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GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Aula 1

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MBA EM SECRETARIADO E ASSESSORIA EXECUTIVA 
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
AULA 1 
PROF. LUÍS ALBERTO SAAVEDRA MARTINELLI 
 
MBA em Secretariado e Assessoria Executiva| e Gestão Financeira 
Orçamentária| Aula 1 
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Olá! 
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os conteúdos que serão 
estudados nesta aula. 
 
 
 
 
 
 
O Mercado Financeiro 
Introdução a Finanças 
As organizações têm buscado vantagens competitivas em 
relação aos seus concorrentes, por meio da oferta de valor para o 
cliente, mediante produtos e serviços. A perspectiva de valor para o 
cliente, abordada por Simchi-Levi et al (2010), está relacionada aos 
motivos, pelos quais ele escolhe os produtos ou serviços de uma 
empresa, em detrimento dos de outra, considerando aspectos 
tangíveis, como sua utilidade para o cliente e, também, aspectos 
intangíveis do valor, como a marca, a imagem da empresa 
relacionada à confiabilidade e segurança, por exemplo. 
Nesse sentido, a alocação de recursos financeiros nas 
empresas para a construção desse valor para o cliente passa a ser 
Vídeo 1 
 
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um componente estratégico, colocando a abordagem das finanças 
empresariais em um contexto de aplicação nas decisões de curto, 
médio e longo prazo. 
Considerando que as estratégias são as grandes linhas de 
ação que levam uma empresa a atingir uma situação futura melhor 
que a situação atual, conforme Fernandes e Berton (2005), a 
alocação de recursos financeiros na construção da nova realidade 
futura da empresa passa a ter uma relevância no destino de 
sucesso das empresas. 
Nesse contexto, as finanças são definidas por Gitman e 
Madura (2002), como sendo os processos pelos quais o dinheiro é 
transferido entre empresas, indivíduo e governos, e passa a ser um 
assunto relevante na gestão empresarial. O ambiente financeiro, 
onde as empresas atuam, é composto por três componentes 
básicos: os gestores financeiros, os mercados financeiros e os 
investidores. 
Os gestores financeiros são os agentes de decisão sobre a 
alocação de recursos financeiros, e espera-se desses agentes que 
tomem decisões com foco na maximização do valor da empresa. 
Esses gestores assumem funções às empresas como gerente 
diretor financeiro, gerente financeiro, gerente de crédito, gerente de 
projetos financeiros, gerente de caixa etc. 
Os mercados financeiros são as instâncias que facilitam o 
fluxo de recursos financeiros, informações e conhecimento entre 
empresas, investidores e governos. Nesse mercado, pode-se citar 
como exemplo de participantes as bolsas de valores, pois as ações 
 
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de empresas são negociadas, os bancos comerciais, os bancos de 
investimentos, as empresas seguradoras etc. 
Os investidores, por sua vez, são pessoas e instituições que 
fornecem os recursos financeiros que viabilizam a operação de uma 
empresa. Esses recursos são fornecidos às empresas por meio dos 
agentes dos mercados financeiros, que os repassam às empresas, 
que são representadas nesse ciclo pelos gestores financeiros. 
Assim, as saídas de dinheiro dos investidores representam a 
compra de ações de uma empresa de capital aberto ou a compra de 
cotas de participação em sociedades fechadas. Dessa forma, o 
investidor está sempre buscando alternativas de investir seu 
dinheiro em empresas que tenham a perspectiva do maior retorno 
financeiro do investimento. Nesse sentido, os gestores financeiros 
têm a responsabilidade de criar essas oportunidades de 
investimentos em suas empresas, de demonstrar a atratividade 
financeira de cada uma delas aos possíveis investidores, e de obter 
o dinheiro destes investido na empresa, por meio das instituições do 
mercado financeiro. Muitas instituições do mercado financeiro 
auxiliam as empresas e seus gestores financeiros a encontrarem 
potenciais investidores, para que possam demonstrar o valor de 
suas oportunidades de investimentos oferecidas a eles. 
Os investidores podem ser pessoas físicas, que buscam 
alternativas de investimentos mais atrativas que as tradicionais 
aplicações bancárias; empresas, que buscam investir em outras 
empresas com fins estratégicos; o governo, que busca alocar 
 
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recursos financeiros em empresas que são importantes para a base 
competitiva do mercado nacional etc. 
Assim, as finanças empresariais têm por objetivo, a adequada 
gestão dos recursos financeiros da empresa, que em última 
instância, pertence aos investidores, e que esperam um retorno de 
seus investimentos conforme “prometido” em um momento 
passado, quando o investimento foi realizado. Isso leva a um 
processo conjunto de monitoramento da eficácia das decisões 
financeiras e da gestão financeira das empresas, por parte dos 
gestores financeiros, dos mercados financeiros e dos investidores, 
para garantir que os recursos investidos estão sendo utilizados de 
forma que gere valor para as partes interessadas nos negócios. 
 O avanço da tecnologia da informação e da tecnologia de 
transportes nas últimas décadas do século XX tornaram os 
mercados financeiros mais integrados, gerando como 
consequência, o aumento da velocidade do fluxo de informações, 
pessoas e recursos financeiros ao redor do mundo. Esse efeito do 
avanço tecnológico ajudou a aproximar as empresas, por meio de 
seus gestores financeiros, os mercados financeiros e os acionistas 
em ambientes virtuais, aumentando as oportunidades de 
investimentos internacionais. E também, levou ao aprimoramento 
dos controles e das ferramentas de gestão financeira para 
identificar oportunidades reais de maiores retornos de investimento, 
possibilitando que novos investidores passassem alocar seus 
recursos em oportunidades globais de investimento. 
 
 
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Assista ao vídeo a seguir, que apresenta uma síntese do que 
estudamos até aqui. 
 
 
O Mercado Financeiro 
O mercado financeiro é formado por instituições que têm por 
finalidade, direcionar o dinheiro poupado por pessoas e outras 
instituições para o financiamento de empresas e negócios que 
gerem riqueza para os países e regiões onde essas empresas e 
negócios estão inseridos. 
O mercado financeiro opera como um agente intermediário 
entre as partes que fornecem dinheiro a elas, na forma de 
investimentos financeiros, e as partes que tomam dinheiro delas, na 
forma de empréstimos. 
De maneira geral, todos os usuários do mercado financeiro 
poupam dinheiro e emprestam dinheiro em algum momento de sua 
vida financeira. Porém, alguns deles poupam mais do que 
emprestam e são chamados de fornecedores líquidos de recursos 
financeiros às instituições. Outros, no entanto, tomam mais dinheiro 
emprestado do que poupam e são chamados de tomadores 
líquidos. As instituições do mercado financeiro são o elo de ligação 
entre fornecedores líquidos e tomadores líquidos de recursos 
financeiros. 
Alguns dos principais tipos de agentes financeiros presentes 
no mercado, segundo Lemes Júnior et al (2005), são os bancos 
Vídeo 2 
 
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comerciais, os fundos mútuos, as distribuidoras de valores, as 
companhias de seguros, os fundos de pensão, as empresas 
financeiras, as bolsas de valores, além dos órgãos governamentais 
de regulação e controle. 
Os bancos comerciais, de acordo com Gitman e Madura 
(2002), são instituições que aceitam tanto depósitos de economias 
de seus clientes, quanto saques, ou retiradas na forma de 
empréstimos. O dinheiro depositado é alocado em contas de 
investimento no mercado financeiro, que rendem juros e são 
submetidosà correção monetária para que as perdas inflacionárias 
sejam compensadas. Os fundos mútuos de poupadores reúnem as 
economias de pessoas e instituições e os disponibiliza para órgãos 
de financiamento do governo e do setor privado, para financiar 
atividades economicamente viáveis e rentáveis. Outro ator 
importante do mercado financeiro são as distribuidoras de valores 
que oferecem aos investidores títulos e ações de empresas, 
facilitando o acesso de tomadores aos donos do dinheiro. As 
empresas financeiras, em geral, obtêm dinheiro no mercado, 
emitindo títulos de investimento e promovem o crédito às pequenas 
empresas ou indivíduos de média e baixa renda. 
Dois outros agentes fundamentais para o mercado financeiro 
são os fundos de pensão e as empresas seguradoras. Os fundos de 
pensão atuam na acumulação de depósitos periódicos, ou não, de 
indivíduos com o objetivo de fornecer renda de aposentadoria no 
futuro. Esse dinheiro depositado, durante o tempo que não é 
utilizado para pagar seres depositantes, é investido em ativos do 
 
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mercado financeiro como títulos do governo e ações de empresas, 
para que tenham uma rentabilidade ao longo desse período. Assim, 
o depositante acompanha o crescimento de seu depósito ao longo 
do tempo, enquanto não se aposenta, e passa a ter o benefício da 
previdência privada que esses fundos oferecem, e tem a segurança 
de que os proventos serão revertidos para o pagamento desse 
benefício futuro. As empresas seguradoras, por sua vez, recebem 
pagamentos individuais, chamados prêmios de seguros, em troca 
da seguridade de bens dos pagantes do referido prêmio. Esses 
depósitos, em sua totalidade, não são usados integralmente no 
pagamento de indenizações por seguros reclamados. Enquanto o 
capital pago como prêmio está sob administração da seguradora, 
esta o investe em títulos do governo ou ações de empresas para 
garantir a rentabilidade desses montantes e a sua correção 
monetária, em função das perdas inflacionárias do período. 
No Brasil, encontramos a figura do banco múltiplo que 
contempla as funções de banco comercial, de investimento e de 
crédito, bem como outras funções específicas de atores 
especializados do mercado financeiro. Os bancos múltiplos 
fornecem aos seus clientes uma ampla gama de serviços 
financeiros de investimento e crédito em um mesmo 
estabelecimento, fornece também, o aumento do acesso ao capital 
por parte de investidores, no caso de capital oriundo de 
rentabilidade, e de tomadores, por meio dos produtos de 
empréstimo e financiamento. 
As bolsas de valores são instrumentos importantes de acesso 
de empresas tomadoras ao capital de pessoas e empresas 
 
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investidoras, por meio da comercialização de ações e outros ativos 
complexos do mercado financeiro. A Bolsa de Valores de São 
Paulo, a Bovespa, é a entidade na qual são negociadas as ações 
das companhias de capital aberto no Brasil. Foi fundada em 1890 e 
hoje é a terceira maior bolsa de valores do mundo. 
Aproximadamente quinhentas empresas negociam suas ações na 
Bovespa. Em dezembro de 2000, a Bovespa implementou um 
sistema de classificação das empresas, com base nas práticas de 
Governança Corporativa. O objetivo foi proporcionar um ambiente 
de negociação que estimulasse, simultaneamente, o interesse dos 
investidores e a valorização das companhias, dando maior 
segurança para ambas as partes nas negociações de ativos 
financeiros. 
Esses atores do mercado financeiro operam por meio de 
normas, legislações e regras definidas por entidades do Sistema 
Financeiro Nacional, como o conselho de Política Monetária, o 
Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários, dentre outras. 
Essas entidades, além de definir as regras de atuação das 
instituições do mercado financeiro, também têm a missão de 
controlar e fiscalizar a conduta dessas instituições, do ponto de 
vista legal, e zelar pela saúde financeira do mercado. Dedicaremos 
um módulo específico de nossa disciplina para esse assunto. 
 
Agora, confira no vídeo a seguir as categorias que compõem o 
mercado financeiro e seus principais agentes financeiros. 
 
Vídeo 3 
 
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Recurso de Aprendizagem 
Indicação cultural de vídeo: o assunto central da aula é o 
mercado financeiro, sua constituição e funções de seus elementos 
constituintes. Para contextualizar esse assunto, assista ao vídeo a 
seguir, a reportagem da TV Gazeta sobre a crise econômica global. 
Para assistir ao vídeo, acesse o link abaixo: 
http://www.youtube.com/watch?v=6bbZX0Ucuj4&feature=related 
 
Ativos do Mercado Financeiro 
O mercado financeiro, como vimos, congrega instituições que 
direcionam o dinheiro poupado por pessoas e outras instituições 
para o financiamento de empresas e negócios que gerem riqueza. 
Essa transferência de dinheiro ocorre por meio da 
comercialização de ativos dos mercados financeiros que são 
comprados e vendidos, viabilizando a transferência dos recursos 
financeiros dos investidores para os tomadores. Esses ativos do 
mercado financeiro são chamados de ativos mobiliários e são o 
objeto de estudo deste módulo de nossa disciplina. 
Os principais ativos do mercado financeiro, conforme Gitman 
e Madura (2002), são: as ações de empresas, títulos de dívida, e 
notas promissórias. 
http://www.youtube.com/watch?v=6bbZX0Ucuj4&feature=related
 
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As ações são títulos que garantem aos seus donos a 
participação acionária nas empresas que as emitem. As ações de 
empresas são comercializadas, no Brasil, na Bolsa de Valores de 
São Paulo. Todas as empresas listadas na Bovespa como 
empresas autorizadas a comercializar ações são companhias 
abertas. Uma empresa é considerada companhia aberta quando 
disponibiliza no mercado valores mobiliários, ações, por exemplo, 
em bolsas de valores ou no mercado de balcão. 
As ações de empresas podem ser ações ordinárias ou ações 
preferenciais. As ações ordinárias propiciam aos seus proprietários 
o retorno do investimento, por meio do pagamento de dividendos ou 
da elevação do preço da ação em determinado período. As ações 
preferenciais, por sua vez, propiciam aos seus proprietários o 
retorno do investimento por meio de pagamento de dividendos 
periódicos fixos, que devem ser pagos aos seus proprietários antes 
de qualquer pagamento a ser efetuado aos proprietários de ações 
ordinárias. Conforme Gitman e Madura (2002), os acionistas 
preferenciais têm prioridade no recebimento de qualquer dividendo 
da empresa em relação aos acionistas preferenciais. 
Os títulos de dívida, por sua vez, são emitidos por empresas e 
pelos governos e ofertados aos investidores que os compram, com 
a promessa de obterem no futuro, seu dinheiro de volta mais os 
juros referentes ao período de investimento. Pode-se citar dois tipos 
importantes de título de dívida, que, em geral, têm vencimento de 
longo prazo: os títulos do tesouro e os títulos corporativos, como 
colocam Gitman e Madura (2002). 
 
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Os títulos do tesouro são emitidos pelos governos, como meio 
de obter recursos financeiros de longo prazo, com vencimento de 
10 a 30 anos em geral. O investidor que compra esses títulos tem 
um crédito a ser recebido no futuro, acrescido da taxa de juros 
definida como a taxa de remuneração do capital do investidor. No 
Brasil, a taxa de juros Selic, a taxa básica de juros da economia 
brasileira, é usada como taxa de remuneração para muitos tipos de 
títulos do governo. Os investidores podem vender esses títulosa 
qualquer momento para outros investidores e obter rendimentos 
intermediários, como fruto da diferença de preço pago na compra 
do título e o preço de venda do título no mercado financeiro. O 
investidor também recebe periodicamente o pagamento de juros 
desses títulos, na forma de novos títulos que incrementa o capital 
investido. 
No Brasil, o governo tem criado mecanismos para que o 
pequeno investidor tenha acesso às Letras do Tesouro, que são 
títulos da dívida do governo, que são vendidos no mercado de 
Tesouro Direto, cujo investimento mínimo é de R$100, ampliando a 
participação da sociedade no financiamento dos projetos 
governamentais. O governo brasileiro oferece alguns tipos de títulos 
pré-fixados, tais como: as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as 
Notas do Tesouro Nacional – série F (NTN-F). Nesses tipos de 
títulos, os juros são definidos previamente e não se alteram ao 
longo do tempo. O governo também oferece os títulos pós-fixados, 
que são submetidos a uma taxa de juros pré-determinada ou pós-
determinada, acrescidos da correção da inflação do período de 
tempo do título. Esses títulos são as Notas do Tesouro Nacional – 
 
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série B (NTN-B), as Notas do Tesouro Nacional – série B Principal 
(NTN-B Principal), as Notas do Tesouro Nacional – série C (NTN-C) 
e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT). 
Os títulos corporativos têm as mesmas características dos 
títulos do tesouro, porém, são emitidos por empresas para obterem 
recursos financeiros que financiem suas ações de longo prazo, com 
a ampliação de unidades produtivas, compra de equipamentos, 
máquinas etc. Em geral, o mercado financeiro é mais atraído por 
títulos do tesouro em função de sua maior confiabilidade no longo 
prazo, gerando maior liquidez a esses títulos, em comparação com 
os títulos corporativos. 
A diferença básica entre ações e títulos corporativos é que o 
proprietário de ações, também é proprietário de parte da empresa 
que emitiu a ação. Já no caso de títulos corporativos, seu 
proprietário não possui propriedade de parte da empresa, ele é um 
credor da empresa, que tem um título de dívida da empresa a ser 
pago no futuro. 
Por fim, as notas promissórias são títulos de dívidas emitidos 
pelas empresas e que têm vencimento no curto prazo, geralmente 
em períodos inferiores a um ano, e são utilizadas como alternativa 
de captação de dinheiro para financiar suas atividades, ao invés da 
captação de empréstimos bancários. 
O mercado financeiro utiliza esses e outros ativos mobiliários 
mais complexos para cumprir sua função de aproximar investidores 
de tomadores, para que seus objetivos complementares sejam 
atingidos. 
 
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Assista ao vídeo a seguir para saber mais a respeito dos principais 
ativos do mercado financeiro. 
 
 
 
Recurso de Aprendizagem 
Indicação cultural de vídeo: assista também ao vídeo a seguir, 
que mostra de uma forma bem humorada, como ocorre a 
movimentação financeira global, em uma divertida entrevista com 
um dono de banco, que contextualiza suas declarações em relação 
aos recentes eventos ocorridos na economia mundial, que 
desencadearam a crise econômica global de 2009. Acesse o link: 
http://www.youtube.com/watch?v=5KV3649ZDAs 
 
Instituições Reguladoras e Fiscalizadoras do 
Mercado Financeiro 
O mercado financeiro opera submetido às legislações e 
regulamentações que têm o objetivo de manter a saúde financeira 
dos agentes que nele transacionam. No contexto do Brasil, O 
Sistema Financeiro Nacional (SFN) foi instituído por intermédio do 
Artigo 192 da Constituição Brasileira, promulgado em 1988, o qual 
tem por objetivo, promover o desenvolvimento equilibrado do país e 
servir aos interesses da coletividade, de acordo com Lemes Júnior 
et al (2005). 
Vídeo 4 
http://www.youtube.com/watch?v=5KV3649ZDAs
 
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O Sistema Financeiro Nacional está estruturado de forma que 
classifica as instituições financeiras em seis subsistemas básicos: 
 o subsistema de intermediação. 
 o subsistema de outros intermediários ou auxiliares financeiros. 
 o subsistema de sistemas de seguros e previdência. 
 o subsistema de administradoras de recursos de terceiros. 
 o subsistema de liquidação e custódia. 
 o subsistema de regulamentação e fiscalização. 
Os principais atores dos cinco primeiros subsistemas 
mencionados, já foram discutidos no módulo dois desta aula. Neste 
módulo, abordaremos as instituições do Sistema Financeiro 
Nacional, que fazem parte do subsistema de regulamentação e 
fiscalização. 
Dois tipos de instituições compõem o Sistema Financeiro 
Nacional, no que se refere ao subsistema de regulamentação de 
fiscalização. Em primeiro lugar, têm-se os Órgãos Normativos 
representados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), pelo 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pelo Conselho 
Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Em seguida, tem-
se o grupo das entidades fiscalizadoras que são o Banco Central do 
Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (VCM), a 
Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
 
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(PREVIC), conforme descrito por Bacen (2011) e demonstrado na 
tabela 1. 
Tabela 1: Composição do Sistema Financeiro Nacional (SFN) 
Fonte: Banco Central do Brasil (2011) 
 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável 
por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN). Integram o CMN o Ministro da Fazenda 
(Presidente do Conselho), o Ministro do Planejamento, Orçamento e 
Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. O Conselho 
Monetário Nacional (CMN) normativa, e o Banco Central do Brasil 
(Bacen) e a Comissão de Valores Mobiliários (VCM) fiscalizam as 
Órgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
Conselho 
Monetário 
Nacional – 
CMN 
Banco Central do 
Brasil – Bacen 
Instituições 
financeiras 
captadoras de 
depósitos à vista 
Demais 
instituições 
financeiras 
 
Bancos de 
câmbio 
 
Outros intermediários 
financeiros 
e administradores de 
recursos de terceiros Comissão de 
Valores 
Mobiliários – 
CVM 
Bolsas de 
mercadorias 
e futuros 
Bolsas de 
valores 
Conselho 
Nacional de 
Seguros 
Privados – 
CNSP 
Superintendência 
de Seguros 
Privados – Susep 
Resseguradores 
Sociedades 
seguradoras 
Sociedades 
de 
capitalização 
Entidades 
abertas de 
previdência 
complementar 
Conselho 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
– CNPC 
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar – 
Previc 
Entidades fechadas de previdência complementar 
(fundos de pensão) 
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/irb.asp
 
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operações das instituições de captação de depósitos à vistas, como 
os bancos múltiplos, e as Bolsas de valores, dentre outros agentes 
financeiros secundários. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é 
responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros 
privados no Brasil, e é composto pelo Ministro da Fazenda 
(Presidente do Conselho), representante do Ministério da Justiça, 
representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente 
da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco 
Central do Brasil e representante da Comissão de Valores 
Mobiliários. O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e a 
Superintendência de Seguros Privados (Susep) normatizam e 
fiscalizam, respectivamente, as operações das companhias 
seguradoras, sociedadesde capitalização e entidades abertas de 
previdência complementar. As entidades abertas de previdência 
complementar são sociedades anônimas que têm a finalidade de 
operar planos de previdência, os quais podem ser acessíveis a 
quaisquer pessoas físicas. 
Por fim, o Conselho Nacional de Previdência Complementar 
(CNPC) é um órgão colegiado na estrutura do Ministério da 
Previdência Social, que tem por finalidade, regular o regime de 
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de 
previdência complementar, os chamados fundos de pensão. A 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), 
fiscaliza as operações das entidades fechadas de previdência 
complementar. As entidades fechadas de previdência 
 
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complementar são organizadas na forma de fundações ou 
sociedades civis, sem fins lucrativos, que têm a finalidade de operar 
planos de previdência, os quais podem ser acessíveis, 
exclusivamente, aos membros de determinadas organizações. 
Estão aptos a ter acesso a esse tipo de plano de previdência, os 
empregados de uma empresa ou grupo de empresas, os servidores 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes 
denominados patrocinadores e os associados ou membros de 
pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, 
denominados instituidores. 
Da atuação regular e integrada desses agentes financeiros de 
regulamentação e fiscalização, decorre a segurança financeira do 
mercado de capitais da economia brasileira. 
 
 Assista ao vídeo a seguir e confira comentários importantes sobre 
as instituições reguladoras e fiscalizadoras do mercado financeiro, 
bem como uma síntese do que estudamos nesta aula. 
 
 
 
Recurso de Aprendizagem 
Leitura de artigo: leia o artigo sobre o Sistema Financeiro 
Nacional, seus principais constituintes e suas funções acessando o 
Vídeo 5 
 
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19 
link a seguir: <http://www.administradores.com.br/informe-
se/artigos/sistema-financeiro-nacional/26404/>. 
 
Bibliografia Comentada 
Administração financeira: uma abordagem gerencial de 
Lawrence Gitman e Jeffrey Madura. Obra editada pela Editora 
Pearson no ano de 2003. 
Esse livro tem uma abordagem muito didática e de fácil 
entendimento. O livro inicia com uma abordagem do mercado 
financeiro, suas funções e componentes, seus principais ativos 
financeiros e avança para a demonstração de ferramentas 
financeiras para empresas. Aborda, também, de forma detalhada e 
prática, a gestão financeira e a gestão de investimentos, e conclui 
sua abordagem com temas da governança corporativa, fundamental 
para o entendimento da gestão empresarial de grandes 
organizações. 
 
 
 
 
Referências 
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/sistema-financeiro-nacional/26404/
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/sistema-financeiro-nacional/26404/
 
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20 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Sistema Financeiro Nacional. 
Disponível em: http://www.bcb.gov.br/?sfn. Acesso em 12 de agosto 
de 2011. 
FERNANDES, Bruno Henrique Rocha; BERTON, Luiz Hamilton. 
Administração estratégica: da competência empreendedora à 
avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005. 
GITMAN, Lawrence Jeffrey; MADURA, Jeff. Administração 
financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson, 2003. 
LEMES JÚNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; 
CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração financeira: 
princípios fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2005. 
SIMCHI-LEVI, David; KAMINSKY, Philip; SIMCHI-LEVI, Edith. 
Cadeia de suprimentos: projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 
2010.

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