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Memorial descritivo_Esgoto

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Centro Universitário UniFBV – Wyden 
Disciplina de Instalações Hidro-Sanitárias 
 
 
 
 
 
 
Memorial Descritivo 
Sistema de Esgoto Sanitário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
Junho / 2020. 
Alunos: Diogo Ferraz 
 Lanusa Peixoto 
 Luana Dutra 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
DADOS GERAIS 03 
DISPOSIÇÕES GERAIS 03 
NORMAS 03 
OMISSÕES 03 
EXECUÇÃO 03 
MATERIAIS 03 
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 04 
ESGOTO 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS GERAIS 
 Objeto: Edificação residencial coletiva 
 Tipo: Construção nova 
 Local do Projeto: bairro da Torre, Recife 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
O presente memorial descritivo tem por objetivo estabelecer as normas e 
orientar o desenvolvimento da construção das Instalações hidro-sanitárias da 
Edificação Residencial Coletiva, incluindo aqui os aspectos técnicos e funcionais 
relacionados ao esgoto sanitário. 
 
 
NORMAS 
O presente projeto atende às normas vigentes da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) para edificações, leis/decretos municipais, estaduais e 
federais. Tais requisitos deverão ser atendidos pelo seu executor, que também 
deverá atender ao que está explicitamente indicado nos projetos. 
Dentre as mais relevantes e que nortearam o serviço de desenvolvimento 
deste projeto de instalações hidro-sanitárias, destacam-se: 
 NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho; 
 NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução; 
 NBR 5688 – Sistemas prediais de água pluvial esgoto sanitário e 
ventilação – Tubos e Conexões; 
 NBR 10844 – Instalações prediais de águas pluviais; 
 
 
OMISSÕES 
Em caso de dúvidas, omissões ou divergências, o responsável técnico deve 
ser contatado para que este retire as dúvidas prováveis. 
 
 
EXECUÇÃO 
As obras deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados, 
abrangendo todos os serviços, desde as instalações iniciais até a limpeza e entrega 
da obra, com todas as instalações em perfeito e completo funcionamento. 
 
 
MATERIAIS 
Todos os materiais seguirão rigorosamente o que for especificado no 
 
presente Memorial Descritivo. Na ocorrência de comprovada impossibilidade de 
adquirir o material especificado, deverá ser solicitada substituição por escrito, com 
a aprovação dos autores do projeto de reforma/construção. 
 
 
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 
Utilizou-se os softwares AutoCad 2019 da empresa Autodesk, para a 
realização do projeto Hidro-sanitário de Esgoto sanitário. 
A seguir, são apresentados os cálculos e considerações a respeito do projeto. 
 
 
ESGOTO 
RAMAIS DE DESCARGA, DE ESGOTO E TUBOS DE QUEDA 
O ramal de descarga caracteriza a tubulação que recebe dejetos de 1 peça 
de utilização; enquanto, o ramal de esgoto recebe de 2 peças ou mais. 
No dimensionamento dos ramais de descarga foram verificados os diâmetros 
mínimos em função da peça de utilização que alimenta a tubulação. 
Já os ramais de esgoto, foram verificadas e somadas as unidades Hunter das 
peças, conforme a NBR 8160, para a identificação do diâmetro mínimo. 
Há 6 Tubos de Queda (TQ) por apartamento, que recebem os dejetos dos 
ramais nos ambientes e o encaminham para as caixas de inspeção (CI) no pavimento 
térreo. 4 tubos apresentam diâmetro de 100 mm, 1 de 75 mm e 1 de 50 mm de 
diâmetro. Sabendo que são 2 apartamentos por andar, o empreendimento conta 
com 12 tubos de queda. 
Abaixo seguem os diâmetros mínimos para os ramais de descarga, esgoto e 
tubos de queda, também indicados na PRANCHA 02. 
 
 
 
AMBIENTE PEÇA
RAMAL DE 
DESCARGA 
(DIÂMETRO)
RAMAL DE ESGOTO 
(DIÂMETRO)
TUBO DE QUEDA 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO 100mm 100 mm
LAVATÓRIO 40mm
RALO SECO 40mm
CAIXA SIFONADA 50mm
COZINHA PIA DE COZINHA 40mm 40mm 50mm
PESO (N° HUNTER)
6
1
SISTEMA DE ESGOTO 1 
SUÍTE 100mm
50mm1
2
3
 
 
 
 
 
RAMAIS E COLUNAS DE VENTILAÇÃO 
O ramal e a coluna de ventilação possuem a função de liberar os gases 
produzidos, a fim de facilitar o escoamento dos dejetos. 
Os ramais indicados na PRANCHA 02 devem ser de 50 mm e conectam os 
ramais das caixas sifonadas a coluna de ventilação. 
Na laje de cobertura, a coluna de ventilação deverá passar da face superior 
da laje no mínimo 100 cm, com acessório específico na extremidade para evitar a 
entrada de sujeiras, insetos, entre outros. 
Abaixo seguem os diâmetros mínimos para os ramais e colunas de 
ventilação, também indicados na PRANCHA 02. 
 
 
 
AMBIENTE PEÇA
RAMAL DE 
DESCARGA 
(DIÂMETRO)
RAMAL DE ESGOTO 
(DIÂMETRO)
TUBO DE QUEDA 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO 100mm 100 mm
LAVATÓRIO 40mm
RALO SECO 40mm
CAIXA SIFONADA 50mm
ÁREA DE SERVIÇO MAQUINA DE LAVAR 75mm 75mm 75mm
PESO (N° HUNTER)
SUÍTE
6
100mm1
50mm1
2
SISTEMA DE ESGOTO 2 
10
AMBIENTE PEÇA
RAMAL DE 
DESCARGA 
(DIÂMETRO)
RAMAL DE ESGOTO 
(DIÂMETRO)
TUBO DE QUEDA 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO 100mm 100 mm
LAVATÓRIO 40mm
RALO SECO 40mm
CAIXA SANFONADA 50mm
1
1
2
SISTEMA DE ESGOTO 3 
SUÍTE/BWC 100mm
50mm
PESO (N° HUNTER)
6
AMBIENTE PEÇA
TUBO DE QUEDA 
( DIÂMETRO) 
COMPIMENTO 
DA COLUNA 
(METROS)
COLUNA DE 
VENTILAÇÃO 1 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO
LAVATÓRIO
RALO SECO
CAIXA SANFONADA
COZINHA PIA DE COZINHA 3 21 (7PAV) 50mm
BWC SERVIÇO 10 70 (7PAV)
91
PESO (N° HUNTER)
SISTEMA DE VENTILAÇÃO 1
100mm
22m
60mm
 
 
 
CAIXAS DE INSPEÇÃO E DE GORDURA 
As caixas de inspeção e de gordura tem a função de escoar os dejetos vindos do 
tubo de queda para o sistema de esgotamento do condomínio. 
 
As caixas devem ser locadas, conforme a PRANCHA 03, bem como nas 
dimensões mínimas indicadas na PRANCHA 04. Atenção para o caimento dos 
coletores (entre as caixas) e subcoletores (entre o TQ e a caixa) que tem ser de 1% 
no mínimo. Caso contrário, o esgoto poderá dar retorno. 
VALAS PERCURSO UH
A TQ01+TA02 140
B A+ TQ03+TQ04 231
C A+B 231
D A+B+TQ05+TQ06 371
E A+B+D+ TQ07+TQ08 511
F A+B+D+ E 511
G A+B+D+E TQ09+TQ10 602
H A+B+D+E+G+TQ10+TQ11 742
150mm 1%
150mm 1%
150mm 2%
DIAMETRO DA CAIXA DE INSPEÇÃO
150mm 1%
D (mm)
100mm 1%
100mm 1%
100mm 4%
150mm 1%
 
FOSSA SÉPTICA, SUMIDOURO E FILTRO ANAERÓBIO 
O sistema formado pela fossa séptica, o filtro anaeróbio e o sumidouro, 
possui a função de tratar e dar destino final ao esgoto gerado no condomínio. 
Os cálculos para dimensionamento dos três elementos do sistema, as 
dimensões e detalhes construtivos estão indicados nas PRANCHAS 05 (fossa 
AMBIENTE PEÇA
TUBO DE QUEDA 
( DIÂMETRO) 
COMPIMENTO 
DA COLUNA 
(METROS)
COLUNA DE 
VENTILAÇÃO 1 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO
LAVATÓRIO
RALO SECO
RALO SANFONADO
AREA DE SERVIÇO MAQUINA DE LAVAR 10 70 (7PAV) 75
PESO (N° HUNTER)
SISTEMA DE VENTILAÇÃO 2
SUÍTE 10 70(7PAV)
140
100mm
60mm
22m
AMBIENTE PEÇA
TUBO DE QUEDA 
( DIÂMETRO) 
COMPIMENTO 
DA COLUNA 
(METROS)
COLUNA DE 
VENTILAÇÃO 1 
(DIÂMETRO)
VASO SANITÁRIO
LAVATÓRIO
RALO SECO
RALO SANFONADO
SUÍTE 10 70(7PAV)
PESO (N° HUNTER)
100mm 22m 60mm
SISTEMA DE VENTILAÇÃO 3
 
séptica), 06 (sumidouro) e 07 (filtro anaeróbio). 
Abaixo estão os cálculos realizados para o dimensionamento dos 3 
elementos: 
 
 DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA 
 
 População 
7 pavimentos x 2 apts = 14 unidades habitacionais; 
N= N1 + N2 
N= 30 + 88 ; N= 118 pessoas; 
 
N1= [(2 x Qs) + 2] x 3 = [(2 x 4 ) + 2] x 3 
N1= 30 pessoas; 
N2= (2 x Qs) x UH restante 
N2= (2 x 4 ) x 11 = 88 pessoas; 
 Contribuição C – Padrão alto (Quadro 1) 
CT= N x C ; N= 118 pessoas ; C= 160 L / pessoa dia 
CT= 18880 
T= Tempo de detenção (Quadro 2) 
TD= 0,5 dias = 12 horas; 
 Volume 
V= 1000 + N x (C x T x K x Lf) – (Quadro 3) 
- Intervalo de 5 anos (Limpeza) 
Temperatura > 20°C 
5 anos – K= 217 dias 
 - Contribuição do lodo fresco (Quadro 1) 
Padrão alto ; Lf= 1 litro / pessoa dia; 
V= 1000 + 118 (18880 x 0,5 x 217 + 1) 
 
V= 36046 L ou 36,046 m³ 
 Geometria do tanque 
U = A x C x L; A= 2,50 ; L= 2,50 
36,046= 2,50 x C x 2,50 
C= 5,77 ou 5,80 m 
*Relação: C/L= 2,30 
 DIMENSIONAMENTO DO SUMIDOURO 
A área necessária para o sumidouro foi estabelecida através da fórmula presente no 
Manual Técnico N° 001 CPRH (2004): 
A absorção = (C x N) / T absorção; 
A absorção = área necessária para percolação de efluente; N= número de contribuição; 
Obtido através da fórmula N = (2 Q + 2) 3 + (2 Q) (n - 3), onde: 
Q= quantidade de quartos por residência e n= unidade residenciais. 
N = (2 Q + 2) 3 + (2 Q) (n - 3) 
N = (2 x 4 + 2) 3 + (2 x 4) (14 - 3) 
N = 118 pessoas 
C = Contribuição de despejos em litros/ pessoa x dia (Quadro 01) 
C = 160 litros / pessoa x dia; 
T absorção = Taxa de absorção do solo 
T absorção= 100 litros / m² x dias 
Desta forma: 
A absorção = (C x N) / T absorção 
A absorção = (160 x 118) / 100 
A absorção = 188,8 m² 
Dimensões: 
Tendo em vista atender a distância mínima entre o sumidouro e o lençol freático (1,00 
metro), e em função da cota de geratriz do tubo de entrada do sumidouro, o mesmo 
 
possui 1,5 metros de altura útil máxima (A), largura entre 0,60 m e 1,50 m e comprimento 
máximo de 20 m. 
O sumidouro foi dividido em dois (A = 94,4 m² para cada sumidouro), visando atender o 
comprimento máximo de 20 m, e possui as seguintes dimensões de áreas: 
Al1 = 2 x C x A; 
Al2 = 2 X L x A; 
Afundo = C x L; 
Atotal = Al1 + Al2 + Afundo 
94,4 = 2 x C x A + 2 x L x A + C x L 
94,4 = 2 x 20 x 1,5 + 2 x 1,50 x L + 20 x L 
94,4 = 60 + 23 x L 
23 x L = 34,4 
L = 34,4/23 
L = 1,50 
Dimensões: 
Comprimento (C) = 20,00 m; 
Largura (L) = 1,50 m; 
Altura (A) = 1,50 m. 
 
 DIMENSIONAMENTO DO FILTRO ANAERÓBIO 
 
 Contribuição C – Padrão alto (Quadro 1) 
 N= 118 pessoas ; C= 160 L / pessoa dia 
 T= Tempo de detenção (Quadro 2) 
TD= 0,5 dias = 12 horas; 
Vu=1,6xNxCXt 
Vu=1,6x118x160x0,5 
Vu=15104 Litros 
 
A=Vu/H  H=1,8m A=15104/1,8  A=8,39m² 
 Área Circular: 
(A = π D²)/4  8,39= πD²/4  D=3,30m

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