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Apelação criminal - Peça prático processual

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3º VARA DA COMARCA DE SÃO GONÇALO/RJ
Processo nº xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx
	Carlos, já qualificado nos autos da ação penal acima indicado, por seu procurador, vem, a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 593, I do CPP, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
em face de decisão de fls. Xxx, que condenou o recorrente em 04 (quatro) anos e 09 (nove) meses de detenção em ação movida pelo Ministério Público Estadual, o que faz pelas razões em anexo.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Gonçalo, 23 de Setembro de 2019.
ADVOGADO
OAB/UF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Apelante: Carlos
Apelado: Ministério Público
Processo nº xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx
RAZÕES DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal de Justiça;
Colenda Câmara
I - BREVE SÍNTESE
	O mérito da denúncia trata-se de suposta prática dos delitos de homicídio culposo na direção de veículo automotor, enquadrado no art. 302 da Lei 9.503/97 e de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, enquadrado no art. 303 também da Lei 9.503/97.
	Segundo consta da denúncia o acusado teria, no dia 08 de julho de 2017, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, na direção de veículo automotor, com imprudência em razão do excesso de velocidade, colidido com o veículo em que estavam Júlio e Mário, este com 9 anos, causando lesões que foram a causa eficiente da morte de ambos. Em decorrência da mesma colisão, ficou lesionado Pedro, que passava pelo local com sua bicicleta e foi atingido pelo veículo em alta velocidade de Carlos.
	Em seu interrogatório, o réu negou estar em excesso de velocidade e que perdeu o controle do veículo em decorrência de um buraco existente na pista.
	Foi juntado aos autos exame pericial que constatou não haver excesso de velocidade e confirmou a existência de buraco na pista, porém apontou que possivelmente haveria imperícia de Carlos na condução do automóvel.
	Após isso, foi proferida sentença julgando totalmente procedente o pedido do Ministério Público, condenando o réu a 04 (quatro) anos e 09 (nove) meses de detenção, usando, para isso, as penas bases dos delitos, reconhecido o concurso material, e a agravante previsto no art. 61, I, alínea h do XP, pelo fato de uma das vítimas ser criança. Não houve substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em razão do quantum final, nos termos do Art. 44, inciso I, do CP, sendo fixado regime inicial fechado de cumprimento da pena, com fundamento na gravidade em concreto da conduta.
	Ocorre que referido decisum merece reparo, pois deverá ser extinta a punibilidade em relação ao crime previsto no artigo 303 do CTB, qual seja a lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de acordo com o previsto no artigo 291, § 1º, que dita a utilização do descrito no art. 88 da Lei 9.099/95, ou seja, a necessidade de representação do ofendido, o que não foi feito. Em relação aos demais crimes, quais sejam o do art. 302 do CTB, por duas vezes, o réu também deverá ser absolvido pois, no momento da prolação da sentença, o magistrado alegou haver imperícia por parte do apelante, o que viola o princípio da correlação, visto que na denúncia consta se tratar de imprudência, o que não foi aditado pelo MP em momento oportuno.
II – RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
	II.1 – DA EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
	O artigo 291, § 1º do CTB diz que: 
    “Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
        § 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:         (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
        I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;         (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
        II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;         (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
        III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). 
	Como o apelante não se enquadra em nenhuma das exceções descritas nos incisos, o art. 88 da Lei 9.099/95 deverá ser utilizado, onde está descrito que dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
	Verifica-se que Pedro nunca compareceu na Delegacia e nem em juízo, não havendo qualquer circunstância a indicar que ele tinha interesse em ver o autor do fato responsabilizado criminalmente. De acordo com o artigo 38 do CPP, o prazo decadencial para representação é de seis meses a partir do reconhecimento da autoria. Sendo assim, houve a decadência do prazo para representação e conforme o descrito no inciso IV, do artigo 107 do CP, deverá ser deferida a extinção de punibilidade do agente.
	II.2 – DA ABSOLVIÇÃO
	Na denúncia o parquet postula a condenação do réu pelo crime descrito no art. 302 do CTB em razão da imprudência na direção de veículo automotor. Ocorre que no laudo pericial acostado aos autos fica comprovado que não houve imprudência por parte do réu, confirmando o alegado pelo mesmo em seu interrogatório. 
	Na fundamentação da sentença o magistrado reconhece que não houve imprudência na conduta do réu, porém o condena pela imperícia, o que deve ser reformado por essa turma recursal por violar o princípio da correlação, tendo em vista que a denúncia apenas mencionou a imprudência e não foi aditada em momento oportuno.
	Por não existir provas da conduta imputada na denúncia, deve a r. sentença deve ser reformada absolvendo o réu do crime de homicídio culposo 
	II.3 – DA DOSIMETRIA DA PENA
	Caso este douto tribunal não entenda pela absolvição do réu, é preciso analisar o processo dosimétrico e afastar a agravante adotada pelo magistrado, qual seja a descrita, na alínea h, inciso II do art. 61 do CP, visto que esta só pode ser utilizada em crimes dolosos. Tendo em vista que o crime imputado ao réu é de homicídio culposo na direção de veículo automotor, tal agravante deve ser afastada.
	Outro ponto que também merece reforma é em relação ao concurso material de crimes. No presente caso é nítido que houve concurso formal de crimes, visto que com uma única conduta delitiva o réu causou mais de um resultado. Sendo assim, o artigo 69 do CP deve ser deixado de lado, passando a utilizar-se o descrito no art. 70, acarretando na penalização de apenas um dos crimes imputados.
	II.4 – DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA
	Ainda que a condenação seja mantida o regime inicial de cumprimento da pena deve ser modificado de fechado para semi-aberto ou aberto, conforme o art. 33 do CP que dita que os crimes punidos unicamente com detenção devem iniciar o cumprimento em regime semi-aberto.ou aberto.
	III – DO PEDIDO
	Diante das razões aqui expressas, requer o conhecimento e provimento integral do presente recurso para que seja a sentença ora apelada reformada.
	
Termos em que,
Pede deferimento.
São Gonçalo, 23 de setembro de 2019
ADVOGADO
OAB/UF XXX.XXX
https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=1040#:~:text=Carlos%2C%20prim%C3%A1rio%20e%20de%20bons,Rio%20de%20Janeiro%2C%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
https://advlabronici.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/638332099/modelo-apelacao-criminal?ref=serp
https://modeloinicial.com.br/peticao/11127961/recurso-apelacao-criminal-penal-acidente-transito
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm

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