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Fichamento - As regras do método Sociológico

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Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – UFU - INCIS
Mestranda: Aline Mariane Cazetta Professor: Dr. Moacir de Freitas Junior
Disciplina: Teoria Sociológica
Referência: DURKHEIM, Èmile. As regras do método Sociológico. São Paulo. Cia Editora Nacional, 1997, p. XIII – XXXI; P. 1 -40. (Prefácios e Capítulos I e II)
Prefácio 2: Durkheim faz uma defesa afinca sobre as questões que mais reverberaram acerca de seu método e texto, primeiramente o tratamento do objeto de estudo científico da sociologia como coisa, posteriormente a afirmação de que os fatos sociais ou eventos são exteriores e notas acerca da definição de fato social apresentada nas primeiras páginas do livro.
Introdução: Durkheim apresenta a problemática da sociologia de seu tempo. Não havia uma sistematização do método e é nesses termos que propõe as regras do método sociológico. 
Capítulo I 
Fato social: eventos que fogem da interpretação da psicologia humana e da biologia. Próprios da existência da sociedade pois residem fora da consciência individual, qualquer evento que se encaixe nesses termos, são considerados fatos sociais e passíveis de estudo sociológico.
Características dos fatos sociais: Primeiramente a exterioridade, que é o fato desses fatos residirem fora da consciência individual. Por ocuparem espaços na consciência coletiva ou social. Não dependeram de nenhum indivíduo essencialmente para existir.
Conectividade, é a característica que delimita o poder de influência desses fatos sobre os indivíduos. Pouco pode fazer uma pessoa contra as leis do direito por exemplo. Pode-se até tentar lutar contra elas, porém sanções diretas ocorrerão e a pressão se fará mais forte. 
Por fim os fatos sociais são gerais pois sendo coletivos e descendentes de questões que exacerbam o indivíduo, esses eventos exercem poder sobre todos da sociedade, afinal todos estão sobre a égide das mesmas regras. 
Desta maneira o fato social possui essas características e se demonstram nas mais diversas esferas da vida. Nossas habitações por exemplo, não pudemos escolher como elas são pois externamente à nós, seus formatos são frutos dos hábitos das pessoas que nos antecederam, criando regras de construção que são exteriores aos formatos individuais que existem em nossas mentes. 
O fato social como coisa: Durkheim critica o método dedutivo e aponta a dificuldade da sociologia de progredir diretamente sem que haja um método, um objeto bem definido. Não se pode deduzir conceitos sem que haja um percurso claro. Nesse Sentido aponta para o estudo dos fatos sociais como objeto, algo que se pode cientificamente tratar como coisa, fato e não como conceito. Algo que pode de fato ser observado e passar por uma validação cientifica não dedutiva, mas sim indutiva. Coisa, seria tudo aquilo que pode ser observado, tudo aquilo que está dado. Descreve a crítica aos objetos de Comte e Spencer, respectivamente o progresso das sociedades e as sociedades. Propõe constituir cientificamente os conceitos para que então possamos usa-los. Sua crítica essencial a eles é o fato de seus objetos não serem coisas concretamente observáveis e passivas de análise. Um exemplo claro para Durkheim é que não se pode usar conceitos como, liberdade e estado sem que eles sejam cientificamente entendidos. Durkheim faz um esforço muito grande para enraizar a Sociologia enquanto ciência e constituir seu método neste capítulo. Busca comparação na história de outras ciências até propor um objeto que acredite de fato ser capaz de ser apreendido com facilidade, objetividade e concretude. 
Estabelecimento de uma disciplina rigorosa para alcançar a ciência: O ser humano é passivo de se deixar levar elas ideias e paixões se não houver o estabelecimento de rigorosas práticas. A primeira delas para Durkheim é o afastamento das prenoções. A rejeição de tudo aquilo que não é cientificamente válido ou que deixa dúvida acerca da influência de ideias e paixões que prejudiquem o caráter científico do objeto analisado. Em segundo ponto ter claro o objetivo e o objeto para assim mergulhar na análise de suas características reais, concretas, verdadeiras e inerentes. Não cair na análise das ideias sobre o objeto ou na sua superficialidade, mas mergulhar na profundidade mais valorosa que se situa no campo científico. O agrupamento e as classificações precisam ser feitos respeitando a natureza das coisas. Sendo os conceitos vulgares pontos de partida para encontrar os reais conceitos científicos. Nem sempre serão iguais. Por último o sociólogo deve buscar o estudo do objeto em sua maneira mais isolada de interferências, buscar um campo mais propício ao estudo, quase com um laboratório, onde isola-se tanto da influência do sociólogo quanto da excessiva carga de seu ambiente. As sensações podem ser facilmente subjetivas. Ir dessa forma do fato mais simples ao mais complexo para que não haja margem para o erro da dedução. 
(comentários sobre a aula) Pouco pode fazer uma pessoa contra as leis dos fatos sociais segundo Durkheim. Quando vemos uma coisa biológica influenciar a sociedade de maneira brusca acredito que para Durkheim seria natural que as pessoas tivessem dificuldade de se adaptar a algo visto como “passageiro” ou até algo quem não se enraizou de maneira firme na consciência coletiva. Algo que estaria guiando ordens contrárias àquilo que nascemos fazendo e morreremos fazendo como uma pandemia. Vejo o Durkheim se espantando mais com aquelas pessoas que se adaptariam tranquilamente ao ‘novo normal” do que com quem tivesse dificuldade de se adaptar
Para além disso esse é meu problema com o método dele, não dar espaço suficiente para a mudança social mais rápida e brusca.

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