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Maternidade- Alojamento Conjunto- C.O. –Banco de Leite Conceitos ALOJAMENTO CONJUNTO PARA A FAMÍLIA Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Este sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e filho. HISTÓRICO No início da história da cultura humana, os partos eram realizados em casa, e os recém-nascidos (RN) eram mantidos junto às suas mães imediatamente após o nascimento. Com a criação dos hospitais -maternidades, esta rotina foi passada para normas gerais de procedimentos de assistência e obedecida até o final do século XIX. Em 1890 foi construído sem enfermaria especial para RN e nele a rotina de alojamento conjunto e foi utilizado até 1898, aonde as crianças permaneciam em berços suspensos aos pés do leito das mães. No início do século XX, os hospitais-maternidades passaram a ser dotados de enfermarias próprias para RN, chamadas de berçários. Essa nova proposta, baseada em normas rígidas de isolamento, foi facilmente difundida e aceita por causa das altas taxas de mortalidade infantil devido às epidemias de diarréias, doenças respiratórias, outras patologias infecciosas e pelas incidências de sespis maternas, frequentemente causadoras de enfermidades nos RN. Somente em 1983, a resolução n0 18/INAMPS dirigida aos hospitais públicos e conveniados estabeleceu normas e tornou obrigatória a permanência do filho ao lado da mãe, 24h por dia, através do Sistema de Alojamento Conjunto. Em 1985, foi publicada o programa de reorientação da assistência obstétrica e pediátrica com as normas básicas do Sistema de Alojamento Conjunto. Estas normas deveriam passar a ser observadas nas unidades médicas assistenciais próprias, contratadas e conveniadas do INAMPS. No início dos anos 90, com o objetivo de conhecer a situação dos alojamentos conjuntos no Brasil, Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), com apoio da UNICEF, realizou pesquisa cujos resultados apontaram que 47% das 667 unidades pesquisadas desconhecia a Resolução INAMPS 18/83. Considerou-se fundamental a permanência do bebê junto à mãe e as orientações por parte da equipe de saúde através das ações educativas, permitido que as questões de espaço físico e treinamento de recursos humanos fossem adequados à realidade local de cada serviço de saúde. OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO • Aumentar os índices de Aleitamento Materno; • Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho; • Permitir aprendizado materno sobre como cuidar do RN; • Reduzir o índice de infecção hospitalar cruzada; • Estimular a participação do pai no cuidado com o RN; • Possibilitar o acompanhamento da Amamentação, sem rigidez de horário, visando esclarecer às dúvidas da mãe e incentivá-la nos momentos de insegurança; • Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de seu filho, visando esclarecer dúvidas; • Reduzir a ansiedade da mãe (ou pais) frente às experiências vivenciadas ; • Favorecer troca de experiências entre as mães; • Melhorar a utilização das unidades de cuidados especiais para RN; • Aumentar o n0 de crianças acompanhadas por serviço de saúde. Conceitos: RECÉM-NASCIDO - RN a termo, apropriados para Idade Gestacional e sem patologia, com boa vitalidade, boa sucção, adequado controle térmico, sem risco de infecção (situações de risco de infecção: mãe febril, recebendo antibiótico, bolsa rota há mais de 24 horas, RN nascido fora do centro obstétrico). - Peso de nascimento superior a 2.500g menos de 4.000g. - Boletim de Apgar igual ou superior a 7 no primeiro minuto. de vida. - Em caso de cesariana, o RN será de levado para a mãe entre 2 e 6 horas após o parto, respeitando-se as condições maternas. Em que consiste o Teste de Apgar? São avaliados cinco sinais vitais do recém-nascido, por meio de parâmetros objetivos, atribuindo-se a cada um uma nota que varia de zero a dois. Dessa forma, o índice total do bebê ao nascer pode variar de zero a dez, indicando desde as piores condições (zero) até as melhores possíveis (dez). Os cinco sinais objetivos devem ser avaliados no primeiro, quinto e décimo minutos após o nascimento e são: Frequência cardíaca. Respiração. Tônus muscular. Prontidão reflexa. Cor da pele. A avaliação do primeiro minuto mede as reações do bebê ao parto e as avaliações do quinto e décimo minutos dizem respeito a sua adaptação à vida extrauterina. As notas obtidas pelo bebê devem ser registradas no “Cartão da Criança” para permitir identificar mais tarde, se necessário, as condições de seu nascimento. A- Frequência cardíaca: 0, ausente; 1, menor que 100 batimentos por minuto; 2, maior que 100 batimentos por minuto. B- Respiração: 0, ausente; 1, irregular; 2, forte (choro). C- Tônus muscular: 0, flácido; 1, flexão de pernas e braços; 2, movimentos ativos. D- Cor da pele: 0, cianose central ou palidez; 1, cianose das extremidades; 2, rosado. E- Respostas reflexas: 0, ausente; 1, algum movimento; 2, espirros, tosse, choro. -Leite materno em livre demanda. -Não oferecer bicos ou chupetas. -Mamadeira de leite ou outras alimentação, só sob prescrição médica. -Proibida amamentação cruzada. . ALIMENTAÇÃO DO RN Fluxograma do Alojamento Conjunto O RN será conduzido da sala de reanimação para o berçário onde receberá cuidados rotineiros de higiene. Colocados em berço aquecido no Berçário de Observação, aí ficará por cerca de seis horas (esse período pode ser estendido para 12 horas para nascidos por fórceps e a 24 horas para os cesariados). Após esse período, o pediatra avalia as condições clínicas do RN (primeiro exame e determinação da idade gestacional) e autoriza a sua ida para o Alojamento Conjunto. O RN será transportado pelo pessoal de enfermagem até o berço colocado do lado da mãe, após prévia comunicação sobre a vinda do RN e avaliação da capacidade da mãe de recebê-lo. A duração do Alojamento Conjunto deverá ser, no mínimo, de 60 horas completas. E quando a mãe demonstrar que pode prestar todos os cuidados ao RN. A interrupção do Alojamento Conjunto poderá ser feita por determinação médica por motivos maternos ou do RN, sendo este reencaminhado ao berçário, com possibilidade de retorno, sendo a mãe esclarecida sobre o motivo da transferência. AÇÕES DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO INDIVIDUAL -Receber a mãe no Alojamento Conjunto após sua alta no Centro Obstétrico. -Avaliar suas condições físicas e emocionais. -Fornecer a mãe informações precisas sobre as condições de seu filho no momento de sua admissão no Alojamento Conjunto. -Retornar com a mãe os dados já existentes em seu prontuário de modo a esclarecê-los ou ampliá-los, quando necessário, e demonstrar-lhe que sua chegada já estava sendo preparada com interesse pelo profissional. -Colher dados pertinentes aos objetivos do Alojamento Conjunto, os quais propiciam ações mais específicas à realidade da pessoa. -Esclarecer sobre as rotinas gerais da unidade, de modo a situá-la melhor no ambiente. -Esclarecer sobre os cuidados específicos, com dietas, higiene, medicação, deambulação, etc., pontuando sempre estas orientações com os hábitos da mãe de modo a intregá-la em suas experiências anteriores e expectativas. -Esclarecer sobre objetivos gerais do Alojamento Conjunto. -Avaliar, respeitando a opinião da mãe, a oportunidade de instalação do Alojamento Conjunto. -Trazer o RN para junto da mãe. -Propiciar condições para que na mãe possa reconhecer seu filho, mostrando-se disponível para auxiliá-la na amamentação ou situações que lhe pareçam difíceis -Oportunizar que o pai participe nos encontros da enfermeira com a mãe, incentivando-o a expressar suas opiniões. -Realizar os os primeiros cuidados com RN e orientar a mãe incentivando-a a cuidar do filho, estendendo este estímulo à participação do pai sempre que este tiverpresente. -Supervisionar os cuidados prestados pela mãe: troca de roupa, medidas de higiene, cuidados com o coto umbilical, avaliação da temperatura, etc, objetivando orientá-la e esclarecê-la em suas dúvidas. -Orientar a mãe sobre os demais cuidados com os filhos: vestuários, eliminações, avaliação da cor da pele, atividades, sono, profilaxia da dermatite amonical, prováveis causas de choro, necessidades afetivas, encaminhamentos e avaliações clínicas periódicas. -Registrar nos prontuários da mãe e do RN as condições evidenciadas e condutas tomadas de modo a fornecer as informações necessárias para ações de outros profissionais da equipe. -Acompanhar a evolução diária da paciente objetivando reforçar orientações e detectar precocemente problemas clínicos e emocionais. -Acompanhar a evolução diária do RN, incentivando a mãe a participar, com objetivo de que ela possa sentir-se capaz de conhecer e avaliar seu filho, reconhecendo assim, também, situações onde necessitará da ajuda do profissional de saúde. Preparar alta da mãe e do RN, revisando orientações dadas e fornecendo os encaminhamentos necessários. .Ações que Enfermagem deve realizar no Atendimento em Grupo Esse tipo de atendimento visa a troca de experiências entre as mães e pais, com a exposição de sentimentos em relação a maternidade e paternidade,e as dificuldades que estejam enfrentando no cuidado com seus filhos. Deve ser realizado pela equipe assistencial da Unidade de forma conjunta, de modo à esclarecer aos participantes do grupo dúvidas sobre assuntos relacionados à sua área de atuação. O atendimento ao grupo deve ser feita de forma sistemática, de modo que, mesmo com um tempo de internação menor, mãe e pai possam participar de um encontro juntos. Estabelecer um número de assuntos a serem abordados, incluindo: amamentação, com suas vantagens e possíveis dificuldades, características psicológicas e físicas do puerpério, atividade sexual no puerpério, anticoncepção, e reforçar as orientações sobre as características e cuidados com o RN. BIBLIOGRAFIA BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Normas Básicas para Alojamento Conjunto", Portaria MS/GM no 1.016, 26 de agosto de 1993. DOU no 167 de 1/9/93, seção I, p. 13.066. CASANOVA, LD; SEGRE,CAM; "Alojamento Conjunto", In: DINIZ, EMA; "Manual de Neonatologia", São Paulo, Revinter, p.17- 19,1993. SEGRE,CAM; SANTORO JR.,M; "Assistência Hospitalar a Recém Nascido: Recomendações para Padronização", In: DINIZ,EMA; "Manual de Neonatologia", São Paulo, Revinter, p. 1-8, 1993. BRENELLI, MA; "Alojamento Conjunto", In: NEME,B; "Obstetrícia Básica", São Paulo, Savier, p.176-180, 1994. CORRADINI, HB; COSTA, MTZ; BARBIERI, DL; BARROS, JCR; RAMOS,JLA; MARETTI,M; "Cuidados ao Recém-Nascidos em Alojamento Conjunto", In: MARCONDES,E ; "Pediatria Básica", 8o ed., São Paulo, Savier, p.315-16, 1994 RIGATTI, MF; " Aspectos Gerais da Assistência de Enfermagem em Sistema de Alojamento Conjunto", In: MUIRA,E e cols.; " Neonatologia: Princípios e Pratica", São Paulo, Arte Médica, p. 41-43, 1993. Slide 1 ALOJAMENTO CONJUNTO PARA A FAMÍLIA Slide 3 OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO Conceitos: Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Fluxograma do Alojamento Conjunto Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15
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