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PsicolinguísticaPsicolinguística Universidade Federal de PelotasUniversidade Federal de Pelotas Faculdade de LetrasFaculdade de Letras Departamento de Letras VernáculasDepartamento de Letras Vernáculas LinguísticaLinguística Acadêmicas: Carla, Daiane e HieblaAcadêmicas: Carla, Daiane e Hiebla O que é Psicolinguística?O que é Psicolinguística? É o estudo das conexões É o estudo das conexões entre a linguagem e a mente. Essaentre a linguagem e a mente. Essa ciência estuda a produção e a compreensão da linguagemciência estuda a produção e a compreensão da linguagem humana, seja ela:oral, escrita, gestual, etc.humana, seja ela:oral, escrita, gestual, etc. Estuda também, as estruturas psicológicas que nos permitemEstuda também, as estruturas psicológicas que nos permitem entender as expressões, palavras, orações, textos, etc...entender as expressões, palavras, orações, textos, etc... Em suma , a ideia é saber o que sEm suma , a ideia é saber o que se passa na cabeça e passa na cabeça de umde um falante, quando este fala ou ouve.falante, quando este fala ou ouve. A pré- história;A pré- história; O período formativo;O período formativo; O período linguístico;O período linguístico; O período cognitivo;O período cognitivo; O estado atual.O estado atual. Os cinco períodos da Psicolínguistica são:Os cinco períodos da Psicolínguistica são: A Pré- história O termo psicolinguística surgiu,provavelmente, em um artigo de N.H.Proncko em 1946. Os estudos anteriores a esse artigo, denominavam a Psicolinguística como psicologia da linguagem e a questão central desses estudos eram a psicologia e a linguística. Psicologia: os psicólogos entendiam que com o auxílio da linguagem, entenderiam a mente humana. Linguística: Os linguistas sustentavam que a linguagem podia ser explicada, ao menos em parte, com base nos princípios psicológicos. O Período Formativo Logo após a segunda Guerra Mundial, surgiu a teoria da informação, modelo mecanicista com acentos comportamentalistas, que definia uma unidade de comunicação como formada por: Fonte Transmissor/codificador canal Receptor/decodificador Destinação Com o aumento de acervo de descobertas, pesquisas e teorias, surgiu a necessidade de coordenar esforços entre os cientistas.Então, após alguns seminários que ocorreram no início da década de 50 foi fundada,ofi- cialmente, a Psicolinguística. O Período Linguístico Começou no final da década de 50, após a publicação do livro Syntatic Structures (fundamentos da gramática gerativa) e da resenha do livro Verbal Behaviour ( Crítica operacionalismo), ambas obras o linguísta Chowsky. Nessas obras, Chowsky, propunha uma abordagem racionalista e dedutiva para a ciência. Essa proposta abalou os fundamentos da psicolinguística efetuada até então, forçando uma guinada nesse campo de estudos e fazendo surgir o período linguístico, onde a psicolinguística passa a adotar o modelo Chomskyano. O Modelo Chomskyano(Gerativo) Entre outras coisas, propunha que: As sentenças faladas (estruturas superfíciais), deveriam derivar-se de estruturas profundas, através de regras transformacionais, que se organizariam em uma gramática. A Gramática Universal, capaz de gerar qualquer( e somente uma ) língua, deveria ser inata aos indivíduos da espécie humana; Se distinguisse entre a Competência(conhecimento que o falante/ouvinte nativo ideal tem de sua língua) e a Performance( a atividade desse falante ouvinte em uma situação comunicativa concreta). A psicolinguística tinha como missão gerar uma teoria unificada da Performance, investigando como os processos mentais transformam o conhecimento linguístico (compe- tência) em atuação. As pesquisas desse período, porém, acabaram deixando em segundo plano a teoria da performance e centrando-se na testagem do modelo gerativista, o que gerou a teoria da complexidade derivacional. A Teoria da Complexidade Derivacional entendia que os passos para derivar uma estrutura superficial de uma profunda deveriam ser também efetuados na recepção e compreensão das sentenças. A busca pela confirmação do modelo gerativo, impulsionou fortemente os estudos de aquisição da linguagem, o que proporcionou a abertura de um novo campo de pesquisas. O Período Cognitivo Nesse período, a teoria linguística continuou sendo importante, mas perdeu o caráter de exclusividade do período anterior. Os cognitivistas postulavam a subordinação da linguagem a fatores cognitivos mais fundamentais, dos quais ela( a linguagem) seria apenas um fator. Os estudiosos desse período, além de ampliarem e tornarem mais eclético o campo de estudos da psicolinguística,também acabaram por aproximá-lo das ciências cognitivas,e equilibraram a influência exercida pela linguística com aquela exercida por outras disciplinas próximas como: a Psicologia, a Antropologia e a Filosofia da linguagem. O estado atual Denominado Período da teoria psicolinguística, realidade psicológica e ciência cognitiva, o campo se apresenta em um estado de transição, com pesquisas oriundas de várias escolas teóricas. Caracteriza-se, pelo grande número de trabalhos interdisciplinares,reconhecendo que problemas científicos em um campo afetam vários campos correlacionados. A questão da realidade psicológica readquiriu um status central na teoria psicolinguística, mais ainda que nos períodos anteriores. A influência do paradigma Chomskyano, continua presente, principalmente nas descrições da competência linguística do falante. O método experimental e seus problemas O método experimental é o mais usado em psicolin- guística, que consiste, bem simplificadamente, em ela- borar hipóteses que sugerem relações causais. Por exemplo, algum cientista, em algum momento do surgimento da psicolinguística,deve ter elaborado a hi- pótese de que a fala tem alguma relação com o funcio- namento do cérebro. Para confirmar a hipótese é preciso realizar o experimento, ou seja, falar e verificar se o cérebro é ativado de alguma manei ra. Porém, para que o experimento seja bem sucedido, é Preciso verificar se algumas condições são cumpridas, como por exemplo, certificar-nos de que o falante está acordado, de que ele irá falar uma certa coisa de uma certa maneira. Tentar isolar os fenômenos ambientais. E tem que ter uma correspondência clara ou direta com as situações reais da vida das pessoas em que são empregados os processos que o experimento estuda. Processamento dos sinais acústicos da Fala Uma questão experimental típica concerne ao processamento dos sinais acústicos da fala, que implica a existência de procedi mentos mentais realizados pelo indivíduo para poder entender o que ouve. Assim o pesquisador enfrenta o problema da falta de acesso di- reto ao processamento, já que não dá para observar o processa processamento, mental e, portanto, este estudo implica, a valida de ou não das hipóteses levantadas. Outro problema consiste na dificuldade em elaborar estudos experimentais sobre a produção dos sinais acústicos da fala, o que faz que a maioria dos estudos se concentre no estudo da recepção, ou compreensão. Unidades de Significação ou problema do léxico O reconhecimento de palavras, a capacidade do falante/ouvinte de distinguir palavra em uma determinada emissão verbal,ou, mais propriamente dito, de distinguir unidades de significação, é uma questão que surge da suposição de que o processamento da fala, tanto na recepção quanto na produção envolve algum tipo de léxico, que seria um “dicionário mental”, no qual estariam armazenadas as palavras conhecidas pelo falante/ouvinte. É importante estudar como o léxico se relaciona com os outros sistemas de provimento das informações necessárias par o ato de falar/ouvir: as informações vindas dos sentidos ou da percepção, verbais ou não, as informações contextuais, linguísticas ou não, e o conhecimento de mundo falante/ouvinte. A forma de acesso ao léxico, por seu turno, consiste em um problema teórico sobre o qualtambém há muitas divergências. Um problema que poderíamos usar como exemplo seria um ouvinte que, ouvindo “óia”, é capaz de reco nhecer a palavra “olha”. Restrições psicobiológicas É preciso compatibilizar os achados e teorias da psicolinguística com os achados e teorias da Psicologia, da Neurologia e da Neuropsicologia, que apresentam um conjunto de restrições psicobiológicas para qualquer tipo de processamento mental. Assim, os modelos cognitivos correntes, tanto modularistas quanto interacionistas, apresentam várias asserções fortes sobre a natureza e o funcionamento dos processos de pensamento e das estruturas neuropsicológicas responsáveis por esses processos, asserções cuja plausibilidade deve ser verificada à luz dos conhecimentos trazidos pela Psicologia, pela Neurologia ou pela Neuropsicologia. Níveis de análise e elementos da Psicolinguística(um corte epistemológico) Garman(1990) apresenta um modelos esquemático simples da “cadeia da fala” que ilustra o que ocorre entre um falante e um ouvinte e permite distinguir três níveis de análise do processamento linguístico: o nível linguístico, relacionado à formulação (codificação/deco dificação) da mensagem. No exemplo anterior, é neste nível que vamos verificar se o ouvinte entendeu a mensagem “óia”como um apelo para que olhasse para algo, ou como outra coisa qualquer; O nível fisiológico, relacionado com a produção e recepção da fala, nívelem que devemos olhar para o aprelho fonoarticulatório do falante que disse “óia” e verificar, por exemplo,que o decaimento do “lh” em “i” diminuiu a utilização dos músculos e, portanto, economizou energia; O nível acústico, em que ocorrem as ondas sonoras que forma a “ponte” entre o falante e o ouvinte.É neste nível que tentaremos discernir quais as características físicas das ondas de som que foram identificadas como “óia” e entendidas como “olha” A cadeia da fala Apenas como o objetivo de mostrar como podem ser divididos os campos de estudo e os problemas da nascente disciplina denominada Psicolinguística, apresentaremos uma tabela com a lista dos assuntos abordados nas três obras utilizadas como fontes principais deste texto. Questões e Problemas da Psicolinguística Kess(1992) Scliar-cabral(1991) Garman (1990) Percepção e produção da fala Processamento dos sinais linguísticos Características do sinal linguístico Morfologia e léxico mental Reconhecimento de palavras Fundamentos biológicos da linguagem Sintaxe Memória semântica Fontes de evidência para o sistema linguístico Discurso Processamento a nível textual Processando o sinal linguístico Semântica Neurofisiologia da linguagem Acessando o léxico mental Linguagem e pensamento Aquisição da linguagem Entendendo declarações Kess(1992) Scliar-Cabral(1991) Garman(1990) Pré-requisitos biológicos Relações entre pensamento e linguagem Produzindo declarações Aquisição da primeira língua Apropriação e processamento da leitura e escrita Prejuízos do processamento Psicolinguística Comparada Fatores inatos, maturacionais e experienciais Relações com outras disciplinas Psicolinguística aplicada Noam Chomsky Foi graças a Shomsky que a psicolinguística passava a ser estudada, efetivamente, como ciência autônoma. Ele percebeu que era possível separar a estrutura da palavras(gramática), de seu significado(semântica) e da for como essas palavras são usadas(pragmática). E adicionando um tratamento lógico, transformou a linguística em uma ciência da sintaxe. Desta maneira, mudou o foco da psicolinguística das Palavras para a Gramática. Lev Vygotsky “O teórico do ensino como processo social” O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há 70 anos, sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre o desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuia um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. Segundo Vygotsky,apenas as funções psicológicas elementares se caracterizam como reflexos. Os processos psicológicos mais complexos ou funções psicológicas superiores, que diferenciam os humanos dos outros animais só se formam e se desenvol- vem pelo aprendizado. Entre as funções complexas se encon- tram a consciência e o discernimento. Outro conceito chave da Vygotsky é a mediação. Segundo a teoria Vygotskiana, toda a relação do indivíduo com o mundo é feita por meio de instrumentos técnicos – como por exemplo, as ferramentas agrícolas que transformam a natureza e da lingua gem – que traz consigo conceitos consolidados da cultura ao qual pertence o sujeito. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completa- mente, “puxando” dela um novo conhecimento. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. Jean Piaget “O biólogo que pôs o aprendizado no microscópio” Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética, isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista. Segundo Piaget há quatro estágios básicos do desenvolvi- mento cognitivo: Sensório-motor, vai até os dois anos. Nesta fase as crian- ças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. Pré- operacional, vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo´por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa. O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número. Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a entrada na idade adulta em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimenta ção mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.
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