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DIREITO TRIBUTÁRIO E A CONTROVÉRSIA ACERCA DA COBRANÇA DE IPVA ENTRE ESTADOS

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – PUC MINAS
Curso de Direito
Cínthia Angélica Arantes Lemos
DIREITO TRIBUTÁRIO - A CONTROVÉRSIA ACERCA DA COBRANÇA DE IPVA ENTRE ESTADOS E O IMPACTO NA OPERAÇÃO DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS
Contagem 
2020
Cínthia Angélica Arantes Lemos
DIREITO TRIBUTÁRIO - A CONTROVÉRSIA ACERCA DA COBRANÇA DE IPVA ENTRE ESTADOS E O IMPACTO NA OPERAÇÃO DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS
Monografia apresentada ao Curso de Direito da Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel Direito.
Orientador: Cláudio Luiz Gonçalves de Souza
Contagem 
2020
Cínthia Angélica Arantes Lemos
DIREITO TRIBUTÁRIO - A CONTROVÉRSIA ACERCA DA COBRANÇA DE IPVA ENTRE ESTADOS E O IMPACTO NA OPERAÇÃO DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS
Monografia apresentada ao Curso de Direito da Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel Direito.
______________________________________________
Prof. Cláudio Luiz Gonçalves de Souza (Orientador)
______________________________________________
______________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor;
2. CTN – Código Tributário Nacional;
3. CF – Constituição Federal;
4. SEFAZ – Secretaria de Fazenda;
5. RE – Recurso Extraordinário;
6. STF – Supremo Tribunal Federal.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir ter chegado a esta etapa, aos meus familiares, em especial meu marido e meu filho, que foram meu incentivo diário.
Aos nobres colegas Rodrigo e Tagiane, por me prepararem profissionalmente e me darem acesso à vivência do tema escolhido na prática. 
À Companhia de Locação das Américas, pela experiência em Direito Tributário.
Por fim à Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, que me deu todo o suporte necessário durante minha formação.
RESUMO
Neste trabalho a autora abordou as divergências existentes entre a legislação dos Estados no tocante ao recolhimento do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor, capazes de gerar bitributação e seus impactos na operação de empresas locadoras de veículos. 
Enquanto o Estado de Minas Gerais considera em sua legislação tributária que o local de recolhimento do imposto é na residência do proprietário, e possui alíquotas mais atrativas, principalmente para o benefício de locadoras, o Estado de São Paulo, local que concentra o maior tráfego destes veículos locados, entende ser devido o recolhimento no local de domicílio do proprietário ou onde há a circulação diária do veículo.
Diante deste conflito de entendimentos, após decorrido todo o trâmite judicial que envolve a discussão, o Supremo Tribunal Federal entendeu por ser correto o pagamento do IPVA no local de domicílio, afirmando o entendimento existente na legislação do Estado de São Paulo.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. 
INTRODUÇÃO
Para se discorrer sobre o tema deste trabalho, precisaremos, primeiramente definir o conceito de tributo, impostos, fato gerador, e demais características gerais. Deste modo, conseguiremos chegar até o liame do problema de forma clara e objetiva. É sabido que o IPVA é o Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor, e cada estado possui competência para legislar acerca de sua alíquota e demais questões administrativas que envolvem o processo de recolhimento. Diante dessa competência dos Estados da Federação em definir as regras de incidência, encontramos a divergência aqui estudada e de recente discussão nos tribunais: o local de incidência do imposto. Isso, pois, como aqui trataremos, o estado de Minas Gerais entende ser no local de registro do veículo, já o Estado de São Paulo, entende ser no local de domicílio/rodagem do veículo automotor. Não podendo haver bitributação, o assunto arrasta-se em processos movidos principalmente por locadora de veículos, que sofrem com a inclusão de débitos em dívida ativa e são obrigadas a recolher, judicialmente, o valor já pago até que se encerre a discussão, necessitando também de mover ação cautelar de protesto no local onde houve o recolhimento do tributo, para que possa, posteriormente, em caso de decisão contrária, reaver o valor pago.
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO
O Direito Tributário é o ramo do direito que trata das questões relacionadas ao processo de arrecadação e fiscalização dos tributos. Trata-se de matéria autônoma da ciência jurídica que se atrela ao direito público, possuindo foco nas relações jurídicas que envolvem o Estado e o contribuinte. 
Nesta relação possuímos dois polos, o ativo, também chamado credor, que é representado pelos entes tributantes (Fisco), que são a União, os Estados, Municípios e o Distrito Federal. E do outro lado, o polo passivo, que são os contribuintes, pessoas físicas e/ou jurídicas, que são os responsáveis por contribuir.
1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO: 
O Art. 3º do CTN traz como definição de tributo: 
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituida em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Assim, vemos que tributo trata-se de receita que o Estado recolhe do patrimônio dos indivíduos, baseando-se em seu poder fiscal de tributar, sempre regulado pelas normas de direito público que constituem o Direito Tributário.
O Tributo é a obrigação de prestar dinheiro ao Estado, o que se pode chamar de prestação pecuniária, que, conforme vimos no Art. 3º do CTN, pode ser em moeda, sendo definido no Art. 161, também do CTN, o formato do pagamento. 
Trata-se de prestação compulsória, onde o recolhimento é não facultativo, involuntário e não contratual. A supremacia do interesse Público está diretamente ligada ao Direito Tributário, e esta seara dá guarida à imposição unilateral de obrigações, o que independe da anuência do obrigado.
É de se destacar que a compulsoriedade aqui tratada deve ser entendida como a coercibilidade, não dando espaço à autonomia de vontade. Tal ato deriva, de maneira semelhante, ao caráter pecuniário da legalidade. Assim, não há que se optar pelo pagamento do tributo, mas sim, submeter-se a ele, uma vez traçada sua natureza.
Esta prestação é instituída por lei, sendo, portanto, obrigação ex lege. A realização do ato descrito na hipótese de incidência já configura seu nascimento, sendo a vontade das partes irrelevante. 
O art. 142 do CTN define como atividade administrativa plenamente vinculada. O lançamento mostra-se como procedimento de exigibilidade do tributo. Desta forma, apenas com o lançamento é que se consuma o ato documental que gera a cobrança por meio do qual se poderá quantificar e qualificar a obrigação tributária existente. Conclui-se que o lançamento é ato vinculado, não discricionário.
2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Conforme Eduardo Sabbag, a competência tributária é a outorga atribuída, privativa, e constitucionalmente, ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária. O exercício pode ocorrer a qualquer tempo, o que a dota de imprescritibilidade. 
O poder de criar tributos é dividido entre os diversos entes políticos, onde cada um possui competência para impor as prestações tributárias, da forma com que lhe concede a Constituição Federal.
Desta feita, o princípio do Federalismo foi consagrado, delimitando entre as pessoas políticas o poder de tributar. Tal atribuição está prevista nos Arts. 153 a 156 da CF, onde se é estabelecido o poder de se instituir e cobrar tributos.
Diante disso, não se pode confundir a competência tributária, genérica, como poder de instituição de tributo, com a competência de legislar sobre questões do Direito Tributário, também conhecida como competência concorrente. 
É indelegável a competência tributária, intransferível, irrenunciável, inalterável, uma vez que, para que se admita de delegação de competência para instituir o tributoé consentir que a Constituição seja alterada por norma infraconstitucional.
CAPÍTULO 2 – IMPOSTOS
1. CONCEITO DE IMPOSTO
Trata-se de tributo cuja obrigação tem como fato gerador situação que independe de atividade estatal específica relativa ao patrimônio, atividade ou a vida do contribuinte, o que se verifica no Art. 16 do CTN.
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
Assim, podemos definir o imposto como tributo não vinculado à atividade estatal, o que o faz ser direcionado à atividade do particular, ou seja, no âmbito privado do contribuinte. O Tributo não vinculado encontra sua justificativa no princípio da capacidade contributiva, o que o torna conhecido como “tributo contributivo”.
Para que haja o pagamento do imposto basta a realização, pelo particular, do fato gerador, sendo caracterizada a captação de riqueza para o tesouro público. Por esta razão é que o imposto é também conhecido como tributo unilateral.
Em sua obra, Eduardo Sabbag menciona que o imposto é “um tipo de tributo que tem como elemento fundamental um ato, negócio ou situação jurídica respaldada em substrato econômico, pertinente a uma pessoa privada, sem qualquer participação direta e imediata do Poder Público”.
2. O IMPOSTO E O PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO
A receita dos impostos arrecadados tem por intuito, custear despesas públicas universais, como segurança pública, educação, limpeza pública, e sua receita não pode ser atrelada a nenhum órgão, despesa ou fundo, tendo em vista a proibição derivada do princípio da não afetação, conforme inciso IV do art. 167 da CF.
Tal princípio dispõe que é vedada a vinculação de receita de impostos à despesa, órgão ou fundo. Assim, vemos que esta vedação é tida mais como uma regra do que mero princípio.
Entende-se então que não se pode majorar imposto ou aumentá-lo, vinculando-o a dada finalidade, sob pena de inconstitucionalidade do ato.
O princípio aqui discutido não é absoluto, existem exceções constitucionalmente expressas, quais sejam: 
· A repartição das receitas tributárias;
· A Destinação de recursos para ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e realização de atividades da administração tributária; e
· A prestação de garantias para operações de crédito por antecipação de receita para a União e para pagamento de débitos para com esta.
Cabe ressaltar que os impostos previstos na Constituição deverão ser instituídos, como regra, por meio de Lei Ordinária. Podendo, porém, ser instituído por meio de Lei Complementar em dois casos: imposto residual e imposto sobre grandes fortunas.
3. IMPOSTOS DIRETOS, INDIRETOS, PESSOAIS E REAIS
O imposto direto não repercute, sua carga econômica é suportada pelo contribuinte, ou seja, quem deu origem ao fato gerador. Exemplo disso é a cobrança dos impostos: IPVA, ITBI, IR, IPTU, entre outros.
Já o imposto indireto é aquele cuja cobrança está atrelada à terceira pessoa, não sendo assumido pelo realizador do fato gerador. 
Desta forma, é de se observar que o imposto indireto é remetido ao responsável, e não ao contribuinte, não sendo diretamente ligado à capacidade contributiva, mas aquele que gera ônus financeiro ao consumidor final, por meio da repercussão econômica.
São conhecidos como impostos reais aqueles que se atêm à matéria tributária, ou seja, o próprio bem/coisa, sem analisar a condição pessoal do contribuinte. Já os impostos pessoais, levam em consideração a condição contributiva do particular, qualidades pessoais e juridicamente qualificadas do sujeito passivo da obrigação, o que faz com que ele tenha caráter subjetivo. Um exemplo disso é o Imposto de Renda. Os demais impostos se enquadram como impostos reais.
Findando-se a introdução à introdução ao Direito Tributário, base para que se possa realizar análise aprofundada sobre o IPVA, devemos deixar claro que este configura-se como imposto diretamente ligado ao patrimônio e a renda do contribuinte.
4. FATO GERADOR E HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Também chamado de fato oponível, o fato gerador é a materialização da hipótese de incidência, correspondendo ao momento de sua realização. Este define a lei a ser aplicada no momento da cobrança do tributo, em abono do princípio da irretroatividade tributária.
Ademais, se faz necessário mencionar que a hipótese de incidência, que é a situação descrita pela lei, indicada pelo legislador entre outras inúmeras situações, a qual uma vez que, concretizada pelo fato gerador, dá surgimento à obrigação principal.
Diante de todas as definições e características do fato gerador, ressalta-se que, na situação tratada por este trabalho, é de se destacar o fato de este ser considerado “continuado”. Isso pois leva um período para se completar. no caso de nossa legislação, o período é de um ano, havendo assim a necessidade de serem feitos cortes temporais para sua identificação. 
CAPÍTULO 3 – IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULO AUTOMOTOR
O Art. 155, III, da CF, estabelece ser de competência dos Estados e do Distrito Federal a instituição do IPVA.
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre (...)
III – Propriedade de veículos automotores”
Assim, o IPVA é um imposto estadual, disciplinado pela CF/88. Este será exigido em 01º de janeiro de todos os exercícios, sendo devido, segundo descrito por Eduardo Sabbag, no local em que o veículo deva ser registrado e licenciado, inscrito ou matriculado perante as autoridades de trânsito. Tal fato independe do local de domicílio do proprietário ou possuidor. Eis que se verifica o problema em questão a ser aprofundado posteriormente.
Para que se institua este imposto, uma Lei Complementar trará a definição de fato gerador, base de cálculo, contribuintes, regime especial. Não existem normas gerais relativas ao IPVA, podendo os Estados e o Distrito Federal exercerem competência relativa plena.
De modo geral, o sujeito passivo é o proprietário do veículo automotor. O fato gerador é a propriedade do veículo automotor de qualquer espécie, ressaltando-se que a simples posse não gera obrigação, somente a propriedade. Esta pode ser comprovada por meio do Certificado de Registro de Veículo.
O fato gerador é anual, em data estabelecida em lei estadual, o que geralmente se dá em 01º de janeiro. Ressalta-se que o momento do fato gerador por variar em virtude da data em que se adquire o veículo, sendo este novo, e da data do desembaraço aduaneiro, para veículo importado.
A base de cálculo é embasada no valor venal do veículo ou o preço conforme preço comercial de tabela, o que também poderá estar descrito em nota fiscal.
A alíquota deve observar o dispositivo constitucional, conforme se verifica: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre (...)
III – Propriedade de veículos automotores
§6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização”
A alíquota será estabelecida por meio de lei ordinária estadual e deverá ser proporcional, não existindo limite máximo a ser fixado.
Considerando as disposições gerais do imposto específico, trataremos agora de aprofundar o estudo da legislação dos estados de Minas Gerais e São Paulo para compreender a divergência existente acerca do recolhimento do imposto e a problemática que gera inscrição em dívida ativa, discussão judicial e recente entendimento dos tribunais superiores.
CAPÍTULO 4 - IPVA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Conforme demonstrado no capítulo anterior, a legislação mineira traz todas a regulamentação para a exigibilidade do IPVA, como veremos a seguir.
A cobrança do imposto é regulada pela Lei nº 14.937 de 23 de Dezembro de 2003.
De acordo com o disposto na Lei, o imposto incide, anualmente, sobre a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, sujeito à registro, matrícula ou licenciamento no Estado e sobre veículo automotor dispensado de registro,matrícula ou licenciamento no órgão próprio, desde que seu proprietário seja domiciliado no Estado.
Como demonstrado nas disposições gerais sobre o imposto, o fato gerador se dará, para veículo usado, no dia 1º de janeiro de cada exercício, na data do desembaraço aduaneiro, para veículo importado e da data da aquisição de veículo novo. O IPVA será lançado e o contribuinte, que é o proprietário do veículo, notificado da tabela relativa à base de cálculo do imposto. 
O valor considerado para a base de cálculo será do valor venal do veículo com base no preço médio do mercado, conforme divulgado pela SEFAZ, em caso de usados. Para os novos, o valor constante em nota fiscal.
 Conforme Art. 10 da referida lei, as alíquotas serão:
Art. 10 - As alíquotas do IPVA são de:
 I - 4% (quatro por cento) para veículos automotores não especificados nos demais incisos deste artigo;
II - 3% (três por cento) para furgão e caminhonete de cabine simples, exceto a estendida;
III - 1% (um por cento) para veículos destinados a locação, de propriedade de pessoa jurídica que preencha pelo menos um dos seguintes requisitos:
 a) exerça atividade exclusiva de locação devidamente comprovada nos termos da legislação tributária;
 b) aufira receita bruta com a atividade de locação de veículos que represente, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de sua receita bruta total, mediante regime especial de tributação concedido pela Secretaria de Estado de Fazenda, na forma, nos prazos e nas demais condições estabelecidos em regulamento;
 c) utilize no mínimo 2.000 (dois mil) veículos registrados no Estado destinados exclusivamente a locação, mediante regime especial de tributação concedido pela Secretaria de Estado de Fazenda, na forma, nos prazos e nas demais condições estabelecidos em regulamento;
IV - 1% (um por cento) para ônibus, microônibus, caminhão, caminhão-trator e aeronave;
V - 2% (dois por cento) para motocicleta, motoneta, triciclo, quadriciclo e ciclomotor;
VI - 3% (três por cento) para embarcação;
VII - 2% (dois por cento) para automóvel, veículo de uso misto e veículo utilitário que possuam autorização para transporte público rodoviário de passageiros comprovada mediante registro no órgão de trânsito na categoria "aluguel".” (grifo nosso)
Ressalta-se que o contribuinte ou o responsável deverá manter arquivados, pelo prazo de cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele que ocorreu o fato gerador, os comprovantes de pagamento do imposto.
Isso pois, após este prazo, caso se necessite solicitar reembolso de tributo pago indevidamente, este estará prescrito. Para se interromper tal prescrição, estes documentos serão necessários para ajuizar ação cautelar de protesto até o ultimo dia que antecede o aniversário de cinco anos.
Caberá ao Estado efetuar a restituição de importância indevidamente recolhida a título de imposto e acréscimos legais, ficando-lhe assegurado o ressarcimento, pelo Município, do valor a este repassado, na forma do regulamento.
Vê-se que a legislação de IPVA do Estado de Minas Gerais é de simples compreensão e direta quando trata do local de recolhimento do imposto, qual seja, aquele LICENCIADO NO ESTADO.
As maiores locadoras de veículos do país possuem sede no Estado de Minas Gerais, o que faz com que a maioria de seus veículos sejam licenciados nesta localidade. Apenas o fazem em outro local por força de obrigação contratual, em casos de clientes da administração pública. Isso também ocorre pois o regime especial de tributação no Estado é mais atrativo.
A problemática surge quando estes veículos registrados em Minas Gerais são locados e os clientes possuem operação no Estado de São Paulo, onde seu tráfego será contínuo. Deste modo, vejamos a regulamentação do imposto para São Paulo.
CAPÍTULO 5 – IPVA NO ESTADO DE SÃO PAULO
O IPVA no Estado de São Paulo é regulamentado pela Lei 13.296 de 23 de Dezembro de 2008.
A ocorrência do fato gerador se assemelha ao Estado de Minas Gerais, sendo acrescido da data em que o proprietário ou o responsável pelo pagamento, deveria ter fornecido os dados necessários à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, em se tratando de veículo procedente de outro Estado ou do Distrito Federal.
Nos casos de veículos de propriedade de empresa locadora, se dará no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado já inscrito no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, na data em que vier a ser locado ou colocado à disposição para locação no território deste Estado, em se tratando de veículo usado registrado anteriormente registrado em outro Estado ou no caso de aquisição de veículo novo para integrar a frota destinada à locação em São Paulo.
Tal disposição aplica-se a empresas locadoras de veículos qualquer que seja seu domicílio.
Assim, São Paulo considera que o IPVA deva ser arrecadado no domicílio. Conforme Art. 4º da mencionada lei regulamentadora: 
Artigo 4º - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo neste Estado.
§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio:
1 - se o proprietário for pessoa natural:
a) a sua residência habitual;
b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade onde o veículo esteja sendo utilizado;
2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado:
a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos automotores que a ele estejam vinculados na data da ocorrência do fato gerador;
b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa;
c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese de locação de veículo para integrar sua frota;
3 - qualquer de suas repartições no território deste Estado, se o proprietário ou locatário for pessoa jurídica de direito público.
§ 2º - No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como domicílio tributário para fins de pagamento do IPVA:
1 - o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão;
2 - caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço constante da Declaração de Imposto de Renda.
§ 3º - Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos §§ 1º e 2º deste artigo, a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o endereço que vier a ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral e nos cadastros de empresa seguradora e concessionária de serviço público, dentre outros.
§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível determinar a vinculação do veículo na data da ocorrência do fato gerador, nos termos do item 2 do § 1º deste artigo, presume-se como domicílio o local do estabelecimento onde haja indícios de utilização do veículo com predominância sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa jurídica.
§ 5º - Presume-se domiciliado no Estado de São Paulo o proprietário cujo veículo estiver registrado no órgão competente deste Estado.
§ 6º - Em se tratando de veículo de propriedade de empresa de arrendamento mercantil (leasing), o imposto será devido no local do domicílio ou residência do arrendatário, nos termos deste artigo.
§ 7º - Para os efeitos da alínea "b" do item 2 do § 1º deste artigo, equipara-se a estabelecimento da empresa locadora neste Estado, o lugar de situação dos veículos mantidos ou colocados à disposição para locação.”(grifo nosso)
No caso de pessoa jurídica, considera-se contribuinte cada um dos estabelecimentos para fins de cumprimento das obrigações continas na Lei.
As alíquotas, conforme Art 9º serão:
“Artigo 9º - A alíquota do imposto, aplicada sobre a base de cálculo atribuída ao veículo, será de:
I - 1,5% (um inteiro e cinqüenta centésimos por cento) para veículos de carga, tipo caminhão;
II - 2% (dois por cento) para:
a) ônibus e microônibus;
b) caminhonetes cabinesimples;
c) motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e quadriciclos;
d) máquinas de terraplenagem, empilhadeiras, guindastes, locomotivas, tratores e similares;
III - 3% (três por cento) para veículos que utilizarem motor especificado para funcionar, exclusivamente, com os seguintes combustíveis: álcool, gás natural veicular ou eletricidade, ainda que combinados entre si;
IV - 4% (quatro por cento) para qualquer veículo automotor não incluído nos incisos I a III deste artigo.
§ 1º - A alíquota dos veículos automotores a que se refere o inciso IV deste artigo, destinados à locação, de propriedade de empresas locadoras, ou cuja posse estas detenham em decorrência de contrato de arrendamento mercantil, desde que registrados neste Estado, será reduzida em 50% (cinqüenta por cento).
§ 2º - Considera-se empresa locadora de veículos, para os efeitos do § 1º, a pessoa jurídica cuja atividade de locação de veículos represente no mínimo 50% (cinqüenta por cento) de sua receita bruta, mediante reconhecimento, segundo disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda.
§ 3º - Será aplicada, excepcionalmente, a alíquota de 3% (três por cento) para veículos fabricados até 31 de dezembro de 2008 que utilizarem motor especificado para funcionar exclusivamente a gasolina, quando adaptado para funcionar de maneira combinada com gás natural veicular ou gás natural comprimido, ficando convalidados os procedimentos anteriormente adotados.” (grifo nosso)
Conforme o Art. 18, ao se verificar que o contribuinte ou responsável deixou de recolher o imposto no prazo legal, a autoridade administrativa tributária procederá ao lançamento, de ofício, notificando o proprietário do veículo ou o responsável para o recolhimento do imposto ou da diferença apurada, com os acréscimos legais, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento da notificação, reservado o direito de contestação. Verificado a infração a qualquer dispositivo da legislação do imposto, será lavrado Auto de Infração e será imposta multa.
A legislação neste Estado, diferentemente de Minas Gerais, inclui obrigações acessórias aos contribuintes do IPVA, onde verifica-se que, veículos anteriormente registrados em outro Estado, quando adquirido ou transferido seu domicílio ou residência para São Paulo, deverão fornecer os dados necessários à inscrição do Cadastro de Contribuintes do IPVA.
Também estará obrigada a fornecer os dados necessários à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA a empresa locadora de veículos que operar neste Estado, em relação a todos os veículos que vierem a ser locados ou colocados à disposição para locação neste Estado.
Sendo notificado o lançamento do Auto de Infração e imposição de multa, dar-se-á início a um procedimento administrativo tributário. O notificado terá trinta dias para apresentar defesa, por escrito, constados da data da notificação.
Por fim, não está autorizada a restituição ou compensação de importância já recolhida ou depositada em juízo, relativamente à situação em que haja decisão transitada em julgado.
Verificando-se as diferenças na regulamentação dos dois Estados, poderemos agora aprofundar a análise do problema.
CAPÍTULO 6 – DA PROBLEMÁTICA ENVOLVENDO LOCADORAS DE VEÍCULOS E A COBRANÇA DO IPVA
Considerando a legislação dos Estados aqui apresentada, foi possível identificar que existe uma discordância acerca do local de recolhimento do Imposto. Tal conflito, basicamente, afeta empresas locadoras de veículos devido ao tamanho da frota alocada em outros Estados. 
Por questões financeiras e fiscais, as empresas locadoras de veículos que possuem sede administrativa em Minas Gerais registram sua frota neste estado. Retornando na legislação vemos que as alíquotas são mais atrativas tanto para veículos de passeio quanto para caminhões, o que é correto, considerando a legislação do Estado de Minas Gerais. Uma vez efetuado o pagamento do imposto a um ente da federação, não há que se considerar um novo recolhimento. Isso pois, o recolhimento de imposto que possui mesmo fato gerador, por entes da federação distintos, não é permitido. Chamamos essa situação de bitributação. Ou seja, um imposto somente será pago a um Estado.
Assim, locadoras de veículos, mesmo possuindo sede administrativa em um Estado, pode possuir filiais ou até mesmo a Sede Legal em outras localidades. Cada unidade tem liberdade de firmar contratos novos e locar veículos a estes clientes, direcionando os veículos da empresa aos endereços dos contratantes. Tal locação não deveria atingir o recolhimento do imposto, visto que demais entes da federação sequer questionam o local de registro do veículo ou onde seu imposto é recolhido. Apenas se registram os veículos em outro Estado por meio de obrigação contratual, o que muitas vezes decorre de contrato público.
O que agrava a situação das locadoras é que o Estado de São Paulo concentra o maior número de clientes, o que faz com que os veículos registrados em Minas Gerais sejam redirecionados aos clientes e passam a trafegar com frequência no local. 
Diante dessa frequência de rodagem dos veículos, é caracterizado o domicílio do veículo, uma vez que as empresas proprietárias possuem filial no estado e os contratantes também. O questionamento do Estado de São Paulo é que, já que as empresas possuem filial no Estado, porque os veículos precisam ser registrados em outro local, e trafegar em sua via? Entende-se que isso ocorre apenas por “economia”, já que o outro Estado possui alíquotas mais atrativas.
Sendo assim, como forma de coibir que estas empresas se esquivem do recolhimento em São Paulo, e entendendo este Estado que o local de recolhimento deva ser no domicílio do veículo, é realizado o lançamento do débito, que, se não pago, entra em dívida ativa.
Cabe relembrarmos que, segundo São Paulo, toda vez que o domicílio do veículo for alterado para essa localidade, deve ser realizado o cadastro como contribuinte do imposto, o que também é descumprido.
As empresas que já efetuaram o pagamento do imposto no local de registro do veículo, não podendo realizar o recolhimento novamente considerando a impossibilidade da bitributação, se veem obrigadas a discutir judicialmente o lançamento dos débitos em dívida ativa.
Tal lançamento impede que as empresas obtenham Certidão Negativa de Débitos, o que os limita na participação de licitações, por exemplo.
Para que consigam se provar adimplentes com suas obrigações, considerando a existência de ações judiciais que questionam o lançamento dos débitos e havendo sido recolhido judicialmente o valor objeto de discussão, é possível a emissão de Certidão Positiva de Débitos com Efeitos de Negativa.
Vemos que o transtorno causado por essa divergência é extremamente desgastante e trabalhoso para ambos os polos. Visando um consenso, diversas ações judiciais discutindo os débitos foram ajuizadas e buscou-se pacificar o tema por meios dos tribunais.
Também se faz necessário, anualmente, que se ajuízem ações cautelares de protesto, para que, uma vez transitado em julgado que o imposto deverá ser recolhido em local diverso do efetuado, possa-se requerer reembolso, também relembrando o impedimento à bitributação.
Toda essa discussão obteve recentemente decisão proferida por meio do Supremo Tribunal Federal, o que veremos no próximo capítulo.
CAPÍTULO 7 – DECISÃO ACERCA DO LOCAL DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO E SEU IMPACTO NA OPERAÇÃO DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o IPVA deve ser recolhido no domicílio do proprietário do veículo, onde o bem deve ser licenciado e registrado. 
Conforme dito pelo Ministro Alexandre de Moraes, em seu voto no Recurso Extraordinário (RE) 1016605, o IPVA foi criado em 1985 por meio de emenda constitucional e repetido na Constituição de 1988. A justificativa é remunerar a localidade onde o veículo circula, em razão da maior exigência de gastos em vias públicas - tanto que metade do valor arrecadado fica com o município, como prevê o artigo 158. O ministro assinalou ainda que o Código de TrânsitoBrasileiro não permite o registro do veículo fora do domicílio do proprietário.
A maioria dos ministros entendeu que, no caso de locadoras de veículos, o IPVA é devido ao estado onde o automóvel é disponibilizado, ou seja, se a empresa tem filiais em vários estados, não pode escolher licenciá-los e registrá-los em um só estado e disponibilizá-los em todo o país. 
Locadoras de veículos são diretamente afetadas pela decisão, já que esta é a primeira vez que o STF se pronuncia sobre a 'guerra fiscal' do IPVA. Para a maioria vencedora, o ato de licenciar o veículo em um estado onde o proprietário não reside só para pagar alíquotas menores, é considerada uma espécie de fraude.
Diante do atual cenário, locadoras de veículos tiveram enorme impacto em sua operação e se veem na necessidade de disponibilizar o levantamento dos valores depositados em juízo ao Estado de São Paulo e reunir documentação para solicitar o reembolso do imposto já recolhido ao Estado de origem, para que, conforme já mencionado, não haja a bitributação.
Os impactos financeiros dessa decisão afetam toda a classe locadora e as obriga a reorganizar todo seu cronograma de implantação de novos veículos e contratos, bem como reajustar seus preços considerando as alíquotas dos locais onde os veículos estarão alocados.
CONCLUSÃO
Conforme exposto no transcurso do trabalho, locadoras de veículos optam ter sede e registrar seus veículos em localidade onde as alíquotas sejam mais atrativas e onde hajam maiores benefícios para veículos destinados à locação, sem considerar onde ocorrerá o tráfego destes carros ou para onde serão locados. Apenas são considerados o registro em outro local por força de obrigação contratual. 
Diante dessa busca por menor custo, alguns entes da federação, aqui referenciado o Estado de São Paulo, que entendem de forma contrária, visando sempre considerar onde há a rodagem dos veículos, entendem que as locadoras apenas pretendem burlar a tributação imposta, cobrando assim o imposto onde consideram ser devidos.
Para colocar fim à disputa tributária, onde há razão em ambos os argumentos, considerando que os entendimentos das legislações são distintos, o tema chegou ao Supremo Tribunal Federal que entendeu como sendo correto o recolhimento do IPVA no local de domicílio/tráfego dos veículos. 
Empresas locadoras de veículos com base nesta decisão, reorganizam sua operação, forma de contratação, orçamento e agora precisam pleitear o reembolso do valor recolhido para o ente da federação distinto daquele indicado pelo STF.
REFERÊNCIAS
Constituição Federal;
CTN;
Eduardo Sabbag – Manual do Direito Tributário
Lei nº 14.937 de 23 de Dezembro de 2003 – MG
Lei 13.296 de 23 de Dezembro de 2008.
Recurso Extraordinário (RE) 1016605
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=446018&caixaBusca=N#:~:text=Imprensa,-Not%C3%ADcias%20STF&text=O%20Plen%C3%A1rio%20do%20Supremo%20Tribunal,o%20tema%2C%20licenciado%20e%20registrado.

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