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Doenças Emergentes e Reemergentes

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UNIVERSIDADE PAULISTA
(UNIP)
THAÍS SOUZA PRADO
Doenças Emergentes e Reemergentes
Medicina Veterinária
São Paulo
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA
(UNIP)
THAIS SOUZA PRADO RA:T368DI-0
Doenças Emergentes e Reemergentes
	
Medicina Veterinária
São Paulo
2020
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................... 04
Fatores que influenciam a emergência e reemergência.....................................................................................05
Doenças emergentes e reemergentes no Brasil..................................................................................................06
Controle de doenças emergentes e reemergentes.....................................................................................08
Conclusão..........................................................................................09
Referências........................................................................................10
1. Introdução
Em todo o planeta, uma grande quantidade de doenças afeta a população. Algumas são velhas conhecidas de todos e frequentemente somos acometidos por elas e outras, no entanto, surgem sem sinais e causam grande destruição. Existem ainda doenças que não eram mais motivo de preocupação, mas que acabaram retornando e fazendo novas vítimas. As doenças infecciosas podem ser classificadas de acordo com o seu comportamento epidemiológico em dois tipos: doenças emergentes e reemergentes.
As doenças emergentes são definidas assim por serem doenças novas, que foram identificadas como um novo problema de saúde, por introdução de um novo agente infeccioso. Como exemplo de doença emergente nós temos a AIDS, a hepatite C, a febre hemorrágica pelo vírus Ebola, a encefalite espongiforme (doença da vaca louca), ou por microorganismos que só atingiam animais e que, agora, afetam também seres humanos como o vírus da Febre do Nilo Ocidental, o hantavírus, o vírus da influenza aviária (A/H5N1), o vírus Chikungunya e o vírus da Zika. Já as doenças reemergentes, indicam que houve mudanças no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, e que voltaram a representar ameaça à saúde humana, incluindo-se a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis. Na história recente do Brasil, por exemplo, registra-se o retorno da dengue e da febre amarela, bem como a expansão da leishmaniose visceral.
2. Fatores que influenciam a emergência e reemergência
Segundo WALDMANN (1998) e LUNA (2002), as doenças infecciosas emergentes e reemergentes, de uma maneira geral, estão associadas aos seguintes fatores: modelos de desenvolvimento econômico determinando alterações ambientais, migrações, processos de urbanização sem adequada infraestrutura urbana, grande obras como hidrelétricas e rodovias; fatores ambientais como desmatamento, mudanças climáticas (aquecimento global), secas e inundações; aumento do intercâmbio internacional, que assume o papel de "vetor cultural" na disseminação das doenças infecciosas; incorporação de novas tecnologias médicas, com uso disseminado de procedimentos invasivos; ampliação do consumo de alimentos industrializados, especialmente os de origem animal; desestruturação/inadequação dos serviços de saúde e/ou desatualização das estratégias de controle de doenças; aprimoramento das técnicas de diagnóstico, possibilitando diagnósticos etiológicos mais precisos; processo de evolução de microrganismos: mutações virais, emergência de bactérias resistentes. 
Todos esses fatores podem favorecer o aparecimento de novas doenças e alteração no comportamento epidemiológico de doenças antigas, tornando o quadro sanitário mais complexo do que a idéia de uma transição epidemiológica, pensada como simples sucessão de fases decorrentes, fundamentalmente, do processo de envelhecimento populacional e desenvolvimento científico, fazia supor (LUNA, 2002).
A erradicação de uma doença transmissível, objetivo raramente atingível, implica a extinção do seu agente etiológico e a impossibilidade de sua reintrodução, sendo desnecessária qualquer medida de prevenção. É o que ocorreu com a varíola. A eliminação de uma doença constitui alternativa próxima da erradicação, mais viável e que se obtém pela cessação da sua transmissão em extensa área geográfica, mantendo-se o risco de sua reintrodução. O controle de uma doença representa a convivência com certos níveis toleráveis de acometimento humano. 
3. Doenças emergentes e reemergentes no Brasil
No Brasil, as doenças emergentes mais evidentes são: febre amarela, cólera, tuberculose, dengue, hantavirose, leishmaniose, filariose, AIDS, malária, Gripe aviária, H1N1, sarampo e mais recentemente, o Covid 19.
Um exemplo de doença reemergente no Brasil é o sarampo. Em 2016, o País recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de região livre do sarampo endêmico, junto com outros países do continente. Porém, desde 2018, enfrenta uma nova disseminação da doença, com 10.429 casos confirmados em 2019, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
A dengue, que passou a se tornar constante no Brasil no final da década de 1990, continua sendo uma das principais doenças reemergentes e prioridade de saúde pública, desde então.
No Brasil, o modelo da transição epidemiológica nunca foi aplicável com perfeição. Em que pese uma marcante diminuição do peso relativo das doenças infecciosas e parasitárias enquanto causa de morbimortalidade - principalmente secundário à redução das doenças imunopreveníveis e das diarréias - persistem marcadas desigualdades regionais e sociais no país, e subpopulações nas quais os perfis de mortalidade pouco se alteraram nas últimas décadas (LUNA, 1998). A tuberculose pulmonar, por exemplo, que apresenta prevalência importante, já foi considerada reemergente. Entretanto, estudos especializados apontam para uma doença que apenas permaneceu em nosso meio (RUFFINO-NETTO, 1997), sem declinar significantemente, e com incidência elevada especialmente após o advento da AIDS.
A AIDS, a dengue e as infecções por bactérias resistentes a antimicrobianos - responsáveis pela elevada mortalidade por infecções hospitalares - são exemplos da modificação do comportamento das doenças infecciosas no mundo moderno (WALDMANN, 1998). Se no passado as doenças infecciosas eram majoritariamente associadas às más condições socioeconômicas, ao saneamento básico deficiente, às condições precárias de higiene e ao baixo nível de instrução, agora, com o surgimento ou recrudescimento de novas e velhas doenças, novos padrões de ocorrência também emergem, fruto da interação entre seus agentes, do ambiente e da vulnerabilidade populacional.
4. Controle de doenças emergentes e reemergentes
Para o enfrentamento das doenças emergentes e reemergentes o fortalecimento da vigilância epidemiológica, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de detecção precoce, tem um papel fundamental. Médicos, enfermeiros, médicos veterinários, e demais profissionais da assistência devem ser capacitados para identificar casos suspeitos e auxiliar no processo de investigação e desencadeamento das medidas de controle.
Epidemiologistas devem estar qualificados para realizar investigações de campo e monitorar o comportamento das doenças em indivíduos e populações, além de disporem de um sistema de informações ágil e que permita a tomada de decisão em tempo oportuno. É preciso fortalecer as atividades de vigilância em saúde (ambiental e sanitária, principalmente) e saúde pública veterinária, pois a emergência e reemergência de doenças infecciosas resultam da interação do homem com o ambiente. Alguns fatores, tais como a fauna sinantrópica e as condições sanitárias dos alimentos e das populações animais deveriam ser monitorados de forma rotineira e eficiente, de forma a prevenir, ou pelo menos alertar precocemente a comunidade para o risco de emergência dedoenças. Isto exigiria mecanismos ágeis de comunicação entre os diferentes serviços envolvidos (BARATA, 1997; LUNA, 2002).
Para favorecer a capacitação técnica, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde já estabeleceu parceria com o CDC americano, para a formação de epidemiologistas de campo, através do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EPI-SUS) (LUNA. 2002 ; BRASIL, 2008).
Outro desafio que as doenças emergentes e reemergentes colocam para a Saúde Pública diz respeito às normas de biossegurança. Há um risco de que agentes etiológicos novos e com alta letalidade possam vir a ser utilizados como armas biológicas, além da possibilidade real do tráfego global de viroses, em poucas horas, de um continente a outro, através das viagens aéreas (BARATA, 1997).
A questão da biossegurança deve contemplar o controle da importação de animais para experimentação, principalmente primatas, que podem ser reservatórios ou fontes de agentes infecciosos novos. As condições de transporte, acomodação e manutenção desses animais devem ser objeto de vigilância sanitária. Do mesmo modo, o manejo clínico de casos suspeitos em hospitais necessita de normas de biossegurança que protejam os profissionais de saúde e a clientela. O mesmo se aplica aos profissionais de laboratórios responsáveis pela identificação dos agentes etiológicos (BARATA, 1997).
5. Conclusão
O Brasil oferece condições propícias para a emergência e reemergência de doenças infecciosas e parasitárias, por suas características climáticas, geográficas, ambientais e socioeconômicas. Por conta disso, é necessário maior vigilância para poder descobrir, investigar rapidamente e acompanhar patógenos emergentes. Para prevenir o aparecimento de novas doenças é necessário também estimular a comunicação e a circulação de informações sobre as doenças emergentes e assegurar a implementação de estratégias de prevenção. Também é preciso a adesão da população ao Calendário de Vacinação.
6. Referências
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2002000300003
http://www.boletimdasaude.rs.gov.br/conteudo/1441/doen%C3%A7as-emergentes-e-reemergentes-no-contexto-da-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica-
https://www.scielosp.org/article/rsp/1997.v31n5/531-537/
http://painel.programasaudeativa.com.br/materias/doencascronicas/doenas-emergentes-e-reemergentes
http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material2.htm
file:///C:/Users/User/Downloads/doencas_emergentes_conceito%20(2).pdf

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