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Faculdade Metropolitana de Anápolis. Prof. (a): Nayara Milhomens Aluna: Juliana Alves do Amaral Gramacho. Curso: Direito 2 período. ATIVIDADE 1. O que é pessoa jurídica? È uma entidade geralmente constituída por um grupo de pessoas, a quem a lei confere personalidade jurídica para atuar na ordem civil, tendo direitos e obrigações, como uma pessoa natural. Entretanto, embora sendo formada por pessoas, a personalidade destas não se mistura com a da entidade, que tem sua personalidade própria independente da dos componentes do grupo, esta é, inclusive, a principal característica da pessoa jurídica. 2. Como se dividem as pessoas jurídicas? Pessoas jurídicas de direito público: Interno: são aqueles grupos representantes de uma organização política e entidades formadas com finalidades públicas, podendo ser da administração direta, sendo a União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios; e de administração indireta (autarquias, associações públicas, fundações públicas e demais entidades de caráter público legais), que consiste em órgãos descentralizados, com personalidade jurídica própria. Externo (internacional): são regidas pelo direito internacional e englobam os países e organizações públicas de ordem internacional, como a ONU, o FMI, a Santa Sé etc. A República Federativa do Brasil é uma pessoa jurídica de Direito Público Interno (quando desempenha funções dentro do âmbito nacional através da União, tendo apenas autonomia, assim como os Estados-Membros e os Municípios também têm) e externo (quando mantém, como um Estado totalitário, relações com outros países, faz parte de organizações internacionais, declara paz ou guerra, enfim, quando age em nome da nação, tendo soberania em relação aos demais países e autonomia em relação às demais pessoas jurídicas de direito público interno). Pessoas jurídicas de direito privado: È toda entidade constituída por iniciativa privada, seja com a finalidade de realização de obras de interesse coletivo, seja com a finalidade de realizar atividades de interesse particular. 3. Qual a diferença entre associação e sociedade civil? A diferença entre a sociedade e a associação é que a primeira tem finalidade econômica (de lucro) e a segunda, possui fins religiosos, morais, culturais, desportivos ou recreativos, e não tem fins lucrativos. Ambas, a qualquer momento, podem ser dissolvidas pelo interesse daqueles que a formaram. 4. O que é fundação? Pessoa jurídica de direito privado, formada não pela união de pessoas, mas pela disposição de bens patrimoniais destinados a um fim em razão da vontade de uma só pessoa, ou seja, é fruto de uma declaração unilateral de vontade. O conjunto de bens recebe personalidade jurídica para realizar o fim instituído por seu fundador. Assim, pode-se dizer que ela é composta de dois elementos: o patrimônio e sua finalidade, que jamais pode ser lucrativa, devendo sempre ser voltada para fins religiosos, morais, culturais e de assistência. 5. Quem fiscaliza as fundações privadas? Nos termos do art. 66 do Código Civil (brasileiro), essa atribuição é do Ministério Público. 6. O que são entes despersonalizados? São entidades não dotadas de personalidade jurídica, mas que configuram centros de relações e interesses jurídicos, possuindo capacidade processual ativa e passiva. Ex.: espólio, massa falida, herança jacente ou vacante, condomínio em edifícios. 7. Quem representa em juízo esses entes? O administrador dos bens: inventariante, síndico da massa, síndico do condomínio, etc. 8. Como se inicia a existência legal das pessoas jurídicas de Direito privado? O fato que dá origem a pessoa jurídica de direito privado é a vontade humana, sem necessidade de qualquer ato administrativo de concessão ou autorização, salvo os casos especiais do Código Civil (arts. 1.123a 1.125, 1.128, 1.130. 1.131, 1.132, 1.133, 1.134, §1º, 1.135 a 1.138. 1.140 e 1.141), porém a sua personalidade jurídica permanece em estado potencial, adquirindo status jurídico, quando preencher as formalidades ou exigências legais. Fases do processo genético da pessoa jurídica de direito privado: Na criação da pessoa jurídica de direito privado há duas fases: a) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, podendo revestir-se de forma pública ou particular (CC, Art. 997), com exceção da fundação, que requer instrumento público ou testamento (CC, Art. 62). Além desses requisitos, há certas sociedades que para adquirir personalidade jurídica dependem de previa autorização ou aprovação do Poder Executivo Federal (CC, arts. 45, 2º pane, e 1.123 a 1.125), como, p. ex., as sociedades estrangeiras (LICC, Art . 11, § 1o CC, arts. 1.134 e 1.135); b) a do registro público (CC, arts. 45, 984, 985, 998 e 1.150 a 1.154), pois para que a pessoa jurídica de direito privado exista legalmente é necessário inscrever os contratos ou estatutos no seu registro peculiar (CC, Art. 1.150); o mesmo deve fazer quando conseguir a imprescindível autorização ou aprovação do Poder Executivo Federal (CC, mis. 45, 46,1.123 a 1.125 e 1.134; Lei n. 6.015/73, arts. 114 a 121, com alteração da Lei n. 9.042/95). Apenas com o assento adquirirá personalidade jurídica, podendo, então, exercer todos os direitos; além disso, quaisquer alterações supervenientes havidas em seus atos constitutivos deverão ser averbadas no registro. Como se vê, esse sistema do registro sob o regime da liberdade contratual, regulado por norma especial, ou com autorização legal, é de grande utilidade em razão da publicidade que determinará os direitos de terceiros. O registro do ato constitutivo é uma exigência de ordem pública no que atina à prova e à aquisição da personalidade jurídica das entidades coletivas. Prazo decadencial para anular constituição de pessoa jurídica de direito privado: Havendo defeito no ato constitutivo de pessoa jurídica de direito privado, pode -se desconstituí-la dentro do prazo decadencial de três anos, contado da publicação de sua inscrição no Registro. 9. Onde se registra o ao constitutivo de um escritório de advocacia? No Registro Civil de Pessoas Jurídicas, pois sua forma jurídica é sociedade civil (S/C). 10. Como se extinguem as pessoas jurídicas? Pela dissolução, deliberada entre seus membros, ressalvados os direitos da minoria e de terceiros; por determinação legal; por ato do governo, que lhe casse a autorização para funcionar quando incorrer em atos opostos a seus fins ou contrários aos interesses públicos. Havendo dissolução da pessoa jurídica ou cassada sua autorização para funcionamento, ela subsistirá para fins de liquidação, mas aquela dissolução ou cassação deverá ser averbada no registro onde ela estiver inscrita. Liquidação da sociedade: Percebe-se que a extinção da pessoa jurídica não se opera instantaneamente, pois se houver bens de seu patrimônio e dívidas a resgatar, ela continuará em fase de liquidação, durante a qual subsiste para a realização do ativo e pagamento de débitos, cessando, de uma só vez, quando se der ao acervo econômico o destino próprio (CC, arts. 1.036 a 1.038). Cancelamento da inscrição da pessoa jurídica: Encenada a liquidação, promover- se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. A extinção da pessoa jurídica, com tal cancelamento, produzirá efeitos ex nunc, mantendo-se os atos negociais por ela praticados até o instante de seu desaparecimento, respeitando-se direitos de terceiro. 11. Quais os tipos de domicílios existentes? Voluntário - decorre do ato de livre vontade do sujeito, que fixa residência em um determinado local, com ânimo definitivo; Legal/Necessário - decorre da lei, em atenção à condição especial de determinadas pessoas. De eleição - estabelecido pelas partes, de comum acordo, nos contratos. 12. Onde é o domicilio da pessoa natural se ela tiver diversas residências ou vários centros de ocupações?Em qualquer residência, ou centro de ocupação. 13. Qual o domicilio dos incapazes? O de seus representantes ou assistentes legais. 14. O que é nome? É o elemento externo pelo qual se designa, se identifica e se reconhece a pessoa no âmbito da família e da sociedade. 15. Quais os elementos que compõem o nome? Compõe-se de Prenome (primeiro nome), nome, patronímico ou apelido de família (sobrenome) e agnome (Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, etc.). 16. Em quais casos se admite a alteração do nome? Nome vexatório (art. 55, LRP); Erro gráfico (art. 110, LRP); Homonímia Dos 18 aos 19 anos sem qualquer justificativa (art. 56, LRP); Adoção (art. 47, § 5º, ECA); Casamento, separação ou divórcio (art. 1.565, §§ 1º e 2º, CC); Substituições por apelidos públicos notórios (Art. 58, LRP). 17. O que são bens corpóreos e incorpóreos? Bens corpóreos: são os bens possuidores de existência física, são concretos e visíveis. Podemos destacar alguns exemplos de Bens corpóreos, podem ser: uma janela, casa, automóvel, porta, etc. Bens Incorpóreos: são bens abstratos que não possuem existência física, ou seja, não são concretos. Exemplos que podemos destacar são aqueles já esposados por César Fiúza, como: direitos autorais, crédito, vida, saúde, liberdade, etc. 18. O que são bens móveis e imóveis? São, respectivamente, os que podem ser transportados por movimento próprio ou removidos por força alheia (ex.: um carro, um vaso), os animais e os que não podem ser transportados sem alteração de sua substância (ex.: um apartamento). 19. O que são bens fungíveis e infungíveis? Fungíveis: são os bens móveis que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade (ex.: alimentos). Infungíveis: são os bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. São bens insubstituíveis, por existirem somente se respeitada sua individualidade (ex.: determinada pintura ou escultura). 20. O que são bens consumíveis e inconsumíveis? Bens consumíveis: são bens que se destroem pelo uso (ex.: alimentos em geral). Bens inconsumíveis: são aqueles que podem ser usados varias vezes, sem alteração de sua integridade. Não deixam de existir com o uso (ex.: uma cadeira). 21. O que são bens divisíveis e indivisíveis? São, respectivamente, aqueles que podem ser fracionados em porções reais (ex.: um terreno) e aqueles que não podem ser fracionados sem se lhes alterar a substância, ou que, mesmo divisíveis, são considerados indivisíveis pela lei ou pela vontade das partes (ex.: um livro, um imóvel rural de área inferior ao módulo rural). 22. O que são bens singulares e coletivos? São, respectivamente, os que se consideram de per si (ex.: um livro) e os agrupados em um conjunto (ex.: uma coleção de moedas). 23. O que são bens principais e acessórios? São, respectivamente, os que existem em si e por si, abstrata ou concretamente, e aqueles cuja existência supõe a existência do principal (Obs.: em geral, salvo disposição em contrário, a coisa acessória segue a principal - accessorium sequitur principale). 24. O que são bens públicos e privados? São, respectivamente, os que pertencem a pessoas naturais ou jurídicas de Direito Privado e os que pertencem a pessoas jurídicas públicas políticas, à União, aos Estados e aos Municípios. 25. Que são benfeitorias? São todas as obras realizadas pelo homem na estrutura de um bem, com o propósito de conservá-lo, melhorá-lo ou proporcionar prazer ao seu proprietário. 26. Quais são os tipos de benfeitorias existentes? Necessárias (imprescindíveis à conservação do imóvel ou para evitar-lhe a deterioração), úteis (aumentam ou facilitam o uso do imóvel) e voluptuárias (embelezam o imóvel, para mero deleite ou recreio). 27. O que são frutos? São bens acessórios que derivam do principal. Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja percepção não diminui a sua substância. São classificados em frutos naturais (são os gerados pelo bem principal sem necessidade da intervenção humana direta exemplos: laranja e café), industriais (são os decorrentes da atividade industrial humana exemplo: bens manufaturados) e civis (são utilidades que a coisa frugífera periodicamente produz, viabilizando a percepção de uma renda exemplos: juros e aluguel). 28. O que são produtos? São bens acessórios que derivam do principal. Os produtos são utilidades não- renováveis, cuja percepção diminui a substância da coisa principal. Podemos citar como exemplo o carvão mineral. 29. O que são pertenças? São “bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.
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