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0001 RESUMO AULA DO 26 DE STEMBRO DE 2020 LIBRAS - SUL AMERICA COMO OS SURDOS NA IDADE MÉDIA VIVIAM

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COMO OS SURDOS NA IDADE MÉDIA 
VIVIAM? 
 
Para a sociedade da época, os surdos 
na Idade Média eram quase que 
totalmente excluídos. Isso ocorria 
principalmente em virtude de 
determinadas crenças sociais e 
religiosas, que interferiam na forma 
como as pessoas no geral viam as 
pessoas surdas. 
 
 
 
Girolamo Cardano (Pavia, 24 de 
setembro de 1501 — Roma, 21 de 
setembro de 1576) foi um polímata 
italiano. Escreveu mais de 200 
trabalhos sobre medicina, matemática, 
física, filosofia, religião e música. 
 
Na matemática foi o primeiro a 
introduzir as ideias gerais da teoria das 
equações algébricas. Seu hábito de 
jogar também levou-o a formular as 
primeiras regras da teoria da 
probabilidade. 
 
Na medicina foi quem primeiro 
descreveu clinicamente a febre 
tifóide. 
 
Na física escreveu sobre as diferenças 
entre energia elétrica e magnetismo. 
Cresceu em meio a maus tratos, 
doenças e muitas infelicidades; apesar 
disso, mostrou uma extraordinária 
precocidade para os estudos: 
 
era já célebre como astrólogo e mago, 
antes de ter dado provas da sua 
invulgar aptidão para o estudo das 
ciências naturais e da matemática. 
 
Em 1526, depois de ter obtido o título 
de doutor em Medicina na 
Universidade de Pádua, começou 
imediatamente a exercer a sua 
atividade de médico em Siccolongo e, 
mais tarde, em Pádua. 
 
Ainda em 1526 escreve o livro Liber 
de Ludo Aleae (Livro dos jogos de 
azar) resolvendo vários problemas de 
enumeração e retoma os problemas 
levantados por Luca Pacioli.[2] A 
obra de Cardano, contudo, só veio a 
ser publicada em 1663. 
 
 Cardano relata em sua autobiografia, 
De Propria Vita que era viciado em 
jogos. 
 
Escreve que havia jogado xadrez por 
40 anos e dados por 25 anos. 
 Em 1534 obteve a cadeira de 
matemática em Milão, mas continuou 
a estudar medicina, misturada com 
práticas de astrologia e de magia. 
 
A sua cultura enciclopédica e a sua 
poderosa inteligência, permitiram-lhe 
escrever sobre os assuntos mais 
diversos. 
 
 
Para começar a entender a vida 
dos surdos durante a Idade Média é 
preciso saber que esse período 
aconteceu na Europa e durou de 476 
d.C até 1492. 
 
Esse momento histórico teve início 
logo depois da queda do Império 
Romano no Ocidente e finalizou 
durante a transição que deu início à 
Idade Moderna. 
 
Todo o período da Idade Média ficou 
conhecido como Idade das Trevas. Os 
motivos não são por acaso. 
Essa época foi palco de profundos 
retrocessos filosóficos, intelectuais, 
institucionais e artísticos. 
Em decorrência da predominância da 
Igreja Católica, bastante poderosa à 
época, todos os fenômenos da 
natureza, existência de doenças e 
demais situação não totalmente 
compreendidas pelo homem eram 
atribuídas de forma exclusiva à 
vontade divina. 
Isso significa que a ciência durante a 
Idade Média era praticamente 
inexistente. 
Os pequenos avanços conquistados no 
campo científico foram possíveis 
graças às influências positivas dos 
povos orientais, gregos e árabes. 
Outro fator relevante durante a Idade 
Média é que apenas as famílias 
pertencentes à nobreza conseguiam 
estudar. 
A educação das crianças geralmente 
ficava sob a responsabilidade da 
Igreja Católica ou era bastante 
influenciada por essa religião que era 
predominante. 
Com isso, apenas uma pequena 
parcela da população sabia ler e 
escrever durante o período medieval. 
O espanhol Pedro Ponce de León 
(1520 - 1584) foi um monge 
beneditino que recebeu créditos como 
o primeiro professor para surdos. 
Ponce de León estabeleceu uma 
escola para surdos no Mosteiro de San 
Salvador em Oña Burgos. Seus 
escassos alunos eram todos crianças 
surdas, filhos de aristocratas ricos que 
tinham recursos para o confidenciar-
lhe estes tutorados. 
 
Seu trabalho com crianças surdas 
focalizou em ajudá-las aprender como 
escrever a língua. Instruiu as crianças 
na escrita e em gestos simples como 
um alfabeto bi-manual. Ponce de León 
não se tornou conhecido por 
desenvolver um trabalho com língua 
de sinais. Ponce de León teria 
desenvolvido um alfabeto manual que 
permitia ao estudante que aprendesse 
a soletrar (letra por letra) toda a 
palavra. 
 Os pesquisadores modernos analisam 
se este alfabeto foi baseado, 
integralmente ou em parte, em simples 
gestos com as duas mãos. 
O alfabeto uni-manual publicado por 
Juan de Pablo Bonet em 1620, foi 
distinto do alfabeto bi-manual usado 
por Ponce de León. 
 
O trabalho de Ponce de León com os 
surdos foi considerado de grande 
importância por seus 
contemporâneos. 
A maioria dos europeus no século 
XVI, acreditava que os surdos eram 
incapazes de serem educados. Muitos 
acreditavam que os surdos nem 
mesmo poderiam ser educados como 
cristãos, deixando-os à margem da 
sociedade. 
COMO OS SURDOS NA IDADE MÉDIA 
ERAM TRATADOS? 
 
O isolamento dos surdos na Idade 
Média acontecia porque as pessoas 
não sabiam como lidar com essa 
condição no dia a dia. 
Tudo que era considerado fora do 
“normal”, geralmente causava 
espanto, medo e consequente 
afastamento por parte da sociedade. 
Por esse motivo, os surdos geralmente 
ficavam restritos ao convívio com os 
familiares, sem qualquer 
oportunidade de exercer funções na 
sociedade. 
 
Thomas Hopkins Gallaudet 
 
Muito jovem, em 1805, iniciou os 
estudos universitários em Yale, onde 
se formou como predicador. Logo 
começou os estudos de Direito. 
Em 1814 Gallaudet estava a ponto de 
começar sua carreira religiosa, 
quando, durante umas férias na casa 
de seus pais, na cidade de Hartford, 
um encontro casual com uma menina 
surda o convenceu que sua vocação 
estava em outra parte. 
 
A origem de sua vocação direcionada 
aos surdos 
Alice Cogswell, como se chamava a 
menina surda, permanecia isolada das 
demais crianças. Isso chamou a 
atenção de Gallaudet que, 
aproximando-se dela, tratou, por 
diversos meios, de estabelecer uma 
comunicação. 
Desenhou e apontou para coisas 
distintas, para fazer com que ela 
relacionasse a palavra "chapéu" a 
estes objetos. 
Logo a mostrou como escrever seu 
próprio nome. 
O resultado desse experimento mudou 
a vida de Gallaudet que, a partir de 
então, decidiu dedicar-se ao ensino 
dos surdos. Nesse tempo não existia 
nos Estados Unidos ninguém que se 
dedicasse a esse trabalho. 
 
Viagem à Europa 
Gallaudet começou a averigüar, junto 
ao pai de Alice, acerca dos métodos de 
ensino para os surdos em outros 
países. 
Soube que na França e na Inglaterra 
havia uma tradição a respeito. A partir 
daqui surgiu seu projeto de uma 
viagem à Europa, a fim de reunir 
informações detalhadas sobre a 
metodologia daquelas escolas, com o 
propósito de fundar uma escola 
própria em Hartford. 
 
A viagem à Inglaterra aconteceu em 
1816. 
Resultou em um fracasso, pois os 
educadores nesse país, da escola 
londrina Braidwood impuseram 
demandas muito altas para divulgar 
seus métodos de trabalho, já que 
consideravam importante mantê-los 
em segredo. 
 Gallaudet decidiu então tentar a sorte 
na França. 
Contudo, antes de sua partida, 
Gallaudet entrou em contato com três 
educadores franceses, o abade Roch 
Ambroise Sicard, e dois de seus 
auxiliares surdos, Jean Massieau e 
Laurent Clerc. 
Eles viajavam pela Inglaterra para 
mostrar seus métodos de ensino de 
surdos. 
O método francês se baseava no uso 
de senhas e na escrita, o que o 
diferenciava do inglês. 
 
Gallaudet concordou em visitar a 
escola dos mestres franceses em Paris. 
Lá passou dois meses com eles, 
aprendendo a língua dos surdos 
franceses e os métodos de trabalho da 
escola. 
Laurent Clerc decidiu viajar aos 
Estados Unidos com Gallaudet, para 
ajudá-lo em seu projeto. 
 
A escola de Hartford e o início da 
educação de surdos nos EUA 
Em 1817, já de volta a Hartford, 
Gallaudete Clerc abriram as portas da 
primeira escola para surdos dos 
Estados unidos, a American School 
for the Deaf. 
Em 1830, quando Gallaudet decidiu se 
retirar, já havia escolas para surdos em 
outras quatro cidades desse país, nos 
estados de Nova York, Pensilvânia, 
Kentucky e Ohio. 
 Uma geração de estudantes surdos 
com uma língua comum, que depois 
ficou conhecida como American Sign 
Language (ASL), já era capaz de ler e 
escrever em inglês, o que foi um 
resultado desse projeto. 
É preciso salientar que na época da 
Idade Média a população sofria com 
um nível extremo de pobreza. Isso 
tornava ainda mais difícil a vida das 
pessoas surdas, já que todas elas 
dependiam dos seus familiares para 
sobreviver. 
Para ter uma ideia de como a vida 
durante a Idade Média era difícil, 
basta saber que nesse período, um 
indivíduo com 30 anos era 
considerada velha. O motivo disso é 
que as pessoas dificilmente chegavam 
aos 30. 
A baixíssima expectativa de vida era 
decorrente principalmente pela alta 
mortalidade infantil, falta de 
tratamento adequado para doenças, 
péssimas condições de higiene, 
alimentação precária etc. 
Pelo motivo de a ciência quase não 
existir no decorrer da Idade Média, 
não era possível desenvolver qualquer 
tipo de método que favorecesse a 
comunicação com os surdos. 
De maneira que hoje em dia 
consideramos absurda, na Idade 
Média, os líderes religiosos 
mencionavam que uma criança nascer 
surda era sinal que um castigo divino 
havia sido feito aos pais. 
Mesmo diante de tantas limitações, 
durante o período medieval, John 
Beverley, um líder religioso que 
morreu em 721 d.C elaborou um 
importante trabalho na área de 
educação para surdos. 
 
ERNEST HUET? 
Nascido em 1822, em Paris, Ernest 
Huet pertencia a uma família da 
nobreza na França. 
Por esse motivo, ele sempre teve 
acesso à melhor educação da época. 
Ainda adolescente, Huet falava 
português e alemão (além do francês). 
Com a idade de apenas 12 anos, Ernest 
teve sarampo e, devido a essa 
enfermidade, acabou ficando surdo. 
Mesmo depois de apresentar surdez, 
ele conseguiu aprender espanhol e 
começou a estudar no Instituto 
Nacional de Surdos de Paris. 
Após muitos anos de 
comprometimento com os estudos, 
Huet conquistou a formação de 
professor. 
 
Depois disso, enquanto atuava na 
França, ele recebeu o cargo de diretor 
do Instituto de Surdos de Bourges. 
Por conta do excelente trabalho 
desenvolvido, Huet obteve grande 
prestígio e reconhecimento. 
Em 1851, o professor Ernest Huet se 
casou com a alemã Catalina Brodeke. 
Pelo fato de ser membro da nobreza 
francesa, Huet tinha o título de Conde. 
Por esse motivo e devido ao notável 
trabalho na área de educação de 
surdos, em 1855 Huet mudou-se para 
a Corte de Portugal no Brasil. 
A mudança de Huet, acompanhado de 
sua esposa Catalina, aconteceu graças 
a um convite feito pelo Imperador 
Dom Pedro II. 
 
O objetivo do Imperador consistia em 
fundar um instituto que atendesse as 
pessoas surdas no Brasil. 
 
Outro dos objetivos do imperador era 
que Huet, por ter imensa experiência 
nessa área, aceitasse estar à frente 
dessa importante instituição. 
 
CRIAÇÃO DA PRIMEIRA ESCOLA 
PARA SURDOS NO BRASIL 
Ernest Huet 
Após a mudança de Ernest Huet para 
o Brasil, mais precisamente para a 
cidade do Rio de Janeiro, ele dedicou-
se ainda mais aos estudos. 
 
Em grande parte, devido à dedicação 
de Huet, em 1857, no dia 26 de 
setembro, foi fundado na cidade do 
Rio de Janeiro, o Imperial Instituto 
Nacional de Surdos-Mudos. 
 
A maior incumbência de Ernest Huet 
era ensinar e aplicar a metodologia 
para a educação de surdos que era 
adotada na Europa, sobretudo na 
França. 
 
Nos primeiros anos, o instituto atendia 
apenas meninos. No entanto, com o 
passar do tempo, as meninas também 
passaram a ser atendidas. 
 
Atualmente, a escola fundada por 
Huet tem o nome de Instituto Nacional 
de Educação dos Surdos – INES. 
 
A Samuel-Heinicke-Realschule 
(abreviatura: SHR) é uma escola 
privada para deficientes auditivos em 
Munique, fundada pelo pastor Georg 
Rückert em 1971 , patrocinada pelo 
SchulCentrum Augustinum GmbH 
Munich. 
 O nome oficial da escola é Samuel-
Heinicke-Schule, uma escola 
secundária privada reconhecida pelo 
estado para educação especial, com 
foco especial em ouvir do 
SchulCentrum Augustinum gGmbH , 
Munique. 
 
Seu nome vem do pedagogo Samuel 
Heinicke , considerado o inventor do 
método alemão de educação de surdos 
. 
 
Em setembro de 2006, a escola 
mudou-se de Munich- Pasing para 
Nymphenburg para um novo prédio 
no local da antiga escola In den 
Kirschen para cegos . 
Em setembro de 2007, a Samuel-
Heinicke-Realschule assumiu o ramo 
da escola secundária da Escola 
Estadual da Baviera para Surdos de 
Munique- Laim . 
 
AS CONSEQUÊNCIAS DO 
PRECONCEITO 
 
 
Os surdos na Idade Média, 
conforme dissemos, eram tratados 
com precariedade. Portanto, foram 
muitos séculos de atraso quanto à 
educação, alfabetização e 
entendimento profundo quanto à 
condição física dos surdos. 
 
Em decorrência desse preconceito 
com origens históricas, até nos dias 
atuais a inserção social dos surdos 
ocorre de maneira lenta, já que muitos 
consideram apenas o fator da 
limitação física relacionada à surdez. 
 
IDADE MODERNA E IDADE 
CONTEMPORÂNEA 
 
 
Após saber como os surdos na 
sociedade medieval eram tratados, é 
preciso conhecer sobre os grandes 
avanços que foram ocorrendo na 
 
Idade Moderna (1453-1789) e Idade 
Contemporânea (início em 1789). 
 
Vários anos após o fim da Idade 
Média, Pedro Ponce de León (1520-
1584), um monge beneditino 
espanhol, foi responsável pela criação 
de uma escola para pessoas surdas em 
Madrid. Pedro Ponce também é muito 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n&src=null
lembrado por ter desenvolvido o 
alfabeto manual. 
 
Por meio desse alfabeto e da educação 
inicialmente recebida, os surdos 
conseguiam soletrar as palavras. Por 
esses resultados obtidos, ainda que 
iniciais na comunicação, Ponce é tido 
como um dos grandes pioneiros na 
educação dos surdos. 
Em 1760, Charles-Michel de I’Épée, 
um educador francês, criou o primeiro 
Instituto Nacional de Surdos-Mudos 
da França, na cidade de paris. 
 Essa instituição, que atualmente é 
nomeada de Instituto Nacional de 
Jovens Surdos de Paris, consistiu em 
um importante marco na história 
mundial dos surdos. 
Foi devido aos métodos 
desenvolvidos nesse instituto que foi 
possível a criação da Língua Francesa 
de Sinais. 
 
A IMPORTÂNCIA DA 
COMUNICAÇÃO 
 
 
À medida que passou a ser criado e 
utilizado um método padronizado de 
comunicação para pessoas surdas, o 
processo de inclusão social tornou-se 
facilitado. 
Ainda que exista um longo trabalho 
pela frente, hoje em dia o ensino e 
difusão das línguas de sinais é uma 
realidade concreta. 
Tanto a comunidade de surdos 
brasileira quanto a mundial lutam 
continuamente pelo desenvolvimento 
de ações e políticas públicas que 
promovam o ensino, aprendizado e 
divulgação das línguas de sinais. 
 
1880 congreso de Milão 
O Congresso de Milão foi uma 
conferência internacional de 
educadores de surdos, em 1880. 
O Congresso foi organizado pela 
Pereira Society, um grupo de pessoas 
contra o uso das línguas de sinais. A 
organização foi fundada na França por 
Jacob Rodrigues Pereira e era uma 
forte apoiadora do oralismo. A 
organização do Congresso de Milão 
foi uma clara intenção de assegurar a 
hegemonia do oralismo. A seleção dos 
participantes do Congresso foi 
extremamente cuidadosa para garantir 
que a maioria das pessoas ali presentes 
fossem a favor do oralismo e 
reagissem negativamente aos 
discursos a favor das línguas gestuais. 
Depois de deliberações entre 6 e 11 de 
Setembro de 1880, o congressodeclarou que a educação oralista era a 
mais apropriado que à de língua 
gestual e aprovou uma resolução que 
preferencialmente seria utilizado o 
uso da língua oral nas escolas. 
Antes do Congresso 
Antes do Congresso, na Europa, 
durante o século XVIII, surgiram duas 
tendências distintas na educação dos 
surdos: 
o gestualismo (ou método francês) e o 
oralismo (ou método alemão). 
A grande maioria dos surdos defendia 
o gestualismo, enquanto que apenas os 
ouvintes apoiavam o oralismo - por 
exemplo Bell, nos EUA, fazia 
campanha a favor deste método, entre 
muitos outros professores, médicos, 
etc. 
Na ocasião de votação na assembléia 
geral realizada no congresso todos os 
professores surdos foram negados o 
direito de votar e excluídos, dos 164 
representantes presentes ouvintes, 
apenas 5 dos Estados Unidos votaram 
contra o oralismo puro. 
Nasce a Hellen Keller em Alabama, 
Estados Unidos. Ela ficou cega, surda 
e muda aos 2 anos de idade. Aos 7 
anos foi confiada a professora Anne 
Mansfield Sullivan, que lhe ensinou o 
alfabeto manual tatil (método 
empregado pelos surdos-cegos). 
Hellen Keller obteve graus 
universitários e publicou trabalhos 
autobiográficos. 
 
Decreto lei nº 3198 – 1957 INES RJ 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, 
faço saber que o CONGRESSO 
NACIONAL decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
Art. 1º O Instituto Nacional de 
Surdos-Mudos, do Ministério da 
Educação e Cultura, passa a 
denominar-se Instituto Nacional de 
Educação de Surdos. 
 
Art. 2º Esta lei entrará em vigor na 
data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1957; 
136º da Independência e 69º da 
República. 
JUSCELINO KUBITSCHEK 
Clovis Salgado 
Este texto não substitui o publicado no 
DOU de 8.7.1957 
 
 
1960 William Stokoe 
William Stokoe 
Dr. William C. Stokoe, Jr. (1919 - 
2000) foi um estudioso, que pesquisou 
extensivamente a American Sign 
Language ou ASL (Língua de Sinais 
Americana (português brasileiro) ou 
Língua Gestual Americana (português 
europeu)) enquanto trabalhava na 
Universidade Gallaudet. 
 
De 1955 a 1970 trabalhou como 
professor e chefe do departamento de 
inglês, na Universidade Gallaudet. 
Publicou Estrutura da Língua de 
Sinais e foi co-autor de Um Dicionário 
de Língua de Sinais Americana sobre 
Princípios Linguísticos (1965). 
Através da publicação de sua obra, ele 
foi fundamental na mudança da 
percepção da ASL de uma versão 
simplificada ou incompleta do inglês 
para o de uma complexa e próspera 
língua natural, com uma sintaxe e 
gramática independentes, funcionais e 
poderosas como qualquer língua 
falada no mundo. 
Ele levantou o prestígio da ASL nos 
círculos académicos e pedagógicos. 
Criando o sistema escrito para a 
Língua de Sinais Americana 
Stokoe inventou uma escrita para a 
língua de sinais (agora chamada 
notação Stokoe), já que a ASL não 
tinha escrita, no momento. 
Diferentemente da escrita 
gestualizada, que foi desenvolvida 
mais tarde, não é pictográfica, mas 
baseada no alfabeto latino. 
 
1970 Comunicação Total da Pessoa 
Surda 
O insucesso do Oralismo deu origem 
a novas propostas em relação á 
educação da pessoa surda. A 
abordagem que surgiu por volta de 
1970 foi chamada de Comunicação 
Total. 
Nessa abordagem educacional foi 
permitida a prática de uma série de 
recursos: 
língua de sinais, leitura orofacial, 
utilização de aparelhos de 
amplificação sonora, alfabeto digital. 
Os estudantes surdos poderiam então 
expressar-se da maneira que achassem 
mais conveniente. 
 
O objetivo era que a criança pudesse 
se comunicar com todos: familiares, 
professores, surdos, ouvintes, e assim 
não sofresse consequências do 
isolamento que a surdez proporciona. 
A surdez então não era entendida 
como patologia, mas como um 
fenômeno com significações sociais. 
Poderiam ser utilizados os sinais da 
língua de sinais da comunidade surda 
assim como sinais gramaticais 
modificados. Assim, tudo que era 
falado poderia ser acompanhado de 
elementos visuais. A intenção também 
era facilitar a aquisição da língua oral 
e da leitura e escrita. 
 
Os alunos então utilizavam os sinais 
em contato com outros surdos 
fluentes. 
Nos ambientes escolares o uso dos 
sinais ocorria, porém, obedecendo à 
estrutura da Língua Portuguesa. Eles 
chamavam essa estratégia de 
“português sinalizado”. Mesmo com a 
pretensão de facilitar a aprendizagem, 
o português sinalizado produzia certa 
confusão para o aluno surdo. 
 
 
 
LIBRAS 2002 
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - 
Libras e dá outras providências. 
 
A língua brasileira de sinais (Libras) é 
a língua de sinaisPB (língua 
gestualPE) usada por surdos dos 
centros urbanos brasileiros 
 e legalmente reconhecida como meio 
de comunicação e expressão. 
 É derivada tanto de uma língua de 
sinais autóctone, que é natural da 
região ou do território em que habita, 
quanto da língua gestual francesa; por 
isso, é semelhante a outras línguas de 
sinais da Europa e da América. 
A Libras não é a simples gestualização 
da língua portuguesa, e sim uma 
língua à parte, como o comprova o 
fato de que em Portugal usa-se uma 
língua de sinais diferente, a língua 
gestual portuguesa (LGP). 
 
Os sinais surgem da combinação de 
configurações de mão, movimentos e 
de pontos de articulação — locais no 
espaço ou no corpo onde os sinais são 
feitos — e também de expressões 
faciais e corporais que transmitem os 
sentimentos que para os ouvintes são 
transmitidos pela entonação da voz, os 
quais juntos compõem as unidades 
básicas dessa língua. 
 Assim, a Libras se apresenta como 
um sistema linguístico de transmissão 
de ideias e fatos, oriundos de 
comunidades de pessoas surdas do 
Brasil. Como em qualquer língua, 
também na libras existem diferenças 
regionais. Portanto, deve-se ter 
atenção às suas variações em cada 
unidade federativa do Brasil. 
 
O DECRETO 
O que diz o Decreto nº 5.626 2005? 
DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE 
DEZEMBRO DE 2005. 
 
Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de 
abril de 2002, que dispõe sobre a 
Língua Brasileira de Sinais - Libras, e 
o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de 
dezembro de 2000.22 de dez. de 2005 
2006 UFSC 
A partir dessas decisões, em 2006 foi 
criada a primeira graduação de língua 
de sinais da América Latina. A 
Universidade Federal de Santa 
Catarina, com experiência na 
formação de pessoas surdas e na 
produção de conhecimento neste 
campo, ficou responsável pela 
coordenação das outras seis 
universidades brasileiras que também 
oferecem o curso. 
Cada unidade é chamada de pólo, 
local onde os graduandos reúnem-se e 
onde também funciona a coordenação 
de cada estabelecimento. 
 
2014 ESCOLAS BILINGUES 
Entendemos que a educação, inclusive 
a de surdos, é um processo que não 
escapa da 
regulação através da cultura: ações 
são norteadas por normas; as condutas 
são classificadas e 
comparadas com base em padrões 
aceitáveis ou não; e a constituição de 
subjetividades está 
ligada ao sistema organizacional que 
se integra. (HALL, 1997). 
Além disso, as escolas de surdos não 
estão prontas; é preciso construí-las; 
“as escolas não possuem um modelo 
exterior 
 
2015 LEI DE INCLUSÃO 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. 
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência). 
 
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
destinada a assegurar e a promover, 
em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades 
fundamentais por pessoa com 
deficiência, visando à sua inclusão 
social e cidadania. 
 
Parágrafo único. Esta Lei tem como 
base a Convenção sobre os Direitos 
dasPessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo, ratificados pelo 
Congresso Nacional por meio do 
Decreto Legislativo nº 186, de 9 de 
julho de 2008 , em conformidade com 
o procedimento previsto no § 3º do art. 
5º da Constituição da República 
Federativa do Brasil , em vigor para o 
Brasil, no plano jurídico externo, 
desde 31 de agosto de 2008, e 
promulgados pelo Decreto nº 6.949, 
de 25 de agosto de 2009 , data de 
início de sua vigência no plano 
interno. 
 
Art. 2º Considera-se pessoa com 
deficiência aquela que tem 
impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, o qual, em interação com 
uma ou mais barreiras, pode obstruir 
sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas. 
 
 
 
 
 
 
HÁ OUTROS DESAFIOS? 
 
Por mais que a comunidade de surdos 
brasileira e mundial tenha adquirido 
muitos direitos nas últimas décadas, 
há muito o que obter em termos de 
garantias e direitos essenciais nas 
áreas de educação, saúde, mercado de 
trabalho, cultura etc.

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