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FICHAMENTO PENAL - CRIME ATO OBSCENO E BIGAMIA

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FACULDADE METROPOLITANA DE PARAUAPEBAS
LAÍS FERNANDA DE JESUS VÁZ
CRIME DE ATO OBSCENO E CRIME DE BIGAMIA
Parauapebas – PA
2018
FACULDADE METROPOLITANA DE PARAUAPEBAS
CRIME DE ATO OBSCENO E CRIME DE BIGAMIA
Fichamento apresentado por Laís Fernanda de Jesus Váz, da turma DIREITO 42, do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade Metropolitana de Parauapebas, como requisito parcial para obtenção de nota na matéria Direito Penal – Parte Especial II.
Prof. Orientadora: Priscila Mamede Mousinho.
Parauapebas – PA
2018
FICHAMENTO
CRIME DE ATO OBSCENO
	Este crime, que está disposto no artigo 233 do Código Penal Brasileiro e faz parte Dos Crimes Contra A Dignidade Sexual – Capítulo VI (Do Ultraje Público Ao Pudor), possui como sujeito ativo qualquer pessoa, sendo admitida a possibilidade de concurso de pessoas. O sujeito passivo é a coletividade. O bem jurídico tutelado é o pudor público e, eventualmente, a integridade sexual do sujeito passivo e seu bem-estar psíquico. Bittencourt diz que “a moralidade pública e o pudor público, particularmente no que se refere ao aspecto sexual, são os bens jurídicos protegidos”.
	Sobre a tipicidade objetiva, o verbo nuclear do tipo é “praticar”. É imprescindível para a caracterização do delito que a conduta seja cometida em lugar público, lugar aberto ao público, ou lugar exposto ao público. Sobre exemplos clássicos desse crime, Bittencourt e Prado destacam: o trottoir de travestis, correr nu, urinar em via pública exibindo o pênis, etc. O ato obsceno reveste-se de natureza sexual, por isso nem toda conduta que fere a decência tipifica o crime, como exemplo a micção, dejeção, etc. Desde que esses atos não impliquem na exibição das partes pudendas do agente. Embora a doutrina clássica classifique o beijo lascivo como ato obsceno, a evolução dos costumes levou à aceitação desse ato em público.
	Sobre a tipicidade subjetiva, admite-se o dolo direto ou eventual, quando há consciência e vontade de praticar o ato. O delito se consuma pela prática do ato obsceno, sendo necessária a contemplação de pelo menos uma pessoa. Admite-se a tentativa. A pena é de detenção, de três meses a um ano, ou multa. A ação penal é pública incondicionada. A doutrina classifica este crime como: comum, formal, de forma livre, comissivo, monossubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
	A prática de ato obsceno é figura presente em todo o mundo, independente da natureza liberal ou conservadora do país. Por outro lado, sua conceituação varia enormemente de acordo com a cultura, religião e práticas da sociedade analisada. Nos Estados Unidos, por exemplo, é alvo de grande polêmica a qualificação como prática de ato obsceno o hábito de mães amamentarem seus filhos em locais de acesso público. No Brasil, o mesmo gesto parece ser encarado de modo trivial, e dificilmente testemunharíamos a penalização de uma mãe por amamentar seu filho em público.
CRIME DE BIGAMIA
	O crime de bigamia, que está disposto no artigo 235 do Código Penal Brasileiro e faz parte Dos Crimes Contra A Família – Capítulo I (Dos Crimes Contra O Casamento), possui como sujeito ativo tanto o homem quanto a mulher, porém que sejam casados, assim, trata-se de crime próprio, além de plurissubjetivo e de concurso necessário, pois o tipo penal exige a presença de duas pessoas. O sujeito passivo imediato é o Estado, o mediato é o cônjuge enganado. O bem jurídico tutelado é a proteção da instituição do casamento, que é constitucionalmente previsto e a organização familiar que dele decorre, que é a estrutura fundamental do Estado, e são colocados em risco com o novo casamento. A pena é de reclusão, de 2 a 6 anos.
	O núcleo do tipo é contrair, formalizar um novo casamento quando já se encontra casado. A união estável jamais será relevante para o crime de bigamia, por isso, trata-se de crime de forma vinculada. O elemento subjetivo deste delito é o dolo, pois o crime não é punido a título de culpa. Este crime deve necessariamente abranger a ciência de impedimento de matrimônio, caso contrário, o desconhecimento do agente acerca de tal circunstância caracteriza um erro de tipo.
	Sobre a chamada “poligamia”, diante de uma interpretação extensiva, chegou-se ao entendimento do argumento “a minori ad maius”, se é crime a bigamia, com maior razão há de incriminar a poligamia. A consumação se dá no momento da formalização do casamento. É crime material e também crime instantâneo, com efeitos permanentes que se arrastam no tempo. A tentativa é possível, e há duas correntes, a primeira diz que ela é possível entre o “sim” e a homologação do casamento, já a segunda diz que a execução é iniciada junto à celebração.
	Sobre a causa de exclusão da tipicidade, no § 2º, temos duas situações diversas de exclusão da tipicidade: a) se o primeiro casamento for anulado, por qualquer motivo; b) se o segundo casamento for anulado, desde que a anulação não se dê em virtude da própria bigamia. O dispositivo é aplicável tanto às causas de anulação quanto às de nulidade (arts. 1.521, 1.548 e 1.550do CC). Entrementes, atenção: enquanto não ocorrer a anulação ou a declaração de nulidade, o agente poderá ser processado pela prática do delito. A bigamia é crime de ação penal pública incondicionada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATO OBSCENO. INFOESCOLA. Disponível em: <https://www.infoescola.com/direito/ato-obsceno/>. Acesso em: 10/09/2018.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte especial, volume 2. 3. Ed. São Paulo: Editora Saraiva.
BRASIL. Código Penal. Código Penal Brasileiro. Parauapebas: CP, 2018.
BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRIME DE ATO OBSCENO. WEBARTIGOS. Disponível em: < https://www.webartigos.com/artigos/breves-consideracoes-sobre-o-crime-de-ato-obsceno/127315>. Acesso em: 10/09/2018.
LEGISLAÇÃO COMENTADA - ARTS. 235, 236 E 237 DO CP. JUSBRASIL. Disponível em: <https://leonardocastro2.jusbrasil.com.br/artigos/121943509/legislacao-comentada-arts-235-236-e-237-do-cp>. Acesso em: 10/09/2018.

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