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1 Objetivos Caracterizar superfícies equipotenciais com medidas de diferença de potencial; Representar superfícies equipotenciais com campo elétrico. 2 Introdução teórica Supondo que uma carga pontual Q e um ponto A situado a uma distância d dessa carga têm que o potencial em A é dado por: 𝑉 = 𝑘0 𝑄 𝑑 . Assim, outros pontos quaisquer, como B e C situados, também, a uma distância d da carga Q, terão o mesmo potencial que tem em A. Esses pontos estão situados sobre uma superfície esférica de raio d e o centro em Q. Uma superfície equipotencial é uma superfície cujos seus pontos possuem o mesmo potencial. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Superficie_equipotencial.PNG> Qualquer outra superfície esférica com o centro em Q também é uma superfície equipotencial, devido todos os seus pontos estarem distanciados igualmente de Q. Fonte: <http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2013/05/cursos-do-blog- eletricidade.html> (Adaptado) Na figura acima, as superfícies esféricas A e B são equipotenciais. Observando a superfície B, mesmo que tenha o mesmo potencial, esse valor é diferente do potencial de A. Também estão representadas algumas linhas de força do campo criado por Q, essas linhas são radiais, logo, são perpendiculares as superfícies equipotenciais. Essa propriedade é válida não somente para um campo de uma carga pontual, mas é válida para qualquer campo elétrico, as linhas de força são sempre perpendiculares as superfícies equipotenciais. As superfícies equipotenciais em um campo uniforme, como mostra a figura abaixo. Considerando o ponto P um campo elétrico que é criado pelas placas A e B, a diferença de potencial entre a placa A e o ponto P é determinada a partir de: 𝑉𝐴 − 𝑉𝑃 = 𝐸𝑑, assim, o potencial do ponto P, em relação a placa A, depende apenas da distância d a placa. Assim, os pontos P, P’ e P’’ que estão situados a mesma distância da placa A, possuem o mesmo potencial. Conforme a figura, uma superfície plana, paralela as placas, como a superfície S1 será uma superfície equipotencial. A superfície S2 também será uma superfície equipotencial, mas o potencial será diferente de S1. Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/superficie-equipotencial.htm> (Adaptado) Considerando um condutor em equilíbrio eletrostático de mesmo potencial em todos os seus pontos, em pontos próximos o vetor campo elétrico é perpendicular a esta superfície. A figura abaixo representa um condutor em que todos os pontos de um condutor em equilíbrio eletrostático têm o mesmo potencial. Supondo que uma carga de prova q está sendo transportada ao longo da superfície desse condutor, do ponto C para o ponto D. A força elétrica que atua nesse movimento, em q, será sempre perpendicular ao seu deslocamento. Assim, o trabalho realizado sobre q, pela força elétrica, será nulo, ou seja, 𝑇𝐴𝐵 = 0. Logo, 𝑉𝐶 − 𝑉𝐷 = 𝑇𝐶𝐷 𝑞 ⇒ 𝑉𝐶 − 𝑉𝐷 = 0 ou 𝑉𝐶 = 𝑉𝐷. Fonte: <http://alfaconnection.net/pag_avsf/ele1001.htm> (Adaptado) Todos os pontos da superfície de um condutor em equilíbrio eletrostático tem o mesmo potencial, ou seja, a superfície é equipotencial. Vale lembrar que o campo elétrico é nulo no interior de um condutos em equilíbrio eletrostático, assim, conclui-se que o potencial de uma esfera, em que os pontos A e B da figura acima estão no mesmo potencial, isto é, 𝑉𝐴 = 𝑉𝐵. Da mesma forma, é fácil mostrar que 𝑉𝐶 = 𝑉𝐴, ou seja, todos os pontos de um condutor em equilíbrio eletrostático, sejam eles da superfície, sejam eles do interior, estão no mesmo potencial. Supondo que dois corpos metálicos, 1 e 2, eletrizados com cargas Q1 e Q2. Tomando V1 como o potencial do condutor 1, que significa que todos os pontos deste corpo possuem o mesmo potencial, cujo valor é V1. E vale também para V2, o potencial do condutor 2. De acordo com a figura abaixo, em um contato elétrico entre esses condutores, analisa-se o potencial e a carga de cada um deles. Lembrando-se que as cargas elétricas tendem a se mover de um ponto para outro quando existe uma diferença de potencial entre eles, assim, se 𝑉1 ≠ 𝑉2 haverá passagem de cargas elétricas de um condutor para o outro. Sabendo-se que são os elétrons livres que podem se deslocar em um condutor metálico e que as cargas negativas tendem a se deslocar de pontos onde o potencial é menor para aqueles que potencial maior. Ao serem ligados os dois corpos por meio de um condutor, figura abaixo, os corpos de deslocarão do corpo de menor potencial para o de maior potencial. Devido a transferência de elétrons, as cargas Q1 e Q2 e os potenciais V1 e V2 se alterarão e haverá um instante em que os potenciais dos dois condutores se tornarão iguais, ou seja, 𝑉1 = 𝑉2. É claro que não haverá mais passagem de cargas de um condutor para outro a partir desse instante, e eles terão atingido uma situação final de equilíbrio. Fonte: <http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2013/05/cursos-do-blog- eletricidade_29.html> (Adaptado) 3 Material utilizado Multímetro; Cuba com água e sal; Fonte de tensão; Eletrodos. 4 Procedimento experimental Primeiramente o multímetro deve ser regulado em uma tensão de 20V. O papel milimetrado deve ser colocado embaixo da cuba, após isso, duas ponteiras de cargas pontuais iguais devem ser colocadas na cuba, permanecendo fixas durante o experimento. No equipamento, a ponteira positiva do multímetro é conectada a um eletrodo, com um cabo do tipo jacaré, enquanto a ponta negativa deverá estar livre para que sejam feitas as medidas de ddp. Enquanto a fonte estiver desligada, os cabos de ponta do tipo jacaré devem ser colocados em cada eletrodo. A fonte é ligada então, em 12,2V e faz-se as medidas da ddp em cada eletrodo, com suas respectivas superfícies equipotenciais. Para cada superfícies são feitas 5 medidas e são obtidas 5 superfícies para cada eletrodo. Primeiramente coloca-se duas ponteiras e faz-se as medidas, após para duas placas planas, uma carga pontual e uma placa e para duas cargas pontuais. 5 Resultados e discussão Com os dados experimentais encontrados nos procedimentos com as diversos eletrodos, podemos graficar cada sistema e desenhar as superfícies equipotenciais além de representar as linhas de campo elétrico de cada uma das superfícies. Esses gráficos (Anexos) serão mais bem detalhados a seguir, com seus dados tabelados. A tabela a seguir representa o primeiro procedimento realizado, com duas barras na forma de cargas pontuais. Com a fonte em 12,2V e com suas posições em (𝑥) = (−10,10), suas dimensões em (𝑦) = (−15,15) – 29,8cm –, com 3 mm de espessura e 1,25 cm de largura: x y x y x y x y 𝐝𝐝𝐩 = 𝟑, 𝟔𝟔𝐕 ddp = 5,36V ddp = 7,92V ddp = 9,54V 3 0 0 0 -5 0 -8 0 3 -4,5 0 -1,5 -5 -2,6 -8 -9 3 -10,5 0 -2 -5 4 -8 0,5 3 10,8 0 -4 -5 5 -8 2,6 3 11,5 0 8 -5 6,5 -8 6,5 A partir desta tabela acima representa-se graficamente os dados do procedimento (Anexo 1), onde em um determinado ponto escolhido no eixo horizontal mede-se sua ddp, após, procura-se outros 4 pontos em que a ddp seja igual a escolhida anteriormente. Ao representar o gráfico, as linhas tracejadas representam as superfícies equipotenciais e as linhas cheias representam as linhas de campo elétrico. A tabela a seguir representa o segundo procedimento, realizado com uma barra e um ponto (carga pontual), o gráfico desse procedimento (Anexo 2) representa as linhas de campo, para esse procedimento o diâmetro do ponto é de 2,4cm: x y x y x y x y 𝐝𝐝𝐩 = 𝟑, 𝟕𝐕 ddp = 5,3V ddp = 2,43V ddp = 8,91V 1 0 -2 0 4 0 -7 0 1 -5,4 -2 -1,3 4 1,2 -7 0,7 1 2 -2 -3 4 -0,8 -7 -0,6 1 2,4 -2 -1,8 4 -2 -7 1 1 -6,2 -2 -2,7 4 -4 -7 -0,5 No terceiro procedimento realizado utiliza-se dois pontos, gráfico com as linhas de campo em anexo (Anexo 3),com diâmetro de 2,4cm e os pontos em (𝑥) = (−7,7), os dados encontrados são: x y x y x y x y 𝐝𝐝𝐩 = 𝟓, 𝟔𝐕 ddp = 4,23V ddp = 7,88V ddp = 6,37V 0 0 2 0 -3 0 -1 0 0 -1,5 2 1 -3 -0,9 -1 1,1 0 -0,7 2 -0,9 -3 -1,5 -1,1 1,9 0 -2,1 2 -0,4 -2,3 -3,2 -2,7 9 0 0,3 2 0,4 -4,9 4,6 -1,8 -8,3 A partir dos dados tabelados, pode-se graficar os três procedimentos, e observar as linhas de campo presentes em cada um. Encontrar o campo elétrico em relação às medidas realizadas em laboratório é possível, não será um valor aceitável, mas será aproximado, uma vez que os procedimentos podem estar em algum desacordo, devido algum erro do experimentador ou da natureza do experimento. Mas quanto a uma medida mais precisa, mais atenciosa, sim. Basta conhecer a constante, a carga pontual naquele ponto e o raio do mesmo, ou seja: 𝐸 = 𝑘0 𝑄 𝑟² . 6 Conclusões A forma das linhas do campo elétrico observadas no experimento dependem do formato do eletrodo em análise, as linhas equipotenciais apresentam-se esfericamente para os eletrodos cilíndricos, com x e y variando em todas as direções, a para outros eletrodos o campo é radial ao eletrodo, se aproximando no eletrodo negativo e afastando-se do positivo. O campo elétrico das placas é linear, saindo da positiva direcionando-se para a negativa enquanto para os pontos observam-se curvas entre os eletrodos. Devido à sutileza dos procedimentos erros experimentais podem ter ocorrido. Em relação a má disposição do gráfico deve-se ao fato de o grupo fazer as medidas em apenas um ponto do eixo “x”, onde poderiam ser feitas diversas medidas ao longo de todo o plano, assim, o gráfico ficou mais significativo somente nas últimas medidas, onde o grupo “se ligou” na possibilidade de variar as posições. 7 Referências bibliográficas - BONJORNO, J. R., RAMOS, C. M., Física 3: Eletricidade. 1ª ed. São Paulo, FTD, 1992, V. 3. - HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos da Física. 6a ed. Rio de Janeiro, LTC, 2002, V. 3. - TIPLER, P.A. Física. 4a ed., Rio de Janeiro, LTC, 1999, V.2.
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