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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS CCE1541 - FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL III SEGUNDA LEI DE OHM TURMA: 3001 AUTORA: AMANDA PICOLOTTO NAGLIATI VASCONCELOS ARACAJU - SE OUTUBRO DE 2020 Amanda Picolotto Nagliati Vasconcelos RELATÓRIO 02: SEGUNDA LEI DE OHM Relatório apresentado como parte da avaliação para a segunda nota na disciplina de Física Teórica e Experimental III, do Departamento de Engenharias, no Centro Universitário Estácio de Sergipe. Prof.º Dr.º Cochiran Pereira dos Santos ARACAJU - SE OUTUBRO DE 2020 1- INTRODUÇÃO As Leis do matemático e físico Georg Simon Ohm são indispensáveis para a eletricidade, através delas relacionamos a corrente elétrica, tensão e resistência. A 1ª Lei de Ohm caracteriza um condutor, aplicado um campo elétrico, no qual apenas dependerá da corrente elétrica e tensão, o material do condutor não influenciaria na sua resistência. Explicada pela Equação 01: 𝑉 = 𝑅 × 𝐼 (1) Onde, V = tensão em Volts; R = Resistência em Ohms; I = Corrente elétrica em Ampères. A equação nos dá uma constante, assim chamamos esses condutores de ôhmicos, e os que não obedecem a essa lei de não-ôhmicos. Já a 2ª Lei de Ohm vai levar em consideração que a resistência de um fio depende das suas características geométricas e do material que o constitui. De modo que a partir dessa lei, na Equação 2, podemos dizer que a resistência elétrica de um material é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua área. 𝐿 𝑅 = 𝜌 × 𝐴 (2) Onde, R = Resistência em Ohms; ρ = resistividade do material em Ω.m; L = comprimento em metros; A = área da seção transversal em metros quadrados. 2- OBJETIVOS 2.1 – Determinar a dependência da resistência R de um fio com o seu comprimento 𝑙, sua área A da seção e o material de que é constituído. 3- MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 – MATERIAIS ✓ Multímetro digital; ✓ Três condutores do material constantan de diferentes diâmetros; ✓ Cabos. 3.2 – MÉTODOS I- A princípio, usa-se o multímetro digital na função de ohmímetro para medir as resistências; II- O multímetro deve estar conectado em paralelo com os terminais do condutor. Ele já é considerado uma fonte de tensão; III- A Figura 01 mostra o aparato usado para colocar os condutores de constantan, ele é composto por uma régua numérica, na qual podemos nos basear; Figura 01. Aparato utilizado para o experimento. IV- Após isso, devemos medir as resistências dos condutores, variando o comprimento de 0,03 m até 0,30 m, nos dando 10 resultados de R para cada um dos 3 condutores. Deve-se deixar sempre fixo um ponto em zero. V- As resistências teóricas, são de 16 Ω, 7 Ω e 4 Ω, respectivamente, do menor diâmetro para o maior. 4- RESULTADOS E DISCUSSÕES O material utilizado neste experimento é o constantan, sendo ele uma liga metálica feita de cobre, níquel, manganês e resíduos de ferro. A porcentagem de cada um dos componentes pode variar conforme sua fabricação, mas em geral temos essas características como base para o entendimento: 53-57% de Cobre; 43-45% de Níquel; 05-1,2% de Manganês e < 0,5% de Ferro. Ele é usado geralmente para a fabricação de fios, pela baixa variação da resistência diante da temperatura. Sua resistividade (ρ) fica entre 4,9-5,1 x 10-7 Ω.m. • 1ª PARTE: Condutor de Constantan de Ø1 0,2 mm. Seguindo o procedimento experimental para o primeiro condutor de constantan com 0,2 mm de diâmetro, obtivem-se para cada comprimento de 0,03 m em diante, um valor de resistência, exposto na Tabela 01: Ø1 = 0,2 mm 𝑙 (m) 0,03 0,06 0,09 0,12 0,15 0,18 0,21 0,24 0,27 0,30 R (Ω) 0,48 0,97 1,46 1,97 2,47 2,91 3,42 3,88 4,39 4,90 Tabela 01. Dados experimentais: primeiro condutor. Em posse desses valores, construímos um gráfico da Resistencia versus Comprimento, que nos permite tirar o coeficiente angular da reta (Gráfico 01). Gráfico 01. Primeiro condutor 0 0,48 0,97 1,46 1,97 2,47 2,91 3,42 3,88 4,39 4,9 y = 16,282x - 0,0014 R² = 0,9999 -1 0 1 2 3 4 5 6 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 R es is tê n ci a (R ) Comprimento (l) 1ª PARTE Observa-se que o gráfico acima nos fornece uma equação, nela está contido o coeficiente angular, que iremos chamar de resistência experimental: R1 exp. = 16,28 Ω/m O valor teórico citado para esta primeira etapa é: R1 teórico = 16,0 Ω/m O gráfico se comporta de forma satisfatória, pois de acordo com a 2ª Lei de Ohm, a resistência é proporcional ao comprimento. Para determinar o valor experimental da resistividade, usamos a Equação 02 (l = 1 m): 𝜌 = 5,11192 x 10-7 Ω.m ≈ 5,1 x 10-7 Ω.m • 2ª PARTE: Condutor de Constantan de Ø2 0,3 mm. Agora, seguimos com o condutor de 0,3 mm de diâmetro, partindo das mesmas orientações passadas, tem-se os valores de R expostos na Tabela 02: Ø1 = 0,3 mm 𝑙 (m) 0,03 0,06 0,09 0,12 0,15 0,18 0,21 0,24 0,27 0,30 R (Ω) 0,19 0,40 0,63 0,82 1,02 1,25 1,48 1,70 1,91 2,12 Tabela 02. Dados experimentais: segundo condutor. Assim é plotado um novo gráfico (resistência versus comprimento) para representar o segundo condutor: Gráfico 02. Segundo Condutor O Gráfico 02 também tem o comportamento baseado na lei em questão, onde uma reta crescente representa a proporcionalidade entre o comprimento e a resistência. Através dela, obtivemos o coeficiente angular, resultando em: R2 exp. = 7,1242 Ω/m O valor teórico da segunda etapa é: R2 teórico = 7,0 Ω/m Com o novo diâmetro do condutor, podemos calcular a nova resistividade, pela Equação 02: 𝜌2 ≈ 5,03 x 10-7 Ω.m • 3ª PARTE: Condutor de Constantan de Ø3 0,4 mm. Por fim, usamos o terceiro condutor de constantan, esse com o diâmetro maior entre os demais. Pelos mesmos procedimentos experimentais, obtivemos os dez valores das resistências, como mostra a Tabela 03: 0 0,19 0,4 0,63 0,82 1,02 1,25 1,48 1,7 1,91 2,12 y = 7,1242x - 0,0214 R² = 0,9996 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 R es is te n ci a (R ) Comprimento (l) 2ª PARTE Ø1 = 0,4 mm 𝑙 (m) 0,03 0,06 0,09 0,12 0,15 0,18 0,21 0,24 0,27 0,30 R (Ω) 0,12 0,25 0,37 0,50 0,63 0,77 0,89 1,01 1,13 1,24 Tabela 03. Dados experimentais: terceiro condutor. Esses novos valores são usados para determinar o Gráfico 03, mostrado abaixo: Gráfico 03. Terceiro Condutor Seguindo o mesmo padrão dos demais gráficos expostos neste relatório, através da linha de tendência, o Gráfico 03 nos dá um coeficiente angular que é dito como resistência experimental: R3 exp. = 4,1909 Ω/m O terceiro valor teórico de R é: R3 teórico = 4,0 Ω/m Para o diâmetro de 0,4 mm, a nova resistividade, pela Equação 02 é de: 𝜌3 ≈ 5,26 x 10-7 Ω.m 0 0,12 0,25 0,37 0,5 0,63 0,77 0,89 1,01 1,13 1,24 y = 4,1909x - 0,0005 R² = 0,9996 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 R es is tê n ci a (R ) Comprimento (l) 3ª PARTE Comparando os valores das três tabelas apresentadas, vemos que quanto menor o diâmetro do condutor, maior sua resistência elétrica (R). Mesmo os de menor diâmetro tendo mais resistência, quando partirmos para instalações elétricas de residências ou indústrias, para ter menor perda devemos ter um condutor de maior diâmetro, pois quanto maior a bitola, mais corrente é capaz de suportar sem sofrer um aquecimento exacerbado. Por isso um dimensionamento correto é fundamental para ter uma eficiência energética satisfatória e evitar certos tipos de acidentes elétricos. 5-CONCLUSÕES Na primeira parte deste experimento, analisamos um condutor de constantan de menor diâmetro, 0,2 mm. No qual medimos as resistências variando o comprimento, para obter a resistência experimental e a resistividade, resultando nos valores abaixo: R1 exp. = 16,28 Ω/m R1 teórico = 16,0 Ω/m 𝜌1 ≈ 5,1 x 10-7 Ω.m Em seguida, na segunda parte, para o condutor de 0,3 mm, os valores foram: R2 exp. = 7,1242 Ω/m R2 teórico = 7,0 Ω/m 𝜌2 ≈ 5,03 x 10-7 Ω.m Finalizando com o condutor de maior diâmetro (0,4 mm), temos: R3 exp. = 4,1909 Ω/m R3 teórico = 4,0 Ω/m 𝜌3 ≈ 5,26 x 10-7 Ω.m Em posse desses valores podemos dizer que quanto maior o diâmetro de um condutor, menor sua resistência elétrica, isso afirma a 2ª Lei de Ohm, provando em números que R é inversamente proporcional a área e diretamente proporcional ao comprimento. Os dois primeiros valores experimentais da resistividade (𝜌1 e 𝜌2) ficam dentro do esperado para o material de constantan, já o terceiro fio condutor (𝜌3), teve um erro aproximado de 3%, o que é perfeitamente aceitável pelas condições presentes na execução do experimento, como erros humanos e/ou erros instrumentais. Por fim, podemos dar como satisfatórios os resultados obtidos e tomamos como auxiliar para o maior entendimento do conteúdo em questão. 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGNATO, Vanderlei S. O Análogo Mecânico da Lei de Ohm. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 16, n. 1-4, p. 129-131, 1994. Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol16a13.pdf>. Acesso em setembro de 2020. Primeira Lei de Ohm <http://entendatudosobrefisica.blogspot.com/2014/10/primeira-lei-de- ohm.html> Acesso em setembro de 2020. Leis de Ohm < https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/leis-de-ohm> Acesso em outubro de 2020. Constantan<https://pt.wikipedia.org/wiki/Constantan#:~:text=A%20composi%C3%A7%C3% A3o%20do%20Constantan%20%C3%A9,Mangan%C3%AAs%20e%20res%C3%ADduos%2 0de%20Ferro).> Acesso em outubro de 2020. Constantan (ALM1171) <https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque- tecnologico/192-c/15999-constantan-alm1171> Acesso em outubro de 2020. http://entendatudosobrefisica.blogspot.com/2014/10/primeira-lei-de-ohm.html http://entendatudosobrefisica.blogspot.com/2014/10/primeira-lei-de-ohm.html https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/leis-de-ohm https://pt.wikipedia.org/wiki/Constantan#:~:text=A%20composi%C3%A7%C3%A3o%20do%20Constantan%20%C3%A9,Mangan%C3%AAs%20e%20res%C3%ADduos%20de%20Ferro) https://pt.wikipedia.org/wiki/Constantan#:~:text=A%20composi%C3%A7%C3%A3o%20do%20Constantan%20%C3%A9,Mangan%C3%AAs%20e%20res%C3%ADduos%20de%20Ferro) https://pt.wikipedia.org/wiki/Constantan#:~:text=A%20composi%C3%A7%C3%A3o%20do%20Constantan%20%C3%A9,Mangan%C3%AAs%20e%20res%C3%ADduos%20de%20Ferro)
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