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Caso Concreto VII _ADI

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DO ESTADO KWY. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito 
privado, por meio de seu presidente, com inscrição no Ministério do Trabalho Nº..., 
inscrita no CNPJ Nº..., com sede.... Vem por seu advogado, com endereço eletrônico(e-
mail) e com endereço profissional situado na Rua..., Nº..., Cidade... Estado..., nesta onde 
deverá receber intimação, para fins do artigo 77, inciso V, do Código de Processo Civil, 
com fundamento no artigo no artigo 102, inciso I, alíneas “a” e “p” da Constituição 
Federal e Lei nº 9868/99 e demais pertinentes a matéria, propor: 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO 
CAUTELAR 
 
Em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo Governador 
do Estado e a Assembleia Legislativa estadual, pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos: 
 
 
 
I- DOS FATOS 
O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos 
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como 
supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo 
descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao 
PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos 
relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Júnior 
da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de 
ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à 
matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. 
II- DOS FUMDAMENTOS JURÍDICOS 
II.I- DA COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JULGADOR 
O artigo 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal, estabelece que compete 
ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe 
processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal. Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e 
julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo 
Tribunal Federal. 
II.II- DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA 
O artigo 103, inciso IX, da Constituição Federal, estabelece o rol dos legitimados 
para propor uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as 
confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. Corroborando com 
essa assertiva, o art. 2º, IX, da Lei n. 9.868/99 discorre sobre o mesmo tema. É sabido 
que se faz necessária no caso em tela a comprovação da pertinência temática como 
requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. No entanto, não resta 
dúvida de que a confederação nacional de comércio possui claro interesse na presente 
ação, haja vista a atividade ser extremamente afetada pela norma que deu finalidade à 
propositura da presente ação. 
II.III- DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
A legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade em referência é do 
Governador do Estado e da Assembleia Legislativa estadual que criaram a norma estadual 
inconstitucional. 
II.IV- DA INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA 
 Nos termos do artigo 22, inciso I, da Constituição Federal, confirma-se a 
competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal 
processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal 
assertiva, configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, 
haja vista não haver competência do Estado para legislar sobre matéria que afeta à União 
de forma privativa. Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o 
fundamento da livre iniciativa constante do artigo 1º, inciso IV, da Constituição Federal. 
Além da garantia ao direito de propriedade previsto no artigo 5º, inciso XXII, da 
Constituição Federal. Verifica-se, ainda, o total desacordo com o que preconizam os 
princípios gerais da atividade econômica, da propriedade privada e da livre concorrência, 
dispostos no artigo 170, caput, incisos I e IV, da Constituição Federal. 
Ante o exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais, 
caracterizando-se tanto na inconstitucionalidade formal quanto na inconstitucionalidade 
material da norma ora impugnada. 
II.V- DA MEDIDA CAUTELAR 
A possibilidade de Medida Cautelar nos termos do artigo 102, inciso I, alínea “p”, 
da Carta Magna, corroborada pelos artigos 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem 
identificáveis os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. O requisito do 
fumus boni juris fica patente na violação do texto constitucional, quanto a livre iniciativa, 
propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da União no que 
diz respeito ao artigo 22, inciso I, da Constituição Federal. E, quanto ao periculum in 
mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na possibilidade identificada 
de dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da matéria e segurança jurídica, 
evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com 
o artigo 12 da Lei n. 9.868/99. 
III- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) Que seja concedida medida cautelar para suspender o ato normativo nº..., editado pelo 
estado KWY, até o julgamento em definitivo da presente ação; 
b) a notificação do governador do Estado KWY e da Câmara do Estado KWY, para que 
prestem informações na forma do artigo 6º e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99; 
c) a oitiva do Advogado-Geral da União para a defesa da norma; 
d) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
e) a procedência do pedido, confirmando a cautelar deferida, com a declaração de 
inconstitucionalidade. Com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante; 
 
IV- DAS PROVAS 
 Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, 
parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental. 
 
Nestes termos. Pede deferimento. 
Local/ data. 
Advogado- OAB/UF nº

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