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PRATICA SIMULADA TRABALHO - CASO 4 - INICIAL

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CASO CONCRETO 4 – INGRID PEREIRA DO NASCIMENTO - 201602567859
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP
MARINA RIBEIRO, brasileira, casada, desempregada, filha de LAURA SANTOS, portadora do RG nº 855, inscrita no CPF/MF sob o º 909, com CTPS nº _____ e Série º____, PIS nº ____, residente e domiciliado no endereço Rua Coronel Saturnino, casa 28, São Paulo/SP, CEP: 4444, com endereço eletrônico _____, vem, por meio de seu advogado infra-assinado (procuração anexa), inscrito na OAB/xx sob o º ___, com endereço professional em _____, CEP: ____, com endereço eletrônico _____, onde recebe intimações, com fulcro no art. 840, § 1º da CLT c/c art. 319 do CPC, aplicado subsidiariamente e supletivamente ao Processo do Trabalho, por força do art. 769 da CLT e 15 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
COM PEDIDO LIMINAR
PELO RITO ORDINÁRIO, em face à MALHARIA FINA LTDA., pessoa jurídica do direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _____, com sede em _________, localizado na capital paulista, CEP: _________, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I. DO PEDIDO LIMINAR
 Haja vista que a reclamante se encontra em pleno gozo de mandato, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2015 para um mandato de 2 anos, como dirigente sindical do sindicato de sua categoria, não poderia ter sido demitida neste período pelo que preconiza o artigo Art. 8º, inciso VIII, da CF/88.
Assim, fica evidente a necessidade de retorno imediato da Reclamante a sua função laboral na empresa demandada, o mais rápido possível com o “periculum in mora”, e a evidencia fática da presunção de veracidade deste direito de acordo com o “fumus boni iuris”, em plena conformidade com o artigo 300 do CPC e do Art. 659, inciso X, da CLT.
II. DOS FATOS
A Reclamante encontra-se desempregada atualmente, porém, atuava na empresa da Reclamada recebendo um salário mínimo mensal.
A reclamante é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2019 para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por e-mail, conforme anexo. 
Recebeu uniforme e EPI da empresa, jamais sofrendo descontos no seu salário em razão disso. Recebia, também, alimentação (almoço e lanche), em pecúnia, e trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e aos sábados, das 8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para trocar o uniforme, conforme determinação da empresa. 
A Reclamante recebeu a participação proporcional nos lucros de 2016 e integral em 2017 e 2018.
A Reclamante tem três filhos saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento em anexo e no ano de 2018, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Já em 2019, foi descontada em três dias, quando se ausentou para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera em acidente de trânsito.
Por ocasião do exame demissional, o setor médico da empresa informou que Marina estava apta para a dispensa. Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o lançamento de crédito de um salário mínimo e de duas cotas de salário-família, além de descontos de INSS, do vale-transporte, da contribuição assistencial e da confederativa. 
A reclamante informa que já ajuizou uma ação anteriormente, a qual foi arquivada.
III. DOS PEDIDOS
Cumpre-nos destacar que no lançamento dos contracheques da Reclamante, deveria ser lançado também o crédito referente à contabilização e integração do auxílio alimentação junto com as demais verbas para todos os fins e cálculos
Tal medida, torna-se justificável legalmente pela força do artigo 458, caput ou §3º, da CLT e a Súmula 241 do TST.
III.a) DAS HORAS EXTRAS
Em continuidade cumpre-nos destacar a necessidade de pedir, em detrimento da demandada, de acordo com a veracidade dos fatos narrados, o cálculo de hora extra adicionada de 50% de seu valor, o tempo de 20 minutos despendido pela Reclamante após a jornada normal de trabalho, na troca de uniforme, alimentação e higiene pessoal, pois, tal intervalo vem a se materializar como: tempo à disposição do empregador (patrão) ou empresa, conforme a Súmula 366 do TST, Art. 4º da CLT ou Art. 58, § 1º da CLT.
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. 1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. "Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do TEM" (OJ 173, II, da SBDI-1/TST). Óbice do art. 896, § 7º, da CLT. 2. HORAS EXTRAS. TEMPO À DISPOSIÇÃO. MINUTOS RESIDUAIS. DESLOCAMENTO INTERNO. Nos termos da Súmula 366 do TST, "não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc)". 3. INTERVALO INTRAJORNADA. ÔNUS DA PROVA. 3.1. A valoração da prova constitui prerrogativa do julgador, pelo princípio da persuasão racional (art. 371 do CPC). Assim, não há que se falar em equívoco quanto às regras de distribuição do ônus da prova, quando o julgador, confrontando o acervo instrutório dos autos, reputa comprovados os fatos constitutivos do direito postulado. 3.2. A decisão regional está em conformidade com a Súmula 437, I, do TST, não merecendo processamento o recurso de revista (Súmula 333 do TST e art. 896, § 7º, da CLT). 4. INTERVALO INTERJORNADAS. DESCUMPRIMENTO. A presente ação envolve relação de emprego havida antes da Lei nº 13.467/2017, razão pela qual, para o caso, aplica-se o entendimento consolidado na Orientação Jurisprudencial nº 355 da SBDI-1/TST, no sentido de que "o desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional". 5. CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA. DEVOLUÇÃO DOS DESCONTOS EFETUADOS PELO EMPREGADOR. "A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX, e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados". Inteligência do Precedente Normativo 119/SDC/TST. 6. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 6.1. Esta Turma entende ser possível a condenação da parte autora ao pagamento de honorários sucumbenciais, em razão da nova sistemática processual estabelecida pelo art. 791-A da CLT. 6.2. Contudo, delineado no acórdão que o autor "não foi sucumbente em relação aos pedidos", a reforma da decisão encontra óbice na Súmula 126/TST. Agravo de instrumento conhecido e desprovido" (AIRR-63-08.2018.5.23.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 08/05/2020).
Dessa forma, requer o pagamento de horas extras pelo Intervalo interjornada, pois inobservado o intervalo mínimo entre a jornada de sexta-feira e sábado, conforme Art. 66 da CLT, OJ 355 do TST ou Art. 382 da CLT, eis que nesta ocasião, deveria ter sido respeitado o períodode no mínimo 11 horas de descansos entre as jornadas laborais de sextas-feiras e sábados.
III.c) ADICIONAL NOTURNO
		No mais, o Reclamante exercia suas funções a partir das 22h, materializando-se na presente demanda, o direito de requerer o pagamento do adicional noturno sobre a jornada realizada após 22:00h de 2ª a 6ª feira, nesta temática, vejamos o que preconiza o Art. 73, caput e § 2º, da CLT.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
A doutrina e jurisprudência majoritária adotam o cabimento da hora extra noturna, existindo, inclusive, entendimento jurisprudencial sedimentado no enunciado 60 do C. TST, bem como na Orientação Jurisprudencial n. 97 do SDI do C. TST:
OJ-97-SDI1- HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno.
A Ilustre Professora Claudia Salles Vilela Vianna, entendendo pelo cabimento da hora extra noturna, elucida a forma de cálculo nos seguintes termos:
I – aplicar o percentual noturno sobre o salário-hora do empregado (20% sobre o salário contratual horário do empregado);
II – somar o valor encontrado (adicional noturno) ao salário hora do empregado, encontrando-se, assim, a base de cálculo (hora noturna);
III – aplicar sobre a hora noturna o percentual de hora extra (no mínimo 50%). (PAG 428)
 Não obstante a matéria sumulada, a Doutrinadora anteriormente citada informa:
“Entretanto, apesar de ser este o entendimento dominante, existe decisão contrária, a respeito, no sentido de que as horas extras após a 5 horas da manhã devem ser remuneradas sem o respectivo adicional, por não estarem compreendidas dentro do horário noturno.
 Como já explanado demonstrado, a Reclamante trabalhou de segunda a sexta, até as 22:30, devendo receber o adicional noturno.
IV. DO DESCONTO INDEVIDO
A empresa demandada, também está com a responsabilidade de restituir um dos dias nos quais comprovadamente a Reclamante doou sangue, conforme o Art. 473, inciso IV, da CLT.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: V - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
Ocorre que, a empresa em 2016 descontou 2 dias de trabalho pela falta, o que não poderia, devendo ter descontado apenas 01 dia.
Assim, a reclamada deverá restituir a Reclamante por 01 dia indevidamente descontado.
V. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários advocatícios a serem fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença.
VI. GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A reclamante afirma ser beneficiária da gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e 99 do CPC c/c § 3º do art. 790, CLT, não tendo condições de arcar com o pagamento das custas e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua família.
VII. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, vem requerer:
a) A citação da reclamada para apresentar contestação, se for do interesse, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
b) O deferimento do benefício de justiça gratuita;
c) A concessão da tutela de urgência para reintegração imediata do trabalhador;
d) Requer que seja julgada procedente a ação, a fim de reconhecer o pagamento das verbas rescisórias, quais seja: horas extras, horas extras pelo intervalo entre jornadas, adicional noturno, devolução do valor descontado pela empresa em 1 dia de trabalho, justificado pela doação de sangue; o pagamento da diferença salarial no período de substituição, de 90 dias.
e) Honorários advocatícios.
VIII. DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o depoimento pessoal da reclamada, documental e testemunhal
IX. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ xxx.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, xx de xxxx de xxx.
ADVOGADO
OAB/UF XXXX
ROL DAS TESTEMUNHAS:
a)Hugo Xxxx Xxxx; telefone: (XX) XXXXX- XXXX; rua: XXX XXXXX, CEP XXXX.

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