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Atividade parcial

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Atividade Parcial
Hugo Belchior de Souza Santos
Sistema nervoso central: O sistema nervoso central (SNC) é responsável por receber e processar informações. Ele é constituído pelo encéfalo e medula espinal, que estão protegidos pelo crânio e coluna vertebral, respectivamente.
Ambas as estruturas são reforçadas por três lâminas conjuntivas, denominadas de meninges. São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. Há entre as duas últimas a presença de um líquido, o líquor, que é responsável pela nutrição do SNC e pela minimização dos possíveis traumas causados por choques mecânicos.
→ ENCÉFALO
O encéfalo é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Esse último é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano.
· Cérebro
O cérebro é constituído pelos hemisférios cerebrais (telencéfalo) e diencéfalo. Esses primeiros são unidos pelo corpo caloso: uma estrutura constituída de fibras nervosas. Em cada uma dessas duas regiões existem divisões de determinadas áreas, delimitadas por sulcos mais profundos: os lobos frontais, parietais, temporais e occipitais. Estes se dão aos pares (um em cada hemisfério) e cada tipo coordena uma função específica - como a audição, ligada aos lobos temporais.
A região mais externa do cérebro é denominada de córtex cerebral, que é rico em corpos de neurônios e, em razão de sua tonalidade, era denominado de “substância cinzenta”. O córtex possui áreas sensoriais, motoras e associativas (interpretação de sensações e elaboração de planos de ação).
A região mais interna do cérebro, rica em dendritos e axônios, geralmente revestidos por mielina, é a “substância branca”, que leva informações ao córtex e recebe dele instruções acerca do funcionamento do corpo.
As mensagens sensoriais, exceto olfativas, passam antes pelo tálamo. Outra estrutura, localizada sob o tálamo, é o hipotálamo, que ativa glândulas produtoras de hormônios e exerce um papel muito importante em relação à homeostase do organismo. Há ainda o epitálamo, que é formado basicamente pela glândula pineal, é responsável pelo controle dos ciclos circadianos, influenciando diretamente nosso relógio biológico, e produz a melatonina. Tálamo, hipotálamo e epitálamo constituem o diencéfalo.
· Cerebelo
O cerebelo coordena os movimentos e a postura corporal, mantendo nosso equilíbrio e permitindo que façamos determinadas tarefas, como andar de bicicleta. Isso só é possível porque ele recebe diversas informações do encéfalo e medula espinal. Também possui substância cinzenta, externamente, e substância branca, internamente.
· Tronco encefálico
O tronco encefálico é formado apenas por substância branca e é composto pelo mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano:
⇒ O mesencéfalo recebe e coordena informações relativas ao tônus muscular e postura corporal. É também responsável pelos reflexos visuais e auditivos.
⇒ A ponte também auxilia em relação ao tônus muscular, postura e equilíbrio. Além disso, controla a respiração e coordena a movimentação do corpo, inclusive dos olhos e pescoço.
⇒ O bulbo raquidiano, também chamado de medula oblonga, participa de processos vitais, como respiração, batimentos cardíacos e vasoconstrição.
→ MEDULA
A medula espinal localiza-se em nossas vértebras, na região onde elas são perfuradas. Ao contrário do cérebro e cerebelo, a camada cinzenta da medula encontra-se mais internamente que a camada branca.
Ela é quem recebe primeiramente as informações transmitidas pelas mais diferentes regiões do corpo. As informações oriundas deste passam pela medula e, depois, são conduzidas às regiões específicas.
Além disso, a medula é responsável por reflexos rápidos em resposta a situações de emergência, como retirar imediatamente a mão da tomada ao receber choque. Tudo isso acontece nessa região graças aos trinta e um nervos espinhais que ela apresenta.
Sistema nervoso periférico: O sistema nervoso é um importante sistema do nosso corpo e está relacionado diretamente com a nossa sobrevivência. Esse sistema está ligado com a coordenação das diversas atividades do organismo, sendo responsável também por permitir a interpretação do meio que nos cerca. Para realizar suas atividades, o sistema nervoso conta com células extremamente especializadas, os neurônios, que são responsáveis pela transmissão do impulso nervoso.
O sistema nervoso pode ser dividido em dois tipos sob o ponto de vista anatômico: Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). Esse último é constituído por nervos e gânglios e será mais amplamente discutido a seguir.
→ O que é o Sistema Nervoso Periférico?
O SNP é a parte do sistema nervoso formada pelos nervos e gânglios. Sua função primordial é levar informações dos órgãos periféricos até o SNC e trazer as respostas desse sistema novamente para os órgãos. Sendo assim, esse sistema é responsável por conduzir informações.
→ Componentes do Sistema Nervoso Periférico
· Nervos
Os nervos são cordões formados por fibras nervosas dispostas paralelamente e envoltas por tecido conjuntivo. Essas estruturas são responsáveis por unir o sistema nervoso central aos órgãos do nosso corpo, conduzindo, pelas fibras, os impulsos nervosos. As fibras que conduzem o estímulo até o SNC são chamadas de sensitivas, e aquelas que trazem a resposta são chamadas de motoras.
Os nervos podem ser espinhais (ou espinais) ou cranianos. Esses últimos unem-se com o encéfalo, e os nervos espinhais estão unidos à medula espinhal. Existem doze pares de nervos cranianos, que são responsáveis por inervar principalmente estruturas da cabeça e do pescoço. São nervos cranianos: nervo olfatório, nervo óptico, nervo oculomotor, nervo troclear, nervo abducente, nervo trigêmeo, nervo facial, nervo vestíbulo-coclear, nervo glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório e nervo hipoglosso.
Os nervos espinhais, por sua vez, inervam o tronco, membros e algumas regões da cabeça. Eles estão conectados à medula e partem dos forames intervertebrais da coluna. No total, são 31 pares de nervos espinhais, que recebem as denominações de cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos.
Na porção terminal dos nervos, é possível observar as terminações nervosas, as quais podem ser sensitivas ou motoras. As sensitivas são aquelas que conseguem captar estímulos, tais como calor, pressão e luz. Já as motoras terminam nos músculos e glândulas e funcionam de maneira parecida com as sinapses entre neurônios.
· Gânglios
Os gânglios são regiões dilatadas que estão localizadas nos caminhos percorridos pelos nervos. Eles são formados por acúmulos de corpos celulares e estão situados fora do SNC.
Placa neural: No final da fase de gástrula, é possível observar um achatamento das células do ectoderma da face dorsal. Elas dão origem à chamada placa neural, que se desenvolve em direção à porção posterior do embrião.
A placa neural inicia um processo de dobramento na região central, que formará o sulco neural. A medida que essa fenda aumenta, as bordas laterais começam a se aproximar até se fundirem. O sulco, então, fecha-se e dá origem ao tubo neural, também conhecido por tubo nervoso. Essa estrutura é responsável pela formação do sistema nervoso.
Meninges: Meninges são as três membranas de tecido conjuntivo que revestem o encéfalo e a medula espinhal, tendo como objetivo protegê-los. Estas três camadas, de fora para dentro são: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Dura-máter
A dura-máter é a meninge localizada mais externamente, formada por um tecido conjuntivo denso, contínuo com o perióstio dos ossos da caixa craniana. Já a dura-máter que envolve a medula espinhal, é separada do perióstio das vértebras, originando entre ambos, o chamado espaço epidural, onde são encontradas algumas estruturas como: veias, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter que está em contato com a aracnóide é um local de fácil clivagem, onde em algumas situações patológicas, pode haver o acúmulo de sangue externamente à aracnóide, no chamado espaço subdural. Este, por sua vez, não existe em condições normais.
Aracnóide
A aracnóide é uma membranasem vascularização que se divide em duas partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana, e a outra formada por traves que conecta a aracnóide com a pia-máter. Os espaços entre as traves dão origem ao espaço subaracnóide, onde está presente o líquido cefalorraquidiano, protegendo o sistema nervoso central contra traumatismos. Nesta membrana, existem saliências formadas devido à expansão da aracnóide que perfuram a dura-máter, recebendo o nome de vilosidades. Estas estruturas possuem a função de transferir o líquido cefalorraquidiano para o sangue. Este líquido atravessa a parede da vilosidade e a do seio venoso, até chegar à corrente sanguínea.
Pia-máter
A pia-máter é extremamente vascularizada e encontra-se aderida ao tecido nervoso, contudo não está em contato com as células ou fibras nervosas. Entre esta membrana e os elementos nervosos encontram-se prolongamentos dos astrócitos, que formando uma camada muito fina, unem-se à face interna da pia-máter. Os vasos sanguíneos entram no tecido nervoso através de túneis revestidos por esta membrana, chamados de espaços perivasculares. Antes destes vasos se transformarem em capilares, a pia-máter desaparece.
Oligodendrócitos: Os oligodendrócitos (ou oligodendróglia) são as células da neuróglia, responsáveis pela formação, e manutenção das bainhas de mielina dos axônios, no SNC (sistema nervoso central), função em que no sistema nervoso periférico é executada pelas células de Schwann (só que apenas um oligodendrócito contribui para formação de mielina em vários neurônios ao contrário da célula de Schwann que mieliniza apenas um axônio).
Sem os oligodendrócitos, os neurônios não sobrevivem em meio de cultura. Em suas características físicas os oligodendrócitos mostram-se um corpo celular arredondado e pequeno, com poucos prolongamentos, curtos, finos e pouco ramificados (daí o nome: oligo= pouco; dendro= ramificação). Assim como em diversas células do corpo humano nos oligodendrócitos podem ser geradas neoplasias (tumores), que neste caso são os oligodedrogliomas.
Células de Schwann: As Células de Schwann são células da neuroglia do sistema nervoso periférico as quais formam as bainhas isolantes de mielina dos axônios periféricos. São células que envolvem alguns tipos de neurônios. Costumam enrolar-se em torno do axônio, formando a bainha de mielina. Alguns neurônios têm seus axônios envolvidos por um tipo celular denominado célula de Schwann. As células de Schwann determinam a formação da bainha de mielina – invólucro lipídico que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha de mielina, denominada nódulo de Ranvier. A parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo da célula de Schwann, constitui o neurilema.
Neurônio: Neurônios são as células responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e constituem cerca de 10% do tecido nervoso.
→ Constituição dos neurônios
Os neurônios apresentam as seguintes estruturas em sua constituição:
· Corpo celular ou pericário: região onde se encontra o núcleo (peri = em volta; cario = núcleo) e na qual se concentra o citoplasma;
· Dendritos: ramificações presentes no corpo celular que recebem os impulsos nervosos;
· Axônio: prolongamento do neurônio por onde os impulsos nervosos são levados a outro neurônio ou outro tipo de célula. A transmissão desse impulso ocorre na porção final do axônio, denominada de telodendro, por meio dos bulbos terminais, onde se encontram mensageiros químicos. Alguns axônios podem alcançar 1 metro de comprimento.
Potencial de repouso: Potencial de repouso é a diferença de potencial elétrico que as faces internas e externas na membrana de um neurônio que não está transmitindo impulsos nervosos. O valor do potencial de repouso é da ordem de -70mV (miliVolts). O sinal negativo indica que o interior da célula é negativo em relação ao exterior.
A existência do potencial de repouso deve-se principalmente a diferença de concentração de íons de sódio (Na+) e de potássio (K+) dentro e fora da célula. Essa diferença é mantida por meio de um mecanismo de bombeamento ativo de íons pelas membranas celulares, em que o sódio é forçado a sair da célula e o potássio a entrar.
Potencial de ação: O impulso nervoso (ou potencial de ação) é uma rápida alteração do potencial eléctrico das membranas dos neurónios. Por breves instantes (poucos milisegundos) a carga eléctrica do interior da célula nervosa torna-se mais positiva que o exterior.
As membranas plasmáticas dos neurónios são constituídas por uma bicamada fosfolipídica impermeável aos íons, como nas outras células, mas possuem proteínas que funcionam como canais ou bombas iónicas. Pela sua atividade estas proteínas formam o potencial de repouso definido como a diferença de cargas eléctricas entre o exterior e o interior da célula quando a membrana da célula não está sujeita a qualquer alteração do seu potencial eléctrico. Geralmente o potencial de repousos é negativo, ou seja, o exterior mais positivo que o interior. Deve-se sobretudo à diferença de concentração dos íons sódio (Na+) e potássio (K+) dentro e fora da célula. Diferença essa que é mantida pelo funcionamento dos canais e proteínas que bombeiam sódio para o meio externo e potássio para o meio interno, com consumo de ATP, contrariando a difusão passiva destes íons.
A bomba de sódio e potássio transporta 3 Na+ por cada 2 K+ . Como a quantidade de íons K+ que sai da célula (por transporte passivo) é superior à quantidade de íons Na+ que entra na célula, cria-se um défice de cargas positivas na célula relativamente ao exterior – potencial de repouso.
Os canais que existem na membrana celular permitem a passagem de K+ e Na+ de forma passiva. Quando o neurónio está em repouso, os canais estão fechados, mas quando a célula é estimulada abrem-se, permitindo uma rápida entrada de Na+, e uma alteração do potencial de membrana de de cerca de -70 mV para + 35 mV, chamando-se a esta diferença de potencial
Despolarização: A despolarização é a primeira fase do potencial de ação. Durante essa fase, ocorre um significativo aumento na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular. Isso propicia um grande fluxo de íons sódio de fora para dentro da célula por meio de sua membrana por um processo de difusão simples.
Como resultado do fenômeno citado acima, o líquido intracelular passa a apresentar uma grande quantidade de íons de carga positiva (cátions) e a membrana celular passa a apresentar agora um potencial inverso daquele encontrado nas condições de repouso da célula: Mais cargas positivas no interior da célula e mais cargas negativas no seu exterior.
Repolarização: Em neurociência, repolarização é a alteração no potencial elétrico de membrana que o faz regressar a um valor negativo, imediatamente após a fase de despolarização de um potencial de ação ter alterado esse potencial de membrana para um valor positivo. A fase de repolarização geralmente faz com que o potencial de membrana regresse ao potencial de repouso.
Fluxo axoplasmático : Fluxo axoplasmático anterógrado: Após a formação no retículo endoplasmático, diversas organelas e proteínas são exportadas para a periferia do axônio.
Fluxo axoplasmático retrógrado: Transporte de substâncias ou restos celulares para o núcleo, a fim de promover a sua reciclagem ou eliminação.
Sinapse: Ela pode ser definida como a região de proximidade entre a extremidade de um neurônio e uma célula vizinha, onde os impulsos nervosos são transformados em impulsos químicos em decorrência da presença de mediadores químicos.
Um neurônio faz sinapses com diversos outros neurônios. Estima-se que uma única célula nervosa possa fazer mais de mil sinapses. Geralmente elas ocorrem entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Entretanto, podem ocorrer algumas sinapses menos comuns, tais como axônio com axônio, dendrito com dendrito e dendrito com corpo celular.

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