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APOL II SEGUNDA TENTATIVA

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APOL II – SEGUNDA TENTATIVA
Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Em 1990 teve início a Virada Ideacional, uma forma crítica às teorias institucionalistas de ciência política que não consideravam o poder das ideias nas suas análises sobre os processos políticos. Keohane e Goldstein (1993 apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 105) foram importantes autores desse movimento ao contribuírem com uma classificação das ideias em três grupos: visões de mundo, crenças de princípio e crenças casuais. Por essa visão, as histórias não poderiam ser vistas como forma de solução para os problemas de escolha durante três momentos: no momento em que as crenças ou princípios auxiliam os atores a ter maior clareza; o momento em que as ideias auxiliam no consenso e; quando as ideias se institucionalizam e passam a fazer parte das instituições públicas.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: Perspectivas Cognitivas e a APE.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que discutem as premissas da teoria da interdependência complexa, e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Para os modelos cognitivos, a análise da política externa não pode considerar apenas os aspectos concretos do processo de tomada de decisão, uma vez que este também envolve os processos cognitivos dos atores na formulação da decisão.
II. Para as abordagens cognitivas é preciso olhar para a política internacional do mesmo modo que os decisores o fazem. Assim, a compreensão do processo de raciocínio dos decisores internacionais configura-se em um aspecto central desse tipo de análise.
III. As análises cognitivas da política externa podem ser consideradas irracionais, uma vez que se concentram unicamente nas emoções dos decisores e não levam em conta os seus cálculos racionais.
IV. A observação das crenças dos decisores e o favoritismo motivado são aspectos considerados por análises cognitivas.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
C	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
D	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
A resposta correta é aquela que indica que apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. A afirmação I está correta porque os modelos cognitivos apresentam uma visão de que, nem toda a suposição, ou modelos previstos pelos atores são necessariamente realizados. Considerando essa situação, a análise sobre política externa não poderia se resumir a somente o campo concreto de acontecimentos, mas também ao campo cognitivo, ou seja, o processo mental do decisor público. A afirmação II está correta porque parte da justificativa para esse tipo de abordagem pode ser vista na fala de Harold e Margaret (1956) que argumentam que uma das formas de compreender a dinâmica internacional, é olhar para o cenário externo da mesma forma que os decisores olham. Para isso, logicamente, teria de se compreender seu processo de raciocínio (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 100). A afirmação III está incorreta porque essa abordagem não deve ser vista como um modelo irracional, mas sim como uma interpretação de como a mente humana funcionaria. Os aspectos cognitivos não se resumem somente ao âmbito não físico das ideias, mas também adicionaria às suas discussões pontos como os custos de informação, o tempo, ambiguidade entre outros fatores. A afirmação IV está correta porque não há como explicar as decisões dos atores sem compreender suas crenças, sendo essa variável importante na compreensão de decisões que falham. Além disso, outro ponto que pode ser trabalhado na abordagem cognitiva é o de favoritismo motivado. Essa visão trata sobre como o favoritismo pode ocorrer tanto por necessidades psicológicas, quanto pelo fato de determinada alternativa estar em harmonia com alguma crença já existente. Seria a partir da interpretação das crenças e fatos que se teria uma outra ferramenta de compreensão do mundo.
Você acertou!
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: Perspectivas Cognitivas e a APE.
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
 
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“No fim, cada líder acreditava que o que fazia era no interesse da nação – e provavelmente também no seu próprio interesse, embora nem todos os seus auxiliares concordassem. Entretanto, sem o acordo da Cúpula os líderes provavelmente não teriam alterado (ou não poderiam alterar) as políticas econômicas tão facilmente. Nesse sentido, o acordo de Bonn combinou com sucesso as pressões domésticas e as internacionais. Nem uma análise puramente doméstica nem uma puramente internacional poderia abordar esse episódio [...] Os eventos de 1978 ilustram que, em vez dessas análises parciais, devemos voltar a atenção para teorias de “equilíbrio geral” que deem conta simultaneamente das interações de fatores domésticos e internacionais. Este artigo sugere uma estrutura conceitual para entender-se como a diplomacia e a política doméstica interagem.
Fonte: PUTNAM, Robert D. Diplomacia e política doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis. Revista Sociologia e Política. 2010, vol.18, n.36, pp.147-174, p. 149. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/10.pdf>.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, um dos conceitos centrais da teoria de Putnam para entender o processo decisório:  
Nota: 10.0
A	O conceito soft power é central para a teoria de Putnam e significa poder brando.
B	O conceito winset é central para a teoria de Putnam e significa conjunto de vitórias.
Você acertou!
Outra contribuição de Putnam para compreender os processos de decisão e negociações é o de winset. O winset seria o apoio que o governo teria proveniente do nível um para o nível dois deve ser visto como um conjunto de vitórias. O número de vitórias influenciaria o sucesso estatal em relação aos acordos pretendidos no nível dois. Um grande número de vitórias contribuiria positivamente para o alcance desses acordos (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 79).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: Jogos de Dois Níveis.
C	O conceito self help é central para a teoria de Putnam e significa tendência a autoajuda.
D	O conceito path dependence é central para a teoria de Putnam e significa dependência de trajetória.
E	O conceito problem solving é central para a teoria de Putnam e significa resolução de problemas.
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Hill (2003, p. 86) destaca que a teoria da política burocrática traz duas consequências para a compreensão da política externa: (1) reforça a relevância das variáveis domésticas, oferecendo novas alternativas teóricas às correntes realista e neorrealista das RI e; (2) retrata os tomadores de decisão não como atores que agem em nome do interesse público, mas, sim, como agentes que possuem agendas específicas. Hill (2003, p. 86) destaca, entretanto, que, não obstante a teoria da política burocrática ressaltar variáveis relevantes para a compreensão da política externa, ela traz, também, complicadores para a análise”.
Fonte: KEMER, Thaíse. A Análise de Política Externa no caso da atuação do Brasil para a construção da paz na Guiné-Bissau (2003-2016). Trabalho apresentado no Workshop do NEPRI – UFPR. Curitiba. Pág. da citação 8. 2018. Disponível em: <http://www.humanas.ufpr.br/portal/nepri/files/2012/04/A-An%C3%A1lise-de-Pol%C3%ADtica-Externa-no-caso-da-atua%C3%A7%C3%A3o-do-Brasil-para-a-promo%C3%A7%C3%A3o-da-Paz-na-Guin%C3%A9-Bissau_2003-2016.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Hill compreendia a relaçãoentre o nível internacional e doméstico dentro das Análises de Política Externa: 
Nota: 10.0
A	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos de nível doméstico em conjunto com os de nível internacional, de modo que possam também ser percebidos como os interesses de agentes domésticos podem impactar nas decisões na esfera internacional.
Você acertou!
Hill (2003, p. 37) defende a política externa como sendo uma análise que não deve negligenciar a estrutura doméstica, sendo necessária a análise desse nível em conjunto com o nível internacional já que, para Hill, sem a política doméstica não existiria a política externa. A política externa não poderia ser observada e analisada como um jogo de xadrez, onde as regras já teriam sido determinadas antes mesmo do início do jogo com somente um decisor. Ou seja, não seria adequado interpretar a política externa como um aparato tão inflexível, mas sim considerar também as influências que ocorrem e partem de fora do âmbito internacional. A relação de um nível com o outro seria como uma linha contínua, e não paralela de divisão, não havendo necessariamente um posicionamento individual de cada uma delas. A análise conjunta de ambos os níveis auxiliaria não somente na verificação de até que ponto a sociedade interfere nas decisões externas, mas também na compreensão das decisões que estão sendo tomadas para o cumprimento dos anseios dos grupos presentes no campo doméstico.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Papel das estruturas domésticas na Política Externa; 4.1: O processo de influência doméstica na definição da política externa.
B	A Análise de Política Externa deve considerar os elementos presentes no nível do doméstico como variáveis decisórias anteriores ao processo de tomada de decisão no nível internacional, já que envolvem leis.
C	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos do nível internacional como sendo elementos anteriores e hierarquicamente mais importantes que os do nível doméstico, uma vez que envolvem atores mais poderosos.
D	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos do nível doméstico e internacional como duas linhas de análise paralelas que, por mais que não se encontrem, apresentam elementos de estudo importantes.
E	A Análise de Política Externa deve considerar os elementos domésticos apenas quando há um número significativo de atores da sociedade civil participando do processo decisório sobre a política externa.  
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leio o texto abaixo:
“Aproveitando a discussão sobre as unidades de decisão, é relevante citar a visão de Neak (2006 apud Hebling, 2014, p. 13) sobre os diferentes níveis que executam influência na decisão política. Como abordado desde a Aula 1, as influências seriam não somente provenientes do nível governamental, mas também social. Neak observa o nível governamental como sendo uma menção ao sistema político, assim como de seu regime e até mesmo sua divisão de poder. Seria nesse grupo onde estariam contidas as questões relacionadas as burocracias atreladas ao governo. Já no segundo grupo, o social, existirá uma discussão sobre as questões de economia, cultura, história entre outros temas relacionados; seria de onde preveniriam as influências de grupos sociais, grupos de interesse, em geral, e até mesmo da mídia”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Diferentes unidades de decisão em política externa.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os três aspectos a partir dos quais os atores, que influenciam o processo decisório, pautam as suas ações: 
 
Nota: 10.0
A	A estrutura do aparato de defesa do país; a lógica de funcionamento da burocracia nacional; o sistema ideológico.
B	O nível de desenvolvimento industrial do país; a estrutura comercial do país; e o mercado financeiro.
C	As divisões regionais do país, a estrutura social interna; e a distribuição da população.
D	Os Índice de Gini do país, as parcerias comerciais desse país; e a estrutura política.
E	O tamanho do país; o sistema econômico do país; e o sistema político.
Você acertou!
Os atores teriam suas ações pautadas em três pontos: o tamanho do país; o sistema econômico do país e; o sistema político. Em relação ao primeiro, ao do tamanho do país, se consideraria a relação tamanho x população; já em relação ao sistema econômico o cálculo partiria de uma análise a partir do PIB; e, por último, no sistema político, o mesmo poderia ser observado como sendo aberto ou fechado (Rosenau, 1996 apud Hebling, 2014, p. 14).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Diferentes unidades de decisão em política externa.
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
A atual discussão sobre as vantagens e desvantagens dos diversos métodos de pesquisa social desenvolvidos na área da saúde requer um exame muito atento acerca de alguns problemas relacionados à integração entre as perspectivas qualitativa e quantitativa. O debate e a contraposição frequentemente registrada entre as duas abordagens não são novos, nem exclusivos do campo das ciências sociais aplicadas à saúde. A discussão vem se desenvolvendo desde a fundação das ciências sociais, e precisamente desde a análise durkheimiana do suicídio. As correntes positivistas e neopositivistas definem como científicas somente as pesquisas baseadas na observação de dados da experiência e que utilizam instrumentos de mensuração sofisticados. Por isso, afirmam que os métodos qualitativos não originam resultados confiáveis. Por outra parte, os teóricos qualitativistas sustentam que os quantitativistas, na medida que não se colocam no lugar do sujeito, não realizam investigações válidas.
Fonte: SERAPIONI, Mauro. Métodos qualitativos e quantitativos na pesquisa social em saúde: algumas estratégias para a integração. Ciênc. saúde coletiva vol.5 no.1 Rio de Janeiro 2000. p. 188. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/csc/v5n1/7089.pdf>
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que tratam as diferenças entre métodos qualitativos e quantitativos nas análises comparadas:
I. Em uma análise comparada é muito importante que se leve em conta quais são as variáveis da pesquisa no momento de escolha do método a ser utilizado – qualitativo ou quantitativo
PORQUE
II. em uma pesquisa existem variáveis independentes, responsáveis por exercer influência nas demais variáveis da pesquisa, e as dependentes, que sofrem a influência dessas variáveis independentes.
Avalie as assertivas acima e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
A	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
B	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
C	A asserção II é uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
D	As asserções I e II são proposições falsas
E	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Você acertou!
A resposta correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas que a II não é uma justificativa da I. Como vimos no decorrer da disciplina, a afirmação I está correta porque o processo de escolha da ferramenta de pesquisa (quali ou quanti) no método comparativo deve considerar as variáveis que serão analisadas. A afirmação II está correta, porque temos as variáveis independentes e dependentes. As varáveis independentes são aquelas que de alguma forma influenciam outras variáveis, enquanto as variáveis dependentes são as que sofrem influência. Todavia, a afirmação II não é uma justifica da I, uma vez que ela não explica por que se deve levar em conta as variáveisno momento da seleção da técnica de pesquisa. Ela apenas apresenta quais são os tipos de variáveis que fazem parte da pesquisa científica.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: O método quantitativo e qualitativo na análise comparada.
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“Nesta altura da história, no declínio do século XX e limiar do XXI, as ciências sociais se defrontam com um desafio epistemológico novo. O seu objeto transforma-se de modo visível, em amplas proporções e, sob certos aspectos, espetacularmente. Pela primeira vez, são desafiadas a pensar o mundo como uma sociedade global. As relações, os processos e as estruturas econômicas, políticas, demográficas, geográficas, históricas, culturais e sociais, que se desenvolvem em escala mundial, adquirem preeminência sobre as relações, processos e estruturas que se desenvolvem em escala nacional”
Fonte: IANNI, Octavio. Globalização: Novo paradigma das ciências sociais. Estudos Avançados. vol.8 no.21 São Paulo May/Aug. 1994, p. 147. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/ea/v8n21/09.pdf>.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que abordam os efeitos do processo de globalização para as políticas dos Estados:
I. O avanço do processo de globalização e o consequente aumento da interdependência entre os Estados estabeleceu novas dinâmicas interacionais entre os Estados, tornando a adesão ao comércio internacional um aspecto essencial da política internacional
PORQUE
II. com o aprofundamento da globalização, a participação dos Estados no comércio internacional e em organizações internacionais, concentradas nos assuntos econômicos, converteu-se em um ótimo mecanismo político para a garantia dos seus interesses e necessidades.
Avalie as assertivas acima e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
A	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A assertiva I está correta porque, como foi possível observar no decorrer da disciplina, o avanço da globalização e da interdependência em cenário internacional criou uma nova dinâmica para os Estados. Assim, fazer parte do mercado internacional não era mais uma questão de escolha, mas sim de necessidade. A assertiva II está correta porque a adesão ao comércio internacional, de organizações internacionais entre diversos grupos sobre o tema econômico passou também a ser uma forma do Estado garantir seus interesses. Por fim, a assertiva II é uma justificativa da primeira, uma vez que ao dizer que a participação dos Estados no comércio internacional e nas suas instituições é um mecanismo para a garantia dos seus interesses e necessidades ela está justificando de o porquê, com o avanço da globalização, os Estados terem que aderir ao comércio internacional.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Política Externa Chinesa após a Reforma Econômica de 1978.
B	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
C	A asserção II é uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
D	As asserções I e II são proposições falsas
E	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leio o texto a seguir:
“A crise dos mísseis em Cuba, que ocorreu durante a Guerra Fria, levantou diversas questões sobre o comportamento dos Estados nas relações internacionais e o processo de tomada de decisão na política externa. Um dos autores que decidiu tentar responder a essas questões foi Graham Allison (1971), que propôs três modelos de tomada de decisão que poderiam ser aplicados com o intuito de compreender o que culmina nas ações estatais”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Modelos de Allison.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são os três modelos de análise propostos por Graham Allison:
Nota: 10.0
A	Modelo do nível político-nacional; modelo do nível político-internacional; e modelo dos dois níveis políticos.
B	Modelo do ator racional; modelo do comportamento organizacional; e modelo de política governamental.
Você acertou!
O primeiro modelo de Allisson é o modelo de ator racional e observa as decisões tomadas como sendo as mais otimizadas para a situação presenciada (Bignetti, 2009, p. 72). Na visão racional (ou tradicional), se obtêm a concepção de escolha por parte do decisor público. Ou seja, “os acontecimentos são concebidos como ações escolhidas pelos atores” (Fachin, Silva, p. 244). A escolha da ação a ser tomada ocorreria a partir de um grupo de variáveis a serem calculadas, como objetivos e valores. O segundo modelo, o de comportamento organizacional, observa o Estado a partir das lentes de que ele não é individual, mas sim um conjunto de diversas outras instituições. Por essa visão, o governo, em determinado momento, seria a representação de um conjunto específico de instituições, e suas ações nesse período irão ocorrer de acordo as escolhas dessas instituições. O terceiro e último modelo é o de política governamental. Têm-se nessa perspectiva da “ação governamental como resultante política” (Bignetti, 2009, p. 74). Ou seja, as ações governamentais se caracterizam como resultados de negociações, conflitos entre outras dinâmicas entre os atores.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Modelos de Allison.
C	Modelo de bases marxistas; modelo de base neoliberal; e modelo de base sociológica.
D	Modelo individualista; modelo comportamentalista; e modelo das coletividades sociais.
E	Modelo étnico-culturalista; modelo racional-legal; modelo político-econômico.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“De acordo com os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina de Análise de Política Externa, pode-se observar que, de acordo com Sartori (1997 apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 118), “comparar é controlar”. Ressalta-se aqui que esse controle pode estar dividido a partir de quatro métodos diferentes”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O papel do modelo Análise Comparada.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os quatro tipos de métodos comparados:
Nota: 10.0
A	Método naturalista; método sociológico; método antropológico; e método geográfico.
B	Método dialógico; método cognitivo; método historiográfico; e método assimilacionista.
C	Método experimental; método estatístico; método histórico; e método comparativo.
Você acertou!
Na disciplina de Análise de Política Externa estudamos que a análise comparada da política externa pode ser realizada a partir do método experimental, do método estatístico, do método histórico e do método comparativo.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O papel do modelo Análise Comparada.
D	Método discursivo; método materialista; método estruturalista; e método individualista.
E	Método comportamentalista; método assimétrico; método genealógico; e método realista.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Considere-se o seguinte cenário estilizado que pode ser aplicado a qualquer jogo de dois níveis. Negociadores que representam duas organizações encontram-se para buscar um acordo entre si, sujeitos à limitação de que qualquer acordoprovisório precisa ser ratificado pelas respectivas organizações. Os negociadores podem ser, por exemplo, chefes de governo, representantes dos trabalhadores e dos empresários, líderes partidários de uma coalizão política, um ministro das finanças negociando com uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI), líderes de um comitê misto da Câmara dos Deputados-Senado ou líderes de grupos étnicos de uma democracia consociativista. Por enquanto, devemos presumir que cada lado é representado por um único líder ou “negociador-chefe” e que esse indivíduo não tem preferências políticas independentes, mas que busca simplesmente encontrar um entendimento que será atrativo para suas bases”.
Fonte: PUTNAM, Robert D. Diplomacia e política doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis. Revista Sociologia e Política. 2010, vol.18, n.36, pp. 147-174, p. 153. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/10.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que analisa, corretamente, a teoria dos jogos de dois níveis elaborada por Robert Putnam:
Nota: 10.0
A	Para Putnam, a análise da tomada de decisão em política externa se volta, primeiramente, ao âmbito interno e, posteriormente, se direciona ao cenário internacional. Essa ordem é necessária para compreender o processo de aprovação das decisões pela sociedade civil.
B	Para Putnam, o processo decisório dos Estados nas relações internacionais pode ser apreendido a partir da observação das decisões, ações e interações entre diferentes atores tanto no nível doméstico, como no nível internacional.
Você acertou!
Putnam (1988 apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 78) estabelece uma outra visão sobre o processo de decisão externa dos Estados. Segundo o autor, as decisões de relações internacionais dos Estados poderiam ser observadas a partir da ótica de jogos de dois níveis. No nível doméstico existiriam grupos de pressão, incluindo os stakeholders e grupos sociais, por exemplo, que executariam influência sobre o governo. As ações governamentais em ambiente internacional seguiriam a intenção de alcançar a demanda desses grupos. A imagem sobre esses níveis poderia ser a mesma de um tabuleiro, onde ocorreria alteração das peças em cada nível. Ou seja, existiria o primeiro estágio, no qual os líderes agiriam no cenário externo de forma a alcançar a acordos não permanentes. No segundo estágio a dinâmica se daria no cenário doméstico, onde o governo iria atrás de apoio dos grupos internos para alcançar a ratificação de suas ações. A ordem dos grupos não se daria sempre dessa forma, sendo usual observar o nível dois ocorrendo antes do nível um. No entanto, é importante notar que Putnam defende uma visão sobre os jogos de dois níveis que nega a existência de qualquer hierarquia entre esses níveis. Ou seja, no ambiente externo os grupos exerceriam sua influência e opinião sobre os processos de decisão externa estatais, mas o próprio nível internacional também acabaria influenciando o nível doméstico, o que Putnam chamou de “linkage cinérgeticos” (Figueira, 2009, p. 32).
 
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: Jogos de Dois Níveis.
C	Para Putnam, a política externa de um país pode ser compreendida a partir da política supranacional e nacional. Isto é, por meio da análise das suas interações com as Organizações Internacionais e, posteriormente, pela observação das suas relações com outros Estados.
D	Para Putnam, o processo decisório de um Estado pode ser analisado tendo em conta as suas interações com o meio externo e com o ambiente político regional, de modo que se considere como as características de uma determinada região influi no ambiente internacional.
E	Para Putnam, a análise da tomada de decisão em política externa deve começar obrigatoriamente no âmbito externo e, somente após observar a ratificação da decisão em tratados internacionais, deve-se proceder a observação do ambiente doméstico.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“As unidades de decisão, pela visão de Charles Hermann, Margareth Hermann e Hagan (1987 apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 84) seriam os tomadores de decisão que teriam responsabilidade sobre o rumo que a política externa de determinado país tomará. A análise sobre as unidades de decisão seria feita como forma de responder a duas questões: que tipo de atores tomam as decisões, e quais os efeitos das unidades de decisão na política externa”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Diferentes unidades de decisão em política externa.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações sobre as unidades de decisão e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. As unidades de decisão foram divididas em três grupos distintos, sendo eles o do líder que é predominante; o grupo único; e a coalizão de atores autônomos.
II. O grupo do líder dominante se refere àquele grupo cujo líder possui a capacidade de exercer pressão sobre qualquer grupo opositor.
III. O grupo único é marcado pela coesão interna e pelo fato de que todos os seus integrantes devem participar dos processos decisórios.
IV. A coalizão de atores autônomos é demarcada pela inexistência de coesão interna e pelo excesso de discordância entre os múltiplos atores que participam do processo. Em consequência, eles tendem a perder capacidade decisória.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
B	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
C	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
D	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
A alternativa correta é aquela que indica que apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
 
A resposta correta é aquela que indica que apenas as afirmações I, II e III estão corretas. A afirmação I está correta porque as unidades de decisão se dividiriam em três grupos: o do líder que é predominante; o grupo único; e a coalizão de atores autônomos. O líder de todas essas unidades poderia ser visto como aquele que apresenta capacidade de decisão individual. Um exemplo a ser considerado é o de presidentes. A afirmação II está correta porque o grupo de líder predominante é um grupo onde o líder teria a capacidade de exercer pressão sobre qualquer oposição a ele, ocorrendo a opressão daqueles contrários ao líder. Nesse caso, o líder pode ser caracterizado de duas formas: sensível ou insensível. O líder sensível tende a tomar atitudes amparadas nos conceitos de diplomacia e cooperação, enquanto o líder insensível se fecharia a qualquer tipo de intervenção externa a si. A afirmação III está correta porque no caso do grupo único todos os membros do grupo apresentariam uma ação única. Há coesão e todos devem participar do processo de decisão. A afirmação IV está incorreta porque o grupo de múltiplos atores autônomos apresenta uma característica peculiar. Nesse caso, é um grande grupo composto por diversos grupos separados, agindo de forma conjunta, mas sem existir uma dinâmica hierárquica entre eles. Nesse grupo, no entanto, a competição por recursos seria uma realidade, e as políticas domésticas acabariam sendo vistas por uma ótica de maior importância do que as políticas externas (Hebling, 2014, p. 12-13).
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Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Diferentes unidades de decisão em política externa.

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