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Relatório Filme GARAPA

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Em Garapa, José Padilha documenta em seu filme a rotina de três famílias de Fortaleza e do interior do Ceará, o mesmo retrata diversas expressões da questão social, mostra como a fome, em toda a sua concretude, acaba moldando certo modo de vida, com reflexos em todos os aspectos do cotidiano de uma família, mesclando sentidos sociais aos pessoais.
O título vem da realidade crucial das mães de famílias que preparam uma infusão de água com açúcar para enganar a fome de suas crianças.
Logo no começo é mostrado as crianças com corpos nus, revelando as conseqüências da subnutrição, expostas a condições insalubres.
 Lúcia, Robertina e a família de Rosa, mostram condições diferentes no documentário, e retrata uma população desassistida pelo poder público, por falta de uma política de assistência, onde o coronelismo e a política clássica é evidente e estabelece padrões entre as relações de classe sociais, no qual os direitos do cidadão são negados.
Quanto mais distante dos grandes centros urbanos residir a população menos acesso a serviços básicos como educação, saúde e assistência ela terá.
 A Assistente social ainda acompanha a família de Lúcia, ainda que de forma vaga a mãe recebe acompanhamento da área da saúde, por conta do crescimento da filha mais nova que é desnutrida, recebe informações sobre planejamento familiar, cuidados com a saúde e higiene da família, porém, o pai que é alcoólatra não é assistido por nenhum órgão competente.
As outras famílias residentes na zona rural são ainda mais excluídas, uma recebe o benefício do governo federal (fome zero), uma quantia irrisória, porém é de suma importância, sendo esta a única fonte de renda. Visto que o clima não favorece a agricultura, atividade exercida pelas famílias residentes na zona rural. A família que reside mais distante é a que mais sofre com a falta de assistência por parte dos órgãos competentes. A moradia precária, insalubridade, doenças, falta de planejamento familiar até porque a genitora desconhece a eficácia dos métodos contraceptivos, a mesma também não possui qualquer documento pessoal e aguarda retorno da juíza local, porém, sem nenhuma resposta.
Contudo foi relevante o conteúdo abordado no documentário para a formação acadêmica enquanto estudante de Serviço Social, pois, mostra que apesar das condições de trabalho não serem favoráveis a assistente social não deixou de fazê-lo, utilizando o diálogo como instrumento para mediar situações, inspirando o desejo de buscar garantir o cumprimento dos direitos daqueles que se encontram desassistidos por se encontrarem distantes dos grandes centros.

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