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DISCIPLINA: História da Educação (RAE)
	
	MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
 VIVIANE MARQUES DA SILVA
DISCIPLINA: História da Educação (RAE)
DOURADOS
2020 
 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA
 
O período da idade modernidade foi um período histórico que se iniciou ao final do século XV, que teve um grande marco ao revolucionar os costumes, princípios, valores, de ordens econômica, política, social e cultural que era fortemente no período anterior, a Idade Média. 
Modernidade, trouce a separação da sociedade de ordens, que tirava a liberdade individuais; laicismo política, econômica e cultural, ou laicidade é um princípio político que rejeita a influência da Igreja na esfera pública do Estado, considerando que os assuntos religiosos devem pertencer somente à esfera privada do indivíduo. Através deles foi iniciada a formação dos Estados Nacionais, a abertura do comércio, a valorização da autonomia e da capacidade humana; com tudo ocorre o desenvolvimento das cidades surgindo assim uma nova classe social a burguesia que gerou uma revolução na pedagogia e na educação.
Com novos valores sociais, eles perceberam a necessidade de renovar e mudar a formação, tornando-a capaz de formar indivíduos socialmente ativos, que não se reprimiam diante dos princípios antigos e religiosos, mas sim uma educação que os tornassem ciente dos vastos níveis de desenvolvimento físico, moral e social do ser humano. Porém a modernidade passa por uma dura discordância entre os valores de liberdade e os valores medievais se colidem com um governo que visa moldar a sociedade segundo um padrão de comportamento. Essa busca pela autonomia confronta o ideal de conformação que se impõe o controle social. Ao tornar o Estado uma instituição central, permite-se que ele crie outras instituições como escolas, asilos, hospitais tendo, a família idealizada, prisões, por meio das quais se estabelecerão a ordem, a disciplina, os comportamentos objetivados e o controle social se estenderá. 
O centro motor de todo este complexo projeto de pedagogização da sociedade, de reorganização e de controle, de produção de comportamentos integrados aos fins globais da vida social é o Estado: o Estado moderno, entendido como poder exercido por um centro, segundo um modelo de eficiência racional e produtiva, em aberto contraste com o exercício de outros poderes (eclesiástico, aristocrático) e com a sobrevivência da desordem dos marginalizados (pobres, criminosos etc.). O pêndulo desse centro é o rei, figura burocrática, mas ainda sacralizada, que exerce uma indiscutível hegemonia, funcional para o crescimento de um Estado absoluto e centralizado. (CAMBI, 1999, p. 201).
Tendo a escola e a família como instituições fundamentais as encarrega a formar e cuidar dos indivíduos, e não mais apenas do crescimento evolutivo e instrução formal, mais sim de uma formação pessoal e social, tendo a sua principal fase durante a infância e a adolescência.
O período medieval, e a Idade Moderna apresentavam diferenças importantes sobre a família e a escola.
[...] a família era mais ampla e dispersa, composta de muitos núcleos, dirigida pelo pai (herdeiro do pater familias latino) e submetida à sua autoridade, organizada como uma microempresa, mais como um núcleo econômico do que como um centro de afetos e de investimento social sobre as jovens gerações; a escola era sobretudo religiosa, ligada aos mosteiros e às catedrais, não organicamente definida na sua estrutura, nas suas regras e na sua função, não articulada por ‘classes de idade’ e ligada a uma didática pouco específica e pouco consciente. Com o advento da Modernidade, família e escola sofrem uma profunda renovação. (CAMBI, 1999, p.204).
Novos comportamentos familiares se estabelecerão devido ao novo interesse sobre si mesmo e à decadência do compromisso da linhagem. Busca-se preservar a saúde, a vida, a personalidade, pois “meu corpo é meu”, porém perpetua-se a vida pelo nascimento dos filhos. Daí nasce a preocupação dos pais sobre a criança em amá-la como ela é.
Esse novo sentimento da infância que se inicia na cidade do século XV proporciona o surgimento da “família moderna”, nuclear, reduzida ao casal e aos filhos, diminuindo o elo com a ancestralidade. Como consequência dessa nova relação entre pais e filhos, teremos crianças mais espertas, maduras, livres, esse fato incentivou a crítica dos moralistas do século XVII, que falava em relação, mas à superproteção e mimo diante dos filhos, que acarretarão numa criança e num adulto de maus hábitos. Fazendo assim com que a Igreja e o Estado retomassem a educação pública tomados pelo desejo de controlar a sociedade segundo seus interesses, e rapidamente receberam o apoio dos próprios pais que se justificam pela importância dada na educação pela Razão. Além disso novos conhecimentos pelos professores favorece a ampliação do saber da criança, assim como o individualismo acrescentou nas relações sociais.
Gélis (1994) aponta que a ocorrência de um sentimento da infância não é resultado apenas de modificações familiares; resulta também de preocupações políticas e religiosas em preservar a infância, sendo estas últimas responsáveis pela criação de modelos de santidade infantil que valorizassem o indivíduo. No entanto, no mesmo período essa representação infantil divina é contrariada pelo ideal de “criança prodígio”, apoiando-se na criança laica, a qual se desenvolve na vida terra outro importante ponto diz respeito à mudança é a indiferença ao interesse pela infância, mudança esta que na realidade não ocorre, mas sim a sobreposição de uma atitude sobre a outra, conforme o momento sócio histórico. 
Na Idade Moderna, temos o sentimento da infância como resultado de grandes modificações de ordens social, política, religiosa: à família de linhagem sucede a família nuclear; passa-se de uma educação pública – no sentido de coletividade – e privada – desempenhada pelos pais –, a uma educação pública escolar apoiada pela Igreja e pelo Estado, favorecendo o desenvolvimento infantil e o individualismo; a presença dos filhos, não como perpetuadores de gerações, mas no desejo de “amá-los e ser amado por eles” (GÉLIS, 1994, p.328).
Educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. O aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII, é fenômeno correlato ao surgimento de uma nova imagem da infância e da família. A meta da escola não se restringe à transmissão de conhecimentos, mas a formação moral. Essa sociedade, embora rejeite a autoridade dogmática da cultura eclesiástica medieval, mantém-se ainda fortemente hierarquizada: exclui dos propósitos educacionais a grande massa popular, com exceção dos reformadores protestantes, que agem por interesses religiosos. 
Foi em meio a este turbilhão de mudanças que surgiu Comênio e sua célebre obra Didática Magna. Perspicaz observador da nova realidade que se desenhava com o desfecho do mundo feudal e o nascimento da sociedade do capital, o autor protestante propunha outro modelo de educação que rompia com o ensino praticado no período medieval. A moderna pedagogia ia desde uma profunda reformulação dos métodos didáticos até a organização e funcionamento das instituições de ensino que deu origem ao atual modelo de escola. Na concepção de Comênio educar era também uma forma de salvar as almas. A educação permitiria ao indivíduo conhecer melhor Deus e Suas manifestações.
Foi nesse período da idade moderna que os elementos que influíram e continuam a exercer uma forte influência sobre os sistemas de ensino. Hoje divididos em diferentes níveis e modelos de organização, a presença de um currículo formal que norteia o trabalho pedagógico ali realizado, as diferentes metodologias de ensino buscam partir da realidade mais próxima do aluno para atingir realidades mais distantes no tempo e no espaço, como o estudo do meio tão utilizado hoje em diversas instituições de ensino, a massificação do ensinonas mais diferentes sociedades pelo mundo afora.
Considerações finais
O que pode entender sobre a história da educação moderna, que foi um período importante por ter grandes mudanças em todos os campos sociais mais principalmente na educação, que vira uma instituição e passa a ter professores sem ser os padres, mesmo com a essa separação a igreja ainda tem influência porem não como antes. Outro ponto importante é que as famílias e a sociedade passam a se preocupar com a criação e a formação das crianças o que colabora para o avanço da educação para todos, as escolas são reorganizadas e a partir desse período ela começa a ter a forma das escolas de hoje em dia, com mesas, cadeiras, quadros e matérias escolares como cadernos e anotações, provas e etapas, com métodos de estudos, o estudo por classe quer dizer a separação por idade. 
Outro ponto interessante é as contribuições dos primeiros pedagogos que vão além do seu tempo e traz conceitos e ideias que até hoje são relevantes para a educação principalmente para os jardins da infância, onde se passa a criar outras formas de aprendizados inserindo jogos, brincadeiras e brinquedos.
A idade moderna nos propôs grandes mudanças mesmo não conseguindo cumprir a proposta que tinha, como a de uma educação laica e para todos, foi um grande começo para que a população mais pobre tivesse o acesso à educação e não só a elite, e a liberdade de expressão e compressão e o direito de aprender a ler e escrever, tornando pessoas capais raciocinar e realizar escolhas através de sua compreensão e deixar de serem pessoas alienadas.
Referências 
BARROS, Roque Spencer Maciel de. Ensaios sobre educação. São Paulo: Edusp, 
Grijaldo, 1971. 
CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Unesp, 1999. 
COMÊNIO, João Amós. Didática magna. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 
Pedagogia/FAED/UFGD	Página 4

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