um melhor acompanhamento do paciente. A 
orquiectomia é uma prática recomendada como tratamento coadjuvante para os casos de 
prostatite, visto que a castração reduz a hipertrofia prostática, auxiliando no controle da 
infecção. Quando a antibioticoterapia associada à castração não é um método eficaz, o uso 
contínuo de antibióticos em baixas doses, por período prolongado (pulsoterapia), ou a 
prostatectomia são alternativas restantes. Entretanto, a prostatectomia é utilizada somente 
em último caso nas diferentes prostatopatias, pois no pós-cirúrgico o paciente pode 
apresentar complicações, como hemorragia, extravasamento urinário, deiscência, estenose 
uretral, infecção e incontinência urinária (Hedlund, 1997). 
 
MEDICAMENTO ESCOLHIDO: Afectrim; Os princípios ativos são sulfametoxazol e 
trimetoprim; É um antibiótico que está no grupo das sulfas; O frasco com 100mL custa R$ 
28,00 e seria suficiente para o tratamento, que deve ser de 3 a 5 dias. A dose é de 15 mL 
por via oral a cada 24 horas. É indicado que após terminado esse período de 3 a 5 dias o 
animal retorne para avaliação da eficiência do tratamento.

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