Prévia do material em texto
Cocos Gram-Positivos Profª. Drª. Helena Diniz helenadiniz76@gmail.com S. aureus S. epidermidis S. saprofhyticus coagulase + - - Cocos Gram- positivos Enterococcus sp. Streptococcus sp. S. pyogenes S. pneumoniae Gênero Streptococcus TAXONOMIA - Família: Streptococcaceae - Espécies principais: S. pyogenes, S. pneumoniae MORFOLOGIA E FISIOLOGIA - Cocos Gram-positivos agrupados em cadeia ou pares - Aeróbios ou anaeróbios facultativos - Fermenta glicose - Imóveis - Não esporulados - Encapsulados Gênero Streptococcus β- hemolíticos de importância clínica • S. pyogenes (Grupo A) - Infecção de vias aéreas superiores: faringite e amigdalite. - Infecções cutâneas: impetigo e erisipela. - Toxinfecção: escarlatina e síndrome do choque tóxico. - Sequelas: febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda. • S. agalactiae (Grupo B) - Infecções em bovinos: mastite. - Infecções neonatais: pneumonia, meningite e septicemia. • Estreptococos dos grupos C e G - Infecções de vias aéreas superiores em adultos: faringite e amigdalite. Gênero Streptococcus. Características gerais: • Catalase negativa. • Oxidase negativa. • Fastidiosos – meios de enriquecimento. - Ágar sangue ou chocolate - Metabolismo fermentativo - utilizam carboidratos sem a produção de gás, liberando como produtos finais ácido lático, etanol ou acetato. Gênero Streptococcus Fatores de virulência De superfície: • Cápsula de ácido hialurônico. • Proteína M: antifagocitária. • Proteína F: aderência a fibronectina. Gênero Streptococcus Extracelulares: • Hialuronidase: Fator de difusão do microrganismo • Estreptoquinase: Dissolve rede de fibrina • DNase: Despolimerisa DNA extracelular • Estreptolisina O: Tóxica para diferentes células e Imunogênica (sensível ao O2) • Estreptolisina S: Tóxica para diferentes células e não Imunogênica (estável ao O2) • Toxina eritrogênica (escarlatina) • Toxinada síndrome do choque tóxico -"like" Fatores de virulência Gênero Streptococcus Diferenciação das espécies dentro do gênero é bastante complexa Esquemas de Classificação: Padrões Hemolíticos Grupagem de Lancefield (antigênica) Propriedades bioquímico-fisiológicas Gênero Streptococcus Gênero Streptococcus. Padrões Hemolíticos Gênero Streptococcus. α-hemolítico β-hemolítico γ-hemolítico Gênero Streptococcus. Grupo sorológico Hemólise Espécie A β S. pyogenes B β S. agalactae C β S. equi; S. dysgalactae D α/ S. bovis; S. equinus Grupo Viridans α S. mutans; S. mitis Não agrupável α S. pneumoniae Padrões Hemolíticos Classificação antigênica de Lancifield Em 1933, Rebecca Lancefield estabelece o Sistema de Agrupamento de Lancefield para os Streptococcus beta-hemolíticos A grande maioria dos α-hemolíticos não apresentam antígenos não sendo, assim, agrupáveis Gênero Streptococcus. ANTÍGENOS: Polissacarídeos “carboidrato C” Utilizado para espécies do grupo β-Hemolítico Atualmente métodos imunológicos são utilizados para a rápida classificação dessas bactérias. Ex.: Aglutinação com Látex, precipitação em tubo capilar. Identificação de β- hemolítico • Antígenos de Lancefield: A, B, C, D, F e G - Aglutinação com Látex - Prova rápida. • Teste da Bacitracina - Colocar o disco de bacitracina 0,004 u em ágar sangue inoculado. - Qualquer zona de inibição indica resultado de sensibilidade à bacitracina. - O Streptococcus pyogenes (grupo A) Gênero Streptococcus. • Teste do Sulfametoxazol Trimetoprim (SXT) - Adicionar na placa de ágar sangue disco de SXT. - A sensibilidade à droga indica que é do grupo C, F e G. - O estreptococo não pertence ao grupo A, B ou D. - Enterococo é sensível • Teste do PYR (pirrolidonil-aminopeptidase) - Determina a capacidade de hidrólise do L-pirrolidonil-B-Naftilamida (PYR) - Enzima pyrrolidonil arilamidase presente em S. pyogenes e Enterococcus sp. - Mais específico que o teste da Bacitracina na caracterização presuntiva dos estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. Gênero Streptococcus. Identificação de β- hemolítico • Teste de CAMP (teste da flecha) - Positivo: S. agalactiae (B) - Negativo: S. pyogenes (A) - Linha vertical: cepa beta hemolítica de Staphylococcus aureus. - Ocorre uma interação com o fator camp liberado pelo S. agalactiae com a beta-lisina do S. aureus, aumentando a hemólise. Identificação de β- hemolítico Gênero Streptococcus. • Teste do Hipurato - O Streptococcus agalactiae (grupo B) são também capazes de hidrolisar o hipurato em seus componentes: glicina e ácido benzóico. Identificação de β- hemolítico Gênero Streptococcus. • Teste da bile esculina e NaCl - Teste da bile esculina (+): cor marrom escuro. - Caldo de NaCl a 6,5 %: turvação para ser considerado (+). - Estreptococos do grupo D apresentam a bile esculina (+), seja Enterococcus sp ou Streptococcus do grupo D não enterococo (Streptococcus bovis). - NaCl a 6,5 %, apenas os enterococos são positivos. Identificação de β- hemolítico Gênero Streptococcus. Teste da Bile esculina Caldo de NaCl Identificação de β- hemolítico Gênero Streptococcus. A identificação deste grupo não deve ser feita por métodos sorológicos, pois a maioria não possui os antígenos de Lancefield. • Teste da optoquina • Teste da bile solubilidade Identificação de α- hemolítico Gênero Streptococcus. S. pneumoniae • Teste da optoquina - Semear 1/4 de uma placa de ágar sangue com a cepa alfa-hemolítica a ser testada; - Aplicar um disco de optoquina; - Uma zona de inibição de 14 mm ou mais à volta de um disco de 6 mm significa sensibilidade e identifica o Streptococcus pneumoniae. Identificação de α- hemolítico Gênero Streptococcus. • Teste da bile solubilidade - O teste da bile solubilidade também identifica o Streptococcus pneumoniae. Pode ser executado em placa ou em caldo. - O desoxicolato de sódio é um sal do ácido biliar purificado, É solúvel em água e lisa as células de pneumococos tratadas com uma solução a 10% Identificação de α- hemolítico Gênero Streptococcus. • Streptococcus pneumoniae (pneumococos) - Otite média, pneumonia, meningite, conjuntivite, bacteremia e endocardite. • Streptococcus mutans - Cárie dentária. α- hemolítico de importância clínica Gênero Streptococcus. Gênero Staphylococcus TAXONOMIA - Família: Staphylococcaceae - Espécies principais: S. aureus, S. epidermidis e S. saprophyticus MORFOLOGIA E FISIOLOGIA - Cocos Gram positivos agrupados em cachos - Não esporulados - Aeróbios - Suportam uma elevada concentração de sal (10%) - Degrada o manitol (Hexitol) → S. aureus - β- hemolítico Identificação laboratorial • Bacterioscopia • Prova da Catalase • Prova da Coagulase • Crescimento em ágar Manitol • Prova da DNAse • Resistência à Novobiocina Gênero Staphylococcus. (+)(-)Coagulase + Catalase S. aureus em agar sangue DNAse + Meio de cultura Manitol salgado Gênero Staphylococcus S. epidermidisS. saprophyticus Teste da novobiocina Fluxograma de identificação de cocos Gram + Cocos G+ Teste da catalase +Espécies de Staphylococcus Te st e da co ag ul as e + - S. aureus S. epidermidis S. saprophyticus S RNo vo b io c in a - Espécies de Streptococcus Agar Sangue β-hemólise α-hemólise Bacitracina Optoquina S R RS S. pyogenes Outros β- hemolíticos S. pneumoniae Outros α- hemolíticos γ-hemólise Enterococcus + - Não Enterococcus Atividade de fixação 1. As infecções estreptocócicas causadas por bactérias Gram- positivas são detectadas no soro dos pacientes portadores de febre reumática e glomerulonefrite estreptocócica, a qual teste laboratorial e qual espécie o enunciado se refere? 2. Quais critérios das bactérias podem ser utilizados para identificar cocos Gram-positivos? 3. Quais características da S. aureus possibilita sua identificação?