Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Ma. Vania Restani UNIDADE I Avaliação Diagnóstica Objetivos da disciplina: análise e compreensão do padrão fisiológico típico e alterado. Tipos de exames abordados: de imagens e laboratoriais. Proporcionar uma fundamentação teórica que possibilite compreender a real condição clínica do indivíduo em questão. O profissional da área da saúde atua em uma equipe multidisciplinar. Introdução Definição de radiologia: ramo da medicina que se dedica ao estudo e ao emprego dos raio-x e de outras energias radiantes, com fins diagnósticos e terapêuticos. Ela é a parte da ciência que estuda a visualização de ossos, órgãos ou estruturas por uso de radiações (sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares), gerando uma imagem. Técnicas disponíveis: raio-x, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Exames de imagens Histórico: Wilhelm Conrad Roentgen (1895). Inicialmente terapêutico, posteriormente diagnóstico. Fonte: SOARES, Júlio C.A.C.R., 2008, p. 06. Uma película fotográfica que recebe informações trazidas pelo feixe de elétrons X só terá informações após ultrapassar a espessura do paciente. Formação da imagem radiográfica Fonte: SOARES, Júlio C.A.C.R., 2008, p. 53. A imagem radiográfica é regida pelas leis da ótica geométrica, ou seja, obedece a uma relação direta das distâncias relativas entre o foco, o objeto e o anteparo. Distância foco-filme (foco-anteparo) Distância foco-objeto Distância objeto-filme (objeto-anteparo) Anteparo (filme radiográfico) Foco emissor de raios-x Objeto Densidade radiológica. Nitidez radiográfica (resolução, contraste e distorção). Posicionamento. Aspectos a serem avaliados na formação da imagem Fonte: NOVELLINE, Robert A.,1999, p. 374. Terminologia: obedece às características da densidade dos tecidos corporais (radiodensidade). Radiopaco (branco). Radiotransparente (preto). Raios-x Fonte: NOVELLINE, Robert A.,1999, p. 363. As cores do Rx vão do branco ao preto, passando por todos os tons de cinza. A formação de Rx se forma quando elétrons animados de alta velocidade se chocam contra um obstáculo (MOSCA e MOSCA, 1971). Escala de radiodensidade Fonte: MOSCA e MOSCA, 1971, p. 141. Utilizados em todas as áreas da medicina, com fins diagnósticos, terapêuticos e prognósticos. Conseguem ter indicações para avaliações de tecidos moles e sistemas desde que associados a preparos específicos. Indicações Fonte: YUCHEM et al., 2004, p. 60. Tridimensionalidade. Vários exames de imagens. Diagnosticar e identificar disfunções. Fonte: SOUZA JUNIOR, 2011. Levando em consideração o explanado até o momento, um dos fatores importantes na análise de um exame radiológico é a terminologia utilizada para avaliar os dados apresentados, objetivando uma análise criteriosa e precisa. Sabemos que as cores apresentadas irão variar do branco ao cinza, dependentes da interação elétron X e a espessura e a densidade do objeto avaliado, ou seja, o organismo humano. Como são denominadas estas duas cores básicas, o preto e o branco, dentro de um exame radiológico, respectivamente? a) Radiopacidade e luminosidade. b) Radiopacidade e radiotransparente. c) Radiotransparente e radiopacidade. d) Radioluminosidade e radiotransparência. e) Radiotransparente e radioluscência. Interatividade Resposta Levando em consideração o explanado até o momento, um dos fatores importantes na análise de um exame radiológico é a terminologia utilizada para avaliar os dados apresentados, objetivando uma análise criteriosa e precisa. Sabemos que as cores apresentadas irão variar do branco ao cinza, dependentes da interação elétron X e a espessura e a densidade do objeto avaliado, ou seja, o organismo humano. Como são denominadas estas duas cores básicas, o preto e o branco, dentro de um exame radiológico, respectivamente? a) Radiopacidade e luminosidade. b) Radiopacidade e radiotransparente. c) Radiotransparente e radiopacidade. d) Radioluminosidade e radiotransparência. e) Radiotransparente e radioluscência. Como as estruturas anatômicas possuem três dimensões, é necessário colher registros em mais de uma posição, oferecendo imagens a partir de diferentes perspectivas. Projeções: frente, perfil, oblíqua, horizontal e clássica. Cortes: sagital ou mediano, coronal ou frontal, oblíquo, transversal ou horizontal/axial. Incidências radiográficas Fonte: DESTKIGIL, et al., 2017, p. 118-132. PLANO CORONAL ANTERIOR OU VENTRAL POSTERIOR OU DORSAL AXIAL TANGENCIALRAIO CENTRAL RAIO CENTRAL Ortostática. Supina ou decúbito dorsal. Prona ou decúbito ventral. Fowler. Trendelemburg. Sims. Litotomia. Posicionamentos radiográficos Fonte: DESTKIGIL, et al., 2017, p. 118-132. TRENDELENBURG FOWLER DECÚBITO VENTRAL DECÚBITO DORSAL POSIÇÃO DE SIM LITOTOMIA Descreve a trajetória ou a direção do raio da fonte do Rx, atravessando o objeto/corpo, projetando uma imagem no filme. AP (anteroposterior). PA (posteroanterior). Lateral ou perfil. Oblíqua. Incidência radiográfica Fonte: DESTKIGIL, et al., 2017, p. 118-132. POSTERIOR – FACE POSTERIOR PRÓXIMA AO FILME ANTERIOR – FACE ANTERIOR PRÓXIMA AO FILME LATERAL – ESQUERDA LATERAL – DIREITA INCIDÊNCIA ANTEROPOSTERIOR INCIDÊNCIA POSTERO- ANTERIOR OBLÍQUAS POSTERIORES OBLÍQUA POSTERIOR DIREITA OBLÍQUA POSTERIOR ESQUERDA OBLÍQUAS ANTERIORES OBLÍQUA ANTERIOR DIREITA OBLÍQUA ANTERIOR ESQUERDA Posicionamento. Incidência dos raios. Para que área se destina. Recursos utilizados. Tipo de equipamento. Objetivos das indicações. Avaliação e análise Posicionamento utilizado (melhor visualização da estrutura/região em questão). Aspectos relevantes Fonte: DESTKIGIL, et al., 2017, p. 118-132. PA do tórax em ortotase Densidade radiológica (cores claras e nítidas, definindo as estruturas avaliadas). Avaliação e análise Fonte: acervo pessoal Contorno (delimitação clara e precisa dos órgãos). Avaliação e análise Fonte: acervo pessoal Alinhamento biomecânico (alterações da biomecânica óssea e articular). Avaliação e análise Fonte: acervo pessoal Alterações congênitas (alterações na forma e na função que ocorrem nos períodos pré, peri e pós-natal imediato). Avaliação e análise Fonte: acervo pessoal Partes moles: sombras + ou - cinzentas edema massas radiopacas Radiotransparência e radiopacidade Fonte: NOVELLINE, Robert, 1999, p. 377. Quais são os aspectos mais relevantes para se analisar um exame radiográfico, objetivando a análise criteriosa e pormenorizada da imagem apresentada, que se constitui em uma sequência predeterminada, o que nos auxilia e direciona? a) Posicionamento, movimento e respiração. b) Posicionamento, alinhamento biomecânico e contorno ósseo. c) Patologias pregressas, presença de fraturas e densidade. d) Densidade, contorno e presença de implantes metálicos. e) Densidade, alterações congênitas e implantes metálicos. Interatividade Resposta Quais são os aspectos mais relevantes para se analisar um exame radiográfico, objetivando a análise criteriosa e pormenorizada da imagem apresentada, que se constitui em uma sequência predeterminada, o que nos auxilia e direciona? a) Posicionamento, movimento e respiração. b) Posicionamento, alinhamento biomecânico e contorno ósseo. c) Patologias pregressas, presença de fraturas e densidade. d) Densidade, contorno e presença de implantes metálicos. e) Densidade, alterações congênitas e implantes metálicos. Permite movimento, deambulação, proteção de órgãos vitais, armazenamento de íons, hematopoiese e é um arcabouço de sustentação. 206 ossos no adulto, perfazendo 1/5 do peso corporal. É um organismo vivo e dinâmico, composto de H2O, sais minerais (cálcio e fosfato) e fibras colágenas. Propriedadesde reconstrução e fortalecimento. Capacidade de suportar cargas, com região elástica (carga elevada, pouca deformação) e uma região plástica (em pouca carga há muita deformação, não retornando ao seu estado original). Falência óssea Fraturas Sistema ósseo O Rx irá determinar o tipo de fratura, a sua extensão, a lesão concomitante aos tecidos moles e articulações, a posição e a relação entre os fragmentos; possibilita escolher o método de intervenção mais apropriado, acompanhar a consolidação do tecido ósseo, a evolução clínica e o tratamento clínico. Fraturas Fonte: VIEIRA, et al., 2009. Aberta/fechada. Completa/incompleta. Simples/composta ou cominutiva. Tipo de traço de fratura. Galho verde. Fratura avulsão. Associadas. Tipos de fraturas Fonte: BELLOTI, et al., 2013. Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal Responsável pela conexão dos pulmões com o ambiente externo. Composto por: pulmões, vias aéreas superiores (fossas nasais, faringe, laringe, traqueia superior) e vias aéreas inferiores (traqueia inferior, brônquios, bronquíolos e alvéolos-pulmão). Responsável por trocas gasosas, defesa, regulação da temperatura, olfação (nariz), fonação (faringe) e manutenção do equilíbrio ácido-básico. Mediastino: porção medial entre os pulmões, contendo a traqueia, o esôfago, o timo, o coração e os grandes vasos. Indicação clínica do RX: possibilitar o diagnóstico correlacionando o exame físico, a história clínica e o exame radiográfico. Sistema respiratório Fonte: HOCHHEGGER, 2012. Fonte: acervo pessoal Formado por coração e grandes vasos, localizado dentro da cavidade torácica, sob o esterno, na frente da coluna vertebral e do esôfago, sobre o diafragma, e seu ápice está voltado levemente para a esquerda e a face anterior. Formado por 4 câmaras cardíacas (átrios D e E superiores, ventrículos D e E inferiores), interligadas pelas válvulas cardíacas atrioventriculares e semilunares. Os grandes vasos são as veias cavas superior e inferior, aorta e grandes artérias e veias pulmonares. As válvulas semilunares e aórtica são responsáveis pela comunicação com o sistema respiratório e os demais tecidos e sistemas, respectivamente, sempre em sentido unidirecional. Sistema circulatório Fonte: NOVELLINE, 1999. Formato, posição, tamanho do coração (cardiomegalia, situs inversus). Aspectos a serem avaliados Fonte: KARIGYO, et al., 2016.Fonte: BONET, et al., 2003. O tecido ósseo possui propriedades inerentes e bem específicas. Duas delas são inerentes a regiões do próprio osso, com funções diferentes, a região plástica e a elástica. Quando o osso recebe um impacto imposto a ele, ou mesmo uma carga mais relevante, ocorre uma reação na sua região plástica. Quais são as suas características? a) Resistente a altos impactos e cargas. b) Mesmo com pequenas cargas, há deformação óssea. c) Após a carga consegue retornar ao seu estado original. d) A deformação óssea não acontece nessa área. e) A curva de estresse-deformação é preservada nessa região. Interatividade Resposta O tecido ósseo possui propriedades inerentes e bem específicas. Duas delas são inerentes a regiões do próprio osso, com funções diferentes, a região plástica e a elástica. Quando o osso recebe um impacto imposto a ele, ou mesmo uma carga mais relevante, ocorre uma reação na sua região plástica. Quais são as suas características? a) Resistente a altos impactos e cargas. b) Mesmo com pequenas cargas, há deformação óssea. c) Após a carga consegue retornar ao seu estado original. d) A deformação óssea não acontece nessa área. e) A curva de estresse-deformação é preservada nessa região. Onda ultrassônica e de caráter mecânico, não invasiva, gerada por cristais piezoelétricos dentro de um transdutor, que, ao chocar com meios de impedância acústica diferentes, volta e é captada pelo transdutor como um eco. Indicada para tecidos moles. Não é invasiva, sem risco de radiação, quase não existe preparo e cuidados para os pacientes, podendo ser repetida diversas vezes, sem efeito cumulativo prejudicial. Não se consegue analisar estruturas que contenham ar. Ultrassonografia Fonte: NOGUEIRA-BARBOSA, et al., 2015. Nomenclatura: hiperecoicos (branco – osso, gordura, parede vesicular); hipoecoicos (mais escuros – linfonodos, líquidos e músculos); anecoicos (livre de ecos – vasos sanguíneos, urina normal e bile). Nomenclatura Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal RX similares aos convencionais, porém com densidade de absorção diferente, dependendo do número atômico, criando imagens positivas e negativas graduadas em Hounsfield; variam do preto (menos densas) ao branco (mais densas). O tubo do aparelho gira 360º em torno do corpo, obtendo slices de 1 a 10 mm, produzindo imagens em corte transversal das estruturas sem sobreposição – tridimensional. As diferenças sutis entre as diferentes densidades podem ser quantificadas, mostrando distintas tonalidades de cinza, além de proporcionar reconstrução e manipulação computadorizada. Conseguimos interpretar e avaliar a aparência, a forma, o tamanho, a simetria e o posicionamento em todas as áreas da medicina. Restrições para gravidez, alergia ao contraste, distúrbios de movimento e distúrbios psiquiátricos. Tomografia computadorizada Fonte: ALVARENGA, et al., 2014. Hipodenso (ar). Isodenso (água). Hiperdensos (ossos). Nomenclatura Fonte: LIMA, et al., 2016. Fonte: acervo pessoal Utiliza-se de um campo magnético, obtendo imagens com ondas de radiofrequência. Possibilita melhor detalhamento das estruturas, aquisição de várias sequências e planos anatômicos, sem radiação ionizante, baixo índice de reações ao contraste venoso (complexo gadolíneo hidrossolúvel ou metais como o manganês e o ferro). Mais demorado, passível de ser afetado pela claustrofobia, contraindicado em presença de metais, maquiagem para os olhos, marcapasso, implantes cocleares, próteses e algum histórico do próprio paciente. Ressonância nuclear magnética Fonte: DIAS, et al., 2018. Grau do brilho da imagem. Nomenclatura Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal Registro gráfico da atividade elétrica cardíaca, exame de primeira escolha em cardiopatias, por ser simples e barato e sem preparo. Onda P: quando o estímulo elétrico passa pelos átrios levando à contração, de forma pequena e arredondada. Intervalo PR: vai do início da onda P até o início do complexo QRS. Complexo QRS: estímulo elétrico passa pelos ventrículos contraindo-os. Segmento ST: intervalo entre o QRS e a onda T – intervalo entre a despolarização e o início da repolarização ventricular. Onda T: relaxamento ventricular. Onda U: repolarização dos músculos papilares. Intervalo QT: fim da onda T e início do QRS. Eletrocardiograma (ECG) Interpretação Fonte: acervo pessoal Onda P Complexo QRS Onda T Batimento cardíaco normal Batimento cardíaco acelerado Batimento cardíaco lento Batimento cardíaco irregular Onda de recuperação Ativação dos ventrículos Ativação dos átrios Cada exame de imagem utiliza uma forma de propagação de onda, radiação ou outra energia, para produzir e registrar suas imagens diagnósticas. Quais seriam as formas utilizadas pelo ultrassom, pela tomografia computadorizada e pela ressonância magnética, respectivamente? a) Raios-x, raios gama e raios ultravioleta. b) Raios-x, ondas sonoras e ondas magnéticas. c) Ondas sonoras, raios-x e ondas de radiofrequência. d) Ondas sonoras, ondas magnéticas e ondas computadorizadas. e) Raios-x, raios laser e raios magnéticos. Interatividade Resposta Cada exame de imagem utiliza uma forma de propagação de onda, radiação ou outra energia, para produzir e registrar suas imagens diagnósticas. Quais seriam as formas utilizadas pelo ultrassom, pela tomografiacomputadorizada e pela ressonância magnética, respectivamente? a) Raios-x, raios gama e raios ultravioleta. b) Raios-x, ondas sonoras e ondas magnéticas. c) Ondas sonoras, raios-x e ondas de radiofrequência. d) Ondas sonoras, ondas magnéticas e ondas computadorizadas. e) Raios-x, raios laser e raios magnéticos. ALVARENGA, José A. L. S. Fratura do anel epifisário associado à hérnia discal extrusa: relato de caso. Einstein (São Paulo), vol. 12, n. 2, São Paulo, abr/jun., 2014. BONET, Carolina, et al. Correlação anatômica clínica: relato de caso. Arq. Bras. Cardiol., vol. 80, n. 2, São Paulo, fev., 2003. DESTKIGIL, Sergio, et al. Manual de Processos de trabalho – Imaginologia. Unicamp, 2017. DIAS, André L. N., et al. Epidemiologia da Síndrome da cauda equina. Ver. Bras. Ortop. Vol. 53, n. 1, São Paulo, jan/fev., 2018. KARIGYO, Carlos J. T. et al. Off Pump triple coronary artery by- pass graftingin a patient with situs inversus totalis. Bras. J. Cardiovasc. Surg. Vol. 31, n. 2, São José do Rio Preto, 2016. MOSCA, L. G.; MOSCA L. E. Técnica Radiológica: teoria e prática. Buenos Aires: Lopes Libreros Editores, 1971. NOGUEIRA-BARBOSA, Marcello, et al. Estudo retrospectivo dos achados da ultrassonografia no envolvimento ósseo associado à tendinopatia calcificada do manguito rotador. Radiol. Bras., vol. 48, n. 6, São Paulo, nov/dez., 2015. Referências NOVELLINE, Robert A. Fundamentos de Radiologia de Squire. Artes Médicas Sul Ltda., 1999. SOARES, Júlio César A. C. R. Princípios básicos de Física em radiologia. Colégio Brasileiro de Radiologia, 2008. SOUZA JUNIOR, P. et al. Síndrome de Kartagener em um cão da raça Cocker Spaniel. Arq. Bras. Med. Vet. e Zoot., v. 63, n. 3, p. 768-772, 2011. YUCHEM, Beatriz C. et al. Contraste iodado em Tomografia Computadorizada. Revista Brasileira Enfermagem, Brasília, 2004. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar