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Nome: Emanuela Silva de Melo Matrícula: 202002838736 Disciplina: Direito Civil V Campus: Shopping Nova América Turno: Noturno Casos Concretos 01 – 07 Semana 01: Respostas: 1ª- princípio da dignidade da pessoa humana, eticidade, princípio da socialidade, com relação a inovação temos igualdade entre homens e mulheres, liberdade na administração dos bens, princípio da não intervenção do estado na família, dissolução da sociedade conjugal mais facilmente, igualdade dos filhos fora do casamento, etc. 2ª- Na regra não existe a obrigatoriedade de casar, mas houve uma quebra da boa- fé e/ou confiança, o abuso por parte do Carlos por manter um relacionamento paralelo, fez com que literalmente o casamento fosse cancelado nos últimos minutos, causando abalo, afetando a imagem de Juliana e causando constrangimento, sendo assim, por conta disso deverá indenizar Juliana pelos danos morais sofridos e indenizar pelos danos materiais por conta das despesas gastas por Juliana. Semana 02: Respostas: 1ª- C – art. 1.542, §3º do CC/02 2ª- D Semana 03: Respostas: 1ª- E – art. 1.526 do CC/02 2ª- B 3ª- D – art. 1.531/1.532 do CC Questão subjetiva: Art. 1.530, §único do CC/02. Semana 04: Respostas: 1ª- A – art. 1.521 do CC/02 2ª- C 3ª- C Questão subjetiva: Art. 1.538, II do CC/02. Semana 05: Respostas: 1ª- E – art. 1.568 do CC/02 2ª- B 3ª- A Questão subjetiva: Haverá a retroatividade. Semana 06: Respostas: 1ª- E 2ª- B 3ª- D Questão subjetiva: Não, uma vez que é um bem incomunicável. Semana 07: Respostas: 1ª- A 2ª- C Questão subjetiva: Sim, uma vez que a incomunicabilidade não gera inalienabilidade e o bem é exclusivo de um dos cônjuges, não tendo problema entra no patrimônio do outro. Jurisprudência: Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Apelação Cível: AC 398673 SC 2006.039867-3. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO CAMPUS NOVA AMÉRICA Resenha Crítica EMANUELA SILVA DE MELO Trabalho da disciplina Direito Civil V Professor: Leonardo Marques Gouveia Rio de Janeiro/RJ 2020.1 MULTIPARENTALIDADE Referência: GOUVEIA, Leonardo Marques. Bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá. Especialista em Direito Civil e Processual Civil e em Direito e Processo do Trabalho, ambos pela Universidade Estácio de Sá. Pós-graduando em Direito Constitucional pela Universidade Cândido Mendes. E-mail: leonardo.direito.rj@hotmail.com. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5667826836582114. BRITO, Ronaldo Figueiredo. Mestre em Direito pela UNIPAC. Especialista em Direito Público pela Gama Filho. Especialista em Penal e Processo Penal pela Unisuam; Coordenador do Curso de Direito da Unisuam; Professor de Penal e Processo penal da UNESA e UNISUAM;. E-mail: figueiredobrito@live.com. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5499922077786531. Disponível em: https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/rcd/article/view/3253/2213. Acesso em: 12 de maio de 2020. Código Civil - Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 12 de maio de 2020. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 12 de maio de 2020. DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 10ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito de Família, vol. 5, 25ª. edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. Ao longo dos anos, a instituição familiar vem se modificando e com isso está havendo muitas transformações em sua estruturação por conta das mudanças de ideais principiológicos que regem a sociedade no tempo e no espaço. Nos últimos anos, em especial, houve grande reforma com a mudança de eixo, no qual o poder familiar passa do total domínio da figura masculina para um estado de solidariedade e igualdade entre os demais membros da família, permitindo que novos modelos familiares surgissem, onde o amor e a busca da felicidade passam a ser destaques. Ademais, o atual ordenamento jurídico brasileiro não estabelece o que seja família, deixando a cargo do intérprete tal tarefa. É nesse contexto que surge o reconhecimento de uma prática muito existente: a sociafetividade, a qual propicia o mailto:leonardo.direito.rj@hotmail.com http://lattes.cnpq.br/5667826836582114. https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/rcd/article/view/3253/2213. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm nascimento da multiparentalidade. Ambos institutos não são mencionados expressamente por nenhum diploma legal, mas suas fundamentações alicerçam-se em diversos princípios constitucionais. Porém, muito além do Direito de Família, o instituto cria direitos e deveres em diversos ramos do direito. E é com base nesses parâmetros que essa resenha pretende analisar a aceitação da multiparentalidade pela doutrina e pela jurisprudência e os efeitos jurídicos por ela causados. As mudanças sociais que estão acontecendo nas últimas décadas e como isso interferiu diretamente na composição das instituições familiares, levando a quebra de paradigmas dentro do Direito de Família. Essa família contemporânea eudemonista é caracterizada pelo afeto e pela busca incessante da felicidade pessoal e solidária de todos e cada um dos indivíduos. Do mesmo modo, a filiação tem seu alicerce no afeto, abrindo portas para que ela não seja considerada somente a filiação genética, mas a do amor e convivência, que se traduz na filiação socioafetiva. O afeto é um fato social e psicológico, conquanto, o que interessa ao direito são as relações que geram condutas suscetíveis de merecerem a incidência de normas jurídicas. Afetividade, como dever jurídico, não se confunde com afeto, pois quando esse faltar, aquela pode ser presumida. O dever jurídico da afetividade entre pais e filhos só se extingue com a perda do poder familiar ou na morte de algum dos envolvidos. No ordenamento pátrio, cada cônjuge ou companheiro é unido aos parentes do outro pelo efeito da afinidade. Esta relação também se estabelece entre um membro do novo casal e a prole do outro. Ou seja, nas famílias mosaico, sejam elas constituídas por dois membros de sexos distintos, dois membros do mesmo sexo, ou ainda mais de dois membros do mesmo sexo ou não, esse(s) novo(s) integrante(s) e a prole do(s) outro(s) estão unidos pela afinidade, de acordo com a lei e, via de regra, pela socio afetividade, construída pela convivência. A filiação socioafetiva, baseada na posse de estado de filho, tem como fundamento a convivência de fato e duradoura, a qual constrói laços afetivos de amor, respeito e carinho recíprocos entre os que convivem como se pais e filhos fossem. A possibilidade jurídica da multiparentalidade nasce, então, da perfilhação socioafetiva. A complexidade da vida familiar não pode ser captada em um exame laboratorial. pai, com todas as dimensões que o envolve: culturais, afetivas e jurídicas, não pode ser confundido com genitor biológico. A socio afetividade como estabelecimento da filiação baseia-se no comportamento das pessoas que se interagem para revelar quem efetivamente age como pai ou mãe. Ela apresenta como pressupostos: a) integração da pessoa no grupo familiar, b) assunção de papel parental e c) a convivência duradoura. A paternidade não biológica não pode ser considerada uma paternidade de segunda, isto é, de menor grau ou importância, ao contrário, supera a de origem biológica pelo seu elevado teor de autodeterminação. O papel de mãe ou pai não se restringe à tarefa de gerar,vai além: amar, cuidar e se doar. Pai e mãe, em ampla dimensão, se é por decisão pessoal e livre, pois, ainda que a lei, de forma correta, responsabilize alguém a responder patrimonialmente por outro a que deu origem, não tem o condão de fazer surgir afeto em quem assim não o deseja, mesmo que essa pessoa seja seu descendente consanguíneo. É não somente nesse cenário de “rejeição” afetiva, como também nos cenários onde a criança apresenta pais comprometidos afetivamente, que surge o fenômeno da multiparentalidade, caracterizada pelo fato de mais de uma pessoa poder figurar como pai ou mãe de alguém e atribuir-lhe uma relação de proteção integral, credenciando-se a absorver jurídica e simultaneamente todos os efeitos práticos e legais dessa relação. De acordo com a doutrina, a multiparentalidade pode ser conceituada em stricto sensu ou lato sensu. A primeira define a multiparentalidade como o reconhecimento jurídico em que alguém tenha três ou mais laços parentais, não abrangendo mera dupla paternidade ou dupla maternidade se desacompanhada do terceiro ascendente, ou seja, em sentido estrito, são casos de multiparentalidade aqueles em que uma pessoa tenha, no mínimo, duas mães e um pai ou dois pais e uma mãe. Já a acepção ampla consiste no reconhecimento, pelo ordenamento jurídico, de que uma pessoa tenha mais de um vínculo parental paterno ou mais de um vínculo parental materno, ou seja, o conceito abarca não somente os arranjos que envolvam, no mínimo, três ascendentes, mas também os casos de biparentalidade homoafetiva. É nessa acepção ampla que o fenômeno costuma ser estudado no Brasil, embora outra parte da doutrina acredita ser o conceito restrito mais adequado ao significado das expressões multiparentalidade/pluriparentalidade, cujos prefixos exprimem noção de muitos, em contraposição à biparentalidade. De qualquer modo, esse fenômeno das relações sociais, apesar de não estar previsto em diploma legal, têm sido admissível em julgados que se contrapõem a essa lacuna jurídica e reconhece o direito da criança ter prescrito em sua certidão de nascimento o nome de mais de um pai e/ou uma mãe, amparando-se nos princípios afetos à família, especialmente no de melhor interesse da criança e do adolescente. Outrossim, vê-se que o reconhecimento da multiparentalidade não causa reflexos somente no Direito de Família. Ele origina implicações que criam direitos e deveres em diversos outros ramos do direito, levando a concluir que seria de fundamental importância sua disciplina expressa na Carta Magna ou no Código Civil, contribuindo não só para a regulamentação de uma verdade existencial de indivíduos que vivem socioafetivamente, mas resguardando direitos jurídicos aos envolvidos e à sociedade. Por tudo apresentado, nota-se que as legislações são reflexos dos valores morais vigentes de cada tempo e lugar. No Brasil, não somente o Direito de Família, mas o ordenamento jurídico como um todo, tenta acompanhar as transformações de valores que ocorrem na sociedade, o que nem sempre acontece concomitantemente. E é nesse ínterim que se coloca o intérprete da lei, com uma perspectiva abrangente dos casos, tentando dar às situações da vida real contemplação naquilo em que a lei se omitiu. A ausência da multiparentalidade em previsão legal não deve constituir óbice para seu reconhecimento. Todavia, crianças e adolescentes são sujeitos com absoluta prioridade de proteção e direitos garantidos pela Constituição, e, por isso, o ato deve ser medida tomada de maneira pensada, com alicerce no princípio da paternidade responsável, uma vez que gerará ao pai ou mãe afetivos deveres no que tange à assistência desse menor, como a obrigação alimentar e a inclusão deste no rol de herdeiros necessários de sua herança, não havendo possibilidade jurídica de desconstituição do vínculo de parentalidade, além de qualquer tentativa de desfazimento da relação gerar no menor de idade danos psicológicos imensuráveis e provavelmente não reparáveis.
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