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PLANEJAMENTO REPRODUTIVO PROFª. ME. PATRICIA ALENCAR DUTRA SAÚDE REPRODUTIVA – CONCEITO OMS Estado de completo bem-estar físico, mental e social, em todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo e as suas funções e processos, e não de mera ausência de doença ou enfermidade. Vida sexual segura e satisfatória Autonomia para se reproduzir Liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo. SEXO X GÊNERO SEXO: conjunto de características genotípicas e biológicas GÊNERO: construção social e histórica. DISFUNÇÕES SEXUAIS Problemas que ocorrem em uma ou mais das fases do ciclo de resposta sexual, por falta, excesso, desconforto e/ou dor na expressão e no desenvolvimento dessas fases, manifestando-se de forma persistente ou recorrente. Podem estar relacionadas com: - Aspectos psicológicos - Dificuldades nos relacionamentos - Traumas - Condição geral de saúde - Efeitos diretos de uma substância. FATORES RELACIONADOS A DISFUNÇÕES SEXUAIS DISFUNÇÕES SEXUAIS Aversão sexual Falha na fase de excitação sexual Ejaculação precoce Anorgasmia Vaginismo Dispareunia DE QUE FORMA O PROFISSIONAL DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA PODE CONTRIBUIR PARA A OFERTA DE UMA ATENÇÃO DE QUALIDADE NO CAMPO DA SAÚDE SEXUAL? OUVIR... Ser proativO Considerar contexto de vida da pessoa ou do casal Prestar suporte emocional e psicológico Orientar e ajudar a desfazer mitos e tabus Instituir cuidados gerais da saúde e promover o autocuidado Instituir tratamentos para as doenças ou condições que estejam interferindo na saúde sexual Garantir o acesso a informações, métodos e meios para a regulação da fecundidade e para a proteção contra as DST/HIV/Aids. Realizar ações de educação em saúde sexual e saúde reprodutiva, individual e em grupos. SAÚDE SEXUAL E A SAÚDE REPRODUTIVA NA DIVERSIDADE População Idosos LGBTQIA+ Negros AdolescentesDeficientes Prostituição Indígenas SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA DE ADOLESCENTES E OS JOVENS Constituem-se direitos fundamentais do adolescente a privacidade, a preservação do sigilo e o consentimento informado. É vedado ao médico: Revelar segredo profissional referente ao paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-los, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA A prescrição de métodos anticoncepcionais para menores de 14 anos deve ser criteriosa, não constituindo ato médico inadequado, desde que não se trate de situação de abuso ou violência sexual da adolescente. Evitar o uso de anticoncepcionais só de progestogênio (injetável trimestral e da pílula só de progesterona – minipílula) antes dos 18 anos, pelo possível risco de diminuição da calcificação óssea. PLANEJAMENTO FAMILIAR O planejamento familiar é definido no art. 2º da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, da seguinte forma: Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. # É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO REPRODUTIVO Salva vidas e melhora a saúde das mulheres; Aumenta o intervalo entre as gravidezes, o que melhora a saúde das crianças e salva suas vidas; Beneficia o casal, a família e a comunidade; Ajuda os casais a fazer escolhas responsáveis; Encoraja os homens a participar da responsabilidade pela saúde reprodutiva e criação dos filhos. No que se refere particularmente à atenção em anticoncepção, esta pressupõe a oferta de informações, de aconselhamento, de acompanhamento clínico e de um leque de métodos e técnicas anticoncepcionais. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS Temporários (reversíveis): a) Hormonais b) Barreira c) Comportamentais d) Intrauterinos ▪ Definitivos (irreverssíveis) MÉTODOS TEMPORÁRIOS OFERECIDOS PELO SUS Pílula combinada de baixa dosagem (etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg). Minipílula (noretisterona 0,35 mg). Pílula anticoncepcional de emergência (levonorgestrel 0,75 mg). Injetável mensal (enantato de norestisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg). Injetável trimestral (acetato de medroxiprogesterona 150 mg). Preservativo masculino. Preservativo feminino. Diafragma. DIU Tcu-380 A (DIU T de cobre). ESCOLHA DO MÉTODO Preferência da mulher, do homem ou do casal. Características dos métodos: - Eficácia - Efeitos secundários - Aceitabilidade - Disponibilidade - Facilidade de uso - Reversibilidade - Proteção contra IST TAXA DE FALHA DE ANTICONCEPCIONAIS (NÚMERO DE GRAVIDEZ POR CADA 100 MULHERES, NO PRIMEIRO ANO DE USO) ESCOLHA DO MÉTODO Fatores individuais e contexto de vida relacionados aos usuários(as) que devem ser considerados no momento da escolha do método. - Condições econômicas. - Estado de saúde. - Características da personalidade da mulher e/ou do homem. - Fase da vida. - Padrão de comportamento sexual. - Aspirações reprodutivas. - Fatores culturais e religiosos. - Outros fatores, como medo, dúvidas e vergonha. MÉTODOS DE BARREIRA CONDOM MASCULINO Envoltório de látex, poliuretano ou silicone, bem fino, porém resistente, que recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação, impedindo o contato com a vagina, assim como impede que os microorganismos da vagina entrem em contato com o pênis e vice-versa. A maioria é feita de látex. Podem ser secos ou lubrificados (silicone, base d’água ou espermaticidas). CONDOM MASCULINO A camisinha deve ser colocada antes de qualquer contato genital ou penetração. O pênis deverá estar ereto e a camisinha deve ser desenrolada deixando o bico da mesma (espaço para depósito do sêmen) exposto e sem ar. O pênis deverá ficar todo coberto. Depois de ejacular, o preservativo deve ser retirado com o pênis ainda ereto. O condom só pode ser usado uma vez. CONDOM MASCULINO CONDOM MASCULINO Vantagens • Disponível sem prescrição médica; • Oferece proteção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis; • Fácil de ser usado; • Recomendado em casos de ejaculação precoce; • Permite a participação do homem na contracepção. Desvantagens • Custo moderado/elevado, em caso de uso frequente; • Necessita de manipulação durante o ato sexual; • Pode diminuir a sensibilidade do pênis; • Quadros alérgicos. CONDOM FEMININO Saco transparente de poliuretano, macio e fino, para uso vaginal, constituído de dois anéis flexíveis em cada extremidade, medindo 17 cm de comprimento. Um anel, o menor, que está posicionado na extremidade fechada do condom, será colocado internamente na vagina, encaixando-se no colo do útero; o outro, maior, vai se adaptar externamente à vulva, servindo de fixação e recobrindo os lábios vaginais, impedindo, assim, que o dispositivo entre na vagina. CONDOM FEMININO CONDOM FEMININO Vantagens • Permite à mulher um controle ativo da sua proteção contraceptiva e contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis; • Não necessita prescrição médica; • Pode ser utilizado por quem tem alergia ao látex. Desvantagens • Dispendioso para uso rotineiro; • Difícil de ser utilizado. DIAFRAGMA Consiste em um capuz macio de látex ou de silicone côncavo, com borda flexível, que recobre o colo uterino. Impede a penetração dos espermatozóides no útero e tubas uterinas. - Diversos tamanhos (necessário medição por profissional treinado) - Durabilidade : aproximadamente dois a três anos Espermicida MÉTODOS COMPORTAMENTAIS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS: COMPORTAMENTAIS São aqueles que provocam modificações do comportamento sexual do casal. São admitidasduas formas: 1.Abstinência sexual periódica: 2. Ejaculação extravaginal: Rítmico (tabelinha); • Coito interrompido; Muco cervical (método de Billings); Sintotérmico. BILLINGS (MUCO) Esse método (método de muco cervical), baseia-se na ocorrência de modificações cíclicas no muco cervical, através das quais as mulheres podem observar se estão no período fértil. Abster-se durante quatro dias a partir do dia do “pico” em que o muco torna-se fluído, claro e fino. A eficácia é muito variável e depende substancialmente de um aprendizado e requer muita sensibilidade e observação da mulher, para um seguimento correto. BILLINGS (MUCO): CONTRA-INDICAÇÕES Mulheres com ciclos irregulares; Menstruações muito longas; Mulheres que não ovulam regularmente; Dificuldade em identificar as modificações do muco e leucorréia crônica. COITO INTERROMPIDO Consiste na retirada do pênis da cavidade vaginal antes da ejaculação. É um método simples, sem custo, mas com várias desvantagens. Desvantagens: Requer um autocontrole por parte do homem; Pode acontecer um pré-ejaculado, potencialmente fecundante; Interfere na sexualidade do casal; Alto índice de falhas. TABELA OU CALENDÁRIO OU RITMO Baseia-se no fato de que a duração da segunda fase do ciclo menstrual (pósovulatória ou fase lútea) é relativamente constante, com a ovulação ocorrendo entre 11 e 16 dias antes do início da próxima menstruação. O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 a 12 meses. Determinar a duração do período fértil da seguinte maneira: Subtraindo-se 18 do ciclo mais curto, obtém-se o dia do início do período fértil. - Subtraindo-se 11 do ciclo mais longo, obtém-se o dia do fim do período fértil. CURVA TÉRMICA OU BASAL Fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual. - Antes da ovulação, a temperatura basal corporal permanece num determinado nível baixo; após a ovulação, se eleva ligeiramente (alguns décimos de grau centígrado), permanecendo nesse novo nível até a próxima menstruação. - Esse aumento de temperatura é resultado da elevação dos níveis de progesterona, que tem um efeito termogênico. SINTOTÉRMICO Combina os métodos da tabela, do muco cervical, da temperatura basal e a observação de sinais e sintomas que indicam o período fértil da mulher. AMNORRÉIA DA LACTAÇÃO – LAM É um método anticoncepcional temporário que consiste no uso da amamentação exclusiva para evitar a gravidez. Entre as mulheres que amamentam, a possibilidade de retomada das ovulações é remota nos primeiros dois meses pós-parto. MÉTODOS HORMONAIS ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS As pílulas combinadas podem ser divididas em três tipos: Monofásicas - possuem os dois hormônios em doses fixas em todas as pílulas. A maioria das cartelas contém 21 pílulas ativas. Algumas formulações contém 28 pílulas, destinadas a mulheres que optam pelo uso contínuo da pílula combinada monofásica. Atualmente existe também a pílula monofásica de micro-dosagem, contendo 24 pílulas ativas; Bifásicas - possuem duas séries de pílulas com dosagens diferentes. Cada cartela contém 22 pílulas; Trifásicas - possuem três dosagens de hormônios. Cada cartela contém 21 pílulas. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS MECANISMO DE AÇÃO: inibem a ovulação; tornam o muco cervical espesso; provocam ainda alterações nas características físico-químicas do endométrio; interferem na motilidade e na qualidade da secreção glandular tubária. EFICÁCIA: taxa de falha 0,1%, se usada corretamente. PÍLULAS COMBINADAS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS Durante o ciclo menstrual- as pílulas devem ser ingeridas diariamente, durante 21 dias, aproximadamente no mesmo horário, de preferência à partir do 1o. dia de menstruação, o que garante sua eficácia já à partir do primeiro ciclo. As cartelas subsequentes devem ser reiniciadas após fazer uma interrupção de sete dias. O sangramento de privação ("menstruação") ocorre neste intervalo. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS: EFEITOS SECUNDÁRIOS Alterações de humor Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico Cefaleia leve. Leve ganho de peso. Nervosismo. Acne (pode melhorar ou piorar, mas geralmente melhora). Tonteira. Mastalgia. Alterações do ciclo menstrual Cloasma. A pressão arterial aumenta alguns pontos (mm Hg). ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS: COMPLICAÇÕES Acidente vascular cerebral. Infarto do miocárdio. Trombose venosa profunda. Todas essas complicações acontecem com maior frequência em fumantes de qualquer faixa etária. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS: RISCOS Não são recomendados para lactantes, pois afetam a qualidade e quantidade do leite. Muito raramente, podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas profundas ou infarto do miocárdio, sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 15 cigarros/dia) com 35 anos ou mais. Podem aumentar o risco para tumores de fígado, sendo extremamente raros os tumores malignos. De acordo com a informação atualmente disponível, a pílula não aumenta o risco para câncer de colo uterino e de mama, porém novos estudos são necessários para se obter conclusões mais precisas. Além disso, existem ainda dúvidas sobre a possível aceleração da evolução de cânceres preexistentes com o uso da pílula. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA NÃO DEVE SER USADOR POR: Lactantes com menos de seis semanas após o parto e entre seis semanas e menos de seis meses pós-parto. < 21 dias pós-parto (não lactantes) Idade maior ou igual a 35 anos e fumante. Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, como idade avançada, fumo, diabetes e hipertensão História de hipertensão arterial Cardiopatia isquêmica. Antecedente de acidente vascular cerebral – AVC. Doença cardíaca valvular complicada Enxaqueca Câncer de mama atual ou no passado PÍLULA PROGESTÍNICA Ação mais pronunciada sobre o endométrio e o muco cervical. Inibem a ovulação em 15 a 40% dos casos. Apropriada para uso em lactantes: iniciar 6 semanas após o parto. - O uso da minipílula é contínuo, não deve haver intervalo entre as cartelas; - Deve ser tomada todos os dias, sempre no mesmo horário. São muito utilizadas no período de lactação, uma vez que não afetam a quantidade e a qualidade do leite materno. ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL TRIMESTRAL – PROGESTAGÊNICO Inibe a ovulação e espessa o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides por meio do canal cervical. EFICÁCIA: taxa de falha desse método é de 0,3%. - Em geral, as mulheres engravidam entre 9 e 16 meses após ter recebido a última injeção. ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL – COMBINADO MENSAL Inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides. Provocam, ainda, alterações no endométrio. EFICÁCIA: taxa de falha desse método varia de 0,1% a 0,3%. - O retorno da ovulação acontece em 60 a 90 dias após a última injeção. A primeira injeção deve ser feita até o quinta dia do início da menstruação. As aplicações subsequentes devem ocorrer a cada 30 dias, mais ou menos três dias, independentemente da menstruação. INJETÁVEL PROGESTÍNICA Efeitos colaterais comuns: Aumento de peso; Irregularidades menstruais; Amenorreia; Depressão; Cefaleia; Perda de Massa Óssea; Retardo no retorno à fertilidade (em média 6 meses). INJETÁVEL PROGESTÍNICA TRIMESTRAL Intervalo - Iniciar do 1º ao 7º dia do ciclo, 1 frasco de AMP (acetato de medroxiprogesterona depósito) 150 mg, IM profunda. Repetir a cada 90 dias, com margem de segurança de ± 7 dias. IMPLANTES SUBCUTÂNEOS – PROGESTOGÊNICO Inibe a ovulação; aumenta a viscosidade do muco cervical; diminui a espessura do endométrio, até espessura média de 4mm. EFICÁCIA: taxa de gravidez até 3 anosfoi 0%. Retorno imediato da fertilidade após a remoção. A inserção é feita no subcutâneo da face interna do braço, no esquerdo das mulheres destras e no direito das canhotas, a cerca de quatro dedos transversos acima da prega do cotovelo. ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Consiste na utilização de pílulas contendo estrogênio e progestogênio ou apenas progestogênio depois de uma relação sexual desprotegida, para evitar gravidez. Também conhecida como “pílula do dia seguinte” ou “pílula pós-coital”, ANTICONCEPÇÃO X ABORTO Vários estudos recentes indicaram que, quando a pílula anticoncepcional de emergência é tomada antes da ovulação, inibe ou atrasa a liberação do óvulo do ovário. Além disso, pode interferir na migração dos espermatozoides do colo uterino às trompas, ou com o processo de adesão e capacitação dos espermatozóides nas trompas ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Indicações: - Relação sexual sem uso de anticoncepcional. - Falha ou esquecimento do uso de algum método: ruptura do preservativo, esquecimento de pílulas ou injetáveis, deslocamento do DIU ou do diafragma. - No caso de violência sexual, se a mulher não estiver usando nenhum método anticoncepcional. - Deve ser tomada até cinco dias (120 horas) após a relação sexual desprotegida, mas, quanto mais precocemente se administra, maior a proteção. DISPOSITIVOS CONTRACEPTIVOS INTRAUTERINOS DISPOSITIVO INTRA UTERINO Contraceptivos composto por uma base feita de derivados de plástico, contém um metal ou medicamento, que é eliminado gradualmente como íons metálicos ou medicamentosos; Mais conhecidos: T de cobre 200, T de cobre 380 A, Multiload250 e 375 e Mirena; Mecanismo de ação: Destruição de espermatozóides; Estimula reação inflamatória; Aumento da produção de prostaglandinas; Ação tanto no muco cervical como no endométrio. DISPOSITIVO INTRA UTERINO DISPOSITIVO INTRA UTERINO Vantagens • Eficazes; • Não requer motivação diária; • Não interfere no ato sexual; • Efeito prolongado; • Reversibilidade imediata; • Ausência de efeitos sistêmicos; • Não interfere na lactação; • Pode ser utilizado na pré-menopausa e logo após parto e aborto. Desvantagens • Dismenorréia (cólicas antes ou durante a menstruação); • Risco de expulsão • Gestação ectópica; • Aumento de fluxo; • Desconforto pélvico e cólicas; EFEITOS SECUNDÁRIOS - Alterações no ciclo menstrual - Sangramento menstrual prolongado e volumoso. - Sangramento e manchas (spotting) no intervalo entre as menstruações. - Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação. COMPLICAÇÕES: - Gravidez ectópica: 3 a 5% - Gravidez tópica: - Perfuração: rara (0,1%) - Expulsão - DIPA DIU HORMONAL Consiste numa matriz de plástico em forma de T com 32 mm de comprimento, contendo 52 mg de levonorgestrel, e libera 20 µg de levonorgestrel por dia. Pode ser utilizado como método anticoncepcional, no tratamento da menorragia e na terapia de reposição hormonal da mulher menopausada, associado ao estrogênio. A duração de uso recomendada é de cinco a sete anos. Mecanismos de ação: atrofia endometrial; diminuição da produção e aumento da viscosidade do muco cervical; inibição da ovulação - Durabilidade: 5 anos - Eficácia: semelhante à esterilização cirúrgica. MÉTODO CIRÚRGICO MÉTODOS IRREVERSSIVEIS Métodos Irreversíveis: Cirúrgicos: Vasectomia; Laqueadura. METÓDOS CIRÚRGICOS No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada por meio da Lei nº 9.263/96. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I – em homens ou mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade e, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce; II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório e assinado por dois médicos (BRASIL, 1996). LAQUEADURA TUBÁRIA Método de esterilização feminina que consiste em algum procedimento cirúrgico de oclusão das tubas uterinas. A legislação federal não permite a esterilização cirúrgica feminina durante os períodos de parto ou aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade. VASECTOMIA Consiste na ligadura dos ductos deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozóides em direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal. A vasectomia não altera a vida sexual do homem. Recomenda-se fazer espermograma após três meses do procedimento ou após 20 ejaculações. É necessário ter um resultado de espermograma que demonstre a azoospermia para atestar que a vasectomia funcionou.
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